Sociedade Brasileira de Mastologia lança estudo que promete colocar o câncer de mama em nova perspectiva

A Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Libbs Indústria Farmacêutica, está realizando um estudo para identificar o conhecimento, a atitude e a prática das mulheres de todas as regiões do país sobre o câncer de mama. Com lançamento oficial nesta quinta-feira (11) durante o XXII Congresso Brasileiro e IX Simpósio Internacional de Mastologia, o estudo está convocando mulheres acima dos 18 anos e para participar. Para isso, basta acessar o link lnkd.in/d343z9W e responder o questionário.

O principal objetivo do estudo é contribuir com os órgãos responsáveis pela Saúde Pública na formulação de políticas mais eficientes, além de promover ações de conscientização para que a população tenha condições de contribuir de maneira ativa no diagnóstico precoce. “Este é o primeiro levantamento nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia junto às mulheres. Considerando que a falta de informação atrapalha o reconhecimento dos sinais e sintomas, o que pode atrasar a busca por atendimento médico por parte dos pacientes e, consequentemente, dificultar o tratamento, queremos analisar o conhecimento em relação ao câncer de mama em mulheres brasileiras e, a partir do resultado dos questionários, direcionar como a sociedade médica e governos podem focar os esforços de forma mais eficaz”, explica o mastologista responsável pelo estudo, Antônio Luiz Frasson. “Isso vai ao encontro das Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, completa.

Dados de pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia mostram que o acesso das mulheres com alterações clínicas ou radiológicas ainda é o principal gargalo e precisa ser facilitado no Brasil. Isso porque entre o início dos sintomas e/ou percepção da alteração no exame, elas chegam a levar de 6 a 12 meses para procurar o especialista por falta de disponibilidade, sobretudo no serviço público. Há muita dificuldade para agendar consulta com o mastologista, assim como para realizar mamografia, biópsia e cirurgia, já que os sistemas de regulação dos estados são complexos e obrigam as mulheres a ficarem aguardando em casa por um telefonema. Esse triste quadro colabora para o alto índice de casos avançados (de 50% a 60%) atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que não colabora para a cura e a redução da mortalidade.

A pesquisa pretende avaliar dados demográficos acerca do conhecimento dos participantes quanto aos sinais, sintomas e fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama; quanto às formas de diagnóstico e tratamento do câncer de mama; quanto aos profissionais envolvidos nas etapas de rastreamento, diagnóstico e tratamento, assim como as entidades envolvidas na prevenção e controle do câncer de mama; e, ainda, quanto aos direitos legais dos pacientes e às campanhas e ações educativas voltadas ao diagnóstico precoce do câncer de mama.

Redação

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