A Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado anteciparam a volta das aulas práticas e laboratoriais dos cursos técnicos e superiores da área da Saúde para as regiões do Estado que estão na fase amarela do plano de flexibilização, ação regulamentada pela portaria 747, de 17 de julho de 2020 da Prefeitura do município de São Paulo. A primeira fase consiste em atender até 35% da ocupação total nas instalações acadêmicas.
O Centro Universitário São Camilo – instituição de Ensino referência na área da Saúde – iniciou as aulas práticas do 2º semestre na segunda-feira, dia 3, seguindo quatro prioridades: concluintes do final do ano, alunos que necessitam ser liberados para campos de estágio, reposições dos demais alunos e aulas regulares do 2º semestre, sendo que o conteúdo teórico continuará sendo ministrado remotamente até o final do ano.
O pro-reitor acadêmico do Centro Universitário São Camilo, Carlos Ferrara, que atua diretamente na gestão do planejamento de retomada das aulas, enfatiza que a volta das atividades acadêmicas para alunos formandos é necessária para que não ocorra uma lacuna de profissionais da área da Saúde atuando não apenas na linha de frente contra a Covid-19, mas também no atendimento de outras doenças. “Precisamos de cautela, responsabilidade e segurança. A atual situação do mundo é diferente de qualquer outra que já vivenciamos, por isso existe um grupo que realizou minuciosamente um planejamento para dar continuidade às aulas de todos os cursos, de forma que os alunos continuem estudando e tendo um aprendizado com excelência”
O pro-reitor enfatiza, ainda, que “a formação da área da Saúde é muito importante e não pode parar, senão poderemos ter um blackout de profissionais”.
Com a necessidade de retomada das aulas, seguindo os protocolos sanitários, a autorização do Governo e da Prefeitura do Estado e as recomendações da OMS, o Centro Universitário São Camilo realizou um estudo que contou com professores do curso de Medicina da instituição, como o coordenador do curso, Raphael Einsfeld, e o professor de Saúde Pública, Sérgio Zanetta, além de engenheiros e técnicos de Segurança. Nele, constam as medidas preventivas adotadas nas estruturas das duas unidades – Pompeia e Ipiranga – como toda a sinalização necessária, respeitando o distanciamento social, a inserção de barreiras acrílicas nos ambientes de atendimento (recepções, centrais de atendimento, inspetoria, biblioteca, etc), desativação temporária da Sala de Descanso e Entretenimento e de Salas de Reunião e redução da capacidade das Copas, além substituição dos bebedouros de jato por equipamentos com sensores, entre outras.
A grade horária das aulas práticas respeitará a capacidade máxima permitida de alunos por laboratório, de 20%, incluindo a possibilidade da montagem de cinco laboratórios de campanha para atender toda a demanda, sempre obedecendo as regras de distanciamento social que é a principal medida efetiva além do uso de máscara em todo tempo de permanência na instituição e outros EPIs pertinentes às atividades laboratoriais.
As medidas de segurança incluem ainda a clínica-escola Promove, localizada no bairro do Ipiranga, onde são oferecidos serviços de saúde gratuitos, como consultas, atendimentos, exames laboratoriais e exames de imagem. O local presta assistência em saúde de qualidade para a população em vulnerabilidade social, que recebe atenção individualizada e continuada.
As aulas do 2° semestre terão início em 17 de agosto. O conteúdo teórico continuará sendo desenvolvido remotamente e as aulas práticas nos dois campi.