Cirurgia robótica completa 11 anos no Brasil e traz avanços para urologia

A cirurgia robótica completa 11 anos no Brasil e, para a especialidade urológica, os avanços que o procedimento traz são significativos para a precisão médica e recuperação do paciente. Atualmente, todas as cirurgias abdominais em Urologia, que eram comuns serem praticadas por via aberta, já foram efetuadas por robótica. Os avanços são cada vez mais positivos, principalmente, para casos de câncer de próstata que, segundo o INCA, teve 68 mil casos estimados em 2018 e a doença pode causar 13 mil mortes por ano.

“A plataforma robótica permite realizar cirurgias altamente precisas em regiões mais profundas ou de difícil acesso a cirurgia laparoscópica”, afirma Dr. Marcos Tobias, um dos maiores especialistas em cirurgia robótica do Brasil e membro do departamento de cirurgia minimamente invasiva da Confederação Americana de Urologia e do IRCAD Latino América. “No caso do câncer de próstata, quando descoberto a tempo as chances de cura podem chegar a 90%. A cirurgia robótica pode ser uma grande aliada na busca pela cura da doença, desde que realizada por profissionais experientes e capacitados”, completa.

Dentre as mais de 5 mil cirurgias realizadas com o uso de robôs cirúrgicos no país, em 11 anos, aproximadamente 2 mil procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e 300 casos robóticos foram executados pelo Dr. Marcos.

Sobre os benefícios na urologia, uma das especialidades que mais possuem avanços tecnológicos, representando 60% do total, a recuperação pode ser breve nas funções urinária e sexual, por exemplo, nos casos de cirurgia para o câncer de próstata. Essa possibilidade existe, pois o cirurgião possui uma visão privilegiada e as pinças de alta precisão possibilitam realizar um processo cirúrgico extremamente delicado e menos traumático.

“A mão do cirurgião não penetra a cavidade, o que reduz significativamente problemas da parede abominal, sangramento e outras complicações que ocorriam de forma mais frequente quando a musculatura abdominal era aberta amplamente”, explica Dr. Marcos.

Como contribuições originais na área de cirurgias, Dr. Marcos esclarece duas operações interessantes: a Prostatectomia Radical, preservando o espaço de Retzius, que permite uma quase que imediata recuperação do controle urinário pós-operatório, e a Prostatectomia para Hiperlasia benigna de grande volume com anastomose tunelizada (sutura da bexiga na uretra onde se reconstrói a bexiga fazendo um tubo semelhante à uretra), que permite utilizar irrigação vesical por curto período de tempo e dar alta precoce do hospital.

Além dos procedimentos citados, está sendo investida a técnica nefrectomia parcial sem o clampeamento do pedículo renal, na área de cirurgia renal, que permite a retirada completa do tumor, promovendo menor perda de função do rim. Para a área de câncer de pênis, realiza-se a linfadenectomia inguinal por via robótica, tentando reduzir a morbidade cutânea da linfadenectomia aberta.

Atuante como ministro em cursos teórico-práticos na área de cirurgia laparoscópica e robótica desde 2005, Dr. Marcos têm viajado a maioria dos estados brasileiros e países como Uruguai, Egito, Peru e outros para levar mais conhecimento sobre os avanços da robótica. “Sempre uma honra e satisfação poder contribuir com o crescimento e desenvolvimento da cirurgia minimamente invasiva, tudo em prol da excelência para o beneficio dos nossos pacientes”, finaliza.

Redação

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