Outubro foi eleito o mês rosa na década de 1990 com o objetivo de promover a conscientização e alertar as mulheres sobre prevenção, cuidados e diagnóstico precoce do câncer de mama. De acordo com a literatura, 25% das mortes são evitadas com a identificação precoce do tumor e atenção à paciente.
As instituições brasileiras estão engajadas na causa! Confira notícias abaixo:
Campanha #50TonsDeRosa será lançada para ajudar mulheres com câncer de mama a terem vida sexual ativa
A estratégia é promover uma série de ativações para gerar conversa nos consultórios e redes sociais, e quebrar de vez esse tabu
Falar sobre sexo ainda é uma questão delicada para pacientes com câncer. Para ajudar a quebrar esse tabu, a FQM Farma, em parceria com a Fundação Laço Rosa, lança a Campanha #50TonsDeRosa, que teve início no dia 2 de outubro, com um coquetel no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro.
O objetivo da Campanha é ajudar mulheres portadoras de câncer de mama a redescobrirem sua sensualidade e voltarem a ter uma vida sexual ativa e saudável. “Vamos chamar a atenção para a causa, fomentar as redes sociais com o assunto e falar sobre sexo em consultas com ginecologistas”, afirma a gerente de Grupo de Produto da FQM, Cinara Oliveira.
Para a presidente da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros, “o tema é um enorme tabu para essas pacientes que, na maioria das vezes, são submetidas a processos de mastectomia e perdem os cabelos. Esses fatores causam grande impacto na autoestima e, durante e depois do tratamento, muitas não conseguem voltar aos seus relacionamentos íntimos. O que pouca gente sabe, é que essas pacientes podem sim ter uma vida sexual normal”, afirma.
O coquetel de lançamento da campanha, exclusivo para convidados, contou também com uma exposição de fotos, da fotógrafa Nana Moraes, exibindo um ensaio intimista de quatro mulheres que tiveram câncer de mama e que hoje personificam a força e a sensualidade feminina.
Testes genéticos contribuem para diagnóstico e tratamento no câncer de mama
Estima-se que entre 5 e 10% dos casos de câncer têm um forte componente hereditário
Desde que a atriz norte-americana Angelina Jolie declarou, em 2013, ter realizado um exame que apontava um risco aumentado de desenvolver câncer de mama, muitas mulheres vêm considerando o teste genético que detecta alterações no DNA que podem levar ao surgimento de tumores malignos como uma espécie de pré-diagnóstico. No caso da famosa, o resultado indicava uma mutação em genes especificamente relacionados ao câncer de mama, elevando em 87% a probabilidade de desenvolver a doença, o que levou Jolie a realizar uma mastectomia bilateral preventiva, que consiste na retirada de ambos os seios sem que haja todavia a presença de nódulos cancerígenos.
À época, Jolie declarou que contava com um histórico familiar de câncer de mama e que optou pela cirurgia com apoio de uma equipe médica qualificada, que a apoiou na tomada de decisão. A hereditariedade um dos fatores de risco para casos de câncer de mama, mas vale lembrar que a genética familiar representa um percentual baixo de todos os diagnósticos da doença.
“Estima-se que entre 5 e 10% dos casos de câncer têm um forte componente hereditário, quando uma mutação transmitida de geração para geração é responsável por aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença. Vale ressaltar, contudo, que exames como o realizado por Angelina Jolie indicam uma alteração que aumenta à predisposição ao câncer de mama, mas isso não é um diagnóstico da doença em si. É um indicativo de probabilidade aumentada, que pode ou não se concretizar”, explica Raphael Parmigiani, biomédico e sócio-fundador do Idengene, laboratório de análises especializado em testes genéticos para ajudar no tratamento e prevenção de doenças.
Segundo o especialista, os testes genéticos são indicados apenas quando há um alto risco de mutações associadas ao histórico familiar de câncer de mama em parentes próximos (mãe e/ou irmã) e que tenham apresentado tumores com idade inferior aos 50 anos. Para se ter uma ideia, em 2017, o Brasil somou 60 mil novos casos de câncer, de mama entre mulheres. “Isso quer dizer que de toda a população feminina diagnosticadas com a condição neste ano, em média seis mil contam com um proponente genético importante que poderia ser identificado de maneira precoce diante dos resultados dos estudos de DNA e, eventualmente, até evitado a partir de cirurgia preventiva”, pontua o Dr. Parmigiani.
Um dos pontos destacados pelo oncogeneticista neste sentido é que a análise de possíveis mutações genéticas hereditárias deva ser feita, preferencialmente, primeiro nas mulheres da família com diagnóstico efetivo de câncer de mama. Isso porque o material biológico coletado a partir do sangue ou da saliva do paciente em tratamento trará evidências mais precisas, que servirão de subsídios para outros membros da família caso ocorra a detecção de uma alteração hereditária. Para ele, a descoberta de um fator familiar do câncer deve ser entendida como mais uma aliada no aconselhamento preventivo da condição.
“Os benefícios são inúmeros, considerando a importância do diagnóstico precoce na luta contra o câncer. Ao identificarmos a presença de mutação em uma paciente com tumor de mama, tornamos muito mais preciso o direcionamento de medidas para detecção dessa mesma mutação em outras gerações da família”, diz Parmigiani.
Entenda o teste genético
A finalidade principal do exame genético é identificar mutações em alguns genes que ampliam as chances do paciente em desenvolver a doença. Entre eles, destacam-se o BRCA1 e BRCA2, envolvidos em até 80% dos casos de câncer de mama e ovário hereditários.
O exame é muito simples e funciona assim: a partir de uma amostra de sangue ou saliva, o laboratório extrai o DNA do paciente. Os genes então são comparados a uma amostra saudável e, a partir disso, é possível identificar se há evidências de mutação. Em caso positivo, o ideal é que seja buscado aconselhamento médico especializado para definição da estratégia de acompanhamento.
“Vale lembrar que a mutação, se identificada, não significa que esta mulher terá necessariamente câncer, mas sim é um indicio de predisposição maior ao risco de desenvolver futuramente um tumor. Por isso, essa é uma ferramenta que pode levar a uma indicação de realização de exames preventivos com maior constância”, reforça Parmigiani.
Quando o teste genético é recomendado
O exame é recomendado quando há um histórico familiar de câncer que sugira a possibilidade de mutação genética hereditária. O ideal é que pessoas de uma mesma família realize o teste após a identificação de mutação em parentes próximos (mãe ou irmã) que tenham sido diagnosticadas com a condição. Isso porque a análise se tornará muito mais assertiva.
“É importante que a paciente saiba que não basta ter o desejo de fazer o mapeamento genético. É preciso que um médico geneticista, ou mastologista, seja consultado previamente para que avalie a história familiar e com base nisso, se necessário, gere um pedido médico para realização do exame laboratorial”, explica Parmigiani.
Segundo Parmigiani, alguns requisitos levam a um pedido de exame genético. Entre eles destacam-se:
– Familiares próximos com câncer de mama diagnosticado e que apresentaram mutação nos genes BRCA1 e BRCA2;
– Parentes de primeiro grau com histórico de câncer de mama antes dos 50 anos;
– Caso de câncer de mama masculino na família.
Médicas se unem em evento gratuito para tirar dúvidas sobre câncer de mama
As médicas Sabrina Chagas e Maria Júlia Calas promovem a 2ᵃ edição do evento Papo Rosa no dia de de outubro no Theatro Net, em Copacabana, zona Sul do Rio, para esclarecer os mitos e as principais dúvidas dos participantes sobre câncer de mama. Além do bate-papo informal com renomados especialistas, haverá ainda uma aula de meditação, oficinas de beleza, brindes e exposição de fotos do projeto “Divas”, com mulheres que venceram ou estão na luta para vencer a doença. A entrada é gratuita e as inscrições devem ser feita pelo número: (21) 99321-9769.
“Vamos aproveitar a mobilização pela causa que acontece nesse mês para conscientizar as pessoas que é possível tratar um câncer e que o diagnóstico precoce é o nosso melhor aliado – diz, Sabrina Chagas, médica oncologista.
Também participarão do evento a nutricionista oncológica, Patrícia Arraes; a médica hematologista e facilitadora de meditação, Regina Chamon; o cirurgião-plástico, Ailthon Takishima, da clínica Woman; e Nina Rosa, da Leva Estilo.
Rede Mater Dei de Saúde no Outubro Rosa
Atendimento especial durante o mês de outubro oferece consulta e realização de exames médicos diagnósticos em um mesmo dia
Nos dias 6 e 20 de outubro a Rede Mater Dei de Saúde estará com uma agenda especial para atendimento às pacientes que desejam fazer exames e consultas para prevenção do câncer de mama. Durante os dois sábados, as pacientes passarão por uma consulta e avaliação com mastologista, farão exames de imagem e, logo após, retornarão ao mastologista com o resultado do exame em mãos, possibilitando o diagnóstico imediato. Tudo isso em um mesmo dia, para oferecer às mulheres atendimento completo com agilidade, tecnologia de ponta e corpo clínico especializado.
Os procedimentos estarão disponíveis para aquelas que possuem planos de saúde que são atendidos na Rede Mater Dei e também para as pacientes particulares. O atendimento tem como foco mulheres com mais de 40 anos que não realizaram exames preventivos contra o câncer de mama nos últimos 12 meses ou àquelas pacientes que apresentaram algum sintoma desde a última ida ao médico. A marcação deve ser feita pelo telefone (31) 3339-9595 e as consultas e procedimentos serão realizados no Hospital Integrado do Câncer Mater Dei, localizado na rua Uberaba, 900.
Mater Dei investe em serviço integrado para tratamento do câncer de mama
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, atrás somente do câncer de pele não melanoma. Dados do Instituto Nacional do Câncer – Inca apontam que, somente este ano, a doença deve atingir cerca de 58 mil brasileiras. Com o objetivo de alertar as mulheres sobre a importância dos exames preventivos e diagnóstico precoce, é realizada, desde a décadas de 1990, a campanha mundial “Outubro Rosa”. A Rede Mater Dei de Saúde apoia essa iniciativa e oferece à população estrutura para diagnóstico, tratamento e acompanhamento do câncer de mama.
O Serviço de Mastologia da Rede Mater Dei de Saúde disponibiliza para nossas clientes um serviço completo de mastologia, com consultas, exames de imagem como mamografia com tomossíntese, ressonância magnética, ultrassom, mamotomia e biópsias mamárias com a agilidade que a mulher precisa e quer. Tudo isso junto com a estrutura do Hospital Integrado do Câncer – um modelo que acolhe os pacientes em um momento delicado e disponibiliza os melhores profissionais, com a melhor estrutura e tecnologia de ponta. São mais de 50 especialidades médicas, Medicina Diagnóstica com PET-CT, Transplante de Medula Óssea, centro cirúrgico com cirurgia robótica, unidades de internação e o único pronto-socorro oncológico de Minas Gerais.
“Touca Inglesa” evita queda de cabelos durante tratamento quimioterápico e reduz índices de depressão entre pacientes
Após receber o diagnóstico de câncer, surgem as mais variadas dúvidas sobre as formas de tratamento e seus efeitos colaterais. No caso das mulheres, um dos mais temidos é a perda de cabelos ocasionada pela quimioterapia. Essa aflição, muitas vezes, se sobrepõe inclusive aos resultados positivos da terapêutica e leva a um elevado risco de problemas secundários como autoestima baixa, ansiedade, estresse e depressão. Segundo especialistas, o impacto psicológico é ainda maior quando se trata de câncer de mama, a neoplasia maligna que mais atinge o sexo feminino, correspondendo a 28% do total de novos casos todos os anos entre este grupo – um universo que representará 60 mil pessoas diagnosticadas somente este ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
“É preciso destacar que mulheres com câncer de mama passam por um turbilhão emocional que tem início no momento em que descobrem a condição e continua, com altos e baixos, ao longo de todo o processo de tratamento. O diagnóstico desse tipo de tumor, em especial, gera inseguranças relacionadas aos desdobramentos que a doença provocará na imagem da paciente. Por isso, é preciso garantir não apenas que seja realizado o devido acompanhamento da condição em si, como também atentar aos aspectos psicológicos”, explica o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.
Neste sentido, um procedimento que aumenta as chances de preservação dos fios nos processos de quimioterapia têm sido considerado um importante aliado para a melhora do equilíbrio emocional em mulheres em tratamento contra o câncer de mama. A técnica, chamada de Crioterapia ou Scalp Cooling (em inglês), consiste no uso de da chamada Touca Inglesa, um dispositivo que resfria o couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares.
“Não há números apurados sobre a eficácia do uso desta técnica no Brasil, considerando que ela foi aprovada pela Anvisa no início de 2015. Contudo, pesquisas realizadas em vários países da Europa, onde sua aplicação já vinha sendo feita ao longo dos últimos anos, mostram que a redução da taxa de alopecia variou de 49% até 100% em mais de 2 mil pacientes avaliadas. Isso significa que a queda de cabelos foi nula ou praticamente imperceptível em boa parte dos casos”, diz o Dr. Daniel.
Entenda como funciona a Touca Inglesa
Um capacete revestido por um gel em temperatura de 4º C é conectado por meio de um tubo a uma máquina que se assemelha a um circulador de ar. Colocado sobre a cabeça do paciente 60 minutos antes da infusão de quimioterapia, a touca permanece sendo usada durante toda a aplicação do quimioterápico e só é retirada cerca de uma hora após a aplicação completa do medicamento. Todo o processo dura em torno de três a quatro horas. “Esse dispositivo gelado causa uma sensação térmica de aproximadamente 15º C e, em geral, é bem tolerada. Em alguns casos pode haver queixa de dor de cabeça, tontura e sensação de frio, mas tais sintomas não são considerados como fatores que levem à desistência do procedimento pelos pacientes, graças ao bons resultados alcançados”, ressalta o oncologista do CPO.
O resfriamento do couro cabeludo diminui o fluxo sanguíneo para a raiz de cada fio, fazendo com o que folículo capilar fique menos suscetível à agressão dos quimioterápicos e, portanto, menos propenso ao risco de queda. O especialista frisa que o nível de preservação do cabelo está relacionado ao tipo de quimioterápico empregado. Considerando as drogas mais fortes, que levariam à queda total dos fios, é possível reduzir o índice de perda para 20% a 30%. “Isso significa que o uso de peruca ou lenços se torna desnecessário na maioria das situações, contribuindo amplamente para a autoestima das mulheres em tratamento”, pontua o Dr. Daniel Gimenes.
A crioterapia pode ser aplicada em pacientes diagnosticados com outros tipos de câncer, tendo o mesmo potencial de eficácia, mas há restrições. A contraindicação acontece para quem tem câncer hematológico (que afeta o sangue), como leucemia e linfoma. Pessoas que apresentam alergia no couro cabeludo também não devem fazer o tratamento.
Por que usar a touca inglesa?
A queda de cabelo causa danos que vão muito além do aspecto visual. As consequências são graves e estão ligadas diretamente a problemas de autoestima, depressão e, em alguns casos, até desistência do tratamento. A possibilidade de prevenir ou minimizar a queda de cabelo durante a quimioterapia leva a uma mudança de atitude do paciente e na maneira como enfrentará o tratamento.
Esta alternativa é uma maneira efetiva de combater a queda de cabelo induzida pela quimioterapia e pode preservar total ou parcialmente o cabelo. Para o paciente isso significa manter a sua privacidade, melhorar a autoestima e autoconfiança e proporcionar visão e atitude mais positivas em relação ao tratamento e à cura.
No Brasil, desde 2013, já foram realizadas mais de 33 mil sessões com a tecnologia da touca inglesa.
A touca inglesa traz resultados?
Em mais de 50% dos casos, pacientes tratados relataram a diminuição da queda de cabelo a ponto de não precisar usar lenço ou peruca.
Dói usar a touca inglesa?
O resfriamento feito pela Touca Inglesa não causa queimaduras na pele. A sensação de desconforto de cada paciente varia de acordo com a tolerância ao frio e apenas 2% dos pacientes desistem do método por conta disso.
Existem contraindicações?
Por inibir a absorção das drogas na região do couro cabeludo, o resfriamento não é indicado nos casos de cânceres hematológicos, alergia ao frio, metástase manifestada no couro cabeludo e radioterapia na cabeça.
É um método seguro? A segurança e eficácia na redução da queda de cabelos foi comprovada por dezenas de estudos realizados pela empresa britânica Paxman Coolers ao longo de 21 anos e chancelada pelo estudo aprovado pelo FDA-USA.
Com informações da Paxman
Conheça os direitos das trabalhadoras diagnosticadas com câncer de mama
Saque do FGTS e do PIS/Pasep, auxílio-doença, acompanhante e isenção do Imposto de Renda estão entre as medidas de apoio às mulheres com a doença
O câncer de mama causou o afastamento de mais de 21 mil mulheres do trabalho no ano passado. A doença é o tipo de câncer de maior incidência na população feminina brasileira, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 29% dos novos casos a cada ano. Somente em 2018, a estimativa é de que 59,7 mil novos casos sejam detectados, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
Neste mês dedicado à prevenção e tratamento da doença, mais uma vez o Ministério do Trabalho adere à campanha Outubro Rosa e esclarece sobre os direitos das trabalhadoras diagnosticadas com neoplasia maligna de mama.
Na fase sintomática da doença, toda trabalhadora celetista poderá fazer o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim como do benefício PIS/Pasep, este no valor de um salário mínimo e que poderá ser retirado em agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. A trabalhadora também tem direito ao auxílio-doença e, em casos mais avançados, pode requerer a aposentadoria por invalidez.
Acompanhante – Caso a trabalhadora necessite de cuidados permanentes de outra pessoa, além da aposentadoria por invalidez, também tem o direito a um acréscimo de 25% no valor do benefício, conhecido por Auxílio Acompanhante, conforme previsto na Lei nº 8.213/91. O valor adicional é pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de forma vitalícia. Além disso, pode-se requerer na Receita Federal a isenção total do Imposto de Renda de Pessoa Física.
Para ter acesso a esses tipos de benefícios é necessário estar na qualidade de segurada da Previdência Social e passar pela perícia médica do INSS para comprovação da incapacidade de trabalho.
Redução da Mortalidade – Iniciado na década de 1990, o movimento Outubro Rosa tem o objetivo de estimular a população feminina brasileira no controle do câncer de mama. Realizada todos os anos, a campanha é utilizada para compartilhar informações sobre o câncer, promover esclarecimentos, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, a fim de contribuir para a redução da mortalidade.
Uma das estratégias é incentivar a realização do autoexame, um importante aliado no tratamento do câncer de mama em mulheres de todas as idades. Quando a doença é detectada nas fases iniciais, são maiores as chances de tratamento e cura.
O Inca recomenda que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo recebe iluminação especial
Ação destaca a relevância da mobilização contra o câncer de mama
Para celebrar o Outubro Rosa, tradicional mês de conscientização sobre o câncer de mama, e dialogar com a população sobre a importância do diagnóstico precoce de câncer de mama, o Hospital BP, o mais importante dos hospitais da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, ganhará iluminação rosa e projeção de videomapping durante todo o mês. A ação terá início do dia 1º de outubro, às 18h, e tanto a iluminação quanto a projeção poderão ser vistas todos os dias, sempre das 18h às 4h.
Duas torres do hospital serão iluminadas com a cor rosa enquanto a outra contará com uma projeção de videomapping do ensaio fotográfico de três clientes em tratamento contra o câncer de mama na instituição. As fotos, todas feitas sob a perspectiva de superação, serão projetadas de forma rotativa com a hashtag #OutubroRosaBP, que também será usada em todas as ações realizadas pela instituição durante o mês de outubro.
Fundação do Câncer promove campanha Outubro +que Rosa pela conscientização do câncer de mama
O objetivo da ação com diversos parceiros é despertar a empatia de toda a sociedade pela causa, independentemente do gênero
Até o fim de 2018, cerca de 60 mil mulheres poderão ter suas vidas transformadas pelo diagnóstico, tratamento e recuperação de câncer de mama. Esse processo envolverá familiares, amigos e profissionais de saúde, indispensáveis no apoio às pacientes que atravessam essas fases. Para despertar a cultura da empatia e conscientizar o público sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a Fundação do Câncer realiza a campanha Outubro +que Rosa.
A ação inclui parceria com diversos profissionais e empresas, além de um evento gratuito no Hospital da Fundação do Câncer, no dia 18 de outubro. “O câncer de mama é o mais comum entre mulheres brasileiras e o segundo mais frequente na população mundial. Se o público feminino estiver atento aos exames de rotina, aumentam as chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, de tratamento eficaz. A ideia é sensibilizar a sociedade pela causa, independentemente do gênero. Ainda que a doença faça parte principalmente do universo feminino, diz respeito a todos: serão mães, irmãs, filhas, esposas e amigas que poderão receber o difícil diagnóstico”, explica Luiz Augusto Maltoni Jr., Diretor Executivo da Fundação do Câncer.
O Outubro +que Rosa é mais uma ação de conscientização promovida pela Fundação do Câncer, que apoia as atividades do Programa Nacional de Controle do Câncer. O Programa estabelece e mantém uma política de prevenção, diagnóstico precoce e assistência homogênea para o país, já que o câncer é considerado um problema de saúde pública e sua incidência cresceu 20% na última década.
Um dia dedicado às mulheres com câncer de mama
O Hospital Fundação do Câncer, centro de assistência da Instituição, irá promover um dia de palestras e atividades relacionadas ao câncer de mama. Membros da equipe e profissionais convidados abordarão temas como inovações médicas relacionadas ao tratamento e diagnóstico, direitos do paciente com câncer, nutrição, sexualidade da mulher durante e após o tratamento da doença e automaquiagem. Durante o evento, o público será convidado a participar de forma prática do preparo de receitas recomendadas para pacientes oncológicos, guiadas por nutricionistas do Hospital. Ao longo de todas as atividades, os participantes poderão degustar um delicioso café carioca, servido pelo Café Capital, parceiro da Instituição. O Hospital Fundação do Câncer fica localizado na Rua Arquias Cordeiro, 460, Meier.
Solidariedade no Outubro+ que Rosa
No Rio de Janeiro, a Fundação vai realizar uma ação de conscientização em parceria com lojistas do Shopping Tijuca, durante todo o mês de outubro. Pelo menos um item das lojas participantes terá a tag “Outubro +que Rosa” e um percentual das vendas será revertido em doações para a Instituição. Até o momento, os lojistas participantes são Hope, Oh! Boy, Salinas, Stroke, Contém 1g, Kimera, Arte da Amazônia e Lever One. A rede de óticas Qualiótica também integra a dinâmica em todas as suas unidades no Estado do Rio de Janeiro.
Já a concessionária Ecoponte fará parte da campanha veiculando o material de conscientização durante todo o mês de outubro e promovendo uma palestra para seus funcionários com o médico mastologista do Hospital Fundação do Câncer, Marcelo Lelis. A ideia é despertar a atenção do grande número de pessoas que passam diariamente pela ponte. A iniciativa expande a parceria entre a Fundação e a Ecoponte, que já apoia a Instituição por meio de doações em regime de renúncia fiscal para o Programa Nacional de Apoio À Atenção Oncológica (Pronon).
Em São Paulo, a parceria será com a Meia de Seda, rede de lojas especializada em roupa íntima que também conta com vendas on-line. Será revertido 10% do valor de cada kaftan vendida em doações para a Fundação do Câncer. Alguns modelos da peça ainda serão doados para pacientes em tratamento no Hospital Fundação do Câncer.
O Grupo HCT (Plataforma de cursos EAD para profissionais da área de Engenharia e Arquitetura) também reverterá parte das inscrições dos cursos oferecidos em doações para a Instituição, durante todo o mês de outubro.
Hereditariedade aumenta em 80% as chances de se desenvolver câncer de mama
Mapeamento genético contribui para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2018, os números crescem a cada ano e a neoplasia continua sendo a segunda maior causa de morte entre as mulheres brasileiras. Com foco na conscientização sobre a doença e sua detecção precoce, que aumenta em 95% as chances de cura, o Outubro Rosa segue sendo um movimento com força mundial, e a investigação do material genético pode ser forte aliada para evitar o desenvolvimento do tumor.
Fatores genéticos correspondem à 12% dos casos de câncer de mama e aumentam em 80% as chances do desenvolvimento deste tipo de câncer. O mapeamento genético pode ser importante aliado da prevenção e do tratamento em casos do tipo.
