Professor de Medicina da UniSul realiza primeira cirurgia bariátrica Sleeve do mundo

O cirurgião bariátrico e docente do curso de Medicina da UniSul, Nicholas Kruel, realizou um feito histórico: a primeira cirurgia bariátrica do mundo com a técnica Sleeve (remoção de parte do estômago), por meio do robô Versius – um dos mais avançado mundialmente. O procedimento foi realizado no sábado (4), no Hospital de Caridade, em Florianópolis (SC).

Além do marco histórico na Medicina, a data é bastante especial para o médico, pois há 26 anos seu pai, o cirurgião geral Nicolau Kruel, foi o primeiro a realizar uma cirurgia bariátrica em Santa Catarina. Agora é Nicholas o pioneiro no procedimento com a robótica no Estado.

“Fico muito feliz, especialmente porque o meu pai foi pioneiro e, décadas depois, vou ter a honra de ser fazer história na mesma especialidade, dessa vez com o robô, um avanço da ciência”, afirma o professor do curso de Medicina da UniSul, Nicholas Kruel.

A primeira paciente operada com a cirurgia robótica Sleeve foi Ida Teresinha, de 38 anos, e que antes da cirurgia pesava 97kg.

A equipe responsável pela primeira cirurgia bariátrica robótica com a técnica Sleeve contou com a participação do coloproctologista Carlos Eduardo Domene, do cirurgião geral Nicolau Kruel, do cirurgião geral Bruno Ricciardi e do cirurgião de pâncreas e fígado, Danton Corrêa.

Vantagens da Robótica

A técnica assegura mais precisão dos movimentos de pinça e o detalhamento de imagem que permitem ao cirurgião acessar locais mais específicos. Na robótica a visão é tridimensional, diferente da videolaparoscopia, que é bidimensional, sendo possível desta forma, ter uma noção de profundidade e acessar, aproximar e detalhar tecidos e fibras mais profundos sem tremores e com menos cortes e sangramentos.

“Por ser um procedimento minimamente invasivo, a recuperação do paciente é muito melhor, mais rápida, com menos dor e tempo de internação após a operação. O tempo de cirurgia também é menor do que o método tradicional”, explica Nicholas.

Segundo o médico, na alta da primeira paciente, ela relatou não sentir dores. “Com isso ela pode ir para casa 24 horas após o procedimento. É uma situação que nos dá mais segurança ainda no que estamos fazendo e nos incentiva ao aprimoramento e cada vez mais estudo da técnica robótica”, conclui o professor de Medicina da UniSul.

Redação

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