O dia 16 de novembro é também o Dia Nacional dos Ostomizados, data que visa a conscientização da população brasileira sobre o conhecimento, entendimento e combate ao preconceito à pessoa ostomizada. De acordo com a Associação Brasileira de Ostomizados, estima-se que, no Brasil, existam 400 mil pessoas com algum tipo de ostomia.
Pessoas ostomizadas são aquelas que apresentam algum tipo de ostomia, ou estoma, termos que têm o mesmo significado. “As ostomias são procedimentos de desconexão de alguma parte do aparelho digestivo, urinário, ou respiratório, e uma derivação através da pele. Geralmente esse procedimento é feito em pessoas portadoras de algum câncer ou que sofreram algum tipo lesão. No caso do sistema digestivo ou urinário, o procedimento possibilita a eliminação das fezes ou urina com a necessidade de utilização de bolsas coletoras fixadas na pele. No caso das ostomias respiratórias, como a traqueostomia, a função é possibilitar a respiração. As ostomias podem ser temporárias ou definitivas, dependendo do tipo de tratamento realizado”, afirma o Dr. Marciano Anghinoni, cirurgião oncológico do Hospital São Vicente, de Curitiba (PR) – CRM 16867 e RQE 13688.
A presença de qualquer tipo de ostomia acarreta a necessidade de cuidados especiais, pelo próprio paciente e, muitas vezes, de familiares e equipe de saúde.
O portador de uma ostomia muitas vezes sofre com o preconceito, devido ao fato de que o paciente deve ter cuidados especiais e algumas limitações, mas nada impede que ele mantenha uma vida normal ou próxima ao normal.
As pessoas com ostomias permanentes apresentam dificuldades e limitações relativas às atividades da vida diária, incluindo relações conjugais e sociais. O principal desafio é a própria aceitação da pessoa que foi submetida ao procedimento, que deve entender as dificuldades e aceitar a sua nova condição de vida.
“É importante conscientizar as pessoas que convivem com ostomizados, no sentido de proporcionar uma relação saudável e humanizada, combatendo o preconceito. O suporte psicológico é também muito importante na fase inicial de adaptação à nova condição de vida”, complementa o médico.
Portanto, oferecer bons cuidados, com suporte familiar e profissional, é fundamental para proporcionar a essas pessoas o melhor convívio social e a melhor qualidade de vida possível.