O mapa pode ser feito por qualquer pessoa por meio de uma coleta de sangue, saliva ou qualquer outro fluido que contenha material genético, entretanto, a análise se dá por meio de sofisticadas técnicas de laboratório e é indicada para pessoas que tenham histórico de doenças genéticas em familiares. No caso do câncer de mama, esse rastreio pode fornecer um programa de prevenção mais efetivo e, se necessário, antecipar intervenções cirúrgicas, afirma o Dr. Ricardo Caponero, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Como no caso da atriz americana Angelina Jolie, que em 2015 descobriu ser portadora de uma mutação genética rara, no gene BRCA-1, que aumenta em 87% as chances de uma mulher ter um tumor mamário e em 50% as chances de desenvolver câncer de ovário”, explica o especialista.
Independente de quaisquer fatores, as recomendações usuais devem ser sempre relembradas. “Quando não há histórico familiar da doença, toda mulher deve realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos. Manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, prática de exercícios, evitando o tabagismo e consumo elevado de álcool, também são bons aliados na prevenção da doença”, finaliza Dr. Caponero.
Novas terapias para casos avançados
Em 2018 a Anvisa aprovou dois novos medicamentos via oral para o tratamento do câncer de mama em estágio avançado, um inibidor seletivo de CDK4/6, proteínas que podem causar crescimento e divisão rápida das células cancerígenas, capaz de reduzir o risco de progressão da doença em 43,2%, e um destinado a casos de tumores que crescem em resposta ao hormônio estrogênio e não estão relacionados à proteína HER2, que inibe o crescimento deste tipo de tumor.
Vamos falar sobre o câncer de mama? Mastologista do IBCC esclarece principais dúvidas sobre a doença
O câncer de mama, como todos os cânceres, é uma doença genética, causada por uma lesão nos genes das células epiteliais da mama, que nos chamamos de mutação que faz com que as células passam a se multiplicarem sem controle, formando os tumores na mama e invadindo os vasos linfáticos e sanguíneos com risco de disseminação para vários órgãos, que são as metástases.
O câncer de mama é o segundo mais incidente nas mulheres, ficando atrás dos cânceres de pele não melanoma. São estimados aproximadamente 2 (dois) milhões de novos casos por ano no mundo e no Brasil a estimativa para 2018 é de 59.700 casos novos. Joaquim Teodoro de Araujo Neto, Mastologista do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e Coordenador de Centro de Estudos do IBCC responde a importantes perguntas.
– Quais são suas causas e fatores de risco? Explique.
Não existe uma causa única para o câncer de mama, é a associação de vários fatores, ou seja, multifatorial. Os principais fatores de riscos que se associam são: gênero feminino com aproximadamente 100 (cem) casos nas mulheres para 01 (um) nos homens; a idade quando mais idosa a mulher maior é o risco, sendo a faixa etária predominante de 55 a 65 anos; risco familiar, principalmente mãe, irmãs ou filhas com câncer de mama abaixo de 50 anos ou câncer de ovário em quaisquer idades; vários ciclos menstruais ao longo da vida (começa a menstruar muito jovem, abaixo de 12 anos e para após os 50 anos; nunca ter tido filhos e consequentemente nunca ter amamentado ou ter tido o primeiro filho após os 30 anos; o uso de contraceptivos hormonais por mais de 10 anos e o uso de terapias hormonais combinadas (estrógeno e progesterona) na menopausa por mais de 5 anos, são tidos como os principais fatores de riscos.
– Quais são os tipos? Explique cada um, por favor.
São vários os tipos e estágios dos cânceres de mama. Inicialmente podem ser divididos em “in situ” e invasivo. O termo “in situ” significa que o câncer está dentro dos ductos mamários, ou seja, que ainda não invadiu as estruturas adjacentes, são os cânceres mais iniciais, com taxa de cura de aproximadamente de 98%. Assim que saem de dentro dos ductos e invadem as estruturas adjacentes da mama, são chamados de invasivos, sendo os 02 (dois) mais frequentes o carcinoma invasivo do tipo não especial (antigo carcinoma ductal invasivo) e o carcinoma lobular invasivo que quando são diagnosticados nos estágios iniciais, as taxas de cura são de aproximadamente 95%.
– Quais são os sintomas de câncer de mama?
O principal sintoma do câncer de mama é o nódulo (caroço) que na grande maioria das vezes é indolor e de crescimento lento. Outros sintomas são a retração da pele, vermelhidão da pele, secreções que saem espontaneamente (sem expressão) dos mamilos, principalmente cristalino como água ou com sangue.
– Autoexame: quando fazer e qual sua importância?
O autoexame é fundamental para chamar a atenção das mulheres para que tenham a consciência da saúde das mamas. Deve ser feito a partir dos 25 anos na semana após a menstruação. No entanto, o autoexame e exame clínico de palpação feito por profissionais da saúde dão muito o quê nos chamamos de falso-negativo, ou seja, a mulher ou profissional da saúde não percebem nada de alterado, mas a doença já se encontra na mama. Por isso, que todas as mulheres a partir dos 40 anos, mesmo que não sintam nada no autoexame ou que apresentam as mamas normais ao exame de palpação têm que fazer as mamografias anualmente, pois é o melhor exame usado para rastreamento e que proporciona o diagnóstico precoce, aumentando assim as chances de cura e com cirurgias menores.
– Como é feito o diagnóstico, quais exames são feitos e qual profissional procurar?
O diagnóstico pode ser suspeitado pelo exame clínico de palpação ou por exames de imagens como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Mas a confirmação é feito através da biópsia. Os médicos Mastologistas são os especialistas que tratam das doenças das mamas.
– Tem cura? Quais são as chances de cura?
Com certeza, principalmente quando diagnosticados nos estágios iniciais, as chances de cura são de 95 a 98%.
– Quais são os tipos de tratamentos? Explique cada um.
Os principais tratamentos são as cirurgias que podem ser as chamadas conservadoras, pois preservam a mama e retira a doença com margem de segurança e as radicais com retirada de toda a mama e a avaliação dos linfonodos da axila quando necessária. A radioterapia ajuda a cirurgia no controle locorregional da doença. Os tratamentos sistêmicos são a quimioterapia, terapia alvo molecular e a endocrinoterapia (bloqueio hormonal) que evitam que células tumorais invadem os outros órgãos e formem as metástases.
– Quimioterapia: como funciona e quais são seus efeitos colaterais?
O princípio da quimioterapia é o uso de medicamentos que matam as células tumorais, evitando assim as metástases. Mas infelizmente ela mata também várias células normais, principalmente as do cabelo, levando a queda dos cabelos que é chamada de alopecia. Também irritam muito o estômago levando às náuseas e vômitos.
– Quais complicações podem acontecer?
Todas as modalidades de tratamento podem ter complicações, as principais são: linfedema (inchaço no braço), limitação motora com perda da força e amplitude dos movimentos do braço do lado da cirurgia. Radiodermite (queimadura da pele pela radioterapia), dor crônica no lado operado e irradiado. Os tratamentos sistêmicos podem levar a insuficiência cardíaca principalmente pela quimioterapia e terapias alvos, antecipação da menopausa com a falência ovariana e consequentemente a infertilidade com a quimioterapia. Tromboembolismo (trombose) e ondas de calor, principalmente com o Tamoxifeno, osteoporose ou perda massa óssea com os Inibidores da Aromatase.
– Como conviver com o problema?
A fisioterapia ajuda na prevenção e redução do linfedema, bem como na reabilitação motora dos braços. As demais complicações podem ser prevenidas com uso de medicamentos e atividades físicas.
– Prevenção: quais hábitos e comportamentos diminuem a chance do câncer de mama? Explique.
Ter bons hábitos de vida, como alimentação saudável, evitar a obesidade, atividade física regular, evitar excesso de bebidas alcoólicas reduzem em aproximadamente 30% de todos os cânceres, inclusive o de mama.
Dados de vida real podem revolucionar a assistência oncológica no Brasil
A incorporação de novas tecnologias em saúde depende da geração de dados
O que deve ser considerado na hora de fazer as contas para implementar novas tecnologias em saúde? Esta foi a questão que norteou o painel organizado pela Federação Brasileira de Apoio à Saúde da MAMA (FEMAMA) durante o 5º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer, no dia 27 de setembro. Realizado em São Paulo (SP), o debate discorreu sobre a importância da produção de dados reais, com qualidade, acerca do objeto de estudo.
André Medici, economista sênior em gestão de saúde do Banco Mundial, abriu o painel explicando três pilares que servem como base para a análise do preço e do valor de tecnologias: melhor saúde para população, melhor cuidado para o paciente e menor custo. Esta ação deve ser pautada pelas métricas, ou seja, pelos resultados clínicos dos ciclos de cuidados; dos custos; da relevância das ações tomadas; do desperdício de recursos; e pelos processos que podem ser eliminados.
Por meio das métricas, podem-se analisar mais precisamente todos os fatores envolvidos no sistema e trabalhar para aprimorá-los. “A confusão entre custo, preço e gastos, que acontece pela falta de conhecimento, impede a melhoria na aplicação de recursos e a consequente redução de atrasos. Faltam metodologias capazes de medir efetivamente o custo em saúde”, afirmou Medici.
O economista apresentou um sistema de custo baseado em atividade orientado por tempo, o TDABC na sigla em inglês. “Integra as distintas etapas do processo de cuidado ao paciente, o custo é analisado com o objetivo de ser otimizado e permite padronizar processos e eliminar etapas que não geram valor ao tratamento”, detalhou.
Como exemplo da aplicação do TDABC, Medici mostrou os resultados conquistados pelo MD Anderson Câncer Center, responsável pelo tratamento de 20% dos casos de câncer do Texas. Por lá, o uso do método culminou na redução de 16% do tempo para realizar tarefas e de 67% nos custos de pessoal profissional, como médico e enfermeiros.
O fator humano também é parte do processo de avaliação para incorporação de tecnologia em saúde e foi tema da fala da Vanessa Teich, professora de Economia da Saúde no Insper (SP). Segundo Teich, primeiramente é importante aceitar que há um limite de investimento e, a partir disto, priorizar assuntos que tragam comprovados benefícios clínicos aos pacientes oncológicos.
“Ponderam-se os custos para pagadores, sejam públicos ou privados. Então, considera-se eficácia, segurança e qualidade de vida, bem como conveniência, impacto e redução de custos”, disse em palestra. A professora de economia expôs, porém, que no Brasil raramente há dados suficientes sobre a repercussão da tecnologia na qualidade de vida dos pacientes.
Esses dados são gerados a partir da observação do efeito do novo tratamento na vida real das pessoas, fora do grupo selecionado para os estudos científicos. Esse é o Real World Data, tema apresentado pelo Dr. Gustavo Werutsky, presidente do Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (LACOG). “Nos Estados Unidos, apenas 3% dos pacientes fazem parte de ensaios clínicos. O que está acontecendo com os outros 97%?”, indagou.
Werutsky ressaltou a importância de registrar os casos de câncer no Brasil, a fim de estruturar um banco de dados que sirva como base para incorporação de novas tecnologias na assistência ao paciente oncológico. “Conhecendo a prevalência de uma mutação, conseguimos avaliar com mais propriedade a validade da implantação de medicamentos e alternativas terapêuticas”.
No Brasil, a notificação compulsória do câncer foi sancionada pelo presidente da república em junho. A nova Lei 13.685 determina toda e qualquer doença e evento em saúde relacionada ao câncer terão notificação obrigatória, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
Gerar dados reais pode mudar a assistência oncológica
A coordenadora de comunicação da FEMAMA, Letícia Cecagno, apresentou os resultados da campanha #PacientesNoControle, na qual foram coletados dados de pacientes com câncer de mama metastático. Dentre os achados, destacam-se os impactos apontados por usuários da terapia combinada (trastuzumabe + pertuzumabe + quimioterapia), que é considerada o padrão ouro no tratamento do câncer de mama metastático HER2 positivo. A percepção do prolongamento da vida foi citado por 90%; da diminuição do tumor, 70%; e da melhora na qualidade de vida, 60%. Apesar de 70% afirmarem ainda sentir os efeitos colaterais do tratamento, todas estavam dispostas a enfrentar estas repercussões para usufruir do medicamento.
As informações coletadas pelo trabalho da FEMAMA serviram de respaldo para argumentação em prol da incorporação do trastuzumabe e do pertuzumabe no SUS. O levantamento serviu para que a instituição pudesse apresentar um documento consistente com dados de vida real de pacientes que seriam impactadas pela inclusão dos tratamentos. Após a consulta, o Ministério da Saúde aprovou, no ano passado, a dispensação de ambos os medicamentos. “As consultas públicas referentes a esses medicamentos estavam entre as que registraram maior participação, em 2017”, revelou.
Luciana Holtz, fundadora do Oncoguia, e Gustavo San Martin, criador da AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose, também levaram seus cases referentes à coleta de dado dos pacientes.
O painel da FEMAMA contou com investimento social da Roche e moderação da apresentadora Rafa Brites.
Câncer de mama afeta 1% da população masculina e é mais prevalente em homens obesos e etilistas
Os homens devem ser alertados e informados sobre o câncer de mama também. Comparativamente as mulheres, o câncer de mama e é mais raro, apresentando uma incidência de aproximadamente 1% na população masculina em geral. É mais prevalente em homens obesos e etilistas, mas é uma doença presente de diagnóstico relativamente fácil no sexo masculino.
Um dos primeiros sinais de alerta para o câncer de mama nos homens e o aparecimento de nódulo, tumor nas mamas. Mas também deve servir de alerta o aumento repentino do tamanho das mamas, chamado de ginecomastia, que aumenta a chance de câncer de mama nos homens. Além da saída de secreção avermelhada pelos mamilos.
Na grande maioria dos casos o diagnóstico de câncer de mama nos homens é feito tardiamente, justamente pela dificuldade que temos em fazer essa prevenção no sexo masculino. Já que geralmente os homens tendem a ignorar os primeiros sinais e sintomas e consultar um Mastologista, diferentemente nds mulheres.
Então é importante orientá-los a fazer o autoexame e na presença de alterações com nódulos ou crescimento das mamas consultar um Mastologista para investigação e orientação.
Fonte: Dra. Vanessa Donateli, mastologista do IBCC
Flores e versos para o Outubro Rosa
O Hospital São Francisco de Assis, de Jacareí (SP), procura anualmente criar meios e esforços para colaborar e integrar-se à causa do Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama. Repetindo o sucesso do ano passado, a fotógrafa voluntária Joice Patelli foi a responsável por promover o ensaio fotográfico de 16 mulheres para a exposição Mulheres de Peito Aberto.
Com sensibilidade e muito carinho, a mostra trará o tema “Flores e versos”, pois cada modelo foi fotografada com sua flor preferida e a exposição será permeada de versos da Cora Coralina, uma mulher exemplar, que viveu a superação para se firmar como poetisa. Essa superação e auto estima é resultado espontâneo do ensaio fotográfico, e será perceptível para os visitantes que prestigiarão a mostra. Detalhe: nem todas modelos são pacientes, ou seja, o câncer não determina a beleza e vivacidade da mulher.
O Outubro Rosa é um movimento nacional que tem o objetivo de fomentar o combate ao câncer de mama, doença que acomete milhares de mulheres por ano. Para que a paciente enfrente o tratamento com determinação, é preciso que sua auto-estima esteja fortalecida, e é este o nosso principal objetivo.
O CETRO (Centro de Tratamento e Referência em Oncologia) do HSFA é uma unidade especializada para o tratamento do câncer, trabalha pela qualidade de vida de seus pacientes desde o primeiro contato, diagnóstico, tratamento, cura ou cuidados paliativos (em média são atendidos 700 pacientes por mês, sendo mais de 80% pelo convênio SUS), além de ser referência para 7 cidades da região, possui também um programa de apoio a pacientes e familiares.
De 04 a 31/10/ 2018
Local: Vale Sul Shopping (próximo à Praça de Eventos)
De 10 a 31/10/ 2018
Local: Educamais Parque dos Sinos Jacareí
Imunoterapia: Tratamento renova esperanças de pacientes com câncer
Dr. Bernardo Garicochea, oncologista do Grupo Oncoclinicas explica sobre o novo tratamento
A Imunoterapia foi mais uma vez foi reconhecida como maior avanço no tratamento do câncer nos últimos anos. Em 1º de outubro, o Prêmio Nobel de Medicina foi entregue James P. Allison e Tasuku Honjo, os dois cientistas responsáveis pela descoberta da terapia que permite que o sistema imunológico reconheça e combata as células doentes.
“Por meio de diferentes substâncias que são aplicadas de forma intravenosa ou subcutânea, a o método estimula nosso sistema imunológico, fazendo com que o nosso organismo seja capaz de identificar e combater as células tumorais” explica Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética do Grupo Oncoclínicas,
O tratamento tem trazido ótimos resultados, principalmente para cânceres de pulmão, bexiga e melanoma, estômago, além de rim. Ainda segundo o especialista, estudos atestam a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e tumores de mama triplo negativo.
“Mesmo havendo um longo caminho e muitas variáveis a serem avaliadas no que diz respeito às indicações da imunoterapia, ela pode ser tratada como uma abordagem promissora que pode beneficiar diversos pacientes”, ressalta o oncologista.
Apesar dos avanços, ele lembra que é cedo para afirmar que a imunoterapia seria a chave para a cura do câncer. De toda forma, os passos já trilhados são observados com otimismo e lançam boas perspectivas para tratamentos de cânceres metastáticos e que não respondem às medicações convencionalmente indicadas, tais como quimioterápicos e drogas alvo-moleculares.
A Imunoterapia já tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim e câncer de pulmão e vem sendo oferecido por hospitais privados e instituições públicas que participam de pesquisa clínica em Oncologia.
Atividades físicas ajudam na prevenção do câncer de mama
Ginecologista e obstetra Domingos Mantelli fala sobre a importância dos exercícios para o tratamento da doença. Instrutora de Pilates do MetaLife Studio, Fernanda Eleutério sugere o que pode ser feito para auxiliar na recuperação
De acordo com um estudo realizado em 2017 por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, 10 mil casos de câncer podem ser prevenidos por ano no Brasil. A pesquisa apontou também que aproximadamente metade da população brasileira não atende a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indica a prática de atividades físicas pelo menos 150 minutos por semana.
Para o ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli, os maus hábitos de vida estão entre as causas mais comuns para o surgimento do câncer de mama. Por isso, os exercícios físicos são importantes em todas as fases. “Para a mulher que está com boa saúde, as atividades físicas ajudam a evitar doenças, além de controlar o peso. Para aquelas que descobriram a doença, além de manterem o bem-estar, podem reduzir os tumores em 30%, se associados à uma dieta balanceada”, afirma o médico.
A coordenadora e instrutora do MetaLife Stúdio, Fernanda Eleutério, reforça que os exercícios de Pilates auxiliam na prevenção e na reabilitação de câncer de mama já que envolvem uma conexão entre o corpo e a mente. “Não é só a parte física que é trabalhada na aula de pilates”, explica Fernanda. “O método tem como essência a contrologia, controle total do corpo e da mente, que auxilia a mulher que teve câncer na retomada da vida, visando o equilíbrio emocional e físico.
Para os casos em que mulheres já foram diagnosticadas com a enfermidade, outros estudos realizados por mestres da área de fisiologia revelam que mulheres que passaram pela mastectomia e praticaram o Pilates tiveram uma melhora significativa em aspectos como disposição, ânimo, energia e bem-estar. “O Pilates é benéfico para as articulações, melhora o movimento dos braços e dos ombros e fortalece os músculos”, completa a especialista.
Confira 15 alimentos que previnem o câncer de mama
De acordo com a nutricionista funcional e oncológica Michelle Mendes, da Aliança Instituto de Oncologia um dos fatores de risco para a doença é a má alimentação
Movimento realizado mundialmente, o Outubro Rosa visa conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, tipo mais comum entre as mulheres, no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de mama responde por quase 30% dos diagnósticos registrados anualmente. O Inca estimou 59.700 novos casos só para este ano.
O câncer pode ser causado por diversos fatores, seja genético, endócrino ou até comportamental, como explica a nutricionista funcional e oncológica Michelle Mendes, da Aliança Instituto de Oncologia. Ela aponta que um dos agravantes da doença é a má alimentação, que ocasiona muitas vezes, o sobrepeso e a obesidade.
De acordo com a especialista além de contribuir para a manutenção do peso e a prevenção da doença, alimentos naturais como frutas e verduras possuem fibras, vitaminas, minerais e diversos fitoquímicos que podem atuar no combate aos radicais livres, protegendo o DNA. “É importante fazer a ingestão destes alimentos diariamente”, ressalta.
Já o consumo regular de alimentos gordurosos, salgados e enlatados pode favorecer o aparecimento da doença. Michelle aconselha evitar frituras, carnes com gordura aparente e embutidos, como linguiças, salsichas, salames, presuntos, entre outros.
A nutricionista separou algumas dicas de alimentos que ajudam na prevenção do câncer de mama.
Confira:
- Frutas vermelhas – como framboesa e amora, contêm antocianinas que retardam o crescimento de células pré-malignas.
- Romã – contêm ácido elágico, um antioxidante que ajuda a inibir a enzima aromatase, responsável pela produção de estrogênio e fundamental para o surgimento de células cancerígenas.
- Melancia, Morango e Tomate – são frutas ricas em licopeno que protege as células do nosso organismo contra os radicais livres, além de ser também responsável por estimular o sistema imunológico.
- Uva – rica em flavonoides que podem retardar o crescimento de células malignas no organismo.
- Cenoura – rica em carotenoides, que atuam no combate aos radicais livres. Acerola, abóbora e manga são outras boas fontes desse nutriente.
- Brócolis – contém sulforafano, molécula capaz de aumentar o número de enzimas protetoras presentes no tecido mamário.
- Soja – Rica em fitoestrógenos que atuam como protetores contra o câncer de mama.
- Ervas e especiarias como pimenta preta, curry, salsa, manjericão, orégano e açafrão são ricos em antioxidantes que possuem ação anti-inflamatória auxiliando na prevenção do câncer de mama.
- Chá-verde – contém antioxidantes chamados catequinas, que podem ajudar a prevenir o câncer.
- Linhaça – É fonte de lignana, um fitoestrógeno de ação relacionada à prevenção de câncer de mama.
- Cogumelos – Contém antioxidantes que auxiliam na prevenção da doença.
- Azeite de oliva, abacate e castanhas são gorduras boas com propriedades anticancerígenas.
A farinha branca, o arroz branco e o açúcar são gatilhos para mudanças hormonais que podem provocar o crescimento de células cancerígenas. Sempre que possível troque esses alimentos por suas versões integrais.
Voluntárias confeccionam painel de patchwork para chamar atenção à prevenção do câncer de mama
Ação integra o Outubro Rosa no Hospital Santa Rita, unidade especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento oncológico da Santa Casa de Porto Alegre
Mais de 160 quadrados de patchwork integram o painel da prevenção produzido pelas voluntárias do projeto Confraria do Patchwork, que ficará exposto no saguão do Hospital Santa Rita, em Porto Alegre (RS), durante o mês de outubro. A ideia é chamar a atenção para a prevenção e diagnóstico precoce de câncer de mama. Somente no Rio Grande do Sul são estimados 5 mil novos casos por ano, e a prevenção faz toda a diferença para aumentar as chances de cura da doença. Este já é o segundo painel confeccionado pelo grupo, que agora visa chamar a atenção exclusivamente para o câncer de mama, por isso, um degradê cor-de-rosa é o pano de fundo do material, que conta com a representação de cada um dos voluntários em seus quadrados de patchwork.
Informações
- Estima-se que mais de 50 mil mulheres tenham câncer de mama em 2018.
- A cada 69 segundos, uma mulher é diagnosticada com câncer de mama no mundo.
- Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta, em média, 88,3% de cura.
Oncologia D’Or e Corinthians fazem um gol de placa contra o câncer de mama
Parceria vai promover ações na Arena do Timão. Realização de mil mamografias é uma das iniciativas
A Rede D’Or São Luiz e o Corinthians vão entrar em campo juntos na luta contra o câncer de mama no Outubro Rosa. A primeira atividade será no dia 5 de outubro, durante o clássico contra o Flamengo. Na ocasião, 40 mulheres vão dar a volta olímpica na Arena do Timão vestindo uma camisa com os dizeres “Peitos – É isso mesmo, só queremos chamar a sua atenção”. A blusa é parte da campanha da Oncologia D’Or, rede de clínicas oncológicas da Rede D’Or São Luiz, para o Outubro Rosa. Já no dia 14, a parceria levará para o estádio uma carreta de mamografia, com a previsão de realizar o exame em cerca de mil mulheres. Paralelamente haverá um stand com o célebre cabeleireiro Robson Jassa, que presentará as mulheres com o seu talento, além de ajudar na divulgação da prevenção ao câncer de mama.
