Condições como a artrose, que trazem desgaste no joelho, podem ser incapacitantes. Provocam dores crônicas e progressivas, restringindo as atividades diárias, como prática de esportes e o simples ato de caminhar. Nestes casos, é recomendada a colocação de uma prótese. Porém, sempre havia uma dificuldade em garantir o alinhamento exato dos componentes, o que faz grande diferença nos resultados e na qualidade de vida do paciente.
Desde junho de 2021, no entanto, uma solução tecnológica tem mudado essa realidade no Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS). A utilização do robô Rosa Knee nas cirurgias para implante de prótese de joelho tem auxiliado a executar a colocação com maior precisão, garantindo que a mesma fique na posição natural da articulação. Na segunda-feira (11), a instituição realizou o 100º procedimento com essa inovação.
A cirurgia foi feita em uma paciente de 78 anos que tinha artrose avançada, o que limitava seus movimentos, além de causar fortes dores. A condução do procedimento foi do cirurgião Mauro Meyer, que tem utilizado o robô desde sua implementação no Moinhos. “Antes tínhamos limites de onde colocar a prótese, pois o olho humano não tem como dar a precisão. Com o robô, não temos esse limite”, explica o profissional.
Recuperação rápida e quase indolor
A tecnologia torna a cirurgia mais rápida e melhora o pós-operatório do paciente que, no mesmo dia, já tem alta. “Após a colocação da prótese, a paciente já estava caminhando, dobrando o joelho e não tinha mais dor”, diz Meyer, enfatizando que com o posicionamento correto, há uma maior durabilidade na articulação. O Hospital Moinhos foi o primeiro da região Sul a utilizar o Rosa Knee.
Quem sentiu a diferença entre a cirurgia robótica e a tradicional foi o advogado Ademir Costa Campana, de Taquara (RS). Aos 70 anos, sempre foi muito ativo, com histórico no serviço militar e prática de esportes. Porém, o desgaste das articulações obrigou a colocação de próteses nos dois joelhos.
A primeira foi feita no joelho direito, em 2021, com o método tradicional. Já a segunda foi colocada no lado esquerdo em março deste ano, com o uso do robô. “Senti uma diferença enorme para deitar, girar, erguer a perna. Não tive inchaço, nem dor no joelho. No mesmo dia, já estava subindo escadas e, agora, voltei a praticar esportes todos os dias”, celebra Ademir.
Sou portadora de vasculite pulmonar síndrome de behcet e vou precisar fazer cirurgia de joelhos pois tenho joelhos valgos e cada vez abre mais. A dor é imensa. Não consigo mais andar a não ser amparada.