Como o efeito placebo ajudou a ciência a perceber a fé como fator importante nos processos de cura de doenças

“Há muitas evidências de que a crença em um tratamento médico é crucial para seu sucesso. Na maioria das vezes, a própria crença é um remédio até mais poderoso do que o medicamento utilizado”. Esta afirmação foi feita pelo médico cirurgião, José Genilson Ribeiro, Chefe da Cirurgia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP-UFF), em Niterói (RJ), e fundador do Núcleo de Medicina e Espiritualidade da UFF, onde dá aulas e que também atende gratuitamente à população da cidade com terapias complementares.

Essa afirmação foi feita em 6 de julho na palestra “A Espiritualidade na Prática Clínica: O que diz a Academia”, durante o Congresso Luminarium, o 1º Congresso de Ciência, Consciência e Espiritualidade, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Para o cirurgião, embora as pesquisas científicas estejam focadas na eficácia de uma droga ou tratamento, observa-se que no grupo de pacientes que tomaram placebo há também registros de cura que o médico credita à fé e à força de vontade das pessoas se curarem. “Podemos ter um médico ganhador do prêmio Nobel de Medicina. Não somos deuses. Se o paciente não acreditar, não há cura”, diz José Genilson. “Mesmo em crianças que não compreendem a importância da fé, a crença dos pais e a energia de positividade transmitida ao filho podem ajudar no tratamento”.

O mesmo vale para a prevenção de doenças. Já existe um consenso na ciência e na medicina de que o estresse é uma influência grave das nossas emoções no corpo físico, podendo levar a mudanças biológicas que causam doenças. É a Teoria da Comunicação Molecular que comprova que há uma alteração molecular sempre que o estresse ativa o sistema nervoso simpático (SNS), gerando um aumento da atividade da proteína NF-xB que se traduz num processo inflamatório.

Pensamentos e emoções positivas também podem transmitir recados a células, no sentido de reduzir a inflamação e consequentemente, de prevenir ou mesmo curar uma doença. “A medicina convencional se fechou na ultra especialização, enxergando, na maioria das vezes, apenas órgão adoecido. Precisamos entender o poder que nossos pensamentos e emoções têm na busca de uma saúde plena e integral” garante José Genilson

Em suas aulas sobre Medicina e Espiritualidade, o médico e professor José Genilson Ribeiro busca despertar nos futuros profissionais a capacidade de escutar e de guiar o paciente num processo de desenvolvimento espiritual e de autoconhecimento que ele acredita ser fundamental para que o paciente seja responsável pela sua cura. “A Física moderna entende que não é a matéria (corpo físico), mas sim a mente ou a alma, o ser primário capaz de emanar energias que realizam esta comunicação com as células”.

Redação

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