Em análise sobre o aumento do reajuste dos planos de saúde entre 16,3% e 16,5%, Rogério Scarabel, sócio do Miglioli, Bianchi, Borrozzino, Bellinatti e Scarabel Advogados (M3BS), explica que o cálculo considera a demanda do sistema e busca o equilíbrio financeiro das operadoras, garante a estabilidade das regras regulatórias, preserva a relação contratual, e certifica a segurança jurídica do sistema de saúde suplementar.
O reajuste representa as despesas aferidas no período e um percentual do índice inflacionário, a fim de remunerar as despesas administrativas. É certo que durante a pandemia, houve retração nas despesas em 2020, e no ano passado, um aumento na utilização, ocasionando, portanto, um impacto maior no cálculo, e consequentemente, em um reajuste mais alto neste ano.
“A metodologia é simples, transparente, inteligente e esclarecedora: quanto maior é o desperdício, maior será a conta”, afirma o especialista.
Ainda de acordo com Scarabel, a continuidade da prestação dos serviços se dá apenas com investimentos em novos acessos de vida ao sistema, como o incentivo à venda de planos individuais de forma regulatória sem que haja a diminuição da segurança para os beneficiários, programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças e no fortalecimento dos cuidados com a atenção primária em saúde para o uso racional – que evita desperdícios e reduz os custos.
“A sobrevivência das operadoras e do sistema depende da adoção de melhores práticas em Governança e Compliance para alcançar melhores resultados financeiros e manter o diferencial competitivo”, conclui.