Com a disseminação da Covid-19 pelo mundo, cientistas voltam seus esforços para encontrar uma cura para a doença. Um dos novos candidatos para auxiliar nesse combate é o óxido nítrico, ou NO, um vasodilator que estimula a troca de gás nos pulmões e permite que o sangue oxigene melhor. Parte fundamental da biologia humana, ele regula a relação de PO/FO, acelerando o fluxo de sangue e aumentando a transferência do oxigênio por todo o corpo.
Uma série de estudos clínicos conduzidos pelo Hospital Geral de Massachusetts (EUA) em parceria com pesquisadores da Itália e da China busca descobrir se a terapia pode ser eficaz, explorando de maneiras diferentes como a inalação do gás incolor e insípido pode ser aproveitada para tratar o novo Coronavírus. Dados preliminares sugerem que ele pode ser um forte aliado devido às semelhanças genômicas do Sars-CoV-2 com os vírus que causaram os surtos de Sars e Mers em 2004 e 2005, nos quais houve êxito no tratamento.
Por ainda não existir uma cura para a doença, grande parte das abordagens aplicadas por agentes de saúde atualmente é focada no alívio de sintomas. O que o vírus da Covid-19 faz é tentar impedir o transporte de oxigênio para o corpo e, como o NO é um relaxante muscular suave, consegue relaxar os vasos sanguíneos abrindo caminho para o sangue circular e levar oxigênio para que o pulmão possa exercer sua função.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, o NO liberado pelo doador S-nitroso-N-acetilpenicilamina (SNAP) provou ter efeito antiviral único que aumentava de acordo com a dose. O objetivo principal, agora, é investigar como o Sars-CoV-2 reage ao composto. Para isso, os cientistas focam seus esforços em construir um modelo em laboratório que simule com segurança uma forma possível de terapia.
O NO atua como uma espécie de hormônio no controle de vários órgãos, regulando, por exemplo, a tensão de vasos e o fluxo sanguíneo. Em cenários de insuficiência pulmonar aguda, pode ser administrado na forma de gás inalável com baixa concentração para impulsionar o nível de saturação de oxigênio no sangue, o que pode encurtar o tempo gasto por pacientes em hospitais e reduzir mortalidades.
Utilizado na medicina para diversos fins, como tratamento de bebês prematuros e adultos com cirurgias cardíacas, o óxido nítrico alivia a pressão sanguínea nas artérias pulmonares de pacientes privados de oxigênio, sendo uma “terapia de resgate” em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma vez que as artérias coaguladas dificultam o processamento de oxigênio pelos pulmões, mesmo quando fornecido por um ventilador.
Atualmente considerada a principal alternativa para estabilizar quadros de falência respiratória grave, a ventilação por intubação é uma maneira eficaz de garantir o repouso pulmonar e ofertar oxigênio. Entretanto, demonstra alto potencial para desenvolvimento de casos de sepse e falência de órgãos, além de expor profissionais de saúde a doses concentradas e aerossolizadas do vírus. Pensando nisso, os pesquisadores pretendem aprovar e iniciar outro ensaio para testar se o óxido nítrico pode proteger também os profissionais de saúde que estão na linha de frente nos hospitais. A ideia é que a aplicação do gás antes e depois dos turnos dificulte a infecção.
Hospital adota terapia para atender a demanda imposta pela pandemia
Com o objetivo de tratar e monitorar com mais precisão a concentração dos níveis de óxido nítrico (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2) aplicados aos pacientes, principalmente aos infectados pelo novo Coronavírus, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), de Jundiaí (SP), adquiriu um novo sistema de óxido nítrico, composto pelo monitor NOX Plus, da Moriya.
“É um equipamento que pode ser empregado em todas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), mas inicialmente será utilizado na UTI Geral, onde estão os pacientes em tratamento contra a Covid-19. O gás é um método terapêutico que atua como vasodilatador pulmonar seletivo e promove uma melhor oxigenação dos pulmões. É utilizado para tratamento de pacientes que possuem hipertensão pulmonar e o que chamamos de TEP, o tromboembolismo pulmonar. A dosagem é prescrita pelo médico, mas o gás é administrado pela equipe de fisioterapia”, explica Daniel Gimenez, coordenador da fisioterapia do HSV.
O monitor utiliza células eletroquímicas que funcionam por meio de reações químicas do gás alvo com um eletrodo e do oxigênio do ambiente com outro eletrodo. Esta reação gera uma corrente elétrica proporcional a concentração do gás, que é medida através de um resistor de carga e tem seu valor amplificado, filtrado e convertido para a tela. Tendo-se a concentração destinada ao paciente, o monitor realiza o cálculo do fluxo ideal de NO/N2 a ser administrado.
O superintendente do hospital, Matheus Gomes, ressalta a importância do recurso não só durante a pandemia, mas também em longo prazo. “Nosso foco no momento é atender a demanda imposta pela pandemia, mas a incorporação desse recurso agrega de maneira contínua, pois é mais uma opção de terapia para auxiliar nossas equipes na assistência e demais cuidados com os pacientes.”
Soluções para monitoramento de óxido nítrico (NO)
Maior companhia de oxigenoterapia do Brasil e pioneira no tratamento de hipertensão pulmonar com óxido nítrico, a Moriya oferece ao mercado os monitores NOx 1000, NOx Plus e NOx Plus SpMet. A versão NOx 1000 monitora óxido nítrico (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2); já na NOx Plus, além desses dois parâmetros, é possível controlar o oxigênio (O2) inalado; e a Plus SPMet conta também com um avançado sistema de co-oximetria de pulso não invasiva, que permite medir saturação periférica de oxigênio, saturação periférica de meta-hemoglobina e frequência cardíaca.
As medições são apresentadas em uma tela de cristal líquido colorida de fácil visualização, com resolução de 640×480 pixels (VGA) e sensível ao toque (touch screen). Dados de tendência são armazenados em memória, com capacidade máxima de aproximadamente 15 dias contínuos de monitoração, e podem ser visualizados na tela gráfica e enviados para um computador por meio da porta USB disponível na traseira do monitor.
O aparelho inclui vários alarmes e itens de segurança. O fluxo da amostragem de gás é continuamente monitorado e um alarme sonoro e visual é ativado se por qualquer motivo o monitor não conseguir regular o fluxo necessário para a medição. Uma válvula de segurança é responsável por cortar o fornecimento de NO ao paciente se este ou se o NO2 atingir um nível muito elevado.
O gás a ser monitorado é continuamente amostrado por uma bomba com fluxo constante de aproximadamente 300 mL/min, no sistema ‘sidestream’. As medições tem resolução de 0,1 ppm e faixas de 0-100 ppm (NO), 0-50 ppm (NO2) e 0-100% (O2). Para funcionamento, o aparelho pode ser ligado à rede elétrica ou alimentado por baterias internas com autonomia de até duas horas.
Tel: (11) 5573-9773
E-mail: vendas@jgmoriya.com.br
Site: jgmoriya.com.br
Muito bom artigo…. parabéns. Estamos utilizando NO na UTI onde sou enfermeiro supervisor…obriga!!!
Agradecemos por compartilhar sua experiência conosco, Jairo!