O estado de São Paulo, por ser o mais populoso, registra um crescimento de 15,90% no número de mortes de homens por câncer de próstata, o que o coloca, proporcionalmente, como líder entre os todos estados brasileiros, atingindo 18.684 óbitos, entre 2014 e 2019, segundo levantamento feito pela insurtech Azos, a partir do cruzamento de informações extraídas da base oficial do Governo Federal.
A região Sudeste, com crescimento de 15,17% e 38.394 mortes, é a segunda com mais fatalidades em proporção por câncer de próstata, após o Nordeste, que atinge 15,70% de aumento de casos e 25.222 óbitos.
Minas Gerais (17,08%) e Rio de Janeiro (13,92%), ao lado de São Paulo pesaram para os dados expressivos do Sudeste. O Norte (10.14%), o Centro-Oeste (6,78%) e o Sul (6,61%) vêm na sequência, segundo os dados levantados pela Azos.
Números nacionais
As informações colhidas pela insurtech apontam que as mortes de homens causadas pela doença cresceram 7,65% na faixa etária entre 50 e 60 anos, no país todo. Já entre a população masculina entre 60 e 70 anos, o crescimento no número de óbitos dá um salto para 22,16%, o que é determinante para a elevação da média em cinco anos.
Quando se considera o grupo de homens que têm entre 70 e 80 anos, o crescimento no número de mortes é de 9,87%. Na faixa entre 80 e 90 anos, o aumento atinge 9,10%. Os dados ficam alarmantes quando se considera a população masculina entre 90 e 100 anos, com um crescimento de 26,23%, no mesmo período.
Dados mostram que a representatividade de mortes por algum tipo de câncer está crescendo em quase todas as idades, principalmente a partir dos 40 anos, como mostra o gráfico abaixo. “Acreditamos que a população precisa ter mais informações de qualidade sobre como se prevenir, frequência de exames e sintomas que não devem ser ignorados”, ressalta William Chung, Analista de Dados da Azos.
Escolaridade: quanto menor o grau, maior a incidência da doença
O levantamento da Azos também mostra que homens com grau de instrução menor tendem a morrer, relativamente, mais de câncer de próstata do que pessoas que possuem o ensino superior. As mortes por câncer de próstata são mais representativas em pessoas sem nenhuma escolaridade, e os dados mostram que esse peso é de 3,02% das mortes totais contra 1,55% de pessoas que tinham mais de 8 anos de escolaridade.