Hospital Santa Isabel realiza primeiro implante de dispositivo cardíaco com tecnologia Bluetooth no Brasil

Um paciente com insuficiência cardíaca recebeu o primeiro implante de um cardiodesfibrilador associado a ressincronizador cardíaco com tecnologia Bluetooth no Brasil. O procedimento aconteceu no Hospital Santa Isabel (Rede Santa Catarina), em Blumenau (SC), no dia 6 de agosto, e foi realizado pela equipe de cirurgiões cardiovasculares coordenada pelo Dr. Eduardo Moeller Mota.

Este aparelho ajusta eletronicamente os batimentos do coração e auxilia no tratamento da insuficiência cardíaca, além de identificar e tratar arritmias cardíacas graves que possam colocar em risco a vida do paciente por provocar uma parada cardíaca. De acordo com o Dr. Eduardo, esta cirurgia é realizada com frequência, mas a principal e maior novidade é a conexão via Bluetooth. Até então, a tecnologia disponível exigia que o paciente possuísse um dispositivo em sua casa para sincronizar o desfibrilador e enviar as informações do aparelho para uma central, e esta encaminhava para o médico. Agora, este novo aparelho realiza a comunicação diretamente através de um aplicativo instalado em um smarthphone, gerando extrema agilidade na transmissão da informação.

O aparelho da fabricante norte americana ABBOTT, chamado Neutrino NxT, é implantado no tórax, abaixo da clavícula, e três eletrodos são posicionados dentro do coração através da veia subclávia – dois no lado direito e um no lado esquerdo do coração. O Neutrino NxT regula, através destes eletrodos, os batimentos cardíacos e ajusta a melhor forma de contração do coração para auxiliar no tratamento da insuficiência cardíaca. Através da comunicação via Bluetooth, o médico pode ser informado de algum evento arrítmico que aconteça com o coração e pode agir com brevidade para evitar danos maiores. O aplicativo transmite o status e as informações do dispositivo de forma criptografada, garantindo extrema segurança uma vez que o acesso aos dados é feito somente por pessoas autorizadas.

É importante esclarecer que esta tecnologia não substitui o acompanhamento do especialista. “Todos os pacientes portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantados precisam de acompanhamento. A revisão médica periódica é fundamental para verificar e confirmar o correto funcionamento, otimizar todos os recursos disponíveis e garantir a excelência nos resultados, gerando uma melhor qualidade de vida”, explica o Dr. Eduardo.

Redação

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