Este será o terceiro ano seguido que a Oncologia D’Or participa do mês de conscientização sobre o câncer de mama com a campanha “Peitos – É isso mesmo, só queremos chamar a sua atenção”. Dessa vez, a iniciativa recebe o importante reforço do clube com a segunda maior torcida de futebol do país e consagrado também por participar de causas sociais, como ocorreu com o movimento do Diretas Já. Nesse caso, a parceria é para conscientizar as mulheres da importância dos exames preventivos contra o segundo tumor mais frequente no mundo e o que tem maior incidência no público feminino, havendo a estimativa de, somente no Brasil, 60.000 novos casos por ano. Apesar de matar mais de 500 mil mulheres anualmente no mundo, quando diagnosticado precocemente, a chance de cura é de 95%.
Artigo – O que se ganha quando descobre que tem um câncer
Um dia você acorda e vê a sua camisola molhada na região da mama e no dia seguinte novamente, mas pela terceira vez, você para e pensa se tem algo errado. “Será que estou grávida e isso é leite?”. Essa foi a única opção que passou pela minha cabeça, afinal, câncer de mama aos 33 anos não seria possível e não comigo! Quando me dei conta eram dias sucessivos de manchas e, enfim, médico agendado.
Foi assim que descobri meu câncer de mama. A primeira médica que fez o diagnóstico tinha dúvida e, por isso, optei em ir a um hospital especializado e, desde então, o A C Camargo se tornou o meu lugar de cura.
Depois de muitos exames e uma cirurgia de biópsia, recebi o triste diagnóstico: “você tem câncer de mama e teremos que extraí-la inteira, pois os tumores estão espalhados”. Foi assim que começou a assustadora jornada de uma nova e linda vida! Um ano de tratamento, cheio de dores, invasões, tristezas, cortes, costuras, mutilações e mal sabia eu que a melhor fase da minha vida se iniciaria ali.
Durante o período de tratamento, o oncologista me disse que o melhor seria eu não engravidar durante os primeiros 5 anos, afinal, meus tumores respondiam a progesterona e então a melhor parte de tudo começou. Fui para a fila de adoção para iniciar a minha gestação fora da minha barriga e quase dois anos depois o telefone tocou. Nesse dia o meu maior amor nasceu, meu filho Leonardo chegou com 8 meses e assim entendi que o câncer seria a melhor coisa que poderia ter me acontecido.
Sou empreendedora, o que – em alguns momentos – me deixava com ainda mais medo. Meu time sempre comprometido em deixar as coisas “normais”, se desdobrou em muitos, para que conseguíssemos manter nossos clientes e projetos estáveis e acontecendo. Essa foi outra oportunidade de aprender a delegar e lembrar que não temos controle de tudo e isso pode ser bom. O tratamento foi longo e muitos dias exaustivo, mas tê-los por perto também foi alento para as minhas emoções e mais ainda, a garantia do sustento e manutenção da empresa.
O câncer ainda é uma doença assustadora, a palavra de ordem é sempre a morte e, com o tempo, percebi que era a maior oportunidade que eu teria de viver, de uma maneira que eu jamais imaginaria se não tivesse passado por isso. Me agarrei a família, aos meus empreendimentos, comecei a ver a vida de uma outra perspectiva. Por isso, gostaria de deixar seis dicas que aprendi nessa minha nova vida após o câncer, afinal, faz 11 anos que passei por tudo isso:
1. Senso de urgência. O melhor dia para mudar a sua vida, tomar decisões e aceitar quem você é, é hoje! Não deixe nada para amanhã.
2. Não leve tudo tão a sério. A vida pode ser mais leve, ela é rara!
3. Faça escolhas pequenas e curtas, não pense em tão longo prazo. Mude o que preciso hoje mesmo.
4. Perder as mamas é mesmo uma mutilação, uma dor profunda que vai te assombrar por muito tempo, mas olhar para o seu novo corpo e ver a vida que há em você é a chance de transformar a sua existência.
5. Agradeça a oportunidade que a vida te deu, de parar um pouco em meio a correria do dia a dia para olhar para você, seus sentimentos, seus medos, sua dor, de acolher-se em seu próprio colo, chorar e depois sorrir de gratidão. Aproveite esse tempo para transformar.
6. Entenda que a sua vida nunca mais será a mesma, mas ela pode ser muito melhor!
Essa pode ser uma visão romantizada, afinal, eu chorei muito, litros e litros de lágrimas, mas assim descobri que meu novo eu era melhor que o anterior. Seja bem-vinda a essa nova vida!
Mônica Schimenes é fundadora e CEO da MCM Brand Group
Instalação artística ocupa hospitais da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo durante o Outubro Rosa
Exposição integra ações de conscientização sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama
Encarar o tratamento oncológico sob a perspectiva de superação é o fio condutor da exposição itinerante que passará pelos hospitais BP Mirante e Hospital BP, dois dos hospitais da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, durante o mês de outubro, em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama.
Em formato de um livro de 3 m x 2 m, a instalação artística Histórias que Celebram a Vida conta como quatro pacientes desses hospitais enfrentaram o câncer de mama com positividade e valorizaram a vida desde o momento do diagnóstico até o tratamento. O objetivo da obra é sensibilizar outras mulheres para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A lateral do livro, quando fechado, simula o perfil de uma mulher.
As quatro pacientes participaram também de um ensaio fotográfico que está sendo projetado na torre 5 do Hospital BP, na face voltada para a Avenida 23 de Maio, até o fim de outubro, sempre entre 18h às 4h, acompanhado da hashtag #OutubroRosaBP. A projeção do videomapping visa mostrar que é possível vencer a luta contra o câncer de mama e manter a autoestima.
Parceria entre o Hospital Márcio Cunha e a Prefeitura de Ipatinga viabiliza exames de mamografia
No mês em que é celebrado o Outubro Rosa, exame será gratuito pelo SUS e contemplará mulheres com idade entre 50 e 69 anos
Para reforçar a prevenção durante o Outubro Rosa, o Hospital Márcio Cunha (HMC), mantido pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX) por meio de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Ipatinga (MG) oferecerá mamografia gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a mulheres com idade entre 50 e 69 anos, das microrregiões de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Caratinga. As pacientes precisam realizar requisições junto às unidades de saúde do município de Ipatinga.
O câncer de mama está entre os tipos da doença que mais acometem as mulheres, principalmente, a partir dos 35 anos de idade, tendo os seus riscos aumentados a partir dos 50 anos. Uma das formas de prevenção é a realização da mamografia, considerada hoje o principal método de identificar a doença. O objetivo do Outubro Rosa é conscientizar as mulheres, seus companheiros, amigos e familiares a respeito da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade.
Errata
Neste ano, a parceria entre o Hospital Márcio Cunha (HMC) e a Prefeitura Municipal de Ipatinga (PMI) para o Outubro Rosa viabiliza exames de mamografia somente para as pacientes da cidade de Ipatinga.
Os exames serão direcionados para mulheres com idade entre 50 e 69 anos e, também, para as mulheres com idade abaixo de 50 anos com histórico familiar da doença.
As pacientes que se enquadram nesse perfil devem procurar as unidades básicas de saúde do município de Ipatinga.
Os agendamentos no Hospital Márcio Cunha serão feitos pela Prefeitura de Ipatinga e não pela paciente.
Coletivo Pink abre as portas com oficinas, workshops, atividades interativas, debates, intervenções e serviços gratuitos
Com uma programação dividida em semanas temáticas e cheia de propostas criativas, casarão nas imediações da Avenida Paulista recebe o público para mostrar um novo olhar sobre o câncer de mama
Começam em 4 de outubro as atividades do projeto Coletivo Pink – Por um Outubro Além do Rosa, que abre suas portas em São Paulo para oferecer oficinas gratuitas, workshops, atividades interativas e criativas, debates com grandes especialistas do país, intervenções e serviços, sempre com foco na conscientização do câncer de mama. Nesta primeira semana, o tema é: Meus hábitos interferem no câncer de mama? E, para abordar esse assunto com leveza, a iniciativa traz uma série de atividades focadas na importância da alimentação saudável e da atividade física, alertando também para o papel do consumo de bebidas alcoólicas como fator de risco.
Além dos temas específicos de cada semana, há atividades fixas no casarão. Esse é o caso da sala “Sonhos”, um ambiente interativo em que o visitante poderá assistir a um minidocumentário inspirador e receber dicas de saúde. Há também a sala do Escape Pink, uma versão temática, reduzida e gratuita do Escape 60’, que convoca cada participante a desvendar informações sobre a doença de forma criativa, educativa e surpreendente para ajudar a humanidade a se proteger do câncer de mama! Com sessões a cada meia hora, a atividade funcionará aos sábados e domingos, das 12h às 18h. No site www.coletivopink.com.br é possível conferir a programação completa e se inscrever no Escape Pink, bem como em outras atividades que exigem reserva de horário ou dispõem de vagas limitadas.
Instalado nas imediações da Avenida Paulista, em um casarão centenário que já foi comandado por diferentes gerações de mulheres, o Coletivo Pink é o resultado de muitas vozes. Instituto Oncoguia, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Fundação Laço Rosa, grupo Meninas de Peito e Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama): algumas das principais associações de pacientes oncológicos do país, juntamente com a Pfizer, se uniram neste Outubro Rosa com o firme propósito de contribuir efetivamente para a conscientização da doença junto à sociedade.
Histórias de superação marcam 57ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama
No dia 30 de setembro, a abertura do Outubro Rosa foi feita em São Paulo (SP) com a 57ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama, evento idealizado pelo IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), organizado pela Life Marketing Esportivo. Quase 7 mil pessoas marcaram presença no evento que se dividiu em percursos de 3km, 5km e 10km, entre caminhada e corrida. Entre os quase 7 mil presentes na 57ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama, estão pacientes com histórias de superação e muita luta e que encontram neste evento uma oportunidade de celebrar a vida.
É o caso de Ada Néria Vergamini, professora. Há 7 anos faz uso de Tamoxifeno, após fazer a mastectomia. Em fevereiro deste ano diagnosticou o câncer de mama. Após cirurgia e radioterapia ela fez reconstrução das mamas e encontra-se em acompanhamento. “É muito gratificante pessoalmente, pois faço parte de uma rede feminina de São Caetano de combate ao câncer e sempre reforçamos a todas que devemos estar sempre de olho no nosso corpo. Essa corrida me emociona, já estou chorando, pra mim é uma vitória porque descobri no começo”, destaca Ana Néri.
O câncer de mama é o segundo mais incidente nas mulheres, ficando atrás dos cânceres de pele não melanoma. São estimados aproximadamente 2 (dois) milhões de novos casos por ano no mundo e no Brasil a estimativa para 2018 é de 59.700 casos novos.
O diagnóstico pode ser suspeitado pelo exame clínico de palpação ou por exames de imagens como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Mas a confirmação é feito através da biópsia. Os médicos Mastologistas são os especialistas que tratam das doenças das mamas. Principalmente quando diagnosticado nos estágios iniciais, as chances de cura são de 95 a 98%.
Cleonice Gomes é profissional de marketing e atleta por natureza. Sempre incentiva a prática de atividades física num grupo que administra e também à doação de sangue. Ela foi diagnosticada em novembro de 2014. Passou por dois ciclos de quimioterapia. Em 3 anos do diagnóstico correu 90 provas (3 anos). “Me sinto realizada e esse evento é uma experiência que marca nossa superação. A medalha é um troféu de superação que recebemos”, afirmou.
História de superação de quem venceu o câncer de mama
Programa de Rastreamento Mamográfico ajudou paciente a diagnosticar
e lutar contra a doença
Ruth Lamonica foi diagnosticada com câncer de mama aos 58 anos, depois de receber em casa uma Guia de Rastreamento Mamográfico e decidir realizar o exame. O documento – uma requisição para fazer mamografia gratuita anual – faz parte de um programa de prevenção da Unimed Blumenau (SC) e é enviado as beneficiárias entre 39 e 70 anos. “Tudo começou quando a Unimed Blumenau me enviou uma correspondência e junto havia a Guia de Mamografia. Em janeiro desse ano, resolvi fazer o exame, foi a partir disso que descobri o câncer de mama precoce”, conta Ruth.
Ela lembra que “foi um grande susto descobrir a doença, pois, sempre me cuidei e sempre fiz exames preventivos anualmente. O mais surpreendente, é que não tive nenhum sintoma. A surpresa foi tão grande, que de início não consegui acreditar”.
A médica especialista em diagnóstico por imagem e diretora vice-presidente da Unimed Blumenau, Dra. Irene Wiggers, explica que “em sua fase inicial, quando as chances de cura são maiores, o câncer de mama não costuma apresentar sintomas a olho nu; por isso, é extremamente importante acompanhamento médico e realização de mamografias a partir dos 39 anos”.
Apesar de não apresentar sintomas inicialmente, de acordo com a mastologista e médica cooperada da Unimed Blumenau, Katia Sylvana Beckhauser Ferreira da Silva, o câncer de mama ocorre em 10% das mulheres no Brasil e no mundo, ou seja, uma a cada oito mulheres vai desenvolver câncer de mama durante a vida. Estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam quase 60 mil novos casos no Brasil em 2018.
“Graças a Deus venci o câncer de mama. Após vários exames, fiz a cirurgia e também a radioterapia. Confesso que o processo não é nada fácil, fiquei com muito medo. Eu só tenho agradecer a Deus e também a Unimed Blumenau, que me deu todo suporte para hoje, estar aqui contando essa história”, ressalta Ruth. Sua história de superação também está registrada em vídeo em uma campanha de prevenção da Unimed Blumenau para inspirar outras mulheres a buscarem os exames necessários para o diagnóstico e prevenção de doenças.
O câncer de mama
O câncer é uma doença causada pela multiplicação de células anormais na mama, que forma um caroço. De acordo com a mastologista e médica cooperada da Unimed Blumenau, Katia Sylvana Beckhauser Ferreira da Silva, “o principal sintoma do câncer é o nódulo de mama, na maioria das vezes, percebido pela própria mulher. Mas também pode se manifestar por vermelhidão e edema da pele, nódulos nas axilas, saída de líquido sanguinolento pelo mamilo ou alteração de cor e formato da mama”.
“Qualquer suspeita deve ser levada em consideração e a consulta com o especialista para descartar o câncer, sempre é a melhor atitude a tomar”. As mulheres precisam ficar atentas com suas mamas e seguir a orientação de se autoexaminarem periodicamente, preferencialmente após a menstruação, quando as mamas estão menos doloridas e fáceis de palpar, explica a especialista.
A maioria dos tumores malignos da mama ocorre após os 40 anos. As causas ainda não são bem definidas, mas apenas 5% dos cânceres de mama têm alguma mutação genética, tipo a Angelina Jolie. Hábitos de vida pouco saudáveis respondem por 95% dos casos de câncer de mama.
Para se prevenir, recomenda-se:
- Alimentação balanceada, evitando alimentos processados.
- Controlar obesidade ou sobrepeso.
- Fazer atividade física prazerosa 4x/semana por pelo menos 1 hora. Mulheres que iniciaram atividade física antes dos 18 anos são mais protegidas e quanto maior o número de anos de atividade física, maior a proteção para o câncer.
- Evitar bebidas alcoólicas.
- Controle na exposição à radiações ionizantes.
- Controle das situações de stress, ansiedade, depressão.
- Controle e orientação médica no uso de tratamentos hormonais.
O câncer de mama é um tumor heterogêneo, ele não se comporta da mesma forma em todas as mulheres. Alguns são muito agressivos, mas em 75% dos casos, consegue-se um bom controle da doença ou até mesmo a cura”, diz a médica.
A mastologista também explica que “o tratamento do câncer de mama pode incluir cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia. A maioria utilizará de 2 a 3 modalidades de tratamento, que serão individualizados de acordo com o tamanho e a agressividade do tumor. Em geral, quanto mais precoce o diagnóstico e menor o tumor, menos agressivo o tratamento e maior a possibilidade de cura”.
Programa de Rastreamento Mamográfico
O Programa de Rastreamento Mamográfico da Unimed Blumenau existe desde 2007 para promoção da Saúde da Mulher. “Por meio desta iniciativa, clientes, colaboradoras e esposas de colaboradores, de 39 a 70 anos, podem solicitar ou receber em casa anualmente uma guia gratuita para o exame de mamografia”, destaca a vice-presidente da Unimed Blumenau.
Para realizar o exame, basta solicitar com o Serviço de Atenção à Saúde, pelo telefone (47) 3331-8780, a guia de mamografia e agendar o procedimento em uma das clínicas conveniadas. Com o resultado em mãos, a orientação é procurar um médico para avaliação. “Essa mamografia anual é gratuita, sem custos de co-participação, inclusive”, destaca Dra. Irene.
A mamografia
A mamografia tem fama de desconfortável e dolorosa para muitas mulheres, mas de acordo com a doutora Kátia Beckhauser, ainda é o método mais sensível na detecção do câncer de mama. “Nem todo câncer começa como um caroço, alguns iniciam com microcalcificações na mama e não aparecem na ultrassonografia ou na ressonância magnética, apenas na mamografia. Por isso, é o exame de preferência no rastreamento do câncer de mama”, explica a mastologista.
As mulheres jovens têm mamas mais densas e os nódulos podem ser difíceis de visualizar pela mamografia, nestes casos, se faz necessário a ultrassonografia como complemento. Mas a ultrassonografia como método único de rastreamento do câncer de mama não é indicada.
A mamografia apesar de ser um exame rápido e menos caro, ainda não é tão acessível no Brasil. Em Santa Catarina, temos um dos melhores índices de rastreamento do país, mas apenas 30% das mulheres realizam o exame. Em países como Canadá, Estados Unidos e Alemanha, mais de 75% das mulheres fazem rastreamento através da mamografia.
Existe controvérsia se o rastreamento Mamográfico deve ser feito anualmente e a partir de que idade. O Ministério da Saúde recomenda desde 2015, que mulheres assintomáticas devem fazer mamografia entre 50 e 69 anos a cada 2 anos. Deve-se enfatizar, porém, a diferença entre rastreamento e diagnóstico precoce. Considera-se rastreamento, fazer mamografia em mulheres em idade ou situação de risco, que foram examinadas e não tem sintomas. Quando uma mulher tem qualquer alteração suspeita na mama, deve ser avaliada e encaminhada para realização de exames complementares, conforme indicação do médico especialista. Este caso não é apenas rastreamento, e sim, diagnóstico precoce, finaliza a mastologista da Unimed Blumenau.
A melhor atitude é a prevenção: Hospital do Câncer em Uberlândia prepara ações para o Outubro Rosa
Além do evento “Mova-se Contra o Câncer”, a instituição de saúde fará palestras de prevenção em empresas
O Outubro Rosa chegou e com ele o alerta na luta contra o câncer de mama. A campanha, que tem alcance mundial, chama a atenção para a prevenção do tipo de tumor que mais acomete e mais mata as mulheres no mundo todo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) no Brasil o câncer de mama é o que mais atinge as mulheres depois do câncer de pele não melanoma, o que corresponde a 29,5% dos casos de câncer no país. Para 2018 o INCA estima que serão cerca de 60 mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Diante dos dados preocupantes da doença, o Grupo Luta Pela Vida, a ONG do Hospital do Câncer em Uberlândia (MG), prepara mais uma vez uma programação especial com ações do Outubro Rosa para Uberlândia e região.
Entre as ações, o Grupo promove, no dia 20 de outubro, mais uma edição do evento “Mova-se contra o Câncer”, que vem com novidades. Neste ano o evento muda de local e acontece na Praça Tubal Vilela. O intuito é levar informação à sociedade em seu ambiente urbano e na rotina da população, para despertar a atenção para a importância de cuidar da saúde e se prevenir contra o câncer de mama. O evento vai contar com ações de esclarecimento e dicas de prevenção, além de oferecer serviços de saúde, como aferição de pressão. “Queremos estar mais perto da população, fazendo com que o alerta chegue a todos, pois a prevenção é um dos principais caminhos no combate ao câncer. Nosso objetivo é levar a informação ao maior número de pessoas possível, para gerarmos a consciência sobre o que é o câncer de mama e como podemos nos prevenir”, conta Virgínia Silva, supervisora de Marketing do Grupo Luta Pela Vida.
Além do “Mova-se contra o Câncer”, o Grupo possui outras ações que acontecem durante todo o mês, como as palestras de prevenção que acontecem em Uberlândia e região, feitas em empresas e instituições. Os pesquisadores e voluntários do Núcleo de Prevenção e Pesquisa de Câncer (NUPPEC) do Hospital dão dicas de prevenção e abordam os sinais e sintomas do câncer de mama, fazendo com que a população conheça mais sobre a doença.
Ainda é possível apoiar o Outubro Rosa e o Hospital do Câncer ao adquirir os produtos promocionais da campanha, que tem renda revertida para ajudar a instituição de saúde. Entre as peças que podem ser adquiridas estão uma camiseta e um boton especial sobre campanha. Os produtos são destinados às empresas e toda a população e podem ser obtidos por meio do telefone: (34) 2101-1954.
Conheça 5 direitos do INSS para mulheres com câncer de mama
Segundo dados da Secretaria da Previdência, foram mais de 21 mil benefícios concedidos em 2017 para seguradas em tratamento
O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados cerca de 60 mil novos casos da doença no Brasil em 2018. O que poucas pessoas sabem é que as pacientes diagnosticadas com a condição e que contribuíram com o INSS possuem direitos e podem entrar com pedido para solicitar seus benefícios.
De acordo com levantamento da Secretaria da Previdência, em 2017, foram concedidos pouco mais de 21 mil auxílios-doença previdenciários em decorrência do câncer de mama, número menor que em 2016, quando foram liberados cerca de 500 auxílios a mais. “A Constituição Federal assegura direitos às pessoas com todos os tipos de tumor maligno, inclusive na mama, para que ela possa ter mais qualidade de vida e, em alguns casos, até maior expectativa de vida”, explica Átila Abella, advogado especialista em previdência social e cofundador do site Previdenciarista, plataforma que auxilia advogados de todo o Brasil.
Durante o mês de Outubro, data criada para conscientização do combate à doença, o especialista reforça os 5 principais direitos do INSS para mulheres que estão na luta contra o câncer de mama.
Auxílio-doença
Para as pacientes impossibilitadas de trabalhar temporariamente, o auxílio-doença é um benefício assegurado. “O auxílio-doença é pago mensalmente à portadora do câncer desde que fique comprovada a impossibilidade de atuação profissional. Para os trabalhadores individuais, como profissionais liberais e empresários, a Previdência Social pagará por todo o período incapacitante da doença, desde que o mesmo tenha requerido o benefício”, explica Átila.
Aposentadoria por invalidez
Já para as pacientes que passam pela cirurgia de retirada das mamas e que ficam impossibilitadas de trabalhar de forma permanente, sem possibilidade de reabilitação, é possível solicitar a aposentadoria por invalidez. “Para ter direito ao benefício, a segurada precisa ter iniciado as contribuições antes do diagnóstico da doença, e pode solicitar a aposentadoria por invalidez independentemente de ter feito as 12 contribuições pré-estabelecidas pelo INSS”, afirma o especialista.
Saque do FGTS e PIS
Portadores do câncer de mama, ou pessoas que tenham uma dependente com a doença, também podem resgatar a quantia disponível no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e nas quotas do PIS/PASEP. “Basta a segurada apresentar cartão do cidadão ou o número do PIS, a carteira de trabalho e um atestado médico válido por 30 dias, com o histórico da doença, estágio clínico atual e a cópia dos laudos. Para os casos de dependentes com a patologia, também é exigido um documento que confirme a ligação com a paciente”, explica Átila.
Auxílio acompanhante
Além dos benefícios acima, a segurada que necessita comprovadamente de um cuidador pode solicitar também o adicional (majoração) de sua aposentadoria para auxiliar no custeio do acompanhante, previsto na Lei nº 8.213/91 – um acréscimo vitalício de 25% no benefício pago pelo INSS.
Isenção de IR
A gravidade do câncer de mama também isenta, por lei, as seguradas portadoras da doença de arcar com o Imposto de Renda, mesmo em caso de pacientes que já recebam benefícios da Previdência Social. “Como as pessoas com HIV/AIDS, cardiopatas graves e parkinsonianos, entre outros, elas têm direito a essa isenção, desde que recebam uma aposentadoria, pensão ou reforma”, finaliza a advogado.
