A cirurgia robótica revolucionou a medicina ao oferecer uma técnica mais segura e menos invasiva para o paciente. No país, o Robô Da Vinci XI é o aparelho utilizado para as operações principalmente nas áreas de urologia, gastroenterologia e ginecologia, já somando mais de nove mil procedimentos.
Segundo o Dr. Adriano Cardoso Pinto, urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a cirurgia robótica mais comum é da área de urologia com mais de cinco mil procedimentos, sendo que 80% é para o tratamento do câncer de próstata. “A prostatectomia, que é a retirada da próstata seja por câncer ou não, pode ser realizada com baixo risco de sequelas para o homem. O resultado é possível graças à incisão minimamente invasiva das pinças do robô que oferece benefícios como menor sangramento, grau de dor, tempo de internação e melhor recuperação no pós-operatório, que é mais rápido e menos doloroso”, conta.
O Robô Da Vinci XI funciona a partir de um console, onde o médico controla o procedimento e tem a imagem da região que será operada em 3D, além da mesa específica acoplada no equipamento, que facilita o movimento e diminui o tempo cirúrgico. Para o especialista, a tecnologia é capaz de trazer detalhes que não seriam percebidos a olho nu. “Na cirurgia convencional, o médico conta com o campo de visão do corte, já com a pinça e lente de aumento, que faz uma rotação mais ampla que o punho humano de 90°, mostra uma riqueza de detalhes que melhora o desempenho da operação”, detalha o urologista do Hospital São Camilo.
Além do câncer de próstata, o médico explica que a cirurgia robótica pode ser indicada também para retiradas de tumores e má formação congênita no rim, como o estreitamento do ureter (canal) na área da urologia. Para a cirurgia geral visa os diagnósticos de hérnias, colicistectomia – retirada da vesícula – e gastroplastia, a redução do estômago, e na ginecologia, na retirada de útero, ovário e tratamento da endometriose.
De acordo com o INCA, Instituto Nacional de Câncer, o câncer de próstata Brasil é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).