Três grupos de 30 alunos cada um, do 9º ano da Escola Nova, da Gávea, Rio de Janeiro (RJ), participaram, em 5 de julho, de um treinamento de primeiros socorros ministrado pela equipe do Hospital Pró-Cardíaco, de Botafogo. A iniciativa faz parte do projeto Pró-Comunidade, da instituição. Foram ensinadas noções básicas sobre como proceder diante de crises convulsivas, engasgos, sangramentos e paradas cardíacas. No caso dessa última, os alunos tiveram a oportunidade de praticar a reanimação cardiopulmonar com o uso de um manequim de simulação.
“Eu costumo ficar muito nervosa quando vejo alguém passar mal. Agora, ficarei confortável para ajudar, me sinto bem mais preparada para isso”, acredita a aluna Maria Eduarda Brito. “O mais importante foi aprender como fazer a massagem para reanimar o coração. Isso deveria ser ensinado em todas as escolas”, enfatiza a estudante Mariana Amaral.
Essa foi a primeira ação externa do projeto Pró-Comunidade, que, regularmente, promove palestras para o público leigo sobre as principais doenças cardiovasculares, no auditório do Pró-Cardíaco. A intenção é realizar ao menos um treinamento em escolas por mês, alternando instituições públicas e instituições privadas.
“O hospital precisa ter um papel ativo na sociedade e entendemos que deveríamos levar o nosso conhecimento à comunidade que nos cerca. Escolhemos ir até as escolas porque os jovens, no futuro, serão adultos que terão esse conhecimento e que, hoje, já podem atuar como multiplicadores do conceito e espalhar as informações para suas famílias e amigos”, explica Cláudio Amorim, diretor executivo do Hospital Pró-Cardíaco.
“Na escola, você atinge os moradores do bairro, gera uma contaminação positiva naquela região específica da cidade”, destaca André Volschan, coordenador de Ensino e Pesquisa do Pró-Cardíaco, hospital que é credenciado pela American Heart Association como centro de treinamento de Suporte de Vida Avançado Cardiovascular.
“A grande lição que queremos passar é: medidas simples salvam vidas”, ressalta a enfermeira educadora Carla Vianna, que ministrou o treinamento com sua colega Debora Mazioli. “E, também, que o mais importante é saber o que não fazer, como, por exemplo, tentar desenrolar a língua de uma pessoa com uma crise convulsiva. Isso não deve ser feito. Quem presta socorro não pode correr o risco de se tornar uma segunda vítima”, afirma Debora.