No dia 28 de outubro, o Grupo Tecnoset organizou um encontro com diversos especialistas do campo da saúde para debater a respeito das 6 metas internacionais de segurança do paciente e as soluções existentes no mercado para otimizar o processo como um todo. A mediação foi realizada pelo Dr. Rafael Munerato, e contou com a participação de André Pimentel, sócio-diretor da TR Service, Aureo Fittipaldi, da Think Digital, sócio colaborador da Infinite Educational e especialista em tecnologia de hospital, e Eder Cavalcante, coordenador de TI do Grupo NotreDame Intermédica.
Como pontuado pelo Dr. Munerato, vale ressaltar que essas metas internacionais foram estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que significa que são seguidas em todos os hospitais no mundo inteiro, mostrando que as soluções utilizadas aqui podem ser empregadas de forma ampla, com bastante potencial de crescimento no mercado.
A necessidade de melhorar o atendimento e a segurança de todos no hospital, desde a chegada do paciente e a interação com familiares, até o momento da alta, a ‘linha de cuidado’, como é dito na medicina, ficou ainda mais evidente com a atual pandemia da Covid-19. As pessoas nunca estiveram tão preocupadas com as nuances da área da saúde quanto agora, por isso é importante lembrar que essas metas são fidedignas e baseadas em estudos científicos robustos, como esperado de um órgão de alcance global, como a OMS. Quanto mais preparado estiver o sistema de atendimento, mais vidas poderão ser salvas, principalmente em situações graves.
A primeira meta é a identificação correta do paciente, algo que causa confusão entre os times de atendimento e é bastante comum aqui no Brasil. “Muitos pacientes têm nomes parecidos e acabam sendo enviados para procedimentos e receitas incorretas”, comenta o Dr. Munerato. São necessários mais dados do que apenas o nome para que a identificação não tenha falhas, algo que agora é possível com pulseiras especiais desenvolvidas pela TR Service, que fornecem QR Codes diferentes para cada paciente recém-chegado à área de atendimento. Quando escaneadas, é possível ver todos os procedimentos agendados para o paciente, além do nome e outros dados pessoais cadastrados no sistema do hospital, evitando problemas de identificação. A mesma solução é extremamente valiosa para a segurança também, pois os gerentes do hospital sempre saberão exatamente quantas pessoas estão internadas no momento e os dados de cada uma delas, basta checar os cadastrados no Wi-Fi do local, que será mais detalhado adiante.
Essa organização mais eficiente acaba tendo uma conexão direta com a quarta meta: garantir o local, o procedimento e a cirurgia no paciente correto. Essa meta acaba sendo uma junção de todas as outras, evidenciando como todas as partes se amarram perfeitamente uma com a outra.
Eder Cavalcante, que chegou a ver o uso dessas pulseiras em ação, explica como a ação facilitou imensamente a gestão do hospital nesse quesito. “Há uma dificuldade atualmente em gerenciar equipamentos e uma estrutura de backup. Manter a disponibilidade, encontrar empresas para fazerem a manutenção. Nós conseguimos organizar melhor quando aplicamos isso como serviço, porque deixamos de ter preocupações com tantas estruturas”.
Em seguida, a segunda meta é igualmente importante, sendo a melhora da comunicação entre os profissionais de saúde, a qual a Think Digital (parte do Grupo Tecnoset) desenvolveu um Wi-Fi interno para os hospitais. “Quando ele (o paciente) se conecta à rede, caí num portal que provê os dados: CPF, telefone, celular. É um ambiente totalmente em conformidade com a Lei de Proteção de Dados”, afirma Aureo Fittipaldi. Com essa solução, é possível saber tudo que está acontecendo dentro do hospital, visto que é muito simples contatar diretamente o paciente, o acompanhante ou o corpo médico. Basta estarem no Wi-Fi. “Além de vídeos explicando instruções e procedimentos do hospital, também podemos enviar na hora uma pesquisa de satisfação, para entender como o paciente está no momento, como ele se sente em relação à higiene do local, etc”. “Comunicação é o calcanhar de Aquiles de todas as instituições de saúde do mundo”, conclui Dr. Munerato. Até mesmo localização dentro dos hospitais acaba sendo abordada, segundo Fittipaldi, para os pacientes a não se perderem, um mapa do hospital também é enviado via Wi-Fi.
Para que os tratamentos sejam eficazes e sem qualquer risco de complicações, os medicamentos precisam ser guardados e administrados adequadamente, o que representa a terceira meta: melhorar a segurança dos medicamentos. “De todas as áreas de TI de um hospital, a farmácia é um dos departamentos considerado crítico”, diz Eder Cavalcante, relembrando do experimento das soluções realizado no Grupo NotreDame Intermédica. Todos os medicamentos são registrados no Wi-Fi da unidade hospitalar, permitindo que os gestores possam ver o tempo todo quais medicamentos estão ainda disponíveis no estoque, onde exatamente se encontram no prédio e quais estão em falta. Além disso, é fácil também para fornecer o remédio correto para o respectivo paciente, visto que basta procurar pelos dados do mesmo no sistema, para confirmar a prescrição.
Para finalizar, as últimas duas metas: reduzir o risco de infecção associado ao cuidado e reduzir o risco de danos aos pacientes resultante de quedas. Antes de falar das soluções para ambas, o Dr. Munerato notifica a fundamentalidade de começar a envolver os pacientes mais nessas duas etapas finais, para que eles se sintam incluídos e empoderados dentro do ambiente hospitalar, sentindo-se mais seguros de si mesmos, ainda mais em um tempo em que todos parecem estar mais atentos às questões da saúde, como mencionado anteriormente. “O paciente precisa ter confiança na integridade da conexão formada com o corpo clínico”. Isso se estende aos visitantes, naturalmente, pois assim que chega na recepção do hospital, ele já é notificado imediatamente através do Wi-Fi sobre as regras de higiene dentro do hospital e como isso impede infecções de acontecerem.
Enquanto internados, os pacientes constantemente serão relembrados dos cuidados que devem tomar durante a internação, para evitar acidentes. Caso algo aconteça, como uma queda, por exemplo, a equipe médica poderá agir imediatamente, graças ao sistema integrado da pulseira do paciente, com o Wi-Fi.
Esse não só é um tema importante para quem trabalha com saúde, mas é também muito gratificante, porque não há nada melhor que um paciente satisfeito, que é exatamente a impressão que o Grupo Tecnoset espera causar cada vez mais com as suas soluções.