Hospital Oswaldo Cruz reduz consumo de recursos naturais

Foto: Bruno Marinho

Utilidades como água e energia sempre são uma pauta importante e constante dentro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo (SP). Há mais de cinco anos, a instituição desenvolve e mantém planos de melhorias e eficiência para esses sistemas, com grande foco também em segurança.

Giovani Felipe Guastelli, gestor de Estrutura Hospitalar, conta que, há cerca de dois anos, a crise hídrica no estado de São Paulo aumentou a preocupação do hospital com relação à segurança e à qualidade do fornecimento da concessionária. “Isso fez com que acelerássemos algumas medidas e lançássemos um plano específico para a segurança hídrica no momento”, conta.

Foram desenvolvidos projetos de infraestrutura de abastecimento e distribuição de água nas unidades da instituição, que culminaram com uma economia mensal de 600.000 litros de água na Unidade Paulista, o que corresponde à redução de 5% no consumo.

Giovani Guastelli, gestor de Estrutura Hospitalar. Foto: Bruno Marinho

Dispositivos economizadores foram instalados em todas as torneiras e chuveiros. Além disso, bacias sanitárias foram substituídas por modelos com caixas acopladas, que gastam entre três e seis litros por descarga. Nos vasos sanitários sem caixa acoplada são dispensados cerca de 12 litros d’água cada vez que a descarga é acionada. O sistema de água quente foi balanceado e recebeu válvulas termodinâmicas, que reduzem o tempo de espera pela saída de água quente nos chuveiros e torneiras.

“Como somos uma instituição certificada, é sempre prioridade a manutenção de sistemas críticos, como o de água. Dessa forma, sempre contamos com um ótimo nível de segurança das instalações, mesmo antes desses projetos. Nesse ponto, melhoramos a redundância na fonte, por meio da instalação de poço artesiano, e a eficiência da instalação, atuando na redução do consumo e, consequentemente, no aumento da capacidade de armazenamento e também na redução de custos”, explica Guastelli.

Alguns dos desafios encontrados no processo foram prazo, recursos financeiros e processos legais, uma vez que se tratavam de valores orçamentários não previstos e processos junto aos órgãos regulamentadores que são, em suma, vagarosos. Segundo o gestor de Estrutura Hospitalar, o apoio da diretoria executiva foi um fator crítico de sucesso para a transposição dessas barreiras.

Com relação à conscientização dos colaboradores, o Oswaldo Cruz organiza palestras abertas, treinamentos pontuais nos setores e conversas com gestores. As palestras tratam de assuntos como boas práticas no uso de água e energia, descarte de resíduos, entre outros. “Organizamos um concurso aberto aos colaboradores para que dessem ideias de práticas para o uso racional de água, com um prêmio para a melhor ideia/sugestão. Além disso, mantemos nosso canal do colaborador, onde tais ideias e sugestões podem ser enviadas a qualquer momento”, acrescenta Guastelli.

Para a instituição, reduzir o consumo de recursos naturais significa responsabilidade social, que é um dos pilares da instituição, e eficiência operacional, melhorando os resultados.

Outas ações

Para contribuir com o consumo consciente dos recursos naturais, o hospital também investe em outras ações, como na educação dos colaboradores com relação ao uso correto das instalações, principalmente no que diz respeito a água, iluminação e ar condicionado.

Além disso, mantém um plano anual de investimentos para melhorias e eficiência da infraestrutura elétrica, hidráulica e de climatização. No caso de novas obras e reformas, também procura desenvolver plantas arquitetônicas que beneficiem o uso da iluminação e o conforto térmico naturais, bem como a utilização de materiais, equipamentos e tecnologias que poluam menos e sejam mais eficientes.

Toda a energia elétrica do hospital, atualmente, é proveniente de fontes renováveis, em maioria de pequenas centrais hidrelétricas – PCHs, contratadas através do Mercado Livre de Energia. Isso contribui com uma redução de cerca de 900 toneladas equivalentes na emissão de CO2 por ano.

Matéria originalmente publicada na Revista Hospitais Brasil edição 92, de julho/agosto de 2018. Para vê-la no original, acesse: portalhospitaisbrasil.com.br/edicao-92-revista-hospitais-brasil

Redação

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