Como entrar com o pedido do benefício?
Para requerer todos os auxílios, a paciente precisará passar por um exame de perícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por ser um processo burocrático e levar em consideração todas as situações emocionais que cercam pessoa diagnosticada com câncer de mama, é indicado contar com a ajuda de um profissional.
Hospital São Camilo e SESC realizam ação preventiva sobre câncer de mama
Com foco em orientação, Unidades Pompeia e Santana recebem especialistas para conversar com a comunidade sobre como fazer o autoexame
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, em parceria com o SESC, promoverá um encontro gratuito com especialistas para conscientizar e orientar sobre fatores de risco, prevenção e a importância da realização do autoexame do câncer de mama. A ação acontecerá nos dias 18 e 19 de outubro no SESC Santana, e dias 30 e 31 no SESC Pompeia.
Além disso, a equipe do Centro de Simulação e Pesquisa mostrará como é feito o autoexame em manequim com nódulos nas mamas e, na sequência, o público poderá tirar suas dúvidas em relação à doença.
As ações serão realizadas em celebração ao Outubro Rosa e acontecerão em duas sessões por dia: 10h às 11h30 e 14h às 15h30. O SESC Pompeia está localizado na Rua Clélia, 93, Pompeia, e o SESC Santana na Av. Luiz Dumont Villares, 579, Santana.
Qual a causa secreta das doenças?
Livro de Patrícia Cândido, palestrante e filósofa, é um verdadeiro manual para auxiliar os leitores a identificarem causas emocionais por trás de problemas de saúde, além de transformarem emoções negativas em positivas
Qual a causa real das dores e doenças? Como ajudar amigos e familiares que enfrentam graves problemas de saúde? Para auxiliar os leitores a compreenderem mais sobre o assunto, Patrícia Cândido, filósofa, escritora e palestrante, lança a obra Código da Alma, publicada pela Luz da Serra Editora.
A autora, uma das responsáveis pela expansão da espiritualidade no Brasil, explica quais são as causas mentais, emocionais e espirituais que desencadeiam as doenças físicas. Ao ter acesso a esse conhecimento, é possível transformar definitivamente emoções negativas em positivas, enfermidade em saúde, dores em energia e, assim, alcançar o tão desejado bem-estar.
Depois de ficar doente e com uma série de complicações alérgicas a ponto de não conseguir sair de casa, Patrícia se surpreendeu ao tomar um floral e melhorar seu estado de saúde. Foi a partir daí que ela – antes desacreditada de soluções alternativas –, se dedicou por anos e anos aos estudos e cursos sobre esse assunto. Nesta jornada, ela se aprofundou no estudo da bioenergia, da influência das emoções, dos pensamentos e dos sentimentos na saúde.
De forma bem detalhada e didática, a autora explica ao longo da obra todos os aspectos dos chacras (os centros de energia do corpo humano), as camadas do campo áurico, a influência dos pensamentos no desenvolvimento das doenças, a relação que existe entre cada parte do corpo e patologias específicas, além de oferecer orientações de como alcançar a cura.
O seu desafio é o que você pensa e sente. Concentre-se nos seus pensamentos e sentimentos, e literalmente deixe os outros de lado. Liberte as pessoas dos seus julgamentos. Ninguém quer ficar preso numa gaiola ou sob o controle de outra pessoa. Portanto, deixe de ser controlador, esqueça os outros e cuide muito bem de si mesmo.
Além disso, Código da Alma indica práticas e exercícios para estabelecer o equilíbrio energético do corpo e, por isso, é eficiente para quem tem problemas como insatisfação no trabalho, depressão, vazio no peito, conflitos de relacionamento, prosperidade bloqueada e enfermidades crônicas.
Os leitores compreenderão, por exemplo, os motivos que podem contribuir para surgir complicações como: cálculo renal, problemas de estômago, bipolaridade e síndrome do pânico. Essas situações podem estar associadas também a questões de vidas passadas.
Este lançamento da Luz da Serra Editora fará com que as pessoas entendam, de uma vez por todas, os sinais do corpo e, assim, possam evitar que as doenças se manifestem no campo físico.
Campanha presenteia mulheres que estão em dia com a mamografia
A intenção da iniciativa é conscientizar sobre a importância da prevenção do câncer de mama
Não importa em que local do mundo você esteja, para ter uma detecção precoce e correta do câncer de mama a mamografia é a melhor ferramenta. No Brasil, ou no exterior, este procedimento é o mais eficaz na identificação de possíveis nódulos e lesões milimétricas, ainda não palpáveis.
O grande problema é convencer as mulheres a realizar este exame. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) mostra que 11,5 milhões de mamografias deveriam ter sido feitas em 2017, no entanto somente 2,7 milhões foram realizadas. Tendo atingido apenas 24,11% do público esperado, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma cobertura de 70%. Já é o índice mais baixo dos últimos 5 anos no país.
Mas em Itajaí (SC), quem estiver em dia com a mamografia vai ganhar um presente. A Associação Câncer com Alegria, em parceria com a Clínica Neoplasias Litoral, está incentivando as mulheres a se cuidarem, por isso vai oferecer um brinde em comemoração ao Outubro Rosa. A campanha foi lançada na terça-feira (2) e seguirá até dia 15 de outubro.
Para participar basta ter em mãos a mamografia recente, feita em 2018, e levar até a sede da Associação Câncer com Alegria ou no stand que a ONG terá, para divulgação do seu trabalho, durante a 32ª Marejada. A festa acontecerá de 4 a 14 de outubro de 2018, no Centreventos de Itajaí. Ao apresentar o seu exame atual a mulher vai ganhar um sutiã rosa. Um gesto de carinho e de expressão do quanto é importante se cuidar, prestar atenção nas mamas, no corpo e não ter receio de realizar o exame.
Demonstrar que a mamografia não provoca lesões à paciente é o grande desafio dos médicos. Muitos, inclusive, indicam a realização do primeiro procedimento aos 40 anos, numa tentativa de identificar possíveis nódulos mais precocemente.
Porém, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres sem sintomas ou sinais de doença façam o primeiro exame entre 50 e 69 anos de idade, a cada dois anos. Já pacientes com grande risco, com histórico familiar de primeiro grau, precisam ser avaliadas por seus médicos para que seja decidida a periodicidade da mamografia.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), neste ano, surgirão 59.700 novos casos da doença no Brasil. E no Sul do país o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres, sem contar o câncer de pele não melanoma. Números crescentes que chamam a atenção da medicina que tem buscado novos caminhos para tratar, com mais eficiência e sem tantos efeitos colaterais, os pacientes com câncer.
A Associação Câncer com Alegria desenvolve trabalho de excelência na região atendendo e acolhendo mulheres com câncer. Para conhecer as atividades realizadas – doação de lenços, empréstimo de perucas, micropigmentação de sobrancelhas, fisioterapia, coach e psicologia, OncoYoga e aulas de zumba – basta ir até a sede que fica na rua José Bonifácio Malburg, número 51, no centro de Itajaí, no período da tarde.
Hospital Angelina Caron promove ações de conscientização e bem-estar no “Outubro Rosa”
Cronograma de atividades prevê apresentação de dança, entrega de anjos, lenços, maquiagem e muito carinho
O mês de outubro é reconhecido pelas iniciativas de conscientização para a prevenção e luta contra o câncer de mama. Pensando na humanização do tratamento e na conscientização da população, o Hospital Angelina Caron, que realiza 420 mil atendimentos pelo SUS todos os anos, promove uma série de ações direcionadas para o debate sobre o tema e o bem-estar das pacientes durante todo o mês de outubro.
O cronograma de atividades prevê apresentações de dança, teatro e música, entrega de anjos de tecido produzidos por mulheres da comunidade, entrega de lenços, maquiagem e muito carinho. As atividades serão realizadas no Hospital Angelina Caron e nas Unidades de Saúde de Campina Grande do Sul e Quatro Barras e no Centro de Atenção Psicossocial de Quatro Barras.
A assistente social Beatriz Paternoster reforça o papel das ações. “O debate promove a conscientização sobre o câncer mais comum entre as mulheres e alerta para atitudes simples como o autoexame, a conversa com os médicos e a importância do diagnóstico precoce. As atividades durante o mês de outubro levam carinho e bem-estar para as mulheres em tratamento”.
O Outubro Rosa é um movimento mundial que reforça a importância da detecção precoce para vencer a batalha contra a doença. A trajetória durante o tratamento exige esforço e dedicação física das pacientes e também das famílias. O câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres do Brasil e do mundo, mas com grande chance de cura se detectado no início.
Confira a programação completa em www.hospitalangelinacaron.org.br ou pelo telefone (41) 3679-8100.
Conheça 4 exames da Medicina Nuclear que ajudam no diagnóstico precoce e preciso do câncer de mama
Tecnologia é eficaz na detecção de lesões e possíveis metástases, aumentando as chances de cura
Outubro é o mês da prevenção ao câncer de mama, doença mais comum entre as mulheres no Brasil e a segunda mais frequente no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, por meio da Campanha Outubro Rosa. O diagnóstico precoce aumenta de forma considerável as chances de cura, pois conhecendo-se a extensão da doença (se está localizada ou generalizada) é possível determinar qual o melhor tratamento.
“A Medicina Nuclear conta com tecnologias precisas para determinar o comprometimento dos gânglios (linfonodos que atuam na defesa do organismo) e a existência de metástases e micrometástases”, afirma o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP, que explica os exames existentes para o diagnóstico do câncer de mama:
Pesquisa de linfonodo sentinela
O exame é realizado com a injeção de um radiofármaco ao redor do mamilo ou próximo ao tumor – quando realizado em conjunto com ultrassom ou mamografia – que é drenado para os gânglios da axila, de onde se extrai o linfonodo sentinela, que, se estiver acometido pelas células cancerígenas, indica que existem outros gânglios potencialmente comprometidos (micrometástase) e determina a retirada de todos os linfonodos presentes no local, por meio de cirurgia.
As imagens tomográficas do linfonodo sentinela são captadas pelo equipamento SPECT/CT, tecnologia de diagnóstico por imagem mais precisa, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento menos invasivo.
Cintilografia de mama
Para este exame, também realizado com o equipamento SPECT/CT, é necessária a injeção do radiofármaco na veia, que facilita a identificação das lesões tumorais na mama. A tecnologia permite a localização de lesões mesmo em regiões com mais tecido mamário, o que permite avaliar lesões em que a performance dos métodos habituais está limitada.
ROLL para a marcação de tumores ocultos
A técnica ROLL, sigla em inglês para radioguided occult lesion localization, permite a marcação de lesões mamárias não detectáveis ao toque. As lesões são marcadas pelo radiofármaco injetado diretamente na mama acometida pela doença, guiado pela mamografia ou pela ultrassonografia.
O equipamento Gamaprobe detecta a radiação emitida pelo material injetado e consegue facilitar a operação para o cirurgião favorecendo que a lesão seja seguramente retirada.
PET/CT – Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) com Tomografia Computadorizada (CT)
O exame pode detectar metástases ocultas, inclusive na região óssea, aumentando as chances de tratamento. A localização nos núcleos comprometidos é possível graças ao traçador do radiofármaco aplicado na veia, que é captado pelas células cancerígenas e identificado pelo equipamento PET/CT.
Por meio deste aparelho, a Medicina Nuclear atua também no controle das lesões mamárias malignas, após cirurgia, tratamento com quimioterapia e em mulheres cuja doença já esteja controlada.
Todos os procedimentos estão no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e são cobertos pelos convênios médicos.
Corinthians, em parceria com o Lavoisier, Hospital Santa Marcelina, Rede D´Or e Fundação FIDI, realiza campanha para Outubro Rosa 2018
Parceria oferece exames gratuitos para mulheres e ações para conscientização do câncer de mama
O Sport Club Corinthians Paulista em parceria com o Lavoisier Laboratório e Imagem, Hospital Santa Marcelina, Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, Rede D´Or e Fundação FIDI, realizam a campanha de conscientização e prevenção do câncer de mama ao longo do mês de outubro. Juntas, as parceiras preparam uma programação repleta de atividades para enfatizar a importância do diagnóstico precoce da doença e da educação sobre o tema.
A abertura oficial da campanha acontece no dia 5 de outubro, na Arena Corinthians, durante o jogo entre Corinthians e Flamengo, às 21h pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama durante as ações do Clube no passado e que estão curadas ou passando por tratamento, mulheres simpatizantes a causa farão a volta olímpica no intervalo para conscientizar sobre o mês da prevenção e combate ao Câncer de Mama.
Os exames gratuitos serão realizados do dia 15 de outubro a 01 de novembro na Arena Corinthians. Com uma carreta equipada mantida pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, as mulheres inscritas e sorteadas para a iniciativa realizarão a mamografia e, em caso de necessidade, serão encaminhadas para consulta no Hospital Santa Marcelina. Para as interessadas em fazer o exame e que não forem sorteadas nesse primeiro momento na Arena Corinthians, haverá um outro sorteio para realização das mamografias de forma gratuita no laboratório Lavoisier, que disponibilizará mais 200 exames em cinco de suas unidades da Zona Leste.
Para reforçar ainda mais o mês da campanha, será realizada a III Caminhada pela Conscientização do diagnóstico precoce do Câncer de Mama, no dia 14 de outubro. As empresas parceiras convidam a população local a se reunir em frente ao Hospital Santa Marcelina as 09h30 para caminharem em direção à Arena Corinthians, com apoio da Oncologia D´Or, Fundação FIDI, Lavoisier Laboratório e Imagem, Mercadão Atacadista e da FreeCô, que irão compor os itens dos kits da caminhada.
Na chegada, haverá um stand com diversas atrações, como corte e doação de cabelo, design de sobrancelhas, além da presença de massoterapeutas, manicures e maquiadoras. Terá também o sorteio de brindes, com apoio da Everest. O Lavoisier realizará aferição de pressão e testes de glicemia gratuitos, e poderão aprender mais sobre a importância da realização regular de exames preventivos.
“Para o Lavoisier é uma honra fazer parte deste projeto, que visa conscientizar as pessoas sobre esta causa. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam a 95%. Conscientizar as mulheres de todas as idades sobre a importância de consultar seu médico periodicamente e fazer mamografia é primordial e deve fazer parte da rotina. O Lavoisier tem como objetivo levar o serviço de medicina diagnóstica a toda a população, por meio de equipamentos de alta tecnologia, laudos acurados e rapidez no agendamento.” Eduardo Puccini – Diretor Regional do Lavoisier.
As inscrições para a realização dos exames, na Arena Corinthians, terão início no dia 05 de outubro e ficarão abertas até o dia 15 de outubro no site outubrorosasccp.com.br.
Mulheres jovens com histórico familiar de câncer de mama devem ficar atentas
Apesar de a incidência de câncer de mama em mulheres antes dos 35 anos ser rara, hábitos preventivos que auxiliam no diagnóstico precoce não devem ser esquecidos. De acordo com o oncologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, de São Paulo (SP), Emerson Neves dos Santos, como os registros indicam que há poucos casos nesta faixa etária, a consequência é que, na maioria das vezes, a doença acaba sendo descoberta em fase avançada.
Por esse motivo, é importante a observação e o conhecimento das mamas, como explica o especialista. “É indicado que a mulher, sempre que confortável, apalpe as mamas com o objetivo de conhecê-las. Assim, é possível identificar se algo foge do normal, e com isso identificado, busque um especialista para iniciar a investigação diagnóstica, que pode ser feita com uma ultrassonografia mamária e a ressonância magnética”.
Diferentemente das mulheres com mais de 50 anos, quando já o aumento do risco de desenvolver a doença, a ocorrência em jovens está, na maioria dos casos, relacionada a fatores genéticos e hereditários, ou seja, às mutações que se encontram em genes transmitidos na família, especialmente o BRCA1 e BRCA2, como exemplifica o médico.
“A idade eleva o risco do surgimento do câncer, pois apresenta maior período de exposição aos fatores de risco que podem ativar as alterações celulares. Já em mulheres com menos de 35 anos, esse aspecto não é tão presente, sendo mais comum o fator genético como desencadeador”, conclui.
Por conta dessa prevalência, Santos enfatiza a importância dos cuidados, principalmente em mulheres que têm um histórico familiar. “Mesmo que não seja comum o surgimento do problema em jovens, quem apresenta casos de câncer de mama na família, deve ficar atenta”, adverte.
Outubro Rosa no Hospital São Camilo é promovido com iluminação e ações especiais
Instituição oferece palestras com especialistas e demonstrações de autoexame gratuitos para a população em prol da prevenção ao câncer de mama
Durante todo o mês de outubro, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo ilumina de rosa as fachadas das três unidades na cidade (Pompeia, Santana e Ipiranga) em homenagem à campanha Outubro Rosa. A ideia é reforçar e conscientizar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Além da campanha visual, a ação se estende para pacientes com distribuição de informativos; para os funcionários por meio dos veículos de comunicação interna; e para o público geral por meio de posts nas redes sociais, como Facebook, Instagram e Linkedin.
Também serão realizados encontros gratuitos com especialistas do Hospital São Camilo para conscientizar e orientar a população sobre fatores de risco e prevenção. Na ocasião, a equipe do Centro de Simulação e Pesquisa fará demonstrações de como é feito o autoexame com a ajuda de manequins, momento em que o público poderá tirar dúvidas. Estas ações acontecerão nos dias 18 e 19 de outubro no SESC Santana, e dias 30 e 31 no SESC Pompeia. Serão duas sessões por dia, das 10h às 11h30 e das 14h às 15h30.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença corresponde a cerca de 25% dos casos que surgem no país a cada ano. Em grande parte dos casos, quando detectado em fases iniciais, há mais chances de tratamento e cura, por isso a conscientização sobre os métodos de prevenção é fundamental.
Hospital Estadual de Urgências de Aparecida de Goiânia adere à campanha Outubro Rosa
O Hospital Estadual de Urgências de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Huapa), por meio do Serviço Social e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), deu início em 8 de outubro à ação em prol da campanha “Outubro Rosa” com a distribuição de laços rosas. O movimento tem como objetivo alertar mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero e, na unidade, será lembrado ao longo de todo o mês.
Desde o início de outubro, a fachada do hospital está iluminada com a cor rosa e membros do Serviço Social da unidade e do Sesmt estão alertando sobre a importância do autoexame e de diagnosticar a doença de forma antecipada. Além da conscientização, duas palestras serão promovidas no auditório do hospital para colaboradores, pacientes e acompanhantes.
No dia 25 de outubro, a partir das 15h, será ministrada pelo médico do trabalho do Huapa, Alibert de Freitas Chaves, palestra sobre prevenção ao câncer de mama. Já no dia 26, também a partir das 15h, a nutricionista do Huapa, Maísa Dias, irá falar sobre alimentação na prevenção do câncer de mama.
Câncer de mama pode atingir quase 60 mil mulheres no Brasil até o fim de 2018
Neste mês, marcado pela conscientização promovida por meio da campanha Outubro Rosa, mastologista do COT faz alerta sobre importância da prevenção
Quase 60 mil diagnósticos até o fim de 2018. Essa é a estimativa de surgimento de novos casos de câncer de mama no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O tumor é o tipo mais comum entre as mulheres e fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Medidas para o diagnóstico precoce podem ser feitas por meio do autoexame das mamas e do exame de mamografia. A identificação da doença em fase inicial pode representar até 95% de chances de cura. Neste mês, marcado pela campanha Outubro Rosa, o mastologista do Centro Oncológico do Triângulo – COT, Dr. Juliano Cunha, reforça a importância da prevenção.
Somente em Minas Gerais são aguardados 5.360 diagnósticos da doença até o fim do ano, sendo que o Estado aparece como o terceiro no ranking de maior incidência de câncer de mama. De acordo com o mastologista do COT, Dr. Juliano Cunha, a prevenção, que começa pela adoção de hábitos saudáveis, como: prática de esportes, alimentação adequada, controle de peso e eliminação dos vícios, é fundamental para transformar esta realidade. “A maioria das mulheres diagnosticadas com câncer de mama descobre a doença em estágio avançado, muitas vezes com metástases, o que dificulta o tratamento e a reversão do quadro clínico. É importante lembrar, ainda, que a adoção de hábitos de vida saudáveis ajuda a reduzir o risco de câncer em até 40%”, destaca o médico.
Ainda segundo o mastologista, a mamografia deve ser iniciada a partir dos 40 anos, anualmente. As mulheres que possuem histórico familiar (parentes de primeiro grau) devem iniciar o controle clínico e radiológico das mamas mais cedo. Atualmente é possível diagnosticar lesões milimétricas através da mamografia, com excelentes resultados de cura. “É importante lembrar também que a mulher deve exercer o autocuidado com o seu corpo, examinando suas mamas mensalmente com o intuito de perceber alterações como vermelhidão, nódulos, alterações na pele, nas axilas”, afirma o Dr. Juliano Cunha.
Orientações para realizar o autoexame:
- Procure um lugar claro, tranquilo e onde possa avaliar adequadamente a mama. Escolha uma data do mês, preferencialmente alguns dias após a menstruação.
- Mama – ao examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, coloque a mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda.
- Mamilo – pressione os mamilos suavemente. Verifique se há alguma secreção.
- Axilas – após examinar as mamas, apalpe toda a área debaixo dos braços.
Santa Casa de Mauá promove ações para conscientização sobre o câncer em mulheres
Com a finalidade de conscientizar a população em relação aos diversos tipos de câncer que acometem as mulheres, além de quebrar paradigmas em relação à realização de exames, prevenção e importância do diagnóstico precoce, o Hospital Santa Casa de Mauá (SP) realizará ao longo do mês de outubro várias ações, em comemoração ao Outubro Rosa.
Entre os dias 8 e 26 de outubro, a instituição promoverá a Campanha de Arrecadação de Lenços, que serão destinados para mulheres em tratamento de câncer no Centro Oncológico da Santa Casa de Mauá. As doações poderão ser entregues no próprio hospital (avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis Brasil), nos Ambulatórios de Especialidades 1 e 2, Policlínica – Plano de Saúde Santa Casa (Av. Dom José Gaspar, 168) e Centro Oncológico (Av. Dom José Gaspar, 275).
Outra ação acontecerá às terças-feiras, a partir do dia 16 de outubro, com lives na FanPage da Santa Casa de Mauá no Facebook (www.facebook.com/santacasamaua), com profissionais que falarão sobre o câncer nas mulheres. O primeiro convidado será o médico oncologista Fernando Justo, que abordará o câncer de mama; a segunda convidada será a responsável pelos exames de mamografia, Maria de Fátima Morena, que explicará como é realizado o exame, alertando sobre sua importância para o diagnóstico. A programação será encerrada com a nutricionista Pâmela Janes da Silva, que explicará quais são os alimentos que ajudam na prevenção da doença.
No Outubro Rosa, especialista do Hapvida alerta sobre prevenção do câncer de mama
Embora o câncer de mama acometa principalmente as mulheres, 1% dos casos ocorre em homens
Conhecido mundialmente por atingir pessoas de qualquer classe, cor, gênero ou raça, o câncer, ou neoplasia maligna, é o nome dado a doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos vizinhos do corpo humano ou de distância do foco inicial, caracterizando metástases. Nesse sentido, foi criado na década de 90, nos Estados Unidos, o movimento Outubro Rosa, para chamar a atenção da população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, o mais incidente entre as mulheres no Brasil e no mundo.
Conforme o especialista em mastologia do Grupo Hapvida, Edison Pedrinha, em sua fase inicial, a doença normalmente é assintomática. No entanto, alguns de seus sinais notáveis são nódulos palpáveis na mama, retração de mamilos ou alterações da pele das mamas.
“O diagnóstico do câncer de mama é feito por biópsia, mas a identificação das lesões é feita por exame físico e de imagem. Dentre estes, podemos citar a mamografia, que é o principal meio de rastreamento de lesões iniciais e a ultrassonografia mamária”, explica.
A detecção precoce aumenta as chances de um tratamento mais eficaz e, consequentemente, a cura. Recomenda-se que as mulheres façam o toque das mamas sempre que necessário.
O médico ressalta ainda que, embora o câncer de mama acometa principalmente as mulheres, 1% dos casos ocorre em homens. “Não existe prevenção primária ao câncer de mama, mas algumas medidas podem reduzir o risco da doença, como evitar obesidade, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, consumo de alimentos ricos em gorduras e uso de hormônios sem recomendação médica”, alerta o especialista.
