A Federação Internacional de Autocuidado (GSCF) acaba de lançar um relatório pioneiro sobre autocuidado, que contou com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Índice identifica quatro categorias com orientações e soluções que possam capacitar as pessoas a reconhecerem e a praticarem cuidados com a saúde no dia a dia. A pesquisa também traz dados do quanto a educação sobre o autocuidado impacta na saúde dos indivíduos e na sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde. A análise abrangente do índice serve como referência para melhores práticas. Também se destina a fomentar o diálogo construtivo entre os países para refinar as abordagens acerca do tema.
Os 10 países participantes foram avaliados por meio das seguintes categorias: Apoio e Adoção dos Stakeholders; Empoderamento do consumidor e do paciente; Política de Saúde de Autocuidado; Ambiente Regulatório.
O estudo mostra que integrar o autocuidado aos sistemas de saúde alivia a carga do sistema e melhora o atendimento. Ainda que os governos dos países, muitas vezes, subestimem os benefícios econômicos dos programas de autocuidado, agregá-los aos sistemas de saúde, confere efeitos positivos quando se trata de resultados econômicos a longo prazo para os orçamentos e sistemas em geral. Com a participação ativa de toda a cadeia de saúde, como fabricantes, distribuidores, entre outros, é necessária a união de forças para trabalharem juntos, garantindo que todos tenham acesso às informações de que precisam para fazer melhores escolhas.
Por ser uma das principais interlocutoras sobre o tema do autocuidado no país, a ABIMIP está entre os entrevistados. A entidade tem como missão primordial oferecer acesso às pesquisas e informações confiáveis, alinhadas aos principais Órgãos de Saúde, embasadas em estudos científicos, para que as pessoas possam tomar decisões em relação ao autocuidado de forma responsável, consciente e segura, promovendo, assim, mais saúde, além de maior liberdade de escolha.
“Encorajar cada indivíduo a aumentar o conhecimento sobre o cuidado com sua saúde, é uma estratégia altamente eficaz para otimizar recursos do sistema de saúde e torná-lo sustentável”, diz Marli Sileci, Vice-presidente executiva da ABIMIP.
Principais mensagens da pesquisa da Federação Internacional de Autocuidado:
• Ação coletiva para integrar o autocuidado continuamente aos sistemas de saúde globais;
• Governos, formuladores de políticas e atores do sistema de saúde devem adotar uma abordagem coerente para o autocuidado com base nos facilitadores essenciais;
• Um pacto global sobre autocuidado centrado em torno de uma futura Resolução da OMS sobre a questão.
TEMA 1
As percepções de autocuidado são impulsionadas tanto por valores sociais quanto por características culturais. Como resultado, não existe um entendimento comum sobre o autocuidado. Criar um entendimento global comum dos benefícios do autocuidado ajudará a concretizar seu potencial para os sistemas de saúde.
TEMA 2
O autocuidado oferece o melhor valor para indivíduos com um alto nível de alfabetização em saúde, permitindo-lhes tomar melhores decisões. Todos os médicos, enfermeiras e farmacêuticos recém-formados devem ter uma compreensão clara do autocuidado e de como ele pode ser usado em suas práticas, regularmente atualizadas por meio da inclusão do autocuidado na formação profissional contínua.
TEMA 3
A política de autocuidado é comum, mas desarticulada, levando a inúmeras estratégias governamentais. Regulamentações inteligentes e processos transparentes impulsionariam a inovação em soluções de autocuidado.
Global Self-Care Federation (GSCF) – Iniciativa de pesquisa e uma ferramenta política inédita que explora facilitadores essenciais para o autocuidado em diversos sistemas de saúde em todo o mundo. Seu objetivo é apoiar melhores projetos em sistemas de saúde e construir uma base para iniciativas voltadas para ação em todos os níveis.