Healthtech e cibersegurança caminham lado a lado

A implementação da tecnologia na área de saúde vem permitindo gerar longevidade, qualidade de vida e, principalmente, prevenção. Os dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas utilizados apostam nas mais recentes descobertas e inovações, auxiliando no crescimento significativo do setor nos últimos anos. No entanto, para garantir a integridade dos dados trabalhados, seja nos sistemas de gestão ou nas pesquisas rumo a novas descobertas, é preciso contar com a cibersegurança.

De acordo com o levantamento global de ciberataques divulgado pela Check Point Research no início de 2022, as instituições de saúde foram o segundo alvo preferencial dos criminosos, ficando atrás somente do setor de varejo. O estudo aponta que os ataques ao setor de saúde cresceram 64% no Brasil. “Quando falamos em healthtechs, estamos falando de startups de bases tecnológicas, com o objetivo principal de trazer soluções relacionadas à inovação no setor de saúde. Mas, por ter a tecnologia no seu cerne, as healthtechs precisam ter cuidado especial com a segurança dos dados”, comenta Fernando Medeiros, CTO da FC Nuvem, frente da FCamara especializada em serviços gerenciados de infraestrutura multicloud, cibersegurança e jornada de dados.

Esses dados, que hoje em dia podem ser acessados e compartilhados em nuvem, em nome da praticidade, rapidez e conectividade global, necessitam de segurança na entrada e na divulgação. “Essas empresas têm acesso a prontuários eletrônicos, exames laboratoriais, diagnósticos de imagem e outros dados sigilosos dos pacientes. Fraudes nesses sistemas podem provocar outras fraudes maiores no sistema de saúde como um todo”, complementa.

Para além da proteção de dados, a atuação da tecnologia nas clínicas, consultórios, hospitais e empresas demandam também uma completa infraestrutura de TI, sendo grandes facilitadores para gestão da equipe médica e administrativa desses centros. Uma pesquisa realizada pela International Data Corporation (IDC) afirma que 65% das organizações de saúde investirão em software de AI ainda em 2023, para melhorar a governança e desenvolver tratamentos mais personalizados. Dos entrevistados, 32,6% revelaram que aumentarão os seus aportes em cibersegurança.

Ainda existem muitos desafios em segurança cibernética e, por isso, o setor de tecnologia em saúde tem demandado um alto número de profissionais. Levando em consideração a falta de mão de obra qualificada, terceirizar a cibersegurança para prevenir e combater as técnicas mais avançadas de golpes e crimes virtuais pode oferecer respostas mais eficazes. “Nesse cenário, recomendo fortemente a contratação de empresas especializadas nesse tipo de serviço, que poderão trazer soluções mais assertivas e alinhadas entre si do que uma equipe montada do zero”, diz Medeiros.

Redação

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