Embora não tenha uma causa única, o câncer de mama pode ser adquirido por diversos indicadores, como idade, história reprodutiva, fatores genéticos e hereditários. Mulheres com idade a partir dos 50 anos são mais propensas a desenvolver a doença.
Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão subordinado ao Ministério da Saúde (MS), indicam que o câncer é a terceira maior causa de mortes no país, sendo 11,84% do total dos óbitos, e a segunda doença que mais mata, sendo 27,63% do total, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Para se ter uma ideia, somente este ano, o câncer de mama, no Amazonas, já tirou a vida de 60 pessoas, segundo registros da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).
Como compartilhar a luta contra o câncer de mama auxilia no tratamento
Campanha visa estimular o contato entre ONGs, pacientes e outros envolvidos no enfrentamento da doença
O Brasil inteiro une-se em prol da conscientização a respeito do câncer de mama. O Outubro Rosa chegou ao país há exatos dez anos por meio da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e, para 2018, conta com eventos e caminhadas em todas as regiões brasileiras: acompanhe a programação aqui. O objetivo da campanha é difundir informações sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de mama, a fim de proporcionar maior acesso à assistência em saúde e reduzir os índices de mortalidade pela doença. A ação também conta com incisivo trabalho na defesa de direitos de pacientes que vêm enfrentando a doença e das quase 60 mil novas pacientes que surgem anualmente (INCA, 2018).
Para este ano, o tema da campanha nacional estimula a formação de redes de apoio. Sob o mote #CompartilheSuaLuta, a campanha visa mostrar que pacientes e familiares podem encontrar em ONGs e mesmo junto a outras pessoas que entendem o que o paciente está vivendo a ajuda e a informação úteis para enfrentar o câncer de mama e as bases para fazer parte de uma transformação no cenário da doença no país.
“Ter acesso a dados referentes ao câncer de mama, sabendo de seus direitos e possibilidades, também é parte do combate à doença. Com pacientes amparados, ampliamos sua visão política e social acerca da doença – assim, cada indivíduo torna-se um potencial agente transformador da realidade brasileira de assistência oncológica e pode contribuir, na medida em que isso fizer sentido, com seu engajamento”, reforça a presidente voluntária da FEMAMA.
Atualmente, a FEMAMA é formada por 74 associações de pacientes em todas as regiões do Brasil capazes de fornecer suporte em diversas frentes. Elas podem oferecer apoio com serviços gratuitos, como psicologia, nutrição, fisioterapia e advocacia, além de auxílio na realização de exames e tratamentos, e empréstimos de próteses e perucas, de acordo com as características de cada instituição. Representam, ainda, fonte de informação a respeito do câncer de mama, a fim de munir de conhecimento pacientes e todos envolvidos no enfrentamento da doença.
Outra forma de atuação das ONGs é o advocacy. Por meio dele, trabalham ativamente para influenciar a formulação de políticas públicas que ampliem o acesso a diagnóstico e tratamento do câncer de mama. “Por exemplo, por meio das ações de advocacy, conseguimos impulsionar a aprovação do Ministério da Saúde para a inclusão no SUS do pertuzumabe e trastuzumabe para tratamento do câncer de mama metastático HER2 positivo, o que beneficiará muitas pessoas que dependem do tratamento”, conta Maira Caleffi, médica mastologista e presidente voluntária da FEMAMA. Pacientes e comunidade podem contribuir com esses esforços participando de mobilizações online ou presenciais promovidas pelas ONGs, como a participação em consultas públicas, respostas a enquetes, pressão a tomadores de decisão, entre outros.
Com a campanha #CompartilheSuaLuta, a FEMAMA evidencia que apesar de individualidade da jornada de enfrentamento do câncer de mama, ainda é possível dividir os desafios dessa trajetória. “Vamos lançar luz para o importante papel do terceiro setor nesse cenário – aproximar-se de uma ONG representa encontrar apoio no universo formado por dezenas de milhares de pacientes, familiares e cuidadores que também buscam formas de encarar o câncer de mama. Queremos estimular que compartilhem dúvidas, desafios, aprendizados e vitórias e possam com isso encontrar apoio, conhecer seus direitos, inspirar e promover uma transformação no cenário do câncer por meio de seu envolvimento”, diz.
Ter apoio, informação e conhecer seus direitos contribui para que o paciente tenha papel mais ativo durante o tratamento, com respaldo para exigir o que é melhor para si. “Existem pessoas que não sabem que podem contar com as ONGs, ou que não sabem de que maneira elas podem ajudar. A descoberta da doença remete a uma série de protocolos, exames e tratamentos e não lhes ocorre nesse processo a busca de suporte junto a essas instituições. Existe uma oportunidade para os próprios médicos estabelecerem essa ponte, mas ainda não vemos isso acontecer efetivamente. Por meio dessa campanha, queremos lembrar que é possível acessar as organizações e como elas podem trocar informações sobre a doença e o enfrentamento do câncer”.
Inclusive, os resultados do trabalho desenvolvido pela FEMAMA e por suas ONGs serão apresentados no World Cancer Congress 2018, organizado pela União para o Controle Internacional do Câncer (UICC), que é realizado de 1º a 4 de outubro, na Malásia. A FEMAMA teve seis pôsters selecionados para serem apresentados no Congresso, com resultados de ações referentes à inclusão de alternativas terapêuticas para câncer de mama metastático no SUS, necessidade do registro compulsório, articulação com lideranças políticas femininas no combate ao câncer, entre outros.
Por meio do site da FEMAMA é possível encontrar as ONGs presentes em cada estado brasileiro. Clique aqui para conhecer a rede.
MAMATCH: uma forma de conectar-se na palma da mão
Como parte da campanha #CompartilheSuaLuta, a FEMAMA desenvolveu, com parceria voluntária da Agência Mestiça e de Vee Digital Tecnologia, o MAMAtch, aplicativo que visa promover a formação de uma rede de interesse e informação relacionada ao câncer de mama, conectando pacientes, familiares, ONGs, profissionais de saúde e pessoas envolvidas no enfrentamento da doença.
Disponível a partir de 1º de outubro, a plataforma permitirá que usuários deem “match” em perfis de interesse; ou seja, unirá pessoas com interesses semelhantes para fomentar a troca de informações e experiências. “A ideia partiu da percepção de que muitas pessoas não sabem que podem contar com o apoio de ONGs e de outras pessoas que entendem seus desafios durante o enfrentamento da doença”, adianta Maira Caleffi.
Ao criar o perfil, é possível selecionar em qual categoria o usuário enquadra-se (paciente, familiar, profissional de saúde, ONG, entre outros). Na navegação, também será possível tirar dúvidas com um atendente virtual da FEMAMA, encontrar a ONG mais próxima para obter apoio, e receber notificações referentes a novidades sobre o câncer, direitos e formas de se engajar com a causa. O nome da plataforma é uma brincadeira que faz referência a aplicativos de relacionamento, porém, focado no universo do câncer de mama.
Programe-se!
Em todo Brasil, as ONGs associadas à FEMAMA promoverão ações locais relativas ao câncer de mama e caminhadas durante todo o mês de outubro. Elas ocorrem em diversos estados, estando já confirmadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Sergipe, Ceará, Minas Gerais, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Acompanhe o site da FEMAMA para as novidades regionais.
Exames moleculares predizem o risco do desenvolvimento do câncer de mama
Com resultados precisos, é possível um tratamento preventivo, minimizando as chances de um mal prognóstico
O câncer de mama é uma doença que se manifesta pela proliferação de células tumorais, constituindo nódulos geralmente fixos e indolores. A doença, apesar de grave, costuma ter um desfecho favorável quando identificada precocemente. Nesse sentido, o autoexame realizado frequentemente pelas mulheres nas mamas, mamilos e axilas, além da mamografia, a principal forma de identificação destas anormalidades. Entretanto, antes mesmo que sintomas se manifestem é possível predizer a probabilidade do seu desenvolvimento, graças aos testes moleculares. Altamente indicado para mulheres que têm histórico familiar da doença, este exame identifica mutações em genes fortemente associados à doença.
Uma simples coleta de sangue, que analisa o DNA da paciente, basta para a pesquisa destas mutações. O resultado pode indicar ao médico informações sobre a probabilidade do desenvolvimento da doença. “Um diagnóstico precoce e abrangente, garante até 95% de chances de cura”, informa o gerente geral do DB Molecular, laboratório de apoio focado em biologia molecular e genética, Nelson Gaburo, especialista em biologia molecular.
O teste mais conhecido para detectar as mutações que levam ao câncer de mama é a análise dos genes BRCA1 e BRCA2. Gaburo explica que esses genes protegem o organismo do câncer de mama. Quando há alteração em um deles, o corpo perde essa capacidade de reparo e se torna vulnerável e propenso a aparição da doença. “Mulheres que apresentam alguma mutação, principalmente no gene BRCA2, possuem cerca de 85% de chances de desenvolver um tumor”, explica o especialista. Outro exame básico para esse tipo de diagnóstico é o CA 15-3, que analisa no sangue da paciente os marcadores tumorais – macromoléculas presentes no tumor, cujo aparecimento indica a presença destas células tumorais em desenvolvimento. “Tanto marcadores sorológicos quanto genéticos, em conjunto com exames de imagem, fornecem resultados precisos, auxiliando para o tratamento adequado”, garante Gaburo.
Mamografia 3D aumenta a detecção do câncer em 41%
Ação em parceria com a Lady Driver conscientiza passageiras e motoristas em São Paulo
No decorrer de todo o mês de outubro a Hologic, especialista em mamografia e biópsia, em parceria com o Lady Driver, primeiro aplicativo de transporte só para mulheres, irá conscientizar motoristas e passageiras – durante as suas viagens – sobre a importância de realizarem o exame de mamografia anualmente como forma de combater o câncer de mama.
A ação faz parte do movimento Outubro Rosa, que nasceu como iniciativa para estimular a participação da população no controle e conscientização da doença. Estima-se que o câncer de mama afetará em média 1 a cada 8 mulheres em algum momento de suas vidas e é a segunda causa mais comum de mortes ligadas ao câncer. Porém, se a doença tiver uma detecção precoce, a taxa de sobrevivência em 5 anos é de quase 100%.
“A saúde das pessoas que trabalham com a gente é muito importante para a empresa. Hoje temos mais de 20 mil motoristas mulheres cadastradas na plataforma e acreditamos que a qualidade de vida das pessoas que colaboram com a Lady Driver é essencial para que o trabalho se desenvolva. Estamos felizes em abraçar a causa em parceria com a Hologic para ajudar todas as mulheres a buscarem mais informações sobre os exames e se prevenirem cada vez mais”, comenta Gabryella Corrêa, CEO e fundadora do Lady Driver.
Câncer de mama na rota – Prevenção é o melhor caminho!
Uma das principais formas de se cuidar é fazer o exame de mamografia, usado para diagnosticar principalmente o câncer de mama. Esse exame é rápido, não invasivo e captura imagens do seio com o mamógrafo – aparelho que usa a mesma radiação do raio-x tradicional, mas que são projetados levando em conta a anatomia da mama.
Porém, já está disponível uma tecnologia mais eficaz conhecida como mamografia 3D – que pode ser encontrada em clínicas da rede pública e privada. A mamografia 3D é um exame semelhante ao método tradicional e garante resultados mais precisos – também em mamas densas, aquelas que são mais difíceis de diagnosticar.
Segundo estudo publicado no Journal of the American Medical Association (Jama) a mamografia 3D reduz o número de exames adicionais (falsos positivos) em 15% e aumenta a detecção do câncer de mama invasivo em 41%. A pesquisa foi feita em 2015 por médicos e pesquisadores em 13 hospitais universitários e privados dos EUA que avaliaram a detecção do câncer de mama realizando cerca de de 281 mil mamografias 3D e 174 mil mamografias tradicionais.
No Brasil, a tecnologia é oferecida pela Hologic por meio dos equipamentos Selenia Dimensions e 3Dimensions, que permitem que os médicos examinem o tecido mamário camada por camada. Então, em vez de visualizar a mama em uma imagem única e plana, como na mamografia 2D convencional, é possível ter uma visão mais completa e segura.
“Na mamografia 3D o aparelho gera múltiplas imagens de diferentes ângulos, que permitem identificar lesões de 1mm. Se houver alguma área suspeita ou oculta na visualização da mamografia 2D convencional, o exame 3D irá mostrar com melhor qualidade. Mais de 200 estudos clínicos demonstraram que com o uso desta tecnologia os médicos são capazes de procurar por câncer de mama com muito mais precisão, independentemente da idade ou da densidade das mamas da paciente”, explica André Danielski, especialista em marketing da Hologic.
A ação conta também com o apoio do Fleury, que disponibilizará condições especiais durante todo o mês de outubro para a realização de 100 exames de mamografia 3D para contratação particular.
Humanização do tratamento de câncer de mama é grande aliado no combate à doença
No Outubro Rosa, médicas do Grupo Oncoclínicas ressaltam o quanto os cuidados com a saúde física e mental são essenciais no processo de recuperação e dão dicas de como familiares e amigos podem ajudar
A cada ano, a luta contra o câncer de mama conta com um importante aliado: o Outubro Rosa, um mês inteiro dedicado à conscientização, à prevenção e ao diagnóstico da doença. A campanha chama a atenção para diferentes estágios do câncer de mama e seus procedimentos adequados, sendo que um deles tem merecido atenção especial: a humanização do tratamento. Muitos oncologistas e psicólogos especialistas na área observam o equilíbrio psicoafetivo como aliado e agente motivador dos pacientes.
“Estados depressivos ou eufóricos em excesso podem causar redução de imunidade e surgimento de outras doenças associadas (comorbidades). Por isso, um tratamento com foco na humanização tem mais chances de êxito. Todos os pacientes, falando especificamente os de câncer de mama, devem ser tratados como um indivíduo único e inteiro, considerando sua condição física, emocional e social”, salienta a oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico – unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro, Susanne Crocamo MD, PhD.
Segundo a especialista, o equilíbrio emocional é extremamente importante para o tratamento do câncer de mama. “Quanto mais confiança e segurança o paciente sentir em relação ao seu médico, ao tratamento e à equipe multidisciplinar que o acompanha, melhores serão os resultados, em relação à eficácia do combate à doença e a possíveis efeitos colaterais”, diz.
Apoio familiar e de amigos
O suporte familiar e apoio dos amigos têm efeito igualmente positivo no tratamento de pacientes com câncer de mama, mas deve ser manifestado e compartilhado com cautela e delicadeza: “Os sentimentos e a vontade do paciente devem ser compreendidos e considerados, porém, o ideal é não supervalorizar e nem desvalorizar a situação. Sempre que possível, mencione outros assuntos que promovam o bem-estar e que não tenham somente a doença como foco”, orienta Susanne MD, PhD.
“É, também, importante compreender momentos de desânimo e tristeza, sem julgamentos. Ser uma boa companhia, dando carinho, atenção e segurança ao paciente, também é um forte incentivo dessa fase. O paciente deve se sentir esperançoso, olhando para si mesmo e para sua realidade com tranquilidade”, completa a médica.
Prevenção, sintomas e principais fatores de risco
Tão imprescindível quanto o conhecimento dos sintomas e das formas de prevenção com promoção de saúde, é divulgar os fatores de risco e a necessidade de estar em dia com o autoexame. “Todas as mulheres podem e devem fazer o autoexame, mas tal prática não exclui a obrigatoriedade dos exames de imagem como ultrassonografia das mamas e mamografia – que tem indicação anual após os 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia”, orienta a diretora e oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico – unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro, dra Vera Lúcia Teixeira.
“Também é muito importante conhecer os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, como sedentarismo, sobrepeso e obesidade, consumo de bebida alcoólica, tabagismo, exposição à radiação ionizante, histórico familiar genético (que corresponde de 5% a 10% do total de casos), reposição hormonal e uso de contraceptivos (embora muitos estudos sobre o tema tenham resultados controversos, a OMS considera como fator de risco)”, observa a médica.
Estar alerta a sintomas também é uma forma eficaz de combate ao câncer de mama: “Nódulos nas mamas e/ou axilas e pescoço, assimetria das mamas com alterações de pele, como vermelhidão, edema que faz lembrar casca de laranja e retração e drenagem de secreção pelos mamilos são os principais indícios. Popularizar os sintomas, as formas de prevenção e disseminar e reforçar sempre a importância de bons hábitos de saúde – como prática de exercício físico e alimentação saudável – são tão fundamentais quanto conhecer os fatores de risco”, explica dra. Vera.
Câncer de mama é o segundo mais frequente em mulheres e raro entre os homens
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que o câncer de mama feminino é responsável por 28% dos casos novos a cada ano. A estimativa é de 59.700 ocorrências em 2018 e 14.388 óbitos, sendo 181 casos são relativos ao câncer de mama masculino (2013).
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Comparativamente raro antes dos 35 anos, sua incidência aumenta progressivamente acima dessa idade, em especial após os 50 anos. O câncer de mama masculino é raro, tem um pico de incidência em pacientes com mais de 60 anos e representa apenas 1% do total de casos da doença.
“Por ser pouco comum, o câncer de mama em homens costuma ter diagnóstico tardio pelo desconhecimento da possibilidade da doença e a consequente falta de atenção aos sintomas. A apresentação mais comum do câncer de mama masculino é com nódulo endurecido na região mamária ou na axila, que pode ou não atingir a pele e provocar uma ferida”, finaliza a oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico.
Estudo mostra que um terço não se previne ao Câncer de Mama; especialista indica fatores para evitar a doença
Segundo oncologista, mulher deve realizar mamografia periodicamente a partir dos 40 anos
Um estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que 32,8% das mulheres atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade não realizaram o exame clínico anual das mamas, mesmo estando na faixa etária recomendada (a partir dos 50 anos, sem histórico familiar).
Para o doutor Antonio Cavaleiro, coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina (SP), “é fundamental que mulheres a partir dos 40 anos consultem o médico e verifiquem qual a idade adequada para realizar os exames de prevenção. A mamografia e o exame clínico mamário detectam o tumor e possibilitam ao paciente que o câncer, caso seja identificado, seja tratado de maneira rápida e precisa além de permitir cirurgias conservadoras e reduzir a necessidade de tratamentos complementares como radioterapia e quimioterapia”.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirma que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma, atingindo 28% dos casos de tumores malignos entre as mulheres. De acordo com doutor Cavaleiro “os índices de mortalidade pelo câncer de mama são majoritariamente ligados ao diagnóstico tardio”.
Ainda segundo o especialista, “evitar o tabagismo, álcool e manter uma dieta saudável pode reduzir as chances de câncer”.
Realizar o autoexame não é garantia para descartar a doença
O autoexame não é garantia para a mulher descartar a doença. Nódulos palpáveis não são a única forma de manifestação da doença. A mamografia, aliada ao exame médico, são os métodos mais confiáveis na detecção precoce da doença.
Imunoterapia: resultados positivos em mulheres com tumor de mama agressivo acenam para novos caminhos no tratamento do câncer
Estudos preliminares apontam respostas positivas em casos classificados com triplo negativo; Especialista do Grupo Oncoclínicas explica de que forma essas respostas podem levar à importantes taxas de aumento na sobrevida e até a cura de muitas mulheres com a doença
A imunoterapia já vem sendo apontada como o principal avanço no combate ao câncer, porém seus estudos clínicos no tratamento do câncer de mama até o presente momento ainda não indicavam resultados que pudessem torná-lo uma alternativa segura e eficaz nestes casos.
Recentemente durante a ASCO 2018, principal evento voltado à oncologia clínica, alguns estudos mostraram que em casos classificados como tumor de mama triplo-negativo, ao ser combinado com quimioterápicos, trouxe boas respostas aos pacientes no tratamento neoadjuvante oferecido antes da cirurgia.
Considerado um tipo de câncer agressivo e que afeta geralmente mulheres jovens, o câncer de mama triplo-negativo representa cerca de 20% de todos os casos da doença mundialmente. Se considerarmos que o Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) contará com cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2018, esse percentual representa um universo de ao menos 12 mil pessoas.
“A denominação “triplo-negativo” é utilizada em casos em que o tumor não conta com nenhum dos três biomarcadores relacionados a classificação do câncer de mama: receptor de estrógeno, receptor de progesterona e proteína HER-2″, explica o oncologista Daniel Gimenes, do Centro Paulista de Oncologia ( CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas.
Segundo o especialista, o câncer de mama triplo-negativo tem maiores chances de recorrência e em muitos casos acaba promovendo uma sobrevida menor em comparação a outros subtipos de tumores mamários. Por isso, a possibilidade de sucesso com a imunoterapia é animadora e abre novas frentes para o enfrentamento desta doença. “Para esses casos de câncer especificamente houve poucos progressos terapêuticos nos últimos anos. Por isso, os estudos internacionais preliminarmente divulgados na ASCO são animadores por indicarem um novo caminho para tratar esse tipo de câncer de mama”, afirma o Dr. Daniel.
O médico menciona o estudo GeparNuevo que analisou 174 pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático ou localmente avançado Um grupo recebeu um tipo de imunoterapico associado à quimioterapia enquanto as demais pessoas utilizaram placebo. O resultado demonstra um aumento significativo na redução do tumor nos casos que receberam a combinação da imunoterapia com a quimioterapia. “Apesar de ainda ser o uma primeira etapa de análises, esse avanço já pode ser entendido como um progresso terapêutico importante para médicos e pacientes. Essa combinação de imunoterapia com quimioterapia desconta como uma opção estratégica importante para mulheres com a doença em especial pelos benefícios a qualidade de vida dessas pacientes”, explica Gimenes.
Entenda a Imunoterapia
Na última década, a imunoterapia passou de um tratamento teórico promissor para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas de pacientes oncológicos. Desde 2011, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou 15 novas drogas imunoterápicas para o tratamento do câncer, sendo cinco só no ano passado. No Brasil, a imunoterapia tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim , câncer de pulmão e câncer de bexiga.
De forma simplificada, o nosso sistema imunológico é programado para combater quaisquer sinais que representem ameaças à saúde. Porém, para manter um equilíbrio que assegure plenamente o nosso bem estar, o mecanismo de defesa do corpo também tem freios que impedem uma ação exagerada nesta resposta – caso contrário, ele pode desencadear as chamadas doenças auto-imunes, como lúpus, esclerose múltipla e artrite reumatoide.
Quando, contudo, ocorre uma falha nesse processo de combate ao inimigo e, em consequência, o surgimento de um tumor, a medicação imunoterápica pode ser adotada para inibir a ação desses freios e provocar a resposta necessária para combater as células malignas. “A imunoterapia cria uma memória imunológica no paciente contra o tumor. A concepção é gerar uma resposta imunológica exacerbada no paciente. Ao fazer isso, o sistema imunológico volta a reconhecer o tumor como um agente externo”, explica Dr. Daniel.
Quando a imunoterapia é a melhor opção?
Apesar dos avanços promissores, o especialista explica que ainda é cedo para afirmar que a imunoterapia seria a chave para a cura do câncer de mama. De toda forma, os passos já trilhados são observados com otimismo e lançam boas perspectivas para tratamentos do câncer de mama triplo-negativo metastático e que não responde às medicações convencionalmente indicadas, tais como quimioterápicos e drogas alvo-moleculares.
O que tem se observado de forma global no tratamento do câncer é que nos casos onde o médico pode optar pela imunoterapia, a resposta dos pacientes têm sido satisfatórias. “Ela tem alguns efeitos colaterais, porém o paciente tem melhor qualidade de vida. É um tratamento mais sustentável para a saúde do paciente, pois ataca diretamente o tumor. E uma das principais vantagens da adoção destes imunoterápicos da nova geração é que, mesmo após o fim do tratamento, a imunidade desse indivíduo pode continuar respondendo a células tumorais, diminuindo a recidiva de tumores e aumentando o tempo livre de progressão da doença”, conclui o Dr. Daniel Gimenes.
Analista de TI conta como convive com o câncer de mama há 11 anos
Andréa Cristina de Oliveira tem 43 anos e é analista de TI. Ela participou essa semana de um dia de beleza dedicado a pacientes do IBCC – Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, de São Paulo (SP), como forma de demonstrar que a estrela da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” é quem luta por esta causa. A história de Andréa mostra como é possível, diante de tantas informações negativas sobre a doença, conviver com o câncer.
