Julho Amarelo: Unidades de saúde da zona sul realizam testes rápidos de hepatites B e C

Durante o “Julho Amarelo”, considerado o mês de luta contra as hepatites virais, o Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) faz esclarecimentos sobre as hepatites, que representam um grave problema para a saúde pública, já que o último Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, registrou mais de 42 mil novos casos de hepatite no Brasil na última década, sendo que 76% dos 70.671 óbitos relacionados à doença está atrelado a hepatite C, para a qual ainda não há vacina.

De acordo com Mairim Debra, enfermeira do CEJAM, a doença ocorre a partir da transmissão de um vírus que provoca uma inflamação no fígado. “O vírus das hepatites B e C é transmitido pelo sangue e sobrevive no sangue seco, em temperatura ambiente, por pelo menos 7 dias”, conta.

Segundo especialistas da instituição, o vírus da Hepatite B é 100 vezes mais infectante que o HIV, por exemplo. Por isso, é fundamental não compartilhar objetos de uso pessoal como seringas e agulhas, lâminas e alicates; usar material descartável para colocação de piercing e realização de tatuagens; certificar-se que os equipamentos cirúrgicos e odontológicos tenham sido esterilizados quando não puderem ser descartados e usar camisinha em todas as relações sexuais. “Atualmente, as unidades básicas de saúde possuem vacina contra Hepatite B para pessoas de todas as idades, mas a Hepatite C ainda não dispõe de vacina, o que faz ainda mais importante a conscientização para a prevenção às hepatites”, reforça Debra.

Até maio de 2020, as Unidades Básicas de Saúde geridas pelo CEJAM na zona sul de São Paulo realizaram 2140 testagens rápidas para hepatite B e 760 para hepatite C. “Apesar dos profissionais estarem focados na contenção da pandemia de Covid-19, temos empregado esforços para uma busca ativa em populações mais vulneráveis e oferecemos orientações e esclarecimentos nas unidades. Com o diagnóstico precoce e início do tratamento, conseguimos ter um controle maior sobre evolução da doença”, conclui.

Redação

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