O que e como priorizar ações diante de uma oncologia profundamente impactada pela pandemia? Que práticas globais podem ser inseridas no contexto nacional para a retomada dos diagnósticos e tratamentos de pacientes? Como mudar uma triste realidade nacional de tantos diagnósticos tardios? Estas são algumas das temáticas da agenda intensa da 12ª edição do Fórum Nacional Oncoguia, evento promovido pelo Oncoguia, organização social que há mais de 10 anos atua na defesa dos direitos dos pacientes com câncer no país, que acontece de 26 a 29 de abril.
100% virtual, o encontro reunirá speakers expoentes, de sociedades médicas, órgãos governamentais, médicos internacionais, e entidades congêneres, para debater os desafios do setor e apontar estratégias e soluções em favor da promoção de uma oncologia mais efetiva, que realmente priorize o que importa para o paciente. “Acompanhamos diariamente pacientes enfrentando desafios variados para fechar o diagnóstico e começar um tratamento. Enfrentam uma jornada árdua e nada digna. Somente juntos, todos os envolvidos, conseguiremos transformar a realidade do câncer em nosso país”, destaca a Luciana Holtz, fundadora e presidente do Oncoguia.
O primeiro dia será dedicado à revisão dos dados de impacto da pandemia no câncer: global e nacional. “Já conhecemos os números e a gravidade do mesmo, mas precisamos reagir e agir, todos juntos, da UBS ao centro de câncer, da comunidade ao paciente, passando pelo especialista, pelo oncologista, pelo gestor e pelo político”, detalha Luciana.
No segundo dia de debates, o foco será no prioritário tema do diagnóstico do câncer e seus inúmeros desafios para garantirmos precocidade. Problemas no acesso, na remuneração e até na qualidade das biópsias e da patologia serão debatidos, assim como a importância dos testes moleculares e as melhores estratégias para que o paciente não se perca nos sistemas de saúde. “Hoje podemos disponibilizar a telemedicina, a navegação e filas transparentes como excelentes ferramentas para que o paciente consiga realizar um diagnóstico precoce, mas, na prática, isso não ocorre de forma padronizada e para todos”, explica a presidente do Oncoguia.
O diretor científico do Oncoguia, Rafael Kaliks reitera: “A oncologia mudou completamente nos últimos dez anos e todos os benefícios observados no diagnóstico e no tratamento não chegaram para quem depende do Sistema Único de Saúde”.
“Serão dias de troca de informação e de muito comprometimento, nos conectando a todos os envolvidos a uma agenda única para a Oncologia. O câncer em poucos anos se tornará a doença que vai mais matar pessoas no mundo e ainda é uma das mais temidas pelos brasileiros, por isso, precisamos que ele seja tratado com mais prioridade e de verdade melhorar a vida dos pacientes que recebem esse diagnóstico e podem sim, ser curados ou viverem mais e melhor por muito tempo”, conclui Luciana
Para conferir todos os detalhes da programação, e inscrições acesse: www.forumoncoguia.org.br.