Em 2022, buscando melhorias contínuas e excelência no atendimento ao usuário, o HPM – Hospital Padre Máximo se candidatou e foi contemplado para participar do projeto nacional PROADI-SUS de TeleUTI.
Cada hospital escolhido ganhou uma unidade de saúde de grande porte como mentora. No caso do HPM, o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo foi selecionado. A primeira reunião entre as entidades ocorreu no dia 19 de janeiro e, no início desta semana, outros encontros foram realizados.
Na segunda-feira (23), as equipes participaram do primeiro telerround, um encontro virtual entre colaboradores dos hospitais; e no dia 24, ocorreu a 1ª SAV – Sessão de Aprendizagem Virtual Colaborativa, com o tema “Prevenção de broncoaspiração”, da qual participaram enfermeiros, fisioterapeutas, técnicas de Enfermagem e nutricionistas. A parceria entre os hospitais segue até o dia 31 de dezembro.
Para Esla Lessa Borba, diretora-geral do HPM, a unidade tem muito a ganhar com esse intercâmbio. “É uma honra nossa equipe ter sido contemplada. Desde que a monitoria começou, percebemos o entusiasmo de todos. Uma equipe animada influencia diretamente na humanização do atendimento ao paciente. Trabalhar com qualidade deixa o ambiente hospitalar mais seguro para todos. Estamos bem felizes e otimistas”, destacou.
Como funciona a mentoria?
Para a execução dessas reuniões, uma sala de comando é estruturada e, a partir dela, de forma remota, o médico e a enfermeira intensivistas do hospital mentor lideram os encontros com as UTIs – Unidades de Terapia Intensiva participantes.
Além da equipe diária, participam também, semanalmente, os médicos radiologista e infectologista. Conforme demanda dos pacientes internados na UTI, especialistas como cardiologista, neurologista, gastroenterologista e pneumologista, bem como a equipe multidisciplinar de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Serviço Social, dão apoio às discussões de casos clínicos. São oferecidas, ainda, capacitações mensais à distância, com tutoria especializada, a fim de contribuir para a qualificação da equipe assistencial.
Projeto
Proveniente de uma parceria entre o Ministério da Saúde e entidades de saúde reconhecidas, a iniciativa pretende otimizar o desfecho clínico de pacientes por meio da abordagem multiprofissional e do acompanhamento horizontal, buscando a melhora do tempo de internação, tempo de ventilação mecânica e morbimortalidade.
O projeto também contribui para o uso racional dos recursos públicos e a redução de desperdícios financeiros no SUS – Sistema Único de Saúde, permitindo o acesso de mais pacientes aos leitos e aumentando a segurança no atendimento.
Para tanto, é usado o modelo de telerrounds e educação continuada em leitos de UTI adulto, objetivando a classificação da triagem segundo critério estabelecido pela Associação de Medicina de Terapia Intensiva. O apoio a decisões bioéticas, o manejo da sedoanalgesia e do suporte ventilatório, bem como o desenvolvimento das habilidades das equipes, também são objetivos dessa iniciativa.
Outro benefício é a elaboração de uma plataforma colaborativa com a participação de cinco entidades de saúde de reconhecida excelência, possibilitando maior capilaridade, maior impacto e divulgação dos resultados por meio da virtualização do projeto.
Atualmente, cinco hospitais participam como mentores do projeto. São eles: Hospital Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa, Hcor, Oswaldo Cruz, Hospital Moinho de Ventos e Hospital Albert Einstein.