A incessante batalha contra a infecção hospitalar

Equipe do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) que atua na Santa Casa de Piracicaba

Ao lado de sua equipe, o infectologista Hamilton Bonilha de Moraes, coordenador médico do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) da Santa Casa de Piracicaba (SP) tem a responsabilidade de manter baixo um dos principais indicadores da qualidade da assistência na Instituição: o índice de infecção hospitalar.

Ele revela que a Santa Casa atua conforme estratégia desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para os quais  uma “assistência limpa é uma assistência mais segura” e tem como   foco as ações de melhoria de higienização das mãos, segurança do paciente e elaboração de protocolos internos. “Trabalhamos incessantemente para manter baixos índices de infecção. Atualmente, trabalhamos abaixo dos 2%”, disse Bonilha.

Segundo o infectologista, no Brasil, de 5% a 15% dos pacientes internados contraem algum tipo de infecção hospitalar e que apenas a prevenção e o controle dessas ocorrências reduzem ao mínimo os riscos, ampliando a qualidade de vida e bem-estar dos pacientes e dos profissionais da saúde no desempenho de suas atividades.

Ele explica que nem sempre a infecção hospitalar está associada ao ambiente, ao tempo de internação prolongado e a dispositivos invasivos, mas também a fatores relacionados ao paciente, como a gravidade da doença que originou a internação, e aos microrganismos que fazem parte da microbiota do organismo, como bactérias e fungos que podem se tornar resistentes pelo uso inadequado de antibióticos antes da internação hospitalar”.

Portanto, segundo Bonilha, uma ação de grande relevância é o controle dos antibióticos no ambiente hospitalar por meio de protocolos institucionais que visam a diminuição da resistência bacteriana, uma das maiores ameaças à saúde global. “O conhecimento sobre a microbiota hospitalar e a informação ao corpo clínico do Hospital é fundamental para a indicação adequada do antibiótico para o tratamento da infecção”, disse.

De acordo com a enfermeira coordenadora da SCIH Fernanda Rosa, a área de atuação do Departamento é ampla, portanto são utilizados os indicadores elaborados pela equipe da Instituição para nortear as ações e as atividades desenvolvidas no Hospital. “Mapeamos pontos que representam riscos mais críticos para as infecções e a partir daí, desenvolvemos medidas de prevenção ou intervenção para alcançar o resultado esperado”, salienta.

Fernanda explicou ainda que os trabalhos colocados em prática são definidos pelo PCIH (Programa de Controle de Infecção Hospitalar) e desenvolvidos sistematicamente com vistas à redução máxima da incidência e da gravidade das infecções hospitalares pela  equipe do SCIH, que conta também com a atuação da enfermeira Jacinta Mendes Vieira, da secretária Adriana Aparecida Capello Galdi e da assistente administrativa Vanesa Thomaz  Zampaulo.

Redação

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