Há 11 anos ela foi diagnosticada com câncer de mama em outra instituição hospitalar. Depois de um tempo apareceu outro câncer na mama e em 2012 descobriu a metástase no pulmão e fígado. Ela passou a fazer seu tratamento no IBCC. “Aqui encontrei o que eu mais sentia falta na assistência que tinha em outro hospital, eu tinha humanização, atenção e cuidado comigo”, destacou.
Segundo ela, no pulmão não há mais sinais da doença, no fígado, o tumor que tinha 11cm está com 6 cm, porém, controlado. “Eu não posso falar em cura, permaneço em tratamento no IBCC. Eu estive muito desacreditada nos primeiros 5 anos da descoberta do câncer de mama, mas nos últimos 3 anos consegui uma força para continuar minha vida de forma natural, com vontade de viver e ser feliz”, continua.
Andréa alerta as mulheres para a importância de conhecerem seu corpo. “Quando eu descobri o câncer tinha 32 anos, nem idade para fazer a mamografia eu tinha. São raros tumores malignos aparecerem nesta idade e isso mostra a importância de fazermos sempre o autoexame, as consultas regulares ao ginecologista para o exame clínico e para check-up. Eu não descobri o câncer num estágio muito precoce, mas isso não é motivo para pensarmos no pior, pois estou aqui, bem!”, finaliza.
Técnica de Enfermagem faz doação de cabelo no IBCC
Olha que linda a iniciativa da Técnica de Enfermagem do IBCC, Gisele de Oliveira Santos. É a primeira vez que ela doa cabelo. “Queria fazer as pessoas felizes, meu cabelo cresce muito rápido, tenho muito cabelo e acho que vai dar uma peruca boa. Sempre que crescer vou doar agora”, disse.
Você também pode doar cabelos para o IBCC. Informe-se: social@ibcc-mooca.org.br.
A estrela desta Campanha é você que luta por esta causa
O IBCC acredita que a estrela da campanha “O Câncer de Mama no Avo da Moda” é você que luta por esta causa! Em 2018 a Campanha completa 23 anos e contamos com a presença de 23 mulheres especiais esta semana. Foi oferecido para pacientes e profissionais do IBCC um momento de beleza, com produção de maquiagem, cabelos, limpeza de pele e sobrancelhas. São ações que enfatizam a importância da autoestima durante o tratamento do câncer e que permitem à essas mulheres uma troca de conhecimentos, experiências de vida e oportunidade para fortalecer a luta contra a doença, que tem estimativa de mais de 58 mil novos casos por ano.
1º Encontro Empreender com Câncer acontece dia 31 de outubro em São Paulo
O evento está sendo promovido pelas empresas: Monnali e Projeto Empreender Melhor
Quando falamos de empreender sabemos que muitos desafios estarão por vir. Agora, quando falamos em empreender e ao mesmo tempo enfrentar um tratamento de cura para o câncer, pode abalar nosso psicológico. Mas quando temos ajuda, tudo fica mais fácil. Por isso, a Monnali, ateliê de lingerie, e o Projeto Empreender Melhor (PEM) criaram o 1º Encontro Empreender com Câncer, que acontecerá dia 31 de outubro de 2018, das 14h00 às 16h00, em São Paulo.
O evento foi criado para atender pacientes oncológicos que pretendem empreender, já empreendem ou querem melhorar seu desempenho em sua carreira e fará o fechamento do Outubro Rosa e a abertura do Novembro Azul.
“O câncer é uma das doenças que mais mata no país. A partir do momento do diagnóstico, o paciente passa por diversas mudanças em sua vida, na rotina e na aparência. Por isso, criamos o projeto que incentiva essas pessoas a continuarem vivendo normalmente, enfrentando a vida, trabalhando, se divertindo e se desenvolvendo”, afirma Monica Dinoe, sócia diretora da Monnali.
O objetivo do encontro é ajudar esses profissionais, para que eles tenham uma consultoria empresarial, uma injeção de ânimo, motivação para tocar seus projetos. “Farei uma palestra que ajudará as pessoas a fazerem planos para suas vidas, seja profissional ou pessoal. Motivando que elas coloquem seus projetos em prática”, Graça Bomfim, presidente do PEM.
O encontro conta com a parceria das empresas Eclépsya, Oncosmetic e Color Make, que disponibilizaram maquiagens e cosméticos para as mulheres pacientes oncológicas e com a empresa Ricardo Costa Produções.
Outubro Rosa: Alerta sobre Câncer
Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer em 2018
O estilo de vida contemporâneo vem trazendo consequências para as pessoas. Fatores como: sedentarismo, alimentação baseada em produtos industrializados, falta de lazer, trabalho excessivo, tabagismo, alcoolismo, falta de visitas regulares ao médico, estresse tóxico, dificuldades emocionais e de relacionamento, podem são fortes agravantes que fazem parte da vida da maior parte da população mundial, e que além dos fatores de risco genéticos ajudam a aumentar a incidência do câncer.
Segundo dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) entre os dados mais assustadores está a incidência dos diversos tipos de câncer e não só o de mama. Estima-se que este ano somente de câncer de mama contabilizou mais de 60 novos casos a situação fica ainda mais alarmante quando é realizada a estimativa que diz que são 52 casos a cada 100 mil mulheres. O outubro rosa vem mostrando sua força principalmente porque a campanha gira em torno da necessidade da prevenção que ainda é a maior arma contra a doença.
Sabe-se que o câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção em homens e mulheres é de 1 para 100 – ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.
Em se tratando de bem-estar e diminuição de índices causadores da doença os cuidados com o cérebro se tornam indispensáveis a franquia de treinamento cognitivo Ginástica do Cérebro apoia ações e causas em prol da prevenção ao câncer de mama. Segundo a CEO da marca, Nadia Benitez a importância de se olhar como um ser integral é muito necessária. “Devemos enxergar nossos corpos tanto no âmbito físico quanto emocional e precisar nos atentar aos cuidados com a saúde principalmente no dia a dia alimentos saudáveis, exercícios físicos regulares e a atividades que zelam pelo controle das emoções como as praticadas em nossas unidades, com isso tentamos minimizar os efeitos nocivos do estresse, mantendo nossa vida mais equilibrada receita básica para uma vida longa e próspera”, salienta a executiva.
Câncer de mama durante a gestação
Esse tipo de tumor é o segundo que mais acomete mulheres grávidas
O câncer de mama é um dos principais tumores que pode acontecer durante a gestação. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência varia entre 1 a cada 3.000 gestantes, dependendo da população estudada.
De acordo com Dr. Dani Ejzenberg, médico ginecologista e especialista em reprodução humana, um dos fatores que contribui para o aumento dessa ocorrência é o adiamento na decisão de ter filhos. Para o especialista, engravidar antes dos 35 anos é uma forma de reduzir o risco de ter câncer de mama, porque o tecido mamário só completa o seu desenvolvimento na gestação. Quanto mais tempo a mulher adiar a gravidez, maior será o risco da ocorrência deste tipo de tumor.
O câncer de mama na gestação é frequentemente definido como tumor que aparece durante a gestação ou até um ano depois da gravidez, e, na maioria das vezes, apresenta-se como massa palpável indolor, que pode estar associada ou não com a saída de secreção pelas papilas. Segundo o Dr. Dani, apenas um terço dos tumores é detectado durante a gestação, o restante é no pós-parto. “Isso por causa do aumento do tamanho e da densidade mamária durante a gravidez, que dificulta o diagnóstico pelo exame físico ou pela mamografia”, explica o especialista. “Apesar da eficácia limitada, o autoexame das mamas é uma fonte de suspeita diagnóstica em mulheres gestantes jovens, visto que muitas ainda não atingiram a idade para iniciar o rastreamento por mamografia”, esclarece.
Caso o câncer de mama seja diagnosticado durante a gravidez, ao contrário do que se pensa, é possível tratá-lo com cirurgia e quimioterapia, que pode ser realizada de forma segura a partir do segundo trimestre da gestação. Já a radioterapia deve ser evitada. “A indução do parto e a prematuridade são mais frequentes em pacientes com câncer de mama, muitas vezes para poder completar o tratamento”, afirma o médico.
No caso de mulheres com câncer de mama, a amamentação, segundo o médico, é possível, desde que a paciente não tenha de fazer quimioterapia ou hormonioterapia.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam iniciar a mamografia a partir dos 40 anos de idade e repeti-la anualmente. Já as mulheres com histórico de câncer de mama ou ovário na família podem ter de iniciar o rastreamento em idade mais precoce.
É válido lembrar que, de forma geral, a obesidade, a ingestão frequente de álcool e a exposição à radiação ionizante são fatores de risco para desenvolver o câncer de mama.
Congelamento de óvulo é esperança para engravidar depois do câncer
Técnica possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana
Segundo dados Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer tanto em 2018 como em 2019. Nas mulheres, os cânceres mais incidentes são o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil). Apesar dos números alarmantes, foi-se o tempo em que o tratamento para combater a patologia acabava com o sonho da maternidade. Atualmente, com o avanço da medicina, existem técnicas de reprodução assistida que podem contornar esse problema.
“É essencial que as pacientes oncológicas saibam da importância da preservação da fertilidade, ou seja, o congelamento de oócitos, pois os tratamentos de quimioterapia e radioterapia podem comprometer a fertilidade. Felizmente, é possível congelar previamente os gametas femininos, visando a garantia do direito reprodutivo dessas mulheres”, informa o ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira.
O especialista explica que a técnica de congelamento de óvulos, por meio da vitrificação, é o método mais promissor para ser utilizado por mulheres que desejam preservar sua fertilidade. “A criopreservação dos óvulos é realizada por um método laboratorial chamado vitrificação, que protege a célula e mantém suas funções. Por serem células grandes possuem muita água em sua composição, sendo assim, os óvulos, são desidratados e depois imersos em um meio crioprotetor para serem congelados. Desta forma, o congelamento dos gametas femininos possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos jovens antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana, possibilitando que, mais tarde, quando estiver decidida, opte pela gravidez”.
“O congelamento de oócitos é hoje uma realidade possível não só para pacientes com câncer, mas para as mulheres que ainda não tem planos mais objetivos para engravidar em curto espaço de tempo”, finaliza Renato.
Especialista alerta para a importância da atividade física no tratamento do câncer de mama
20 minutos de exercício físico diário é o suficiente para contribuir para melhores respostas ao tratamento convencional da doença
Com a correria do dia a dia, as pessoas estão dando menos atenção à quantidade de exercícios físicos que o corpo necessita – e as consequências disso geram impactos diretos no aumento dos índices de casos de câncer. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 80% dos casos de surgimento de tumores malignos estão relacionados ao nosso modo de vida, sendo o sedentarismo um dos principais protagonistas destas estatísticas.
Outro dado que reforça essa percepção vem de uma pesquisa realizada pelo JAMA Internal Medicine que apontou que atividades físicas regulares em níveis moderados podem reduzir o risco de desenvolvimento de 13 tipos diferentes de câncer dos 26 analisados.
Segundo Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, é preciso lembrar que mesmo após o diagnóstico de câncer de mama, os exercícios físicos exercem um papel preponderante para a saúde da mulher e evolução positiva do tratamento. “O incentivo à prática constante de atividades físicas e ingestão de alimentos saudáveis surgem não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados da doença como também forma de potencializar o processo de tratamento para mulheres com câncer de mama. Pesquisas científicas sugerem que indivíduos com esse perfil apresentam taxas de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico”, diz o especialista.
O oncologista explica que é importante oferecer à paciente a oportunidade de 150 minutos de atividade física semanal, ou seja, 20 minutos por dia. “O movimento regular faz com que sejam eliminadas do sangue as moléculas de gordura, chamadas de lipídios, que servem como forma de alimento para as células tumorais. Isso significa que os exercícios dão um suporte extra para que o corpo possa combater o inimigo, reduzindo suas chances de crescimento”, afirma o Dr. Daniel.
Essa melhora nos índices de resposta contra o tumor de mama pode ser obtida a partir de mudanças leves na rotina com a adoção de atividades aeróbicas simples, como caminhada, corrida, bicicleta e dança, por exemplo. Outras formas de movimento do corpo como a yoga também são recomendadas. “A prática de movimentos libera substâncias como a endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar, além de contribuir efetivamente para a redução das dores crônicas, fadiga, estresse e melhora no sono”, diz o oncologista do CPO.
Ainda de acordo com ele, tais benefícios oncológicos derivados da prática de exercícios contribuem para a diminuição no risco de recidiva da doença. “Ao colaborar para o controle e redução de peso, a paciente estará também reduzindo as chances de retorno do tumor, já que o sobrepeso e a obesidade são fatores que levam à maior chance de recidiva”, frisa o Dr. Daniel. Outro ponto importante é que a atividade física pode proporcionar a melhora da autoestima da paciente. Contudo, o especialista lembra que a prática não substituí o uso de medicamentos específicos para controle da doença, devendo ser entendido como um aliado.
“Consideramos os exercícios como um complemento dos tratamentos convencionais de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia ou cirurgia de retirada da mama. Dr. Daniel destaca que, embora a atividade física seja importante durante o tratamento de câncer de mama, é essencial que seja praticada respeitando as limitações da paciente. “Se a mulher está sedentária durante anos, não é recomendado que comece com um treino pesado. Todo movimento é benéfico ao corpo e cabe à equipe multidisciplinar envolvida nos cuidados com a paciente orientar sobre as opções adequadas conforme o histórico pessoal”, finaliza o especialista.
Silicone pode dificultar o diagnóstico de câncer de mama?
Além da mamografia, mulheres que possuem próteses de silicone podem complementar o diagnóstico, caso necessário, com outros exames, como ultrassonografia e ressonância magnética
Outubro é tido como o mês de conscientização da importância de realizar exames de prevenção do câncer de mama, e com ele, várias dúvidas surgem, como por exemplo, o silicone e a influência deles nos resultados dos exames. Será que ele mascara o diagnóstico no momento da mamografia?
Vários estudos examinaram a possível associação entre mamoplastia de aumento e detecção tardia do câncer de mama, mas não viram diferença significativa entre mulheres com e sem implante mamário. “O implante não necessariamente obscurece lesões, depende muito da composição do tecido mamário, da localização da lesão e da localização do implante. Dependendo dessas duas variantes, podem ser necessários exames complementares”, afirma a médica radiologista imagenologista mamária do Lucilo Maranhão Diagnósticos, Beatriz Maranhão.
A médica ressalta que atualmente na medicina existem exames complementares que ajudam no diagnóstico, quando este pode obscurecer lesões. “Devemos fazer manobras especiais de deslocamento posterior do implante, além da complementação do diagnóstico com outros exames, quando necessário, como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Lembramos ainda que pacientes com próteses mamárias podem fazer tranquilamente punções e biópsias sem o risco de perfurar os implantes, quando realizado de forma adequada tecnicamente”, afirma.
As dúvidas sobre essa questão não param por aí. Outro questionamento comum é sobre o risco de ruptura do implante pela compressão da mama no mamógrafo, “Não existe associação de ruptura do implante pela compressão do mamógrafo”, afirma o cirurgião plástico da Vanità, Alberto Ferraz.
A localização do implante também pode fazer a diferença quanto ao diagnóstico? Há duas posições básicas de inserção do implante mamário: atrás da glândula mamária e atrás do músculo peitoral. “A decisão da posição do implante é uma decisão cirúrgica, dependendo do tamanho da mama e do aspecto final almejado, caso exista suspeita de ruptura ou complicações dos implantes, se faz necessária a confirmação através do ultrassom e/ou ressonância” afirma Ferraz. De acordo com Beatriz, a localização do implante não aumenta a possibilidade de obscurecer lesões, desde que os exames complementares e as incidências adicionais sejam utilizadas para aumentar a sensibilidade. “A mamografia em mamas densas e com implantes tem uma sensibilidade de cerca de 45% e, quando associada a ultrassonografia a taxa de detecção sobre para 98%”, finaliza.
Mitos e verdades sobre o Câncer de Mama será tema de palestra gratuita no Centro do Rio de Janeiro
Promovido pelo Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa, encontro em homenagem ao Outubro Rosa contará com participação de cirurgião plástico, ginecologista/mastologista, nutricionista e radiologista
Mês dedicado à conscientização, prevenção e ao diagnóstico do câncer de mama, o Outubro Rosa se tornou peça-chave no combate ao aumento de casos desse tipo de câncer – o segundo tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o de pele não melanoma. E, para reforçar o alerta, o Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, fundado pelo professor Ivo Pitanguy, vai promover a palestra gratuita “Câncer de Mama, mitos e verdades”, no dia 24 de outubro, a partir das 10h, no Centro do Rio.
O encontro será comandado pelo cirurgião plástico e diretor do Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa Francesco Mazzarone e visa abordar o câncer de mama com foco na prevenção e na promoção, analisando desde ginecologia até a nutrição. Para isso, o debate contará com a participação de profissionais de cinco diferentes especialidades de saúde interligadas com o câncer de mama: Dr. Silvio Silva Fernandes (ginecologia e mastologia), Dr. Hilton Augusto Koch (radiologia), dr. Carlos Alberto Jaimovich (cirurgia plástica) e dra. Bia Rique (nutrição). Para informações, entre em contato pelo telefone (21) 2240-5564 ou pelo email: icprio@hotmail.com.
Estilo de vida é fator de risco para o câncer de mama
Diretor médico da Med-Rio Check-up alerta para a importância de as mulheres adotarem hábitos saudáveis
Segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o de maior incidência nas mulheres, havendo a estimativa de, somente no Brasil, 60.000 novos casos por ano, o câncer de mama não tem uma causa única. O fator genético, por exemplo, corresponde de 5% a 10% do total de casos. Quanto a esse percentual, não há como a pessoa prevenir. Entretanto, o especialista em medicina preventiva e diretor médico da Med-Rio Check-up, Gilberto Ururahy, alerta para o fato de que o estilo de vida também está entre os fatores de risco da doença e, quanto a esse aspecto, depende apenas da pessoa mudar os hábitos diários para reduzir as chances da incidência do tumor.
Gilberto informa que estudos mostram que alguns fatores ligados ao estilo de vida aumentam o risco de desenvolver a doença. Os principais seriam o uso do fumo, o abuso de álcool, a obesidade e a vida sedentária. Entretanto, apresentar um fator de risco, ou mesmo vários, não significa que a pessoa necessariamente desenvolverá o tumor. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. “Porém, no caso de a família já ter um histórico de doença, o ideal seria que a mulher adotasse um estilo de vida saudável”, orienta o diretor médico da Med-Rio.
E pelo que Gilberto tem observado quanto às pacientes que fazem check-up, boa parte, na verdade, adota hábitos que estão entre os fatores de risco. Um estudo da Med-Rio, realizado a partir dos resultados dos check-ups, registra, por exemplo, que 55% das mulheres são sedentárias, 50% consomem bebida alcoólica e 62% estão acima do peso. A solução passa, necessariamente, pela adoção de um estilo de vida saudável. Praticar uma atividade física aeróbica regular e alimentar-se de forma equilibrada, suprimindo açucarados, farináceos, reduzindo o álcool em excesso e o sal em suas refeições, e privilegiando grelhados, legumes, verduras e frutas. Esses são hábitos que precisam ser adotados no dia a dia.
“Porém, não é fácil promover mudanças sem apoio. A maior parte das pessoas costuma alegar falta de tempo para realizar os exames preventivos. Por isso, campanhas como Outubro Rosa são fundamentais, pois somente com informação podemos mudar o quadro de uma doença que mata mais de 500 mil mulheres anualmente no mundo”, afirma Gilberto.
Oncologista indica fatores para prevenção do câncer de mama
Segundo especialista, mulher deve realizar mamografia periodicamente a partir dos 40 anos
Um estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que 32,8% das mulheres atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade não realizaram o exame clínico anual das mamas, mesmo estando na faixa etária recomendada (a partir dos 50 anos, sem histórico familiar).
Para o doutor Antonio Cavaleiro, coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina (SP), “é fundamental que mulheres a partir dos 40 anos consultem o médico e verifiquem qual a idade adequada para realizar os exames de prevenção. A mamografia e o exame clínico mamário detectam o tumor e possibilitam ao paciente que o câncer, caso seja identificado, seja tratado de maneira rápida e precisa além de permitir cirurgias conservadoras e reduzir a necessidade de tratamentos complementares como radioterapia e quimioterapia”.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirma que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma, atingindo 28% dos casos de tumores malignos entre as mulheres. De acordo com doutor Cavaleiro “os índices de mortalidade pelo câncer de mama são majoritariamente ligados ao diagnóstico tardio”.
Ainda segundo o especialista, “evitar o tabagismo, álcool e manter uma dieta saudável pode reduzir as chances de câncer”.
Realizar o autoexame não é garantia para descartar a doença
O autoexame não é garantia para a mulher descartar a doença. Nódulos palpáveis não são a única forma de manifestação da doença. A mamografia, aliada ao exame médico, são os métodos mais confiáveis na detecção precoce da doença.
Rio Imagem receberá doação de cabelo e terá Dia da Beleza para pacientes
As doadoras de cabelo e pacientes atendidas na unidade vão ganhar corte de cabelo, maquiagem e serviço de manicure, além disso, o secretário de Saúde vai anunciar novos investimentos para o tratamento do câncer no estado
O Outubro Rosa no Rio Imagem (RJ) também é uma oportunidade de exercer a solidariedade. Em 19 de outubro a unidade vai receber doação de cabelos para instituições que confeccionam perucas usadas por mulheres em tratamento contra o câncer de mama. Além do corte de cabelo, o Dia de Beleza inclui manicure e maquiagem, serviços que também estarão disponíveis para as pacientes do Rio Imagem com exames agendados para a sexta-feira. O secretário de Estado de Saúde Sérgio Gama vai abrir a programação anunciando novos investimentos para o tratamento de câncer no estado.
O Dia da Beleza será realizado com a parceria do Walter’s Academy e do Centro Avançado de Maquiagem e Produção Internacional (Campi). Os serviços serão realizados mediante distribuição de 100 senhas. Para doar, é preciso retirar no mínimo 10 cm de cabelo. São aceitos fios de todos os tipos, até aqueles com química.
Na sexta-feira o Rio Imagem contará também com uma programação ao longo do dia, que inclui palestras e depoimentos de pacientes que venceram o câncer de mama e também de funcionários que convivem diariamente com aqueles que além do tratamento, precisam de apoio para superar o câncer.
Mamografias no Estado – Entre janeiro e setembro desse ano o Rio Imagem realizou mais de 32 mil mamografias, que é o exame capaz de detectar o câncer de mama ainda em estágios iniciais. Para dar suporte aos municípios, a rede estadual de saúde conta com nove mamógrafos em funcionamento em todas as regiões do estado e reativou o caminhão da mamografia, unidade móvel que já realizou mais de 8.600 exames em 2018.
Outubro Rosa: o diagnóstico precoce é essencial para a cura
Especialista do Hospital do Câncer Anchieta alerta sobre a necessidade da realização do exame por mulheres a partir dos 40 anos ou com histórico familiar da doença
O Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo e visa expandir cada vez mais a campanha de prevenção ao câncer de mama. Neste mês de conscientização, vale reforçar a importância do exame que identifica a doença que afeta cerca de 60 mil mulheres por ano no Brasil e que aumenta consideravelmente as chances de cura.
“O exame de mamografia é a avaliação radiográfica das mamas que tem por finalidade detectar alterações mamarias, as quais nem sempre são identificadas no exame clínico, como calcificações suspeitas, nódulos ou alterações no formato e consistência das mamas. As técnicas radiográficas exigem que a mama seja comprimida contra uma superfície rígida para que haja uma varredura adequada do tecido mamário. Quando é encontrada alguma alteração, é possível ampliar a imagem e fazer uma avaliação do ponto específico onde possa existir a alteração”, explica o oncologista do Hospital do Câncer Anchieta, de Brasília (DF), Marcos França.
De acordo com o especialista, a maior parte da sociedade médica sugere que a idade para início da realização do exame é entre 40-45 anos. Mulheres que tenham casos de câncer de mama na família, este rastreamento pode começar antes. “É importante mencionar que para a adequada realização do exame, é importante que a mulher já tenha passado da faixa etária quando as mamas são mais rígidas ou densas, que ocorre antes dos 40 anos. Nestas mulheres, em função da mama ser mais densa, a mamografia pode não realizar a avaliação adequada do parênquima mamário. Além disso, a incidência de câncer de mama ocorre com maior frequência em mulheres a partir da 5ª década de vida”, alerta.
