Oeste D’Or disponibiliza cirurgia de correção de mielomeningocele intraútero

Referência em qualidade de atendimento e em procedimentos de alta complexidade na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), o Oeste D’Or acaba de se tornar um dos poucos hospitais no Brasil aptos a realizar cirurgias de correção pré-natal da mielomeningocele. Caracterizada por ser uma malformação da medula espinhal, a doença acomete 1 a cada 1.000 nascidos no Brasil, incorrendo em sérias complicações para a mobilidade das pernas e pés, controle da bexiga e ânus, bem como graus variados de déficits cognitivos. A cirurgia corretiva pode até ser feita imediatamente após o nascimento, mas quando realizada no período gestacional, o resultado funcional para a qualidade de vida da criança tende a ser melhor. “A melhor forma de minimizar os efeitos da doença é através da cirurgia de correção pré-natal (cirurgia intrauterina)”, destaca o neurocirurgião pediátrico do Oeste D’Or, João Ricardo Penteado.

João explica que as crianças submetidas à cirurgia no período gestacional terão menor dano a medula espinhal e suas limitações serão bastante amenizadas. “O importante é que a cirurgia fetal se constitui um procedimento seguro para mãe e para o feto, com comprovado benefício em curto e longo prazo, proporcionando melhor desempenho neurológico após o nascimento, aumentando, inclusive,  as chances de andar, e diminuindo o risco do bebê evoluir com hidrocefalia e, consequentemente, a necessidade de cirurgia para implante de dreno no cérebro”, afirma.

Para que a malformação possa ser tratada no período ideal (até 26 semanas e 6 dias), é preciso que a gestante faça o pré-natal, pois é com o ultrassom realizado no segundo trimestre gestacional que é possível diagnosticar o disrafismo espinhal durante e, então, planejar o melhor tratamento.

Sintomas

A mielomeningocele, mais conhecida por espinha bífida ou apenas mielo, é o resultado de um defeito congênito no fechamento das estruturas que protegem a coluna vertebral, deixando a medula exposta ao líquido amniótico, o que ocasiona comprometimentos motores e neurológicos. Quando o tubo neural, que dá origem à nossa coluna, não é fechado — o que deve ocorrer na sétima semana de gestação —, o líquor, um líquido produzido em nosso cérebro que circula pela medula, pode extravasar ao nascimento podendo gerar a infecções de todo o sistema nervoso. Além disso, a medula exposta ao líquido amniótico lesiona progressivamente os nervos da coluna, provocando perdas motoras nos membros inferiores do bebê e prejudicando sua habilidade de caminhar e de conter urina e fezes. Quanto mais alta for a lesão na coluna vertebral, maiores são as chances de a criança precisar andar com auxílio de muletas ou cadeira de rodas.

Redação

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