Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro lança campanha Atitude contra o Mosquito

Com o objetivo de mobilizar a população para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro lança esta semana a campanha “Atitude contra o Mosquito”, que alerta sobre os riscos das doenças e dá dicas de como eliminar os focos do vetor dentro da própria casa.

Em 2018, o estado do Rio teve 39.082 casos de chikungunya, 14.763 de dengue e 2.339 de zika. Neste ano, até o 12 de fevereiro, foram registrados 3.289 casos de chikungunya, 1.304 de dengue e 73 registros de zika.

Para conter o avanço, a mensagem da nova campanha é mostrar com exemplos práticos como o combate ao mosquito pode ser feito na rotina de cada um e, para ser efetivo, precisa da atitude de todos. Nas redes sociais, a mobilização será pela hashtag #atitudecontraomosquito.

Para o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, as ações do governo, que constam entre as metas previstas para os primeiros 100 dias da nova gestão, são importantes como resposta imediata contra a dengue, zika e chikungunya, mas também para que a população se sinta motivada a fazer a sua parte.

“Assumimos o governo tendo como uma das metas imediatas na área da saúde a diminuição do número de casos dessas doenças. Já iniciamos um choque integrado com outros órgãos para que essa estação registre menos casos. No entanto, para que dê certo, contamos com a ajuda da população, parte fundamental nesse combate, já que 80% dos focos do mosquito são detectados em imóveis residenciais”, explica.

Conscientização nas escolas

Além da campanha publicitária, que estará em rádios, tvs, veículos online e diferentes plataformas, outras iniciativas estão em andamento, como a Semana Estadual de Combate às Arboviroses nas Escolas, que acontece em unidades municipais e estaduais. Durante as visitas, que ocorrem ao longo desta semana, profissionais do Programa Saúde na Escola (PSE) realizam atividades lúdicas demonstrando como a vistoria para acabar com focos em casa deve ser feita.

A equipe também realiza a distribuição de folhetos, revista com atividades educativas contra arboviroses e checklist de ações semanais de limpeza e prevenção nas próprias unidades escolares. Também estão sendo realizadas atividades pedagógicas voltadas ao combate do Aedes com gincanas, produção de textos, apresentação de teatro e música e exposição.

Para Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, ações simples e rotineiras da população são suficientes para o controle.

“Parece pouco, mas dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa olhe todos os possíveis focos do mosquito na sua residência. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção, é possível evitar a proliferação do Aedes aegypti”, aponta.

Desde o início de janeiro, a SES já capacitou cerca de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos de arboviroses. A ação continua durante este mês atingindo outros profissionais. Técnicos da Secretaria também estiveram em 36 municípios que apresentam maiores índices de focos do Aedes aegypti para avaliar, junto às secretarias municipais de Saúde, os planos de contingência mais adequados para cada área. A SES ainda disponibiliza larvicida e adulticida e ampliou o público-alvo para entrega de repelente em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O Aedes

O Aedes aegypti é doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante o uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros, roupas compridas, além de uso de repelente nas partes expostas do corpo, aumentado a área de proteção.

Sintomas e diagnóstico

A dengue apresenta febre alta e de início súbito e dores no corpo. O zika tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), que causam uma doença chamada febre da zika vírus, associada à febre baixa e dores pelo corpo. Já a chikungunya apresenta sintomas como febre alta e fortes dores nas articulações. O diagnóstico das doenças, na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sinais e sintomas relatados e observados por profissionais de saúde que indicam o tratamento adequado para cada caso.

Febre amarela

A SES iniciou também na última segunda-feira (18/02) a campanha contra a febre amarela. Até maio, 35 postos de vacinação serão montados em diversas regiões do estado com o objetivo de imunizar mais 4 milhões de pessoas e alcançar a cobertura vacinal de 95% do público-alvo. Até o momento, já foram imunizados cerca de 11 milhões de pessoas.

A Central do Brasil é o primeiro local a receber o posto de vacinação, entre 18 e 21 de fevereiro, das 8h às 13h. Nos primeiros dois dias de campanha, 412 pessoas foram vacinadas na tenda montada na estação de trem. Da Central, o posto irá para a Praça XV, onde ficará entre os dias 25 e 28 de fevereiro, no mesmo horário. A campanha volante ainda passará por Nova Iguaçu, São João de Meriti, Rodoviária Novo Rio, Ceasa, Mercado São Pedro, entre outros pontos.

Redação

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