As causas do câncer de mama são várias: “o sexo feminino possui maior risco em comparação com o sexo masculino; histórico familiar; obesidade; etilismo; uso de terapia de reposição hormonal e tratamento com radioterapia previamente. Porém é um tumor curável em até 98% dos casos se detectado na fase inicial, sendo o diagnóstico precoce fator de grande importância para a cura”, conclui o médico.
+Saúde “A Beleza contra o câncer” proporciona dia diferente para mulheres em tratamento oncológico, em São Paulo
Ação realizada pelo ComSaude, em parceria com o Instituto ABIHPEC, acontece nos dias 18 e 19 de outubro, na calçada da Fiesp
Resgatar a autoestima em um momento delicado como o do tratamento contra um câncer é o objetivo da ação que o ComSaude (Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia da Fiesp) e o Instituto ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) promovem entre os dias 18 e 19 de outubro. Durante dois dias, pacientes previamente cadastradas poderão aproveitar as oficinas de automaquiagem, além de dicas especiais para os cuidados com a imagem, em estrutura montada na calçada da Fiesp exclusivamente para elas. As vagas são limitadas.
A programação faz parte do Projeto “De Bem com Você – A Beleza contra o Câncer”, uma iniciativa do Instituto ABIHPEC, que busca oferecer atendimento humanizado às mulheres maiores de 18 anos que estão em tratamento oncológico, a fim de proporcionar elevação da autoestima e qualidade de vida durante e pós-tratamento, por meio de oficinas de automaquiagem. Criado em 2012, o Programa DBCV canaliza os projetos sociais patrocinados pela associação.
O evento também terá o apoio do “Instituto Lado a Lado pela Vida”, que trará pessoas, através do seu projeto “A Mulher por Inteiro”, para orientar a população sobre os principais tumores femininos, como os de mama, ovário e colo de útero. Desde 2008, o movimento cumpre um importante papel motivador para que as mulheres mantenham-se firmes no combate à doença e na prevenção, por meio de ações em empresas, clínicas e hospitais, palestras, distribuição de materiais informativos, mutirões de saúde e oficinas de beleza.
De acordo com o INCA, 57 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano no Brasil. Já o câncer do colo de útero mata, silenciosamente, cerca de 5 mil brasileiras anualmente. “Nesse sentido, ações que auxiliem no resgate da autoestima nesse momento, potencializando as qualidades dessas mulheres, são importantes para que elas sigam de maneira saudável no tratamento, melhorando a qualidade de vida e o relacionamento com família, parceiros e até no trabalho”, conta Gabriela Gazola, coordenadora executiva do ComSaude.
Com vagas limitadas a 72 pessoas, a ação será dividida em três horários com atendimento para 12 mulheres em cada sessão, com duração de aproximadamente duas horas. Para inscrever-se, acesse aqui.
Hospital 9 de Julho investe em novo mamógrafo com foco no conforto e maior adesão à prevenção de câncer de mama
Com investimento de 1 milhão de reais, o H9J passa a oferecer os exames de mamografia com o novo equipamento que emite até 30% menos radiação do que o anterior
O Hospital 9 de Julho (H9J), de São Paulo (SP), anuncia a compra do novo mamógrafo Inspiration, da Siemens. O aparelho, adquirido pelo valor de 1 milhão de reais, oferece mais conforto para as pacientes. Segundo o Dr. Evandro Fallacci, mastologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, isso acontece graças à evolução tecnológica para a mamografia que permite a captação de imagens em alta definição com menos tempo de exposição ao exame e com 30% a menos de radiação no organismo.
O tempo reduzido da mamografia deve-se à tecnologia de tomossíntese de alta definição, que proporciona a detecção mais rápida e precisa por meio de imagens 2D e 3D com alta nitidez exibindo o tecido e a morfologia da lesão. Já a tecnologia Empire, também presente no mamógrafo, é a inteligência de algoritmos que filtram e organizam possíveis falhas na imagem como granulações ou pontos em movimento, permitindo que o exame tenha menor duração e, consequentemente, menos incômodo.
Além de otimizar o tempo de pacientes e equipe assistencial, a diminuição de 30% de emissão de radiação durante o exame é um dos fatores de maior destaque do novo mamógrafo. “O excesso de radiação no organismo pode alterar o sistema imunológico e enfraquecer o corpo. Por isso, um exame que consiga ser assertivo emitindo menos radiação, é o melhor dos mundos” explica o Dr. Fallacci.
Já o diagnóstico feito a partir do exame é realizado por meio do Syngo, software que proporciona a leitura das imagens, que podem ser armazenadas e compartilhadas com o especialista em tempo real por meio de uma tecnologia ligada à nuvem e ao sistema de prontuário eletrônico do H9J.
O Dr. Fallacci explica que todas essas tecnologias fazem do exame de mamografia um procedimento menos incômodo do que o habitual. “Em geral, o exame costuma ser doloroso. Os avanços do Inspiration são de suma importância para termos uma maior adesão das mulheres ao controle periódico da mama”.
Outubro Rosa
Esse é o mês de combate e conscientização sobre o câncer de mama e os números indicam um sinal de alerta: 60² mil novos casos de câncer de mama podem ser diagnosticados no Brasil.
Apesar de a causa ainda não ser totalmente conhecida, acredita-se que manter uma alimentação saudável que inclui fibras, frutas e verduras e atividade física regular possa reduzir a chance de desenvolver o câncer. Por conta disso, a detecção precoce é a principal aliada da mulher por meio do autoexame e de exames de imagem como a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética.
O Dr. Fallacci explica que qualquer alteração deve ser vista com atenção, seja na mamografia ou durante o auto-exame das mamas. No entanto, nem todas são malignas (cancerígenas). O exame pode indicar também cistos, nódulos e calcificações. “O ideal é, sempre que detectada uma alteração, que a paciente procure logo um mastologista para esclarecimento e acompanhamento” finaliza o especialista.
Outubro Rosa com palestras gratuitas no Hospital São Vicente
O Hospital São Vicente, de Curitiba (PR), promoverá duas palestras gratuitas e abertas à população durante o mês de conscientização sobre o Outubro Rosa. Serão no dia 19 de outubro, no Centro de Eventos do hospital. Às 15h30, o tema será “Câncer de mama – O que aumenta o risco? Como prevenir, Sinais e Sintomas e Detecção precoce, com a oncologista clínica Dra. Raquel C. Dalagnol. Já às 16h, o mastologista Dr. Murilo Saboia falará dos “Tratamentos disponíveis para câncer de mama”.
Durante todo o mês, o Hospital também está arrecadando doações de lenços, turbantes, bonés e gorros tanto para mulheres como para homens em tratamento do câncer. Também está sendo vendida na Tesouraria, uma camiseta em prol da causa, por R$ 35,00, com os dizeres: “Coragem (s.f.): 1. De procurar o médico; 2. De diagnosticar; 3. De enfrentar o tratamento; 4. De encontrar a beleza nas mudanças; 5. De voltar a sorrir.”
O câncer de mama, excluindo o de pele, é o tumor maligno mais frequente nas mulheres, chegando a quase 30% dos casos. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2018, o Paraná registre 3.730 casos de câncer de mama. Apesar da sua alta incidência a boa notícia é que, se diagnosticado e tratado precocemente, ele tem um bom prognóstico. Segundo a oncologista clínica do Hospital São Vicente, Dra. Raquel Cristina Dalagnol, os sintomas incluem o surgimento de nódulos, alterações de coloração ou forma da pele, inversão do mamilo e dor. “Porém, é importante ressaltar que a maioria deles são assintomáticos, sendo detectados através do exame de mamografia, que é de fundamental importância ao diagnóstico.” Segundo ela, muitos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de mama, porém, ainda não se sabe exatamente como alguns podem tornar as células malignas: “Dentre eles destacam-se a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo. Identificando esses fatores de risco, que chamamos de modificáveis, podemos ajudar a prevenir o câncer de mama com a mudança dos hábitos”.
Para o mastologista Dr. Murilo Saboia, o tratamento deve ser individualizado de acordo com a necessidade de cada caso, levando-se em conta vários fatores como tipo e características histológicas do tumor, extensão da doença, idade e status hormonal da paciente, perfil molecular do tumor, entre outros. “Nunca a mais que o necessário para não expor a paciente a possíveis complicações do tratamento, e nunca a menos para não diminuir as chances de cura da doença. Incluem-se no tratamento o local da mama e dos linfonodos, com cirurgia ou associação de cirurgia e radioterapia, e o tratamento do corpo como um todo, com quimioterapia, tratamento hormonal, tratamento com drogas alvo, ou associação entre estes”, explica Saboia.
É preciso destacar também a importância do tratamento multidisciplinar, envolvendo o mastologista, oncologista clínico, radioterapeuta, cirurgião plástico, fisioterapeuta, enfermeiro oncológico, psicólogo e nutricionista, para assim alcançar os melhores resultados.
Prevenção e novos tratamentos são as formas de combater o câncer de mama
Imunoterapia registra avanços, mas CAR T-Cells e células “natural killers” geram expectativas positivas
Tumor mais frequente entre as mulheres no Brasil, o câncer de mama deve registrar 59.700 novos casos para cada ano do biênio 2018-2019. No entanto, as pacientes acometidas pela doença contam com avanços em diagnósticos e tratamentos que vêm permitindo a redução da taxa de mortalidade. “Este é um câncer difícil porque tem mutações genéticas muito rápidas. Mas a ciência avança e já temos bons índices de cura que caminham para um crescimento a cada novo estudo divulgado”, destaca o Dr. Adelson Alves, coordenador de oncologia clínica do Leforte Oncologia.
Para o especialista, tratamentos como a imunoterapia – já em estágio mais avançado, principalmente nos Estados Unidos – é o que há de mais promissor para combater este tipo de tumor no caso de triplo negativo, que não apresenta nenhum dos três biomarcadores mais empregados na classificação do câncer de mama. No entanto, as CAR T-Cells (sigla em inglês para “receptor de antígeno quimérico de células T”) e as células “natural killers” (termo oriundo do inglês Natural Killer Cell) também devem caminhar positivamente neste mesmo sentido.
“Não tenho dúvida de que estas novas frentes de tratamentos vão revolucionar o combate ao câncer de mama”, reforça o médico do Leforte, que ao mesmo tempo enfatiza a importância da prevenção, diante do crescimento de diagnóstico da doença. Os exames para detecção precoce de tumores devem ser realizados principalmente em mulheres na faixa dos 40 anos e, mais recentemente, nas que têm menos de 30 anos, devido a um tempo maior de exposição aos hormônios (estrógeno e progesterona) e principalmente quando há antecedentes familiares da doença.
No Brasil, a imunoterapia ainda não está disponível para o câncer de mama. Mas já é possível o acesso às chamadas terapias-alvo, que têm como função bloquear o crescimento e a disseminação das células cancerígenas, com menos danos às células normais. Entre esses medicamentos, o Dr. Adelson Alves cita os anticorpos monoclonais que atuam contra a proteína HER2, responsável pelo crescimento das células tumorais mamárias, denominadas HER2+.
Não são todos iguais
Assim como outros tipos de câncer, o de mama é, na verdade, um conjunto de inúmeras doenças distintas, com vários subtipos. A classificação é dividida entre os numerais zero e 06, com o termo BI-RADS, um acrônimo em inglês para Breast Image Reporting and Data System, utilizado para padronizar os relatórios mamográficos. “A criação dessa classificação foi um grande avanço. Hoje temos também os testes moleculares que ajudam a identificar o tratamento mais eficiente para cada paciente, o que contribui para a chance de cura ou controle efetivo da doença”, afirma Alves.
Viver Está na Moda
Trabalhar a autoestima das pacientes antes, durante e após a ocorrência do câncer de mama também é uma estratégia eficaz para promover a qualidade de vida e contribuir para o sucesso do tratamento. Por esta razão, há 11 anos o Grupo Leforte promove o projeto “Viver Está na Moda”, com ênfase na importância da valorização da vida e na quebra de paradigmas quando o tema é o câncer de mama.
Idealizado e coordenado pelo Dr. Ricardo Antunes, coordenador da Cirurgia Oncológica do Grupo Leforte e presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), o projeto acaba de laçar a 3ª edição da revista Bem-Estar, em parceria com a rede de lojas Marisa. Com informações sobre tratamentos, dicas práticas para pacientes e familiares, além de um editorial de moda especial para inspirar quem passa pela fase de tratamento de um câncer, a publicação está sendo distribuída para pacientes oncológicos da instituição e pode ser acessada pelo site oncologia.leforte.com.br/r evista-bem-estar.
Cinco coisas que todos precisam saber sobre câncer de mama
Câncer de mama é o quinto que mais mata e o mais prevalente entre as mulheres, afetando cerca de 2,1 milhões de pessoas ao ano
Segundo levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil somará cerca de 560 mil novos casos de câncer em 2018. Só o câncer de mama corresponde a 28% desse número. Mundialmente os dados também são alarmantes, o câncer de mama afeta 2,1 milhões de pessoas por ano e é o quinto que mais mata, de acordo com o Globocan 2018, um estudo da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.
Para esclarecer algumas dúvidas relacionadas ao câncer de mama, oncologistas do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas comentam perguntas frequentes.
Gravidez não aumenta risco de recidiva de câncer de mama
Muitos tipos de cânceres são sensíveis ao estrogênio, por isso, é comum que as mulheres tenham dúvidas em relação à gravidez após o tratamento do câncer de mama. No entanto, de acordo com uma análise apresentada durante o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a associação entre as alterações hormonais decorrentes da gestação a um maior risco de recidiva de um tumor de mama é equivocada.
O estudo avaliou um grupo de 1.207 pacientes, todas elas diagnosticadas com câncer de mama pré-menopausa – com menos de 50 anos – em 2008. “Passados 10 anos, 333 delas engravidaram e em comparação com as demais voluntárias, não houve diferença considerando a recidiva do câncer, inclusive em casos de tumores classificados como RE-positivo, quando as células cancerosas são receptoras de estrogênio e tendem a se proliferar em resposta a esse hormônio”, explica a Dra. Michelle Samora.
Para mulheres que tiveram tumores de mama RE-negativo e engravidaram após o tratamento, o risco de mortalidade despencou 42%.
Se eu utilizar algum método contraceptivo hormonal vou ter câncer de mama?
Ainda existem muitas questões sobre a relação direta entre a contracepção hormonal e o câncer de mama. Este ano, um estudo publicado no “The New England Journal of Medicine” revelou que o uso do anticoncepcional produziu um caso extra de câncer de mama para cada 7.690 mulheres por ano, considerando que, cerca de 140 milhões usam o anticoncepcional em todo o mundo.
Embora exista esse risco aumentado, ele ainda pode ser considerado relativamente baixo. “Como os próprios autores do estudo reforçam, a ameaça ligada aos métodos contraceptivos é pequena. Por isso, não há motivo para pânico – vale apenas avaliar se no seu caso, a pílula traz mais riscos do que benefícios”, afirma a Dr. Samora.
Homens também podem ter câncer de mama
Assim como as mulheres, homens também apresentam glândulas mamárias. Apesar da baixa incidência, o câncer de mama masculino pode se manifestar e existe um alto percentual de mortalidade. Segundo a American Cancer Society, cerca de 2.550 homens serão diagnosticados com câncer de mama invasivo e cerca de 480 morrerão a cada ano.
Na maioria das vezes, o diagnóstico é tardio, já que homens não costumam realizar a mamografia anualmente. “Para detectar qualquer tipo de problema, é preciso que o homem realize o autoexame com frequência, principalmente depois dos 50 anos para frente, que é a faixa etária em que ocorrem mais casos do câncer de mama masculino”, indica o Dr. Daniel Gimenes.
Exercícios são fundamentais para a prevenção e tratamento
A prática de exercícios é fundamental para uma vida saudável e, cada vez mais pesquisas mostram uma ligação direta com a prevenção e o tratamento do câncer. Um estudo publicado na revista científica Cancer Epidemiology, feita pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em parceria com a Universidade de Harvard, Universidade de Cambridge e Universidade de Queensland, mostrou que cerca de 10 mil novos casos de câncer poderiam ser evitados com a prática da atividade física.
“O movimento regular faz com que sejam eliminadas do sangue as moléculas de gordura, chamadas de lipídios, que servem como forma de alimento para as células tumorais. Isso significa que os exercícios dão um suporte extra para que o corpo possa combater o inimigo, reduzindo suas chances de crescimento”, afirma o oncologista Dr. Daniel Gimenes.
A melhora nos índices de resposta contra o tumor de mama pode ser obtida a partir de mudanças leves na rotina, cerca de 150 minutos de atividade física semanal, ou seja, 20 minutos por dia, já fazem a diferença.
Histórico de câncer de mama na família aumenta a probabilidade, mas não é fato que vá desenvolver a doença
Os cânceres hereditários se desenvolvem quando uma pessoa nasce com alterações herdadas da mãe ou do pai. Isso pode representar um fator de risco para o câncer de mama, mas a genética familiar ainda presenta um percentual baixo de todos os diagnósticos da doença. “Estima-se que entre 5 e 10% dos casos de câncer têm um forte componente hereditário, quando uma mutação transmitida de geração para geração é responsável por aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença”, comenta o Dr. Gimenes.
Os testes genéticos podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença, mas são indicados apenas quando há um alto risco de mutações associadas ao histórico familiar de câncer de mama em parentes próximos (mãe e/ou irmã) e que tenham apresentado tumores com idade inferior aos 50 anos.
Reposição hormonal aumenta riscos de câncer de mama?
A reposição hormonal é muito utilizada para amenizar os sintomas da menopausa, mas muitas mulheres sentem-se inseguras em relação à segurança do tratamento. Até o momento, não há nenhum estudo que comprove efetivamente a relação entre a reposição hormonal e o aumento do risco de câncer de mama, contudo se sabe que muitos tumores podem se desenvolver mais rápido por conta dos estímulos hormonais.
“Assim como no caso do anticoncepcional, a reposição hormonal apresenta um risco aumentado, mas ele ainda pode ser considerado relativamente baixo”, salienta a oncologista Michelle Samora. Mulheres que já tiveram câncer de mama, histórico familiar da doença ou alguma pré-disposição genética, o estímulo hormonal deve ser avaliado com cautela e sempre com acompanhamento médico.
FIDI promove ação com exames de mamografia gratuitos e oficinas de bem-estar na Praça da República
Campanha realizada em prol do Outubro Rosa também contará com dicas de moda da digital influencer Gi Charaba, bate papo com especialistas e oficinas de maquiagem e lenço
A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) – responsável pelos exames de imagem em 85 unidades públicas de saúde na capital – realizará entre os dias 16 e 19 de outubro, das 10h às 18h, a campanha “Todos pelo Rosa” (#TodosPeloRosa), na esplanada da Praça da República, na região central de São Paulo. A ação especial e gratuita, realizada em prol do Outubro Rosa, contará com diversas atividades, entre elas, exames de mamografia, oficinas de maquiagem e de lenço e bate papo com especialistas sobre prevenção.
Durante o período, todos os dias serão distribuídas 50 senhas para a realização de exames de mamografia em mulheres a partir dos 35 anos. Para isso, basta levar cartão do SUS, RG e CPF. As mulheres serão atendidas em uma Unidade Móvel, fornecida pela Truckvan, líder brasileira no mercado de soluções sobre rodas e apoiadora da ação. Caso os médicos detectem alguma alteração, o ultrassom será feito na hora. Além disso, as pacientes serão encaminhadas ao Hospital Pérola Byington.
Para estimular doação de cabelo entre os participantes, serão disponibilizados diariamente cabeleireiros profissionais para realizarem o corte. Além disso, a digital influencer, modelo e Miss Acre Gi Charaba estará no evento para compartilhar sua experiência e dar dicas de moda para as mulheres presentes.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Desde 2014, a FIDI realiza um levantamento do número de pacientes encaminhados para exames complementares por achados suspeitos ou altamente suspeitos. O número de casos cresceu 25% no período, com cerca de 2,8 mil pacientes encaminhadas no último ano. A dra. Vivian Milani, radiologista da FIDI, explica que o câncer de mama tem até 95% de chances de cura se for precocemente detectado. “A melhor forma de se fazer essa prevenção é com a realização do exame de mamografia. Por isso é muito importante que as mulheres respeitem o período de retorno prescrito no laudo médico”, explica.
A coordenadora de projetos sociais da FIDI, Cristiane Claro Monzani, afirma que o objetivo do evento é evidenciar a importância da prevenção e promover momentos de lazer para mulheres que já passaram ou ainda enfrentam a doença. “Como instituição preocupada com o bem-estar da população, a FIDI deseja disseminar informações sobre o câncer e conscientizar as pessoas sobre a importância dos exames preventivos. Além disso, ao promover oficinas, também queremos ajudar no processo de elevação da autoestima da mulher. Nosso maior intuito é unir a sociedade em torno de uma causa nobre”, ressalta.
Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia, a mamografia de rotina deve ser realizada anualmente a partir de 40 anos de idade. No caso das mulheres com histórico familiar, mãe, filha ou irmã, a orientação é que iniciem esse rastreamento o mais rápido possível.
O autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui a mamografia e deve ser realizado mensalmente, logo após a menstruação. Nas pacientes que não menstruam mais, devem escolher um dia no mês, para realizar o autoexame.
Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, faça o movimento inverso, colocando a mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda. Já no mamilo, faça pressão suave e verifique se há alguma secreção. As axilas também podem omitir pequenas alterações, portanto, após examinar as mamas, apalpe toda a área debaixo dos braços.
Mais informações sobre a FIDI podem ser obtidas em http://fidi.org.br/
Hospital Universitário Gaffrée e Guinle promove evento sobre conscientização do câncer de mama
Entre os convidados estão o humorista Dedé Santana, a atriz Adriana Bombom e o apresentador Amin Khader
A Divisão de Cirurgia plástica do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, do Rio de Janeiro (RJ), promove no dia 20 de outubro, às 9h, o evento UNIMAMA em comemoração ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama. O evento contará com as participações da atriz Adriana Bombom, do apresentador Amin Khader, da jornalista Carolina Novaes e do humorista Dedé Santana.
Segundo Ricardo Cavalcanti Ribeiro, chefe da Divisão de Cirurgia Plástica, o objetivo do evento é informar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce da doença “O câncer de mama atinge milhares de mulheres todos os anos e muitas perdem a chance de tratamento justamente por não receberem um diagnóstico. Ou seja, se a doença for detectada precocemente as chances de cura aumentam muito”, destaca Cavalcanti Ribeiro.
A equipe de cirurgia plástica do Gaffrée e Guinle já desenvolve o trabalho de reconstrução de mama para mulheres mastectomizadas, o que ajuda imensamente no resgate da autoestima das pacientes. Além disso, o hospital abriu, recentemente, novas salas para a realização de cirurgias de alta complexidade, sendo uma delas destinada exclusivamente para reconstruções mamárias.
Mastologista do HCor revela que atitudes simples podem ajudar a prevenir câncer de mama
Em prol do Outubro Rosa, médica recomenda medidas como praticar atividade física, manter uma dieta rica em fibras e balanceada para prevenir o sobrepeso, além de evitar ingestão de álcool e a exposição prolongada a hormônios sintéticos, principalmente, na pós-menopausa
Dados da OMS revelam que uma a cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Tanto que já é o mais comum entre os que afetam a população feminina em todo o mundo, exceto apenas o de pele. Só no Brasil foram registrados 57.960 novos casos da doença e 14.488 mortes, em 2017, tendo como pontos de maior incidência os estados do Rio de Janeiro (91,25 casos / 100 mil habitantes), Rio Grande do Sul (90,2 casos/ 100 mil habitantes) e São Paulo (69,7 casos/ 100 mil habitantes). “Estima-se que até 80% dos casos de câncer de mama costumam ocorrer entre mulheres que não apresentam fatores de risco, previamente, o que torna o controle da doença ainda mais difícil. Por outro lado, atitudes simples no dia-a-dia podem auxiliar bastante a prevenção do problema”, afirma a mastologista do HCor, Dra Ana Maria Massad Costa.
Em prol do Outubro Rosa, a médica recomenda algumas medidas. A primeira é adotar uma dieta rica em fibras – que reduz o risco de câncer de mama em até 10% – e bem balanceada, já que um IMC acima de 25 aumenta o risco para a doença. Em seguida, é preciso evitar a ingestão de álcool. Segundo a ginecologista mais que 10g de álcool por dia aumenta o risco para câncer de mama em até 20%. Outra medida importante é não se expor de maneira prolongada a hormônios sintéticos, principalmente, na pós-menopausa. “Também é fundamental realizar atividade física regularmente. Isso porque o mínimo de três horas de exercícios aeróbicos por semana já é capaz de proporcionar um efeito protetor contra o câncer de mama”, revela.
Fatores não modificáveis
Atentar para fatores de risco não modificáveis, como mamas densas, irradiação do tórax antes dos 30 anos, histórico familiar e a presença de mutações genéticas no organismo, é mais um conselho da Dra Ana Maria. “Com o conhecimento prévio destes aspectos, os mastologistas podem fazer um seguimento mais rigoroso e adotar condutas mais agressivas, caso necessário, para detecção da doença”, explica.
A mastologista acrescenta que, de acordo com padrões internacionais, o rastreamento da doença deve ser iniciado a partir dos 40 anos por meio de mamografias anuais. “Para mulheres com risco aumentado esta idade pode ser antecipada para os 30 anos. Porém, estes casos devem primeiramente ser avaliados por um especialista que dará as orientações adicionais para cada paciente, individualmente”, ressalva.
Tratamento multidisciplinar
A Dra Ana Maria ainda esclarece que o tratamento do câncer de mama é feito por uma equipe multidisciplinar composta por mastologistas que fazem, tanto a parte clínica, quanto a cirúrgica, oncologistas que atuam na prescrição da quimioterapia, patologistas que analisam as biópsias, radioterapeutas, além de enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos. “Estudos recentes e avanços nos tratamentos têm permitido que as pacientes tenham cada vez mais qualidade de vida, durante o tratamento, assim como a realização de cirurgias menos agressivas seguidas de reconstrução mamária e menos quimioterapia para casos com essa indicação”, completa.
Segunda a Dra Ana Maria, a maioria dos casos ainda tem indicação de cirurgia. Dependendo do tipo do tumor e do estágio da doença, a paciente pode ter indicação de realizar quimioterapia que pode ser endovenosa ou com comprimidos, via oral, cujos efeitos adversos são mais leves. Já a radioterapia está indicada tradicionalmente nos casos de cirurgia conservadora (em que não há necessidade de retirar toda mama) e em alguns casos de cirurgia radical a depender do estágio da doença. “Embora tenhamos diferentes métodos de tratamento à nossa disposição, hoje em dia, a prevenção e diagnóstico precoce ainda são os principais fatores a favor da qualidade de vida das mulheres. Por isso, é muito importante que todas permaneçam atentas à saúde, realizando exames anuais e consultas médicas regulares. Afinal, casos iniciais têm sobrevida acima de 95% em 5 anos”, conclui a mastologista do HCor.
Prótese de silicone nas mamas não atrasa diagnóstico de câncer de mama
Exames de prevenção devem ser frequentes após uma cirurgia de aumento das mamas
Aumentar o tamanho das mamas é o desejo de muitas mulheres, mas, em muitas pacientes, gera aquela dúvida e preocupação na hora de fazer a cirurgia em relação a uma possível descoberta do câncer de mama. Muitas teorias indicam que a prótese de silicone dificultaria o diagnóstico precoce do câncer de mama por meio da mamografia, porém, o cirurgião plástico Francisco Naves esclarece que isso é um mito. “A verdade é que pacientes com prótese de silicone não apresentam atraso no diagnóstico de câncer de mama se comparado com as pessoas que não possuem prótese”, explica o cirurgião, que ressalta o avanço das tecnologias em equipamentos de diagnósticos precoces da doença, assim como a preparação de profissionais, que tem mudado ao passar dos anos. “Antigamente, não havia muitas mulheres com próteses de silicone, então, os especialistas não sabiam bem como proceder com o exame. Atualmente, é muito comum chegar aos consultórios mulheres com próteses e, desta forma, os especialistas estão bem mais preparados para realizarem todos os tipos de exame, apesar da prótese”, explica.
O fato de possuir implante mamário, não impede as pessoas a realizarem o exame de mamografia, tão pouco de um diagnóstico precoce da doença. Com a presença da prótese, é necessário que o profissional da radiologia tenha que realizar algumas manobras de posição das mamas no momento do exame, para que assim o implante não impeça a visualização da glândula. Se surgirem dúvidas, uma ultrassonografia ou ressonância magnética podem complementar esse resultado com informações mais especificas. “Hoje, os equipamentos usados para a realização dos exames são bem avançados e proporcionam muito mais precisão nos resultados”, reforça Francisco.
Antes da colocação da prótese, a paciente deve fazer uma consulta com um mastologista ou oncologista para avaliar por meio de histórico da paciente se existe alguns fatores que são pré dispostos ao câncer. Assim, ele vai orientar quais os exames e com que frequência ela deve comparecer ao especialista depois da cirurgia de aumento dos seios.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre mulheres no mundo e no Brasil, porém, o número de pessoas que realizam a mamografia ainda é baixo. “Este é o jeito mais eficaz para o diagnóstico precoce. O exame é muito seguro e não traz riscos de saúde a paciente”, ressalta o cirurgião.
Prótese de silicone
A Mamoplastia de aumento é um dos procedimentos mais procurados em consultórios. Muitas pessoas vão atrás do método por estarem insatisfeitas com o tamanho atual dos seios e isso pode influenciar na baixa autoestima. Segundo uma pesquisa, realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos anos, o aumento de mama tem sido a campeã em cirurgia estética no Brasil que, hoje, realiza cerca de 1,6 milhão de procedimentos por ano. Para a realização da cirurgia a paciente deve estar em perfeitas condições de saúde, por isso, pode ser incluída uma avaliação de outros especialistas e inclusive exames de imagem das mamas.
O cirurgião ainda afirma que devem ser discutidos vários pontos com o médico antes de iniciar o processo. “Deve-se saber se os seios da paciente estão totalmente desenvolvidos, o tamanho que ela deseja e o objetivo dessa cirurgia. Pode ser tanto por aumento do tamanho, correção de assimetria ou até uma reconstrução mamaria após um câncer de mama. A paciente se sentir bem, com o seu próprio corpo, é a principal finalidade do procedimento”, finaliza.
Sexualidade é mais um desafio para pacientes com câncer de mama
Para a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, informar a população é a melhor forma de quebrar esse tabu
Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem 95% de chance de cura. Por isso, é muito importante que toda mulher realize mensalmente o autoexame e, uma vez por ano, a mamografia. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Como cada câncer é uma doença diferente, o autoconhecimento e um diálogo aberto com familiares e médicos é fundamental para a jornada da paciente.
Vários aspectos da vida das mulheres podem ser impactados pelo tratamento, seja no trabalho, na rotina em casa ou nos seus relacionamentos e vida sexual. Este último é mais um tabu que precisa ser quebrado quando o assunto é o câncer de mama. Segundo Gilberto Amorim, oncologista da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), durante o tratamento, a vida sexual da paciente é prejudicada por fatores físicos e psicológicos: “A autoestima pode ser comprometida pela mastectomia sem reconstrução da mama e pelos efeitos da quimioterapia, como a queda dos cabelos. Além disso, é normal que a mulher se sinta mais cansada e tenha menos desejo”.
O especialista comenta que os efeitos físicos dependem do tipo de tratamento realizado. No caso de terapias hormonais, os sintomas são parecidos com os da menopausa: “secura vaginal, ondas de calor, queda da libido, inchaço. Em alguns casos, ocorre uma atrofia vaginal que faz com que a mulher sinta muita dor na relação sexual e, por construir uma memória ruim daquele momento, não sente mais vontade de tentar”, explica.
São problemas contornáveis com apoio de médicos e psicólogos. Segundo o Dr. Gilberto, para lidar com os efeitos colaterais do tratamento de câncer de mama, as pacientes podem usar, em casos selecionados, cremes à base de derivados de estrogênio, que trabalham a elasticidade do músculo, ou com laser íntimo. Para a secura vaginal, o lubrificante à base d’água é uma ótima solução.
Os fatores emocionais são tão significativos quantos os físicos. “A sexualidade está muito na cabeça”, defende o oncologista. “É preciso conversar com o companheiro ou com a companheira, com o médico, caprichar mais nas preliminares. São problemas de solução simples quando há abertura para o diálogo”, completa.
Câncer de mama é tema de palestras no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes
O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), em Goiânia (GO), promoveu nos dias 17 e 18 de outubro programação especial em alusão da campanha Outubro Rosa para colaboradores, pacientes e acompanhantes, no auditório da unidade. No primeiro dia do evento, o mastologista Humberto Borges apresentou estatísticas sobre o câncer de mama no Brasil, os principais sintomas, como é feito o diagnóstico precoce da doença e os tratamentos possíveis. Além de elucidar sobre os mitos acerca do câncer de mama, o mastologista falou sobre a importância de abordar a doença no ambiente hospitalar. “Os profissionais da saúde são peças fundamentais para a disseminação do conhecimento. Mantê-los informados sobre tratamentos e os sintomas do câncer de mama é essencial para que eles ajudem os pacientes a se prevenirem”, afirmou.
Para a fisioterapeuta do hospital, Jaqueline Rocha, que participou da palestra, o evento foi proveitoso. “É um tema importante para ser debatido principalmente entre as mulheres, que são as principais vítimas do câncer de mama, mas também entre os homens. E o conhecimento adquirido em palestras como essa que explicam sobre a doença, devem ser expandidas para outros ambientes, não só hospitalar”, ressaltou.
Já no segundo dia do evento, o HEMNSL promoveu uma mesa redonda mediada pela coordenadora de Psicologia da unidade, Viviane Ferro, com ministração da fisioterapeuta do hospital, Jaqueline Rocha, que já foi membro de uma equipe de Mastologia e com a participação da diretora pedagógica Kátia Madeira, ex-paciente da unidade que teve câncer de mama há dois anos e deu seu relato. “Para uma mãe com três filhos pequenos, com sonhos, projetos e uma vida ativa, ser parada por um câncer, não é atemorizante, mas muda toda a história de vida da família”, disse. Segundo Kátia, a agilidade e precisão da equipe médica que a atendeu, o apoio que recebeu de amigos, familiares e profissionais da saúde e sua fé em Deus, foram determinantes para que sobrevivesse, já que enfrentou o grau mais forte da doença aos 33 anos de idade.
“O apoio dos profissionais que me acompanharam foi indispensável. Todos eles, o mastologista, as enfermeiras, a psicóloga, a fisioterapeuta”, afirmou. Segundo a fisioterapeuta Jaqueline, que atendeu Kátia, o seu trabalho é mostrar para as pacientes que elas podem voltar a ter uma vida normal. “Aos poucos, vamos trabalhando os movimentos para que voltem a fazer tudo que faziam antes, dentro das indicações médicas, claro. Por exemplo, explicamos que não é indicado aferir pressão no braço do lado em que teve a doença, mas no geral, com apoio multiprofissional, tudo se reorganiza”, garantiu.
Experiência e inovação para cuidar perto de casa
Hospital Unimed Volta Redonda conta com equipe qualificada, equipamentos de última geração e estrutura completa para cuidar de seus clientes
Referência na região Sul Fluminense em qualidade, tecnologia e segurança, o Hospital Unimed Volta Redonda (RJ) está preparado para atender seus clientes em toda jornada de prevenção e tratamento oncológico. Neste mês, a unidade hospitalar chama a atenção das mulheres para a conscientização do câncer de mama, o autocuidado e exames de rotina.
Sempre atento às inovações tecnológicas, o Hospital Unimed Volta Redonda começou a operar o mais moderno equipamento de Mamografia da região. O aparelho possibilita novos exames e procedimentos como tomossíntese mamária (mamografia 3D) e estereotaxia por mamografia. Com ele, a oferta de vagas cresceu 30%. O novo equipamento diminui o tempo do exame, melhora a qualidade da imagem e ainda disponibiliza o resultado em cerca de 15 minutos.
“Tudo isso para proporcionar aos nossos clientes um serviço cada vez mais qualificado, seguro e eficiente. Além disso, buscamos oferecer a melhor alternativa para que os pacientes não precisem se deslocar aos grandes centros para realizar exames complexos ou tratamentos”, enfatizou o vice-presidente da Unimed Volta Redonda, Dr. Vitório Moscon Puntel.
Recentemente, a Unimed Volta Redonda reformulou sua equipe e criou uma gerência específica para a Hospitalidade. Essa área tem como finalidade um vínculo de segurança focado no respeito e comprometimento com as necessidades dos clientes e expectativas de quem passa pelo processo de permanência hospitalar.
Além dos melhores e mais modernos equipamentos, o hospital conta com uma equipe médica altamente qualificada. Os profissionais têm ampla capacitação técnica e experiência clínica. Sempre em busca de aprimoramento profissional. “Investimos de forma contínua na melhoria de nossos serviços e estrutura e na profissionalização das pessoas. Acreditamos que este é o caminho para a construção de competências e para entregar aos nossos clientes a melhor experiência do cuidar”, salientou Dr. Vitório.
A Unimed Volta Redonda ainda possui em sua rede credenciada cinco cooperados mastologistas, prontos para cuidar com excelência de seus pacientes.
Mulheres e o câncer: trocas de experiências viram livro e projeto de apoio
Inspire SER incentiva troca de experiências e novas perspectivas no enfrentamento da vida e da doença
Um diagnóstico de câncer e o tratamento que o sucede obrigam as pessoas a mudar suas vidas em torno da luta pela sobrevivência. E, muitas vezes, a energia gasta em consultas, exames, cirurgias e quimioterapia abala não somente o físico, mas também o emocional dos pacientes.
Então como lidar com esse turbilhão de sentimentos e novas perspectivas nesse momento? O que fazer após o diagnóstico? Interessada em ajudar outras mulheres a responder tais perguntas e encontrar a ressignificação para continuar, a coach Carine Cidade criou em 2017 o projeto Inspire SER a partir de sua própria experiência de vida. Em 2004, aos 28 anos de idade, ela enfrentou a doença e passou por dilemas comuns às pessoas que vivenciam esse processo.
Inicialmente Carine reuniu um grupo de mulheres acometidas pelo câncer, que passaram a se reunir no Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB). “Apresentei ao Grupo Oncoclínicas a proposta de fazer coaching com algumas pacientes, tentando dar novas perspectivas e buscar o sentido da vida para essas mulheres que foram diagnosticadas com câncer”, conta ela.
Sob sua supervisão, as mulheres tiveram uma série de encontros mensais trabalhando muitos temas e, em um deles, tiveram a ideia de deixar um legado para inspirar outras mulheres com suas histórias. Assim nasceu a obra literária Inspire Ser – Mulheres e o Câncer, que reúne dez pacientes protagonistas de histórias inspiradoras. Para realizar esse trabalho, o grupo passou por dez oficinas de Comunicação e Criatividade coordenadas por Jacqueline Moreno, jornalista, organizadora e editora do livro, e contou com a participação de diversos profissionais, médicos e artistas. Durante as oficinas, as dez protagonistas compartilharam experiências pessoais que deram vida aos oito capítulos. Pensamentos, sentimentos, emoções e preocupações e tantos temas muitas vezes ignorados nas conversas com médicos e que vão além da preocupação em tratar a doença.
“Tivemos uma oficina em cima de trabalhos como mapa de Empatia e Lego Serious Play refletindo sobre nossa missão ao contar as nossas histórias. Depois trouxemos Barbara Borba, uma talentosa atriz, que trabalhou corpo e voz e também falamos da experiência de escrever como forma de botar para fora o que sentimos. Acompanhando isso de perto vi o quanto era necessário falar sobre a história pessoal envolvendo físico, emoção, espírito, sentimentos e expectativas e deixar que a história médica fosse contada e tratada pelos especialistas”, testemunha a coach.
As experiências vivenciadas em dez encontros acabaram dando origem ao livro “Inspire Ser – Mulheres e o Câncer”, que reúne relatos das integrantes dos encontros realizados no NOB. Nele, mulheres de diversos perfis compartilham histórias com temas como relacionamentos, carreira, espiritualidade, sexualidade e família.
“Quando a ideia do projeto literário tomou forma, a oncologista Clarissa Mathias, do NOB, sugeriu convidarmos outros profissionais do Grupo Oncoclínicas a participarem do processo de composição da obra. A ideia foi rapidamente aceita e, partir dessa união de forças, especialistas das diferentes unidades passaram a colaborar ativamente com os conteúdos, indicando dados importantes, como estatísticas que mostram as iniciativas propostas pelo projeto, como a meditação. Além disso, buscando outros especialistas, até internacionais, como Shiri Ben Arzi – co-fundadora da metodologia de Medical Coaching que tem como propósito a restauração do paciente no processo de lidar com a doença”, contextualiza Carine.
Histórias que curam histórias
A partir da experiência literária com pacientes na Bahia veio a proposta de expandir a iniciativa para outros territórios, o que levou ao surgimento de um modelo de replicação do projeto para todo o Brasil. Assim, o Inspire Ser já está sendo levado a outras cidades e, a partir de encontros via videoconferência, passará a reunir periodicamente pacientes nas diferentes unidades do Grupo Oncoclínicas, ampliando as trocas e debates, uma ideia que promete melhorar a vida de mulheres em todo o país.
“É extremamente importante criar esse conceito de que existe uma vida depois do diagnóstico e que essa vida pode ter uma qualidade até melhor que antes se a pessoa souber aproveitar os ensinamentos adquiridos durante o processo”, afirma a oncologista Clarissa Mathias. “É inacreditável como a maioria das pessoas consegue se reinventar após o tratamento e seguir”, completa.
“Sabemos que inspirando essas mulheres, as pessoas do seu entorno serão inspiradas”, conclui Carine.
Aleitamento materno é aliado na prevenção ao câncer de mama
Mulheres que amamentam por dois anos, têm 33% menos chance de desenvolver câncer de mama. É o que aponta uma revisão em 47 estudos mundiais
Os benefícios do aleitamento materno para o bebê são amplamente divulgados. No entanto, a amamentação tem muitas outras vantagens já comprovadas por evidências científicas, que incluem a mãe, a família e a comunidade. Dentre elas, a amamentação ajuda na prevenção ao câncer de mama.
O câncer de mama é o segundo câncer em frequência no Brasil entre mulheres, mas é o que mais mata. Segundo a nutricionista Marcela Bionti, responsável pelo Banco de Leite Humano de Jundiaí (SP), vinculado ao Hospital Universitário (HU), o estilo de vida, como a prática da amamentação, se associa a redução do risco de câncer de mama.
Marcela relata que recentemente foi publicada uma revisão de 47 estudos realizados em 30 países envolvendo cerca de 50 mil mulheres com câncer de mama e 97 mil controles, sugeriu que o aleitamento materno pode ser responsável por 2/3 da redução estimada no câncer de mama. “A amamentação, quanto mais prolongada, se mostrou mais protetora: o risco relativo de ter câncer decresceu 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação, independente da origem das mulheres (países desenvolvidos ou não desenvolvidos), idade, etnia, presença ou não de menopausa e número de filhos”, conta ela.
O estudo também estimou que a incidência de cânceres de mama nos países desenvolvidos seria reduzida a mais da metade (de 6,3 para 2,7%) se as mulheres amamentassem por mais tempo. Observou-se, ainda, que as mulheres que amamentaram por mais de dois anos têm 33% menos chance de desenvolverem câncer de mama do que aquelas que nunca o fizeram.
Por que amamentar reduz o risco?
De acordo com o médico mastologista, ginecologista e obstetra Prof. Dr. João Bosco Ramos Borges, o motivo pelo qual a amamentação reduz o risco de câncer de mama está relacionado ao fato de a amamentação retardar a ovulação e, consequentemente, diminuir o nível de hormônios no organismo. O mesmo ocorre durante a gestação. “Antigamente, as mulheres tinham muitas gestações e amamentavam seus bebês em média até os dois anos de vida. Os índices de câncer de mama eram baixos”, relembra. “Com o tempo, as mulheres passaram a ter menos filhos e a amamentar por um período menor, o que significa uma mudança de comportamento reprodutivo da mulher”, complementa. A consequência é o aumento no índice de vítimas do câncer de mama.
Aleitamento
“O aleitamento materno deve sempre ser encorajado e apoiado, pois pode melhorar a qualidade de vida das famílias como um todo. A amamentação, além de favorecer o vínculo entre mãe-filho traz uma excelente nutrição e garante a prevenção do câncer de mama, que infelizmente acomete muitas mulheres”, finaliza a nutricionista.
12% das mortes por câncer de mama são por falta de atividade física, revela pesquisa
Conforme o estudo, mais de duas mil mortes pela doença poderiam ter sido evitadas, em 2015, se as pacientes fizessem ao menos uma caminhada de meia hora, por dia, cinco vezes por semana
A atividade física ajuda na prevenção de diversos problemas, como a diabetes, a hipertensão, a obesidade e tantos outros. Uma pesquisa, divulgada em 19 de outubro, revelou que em média 12% das mulheres vítimas de câncer de mama, ou seja uma em cada dez, falece por causa do sedentarismo.
O estudo, intitulado Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990–2015), divulgado na Revista Nature, contou com a colaboração do Ministério da Saúde. Segundo o trabalho, no ano de 2015, mais de duas mil mortes poderiam ser evitadas se as pacientes fizessem ao menos uma caminhada, de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS aconselha 150 minutos por semana de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos. O médico oncologista Márcio Almeida, da Aliança Instituto de Oncologia, explica que a atividade física é uma importante aliada não apenas para prevenir a incidência de diversos cânceres, mas também para melhorar a qualidade de vida durante e depois do tratamento dos tumores. “O exercício físico é uma das poucas coisas que podemos afirmar com segurança que diminui a reincidência de câncer. Além disso, durante o tratamento, se o paciente for liberado pelo médico, os exercícios podem melhorar a disposição, o apetite, bem estar e aumentar a força muscular, que é comprometida durante a quimioterapia”, destaca.
Para o preparador físico da Academia Bodytech de Brasília, Talles Sucesso, não existe um tipo de exercício específico para pacientes em tratamento ou pós tratamento de câncer. “O ideal é se preocupar com a regularidade das atividades que devem ser aplicadas de forma gradual. Manter os exercícios é fundamental”, afirma o personal.
A prática de exercícios reduz a gordura corporal total, o nível de colesterol ruim e, consequentemente, elimina as substâncias que colaboram para o desenvolvimento do câncer. Numa campanha de conscientização, que alerta para a prevenção do câncer de mama e próstata, e apoia pacientes em tratamento, a Aliança Instituto de Oncologia promove a terceira edição da corrida solidária Aliança pela Vida-Corrida Contra o Câncer.
Três em cada quatro mulheres têm medo de receber diagnóstico de algum câncer, mostra pesquisa da Ipsos
Em meio ao Outubro Rosa, entrevistadas demonstraram conhecer principais sintomas de câncer de mama
O medo de receber um diagnóstico de algum câncer aflige três em cada quatro mulheres, segundo pesquisa da Ipsos. Para 69% das entrevistadas, o câncer de mama é o diagnóstico mais frequente no Brasil. A doença é a segunda com maior incidência, perdendo para o câncer de pele não melanoma, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer).
Os principais sintomas conhecidos pelas mulheres como sinais que demandam uma investigação médica para saber se é câncer de mama são: nódulos, vermelhidão, inchaço, calor e dor na pele da mama. Elas também elencaram o aparecimento de nódulos e inchaço nas axilas como fator de risco.
A pesquisa também revela que, se suspeitassem de um câncer de mama, as entrevistadas procurariam um mastologista (46%), um oncologista ou ginecologista (ambos com 22%). Os dados do Inca mostram que 70% dos diagnósticos são realizados por não-oncologistas.
A Ipsos realizou 250 entrevistas online com mulheres de 18 a 55 anos de todo o Brasil, entre 27 de setembro e 2 de outubro de 2018. A margem de erro é de 6,2 pontos percentuais e o intervalo de confiança da pesquisa é de 95%.
Outubro Rosa – Caminhadas e eventos são realizados em todo o Brasil
Ação visa fortalecer o combate ao câncer de mama e difundir informação sobre a doença
O Brasil inteiro une-se em prol da conscientização a respeito do câncer de mama. Em menção ao Outubro Rosa, ONGs ligadas à Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) promovem eventos e caminhadas em todas as regiões do território nacional. Acompanhe a programação aqui.
Há dez anos, a campanha chegou ao país de forma organizada por meio da FEMAMA, com o objetivo de difundir informações sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de mama. Por meio desta diretriz, a Federação atua para proporcionar maior acesso à assistência em saúde e reduzir os índices de mortalidade pela doença, com incisivo trabalho na defesa de direitos de pacientes que vêm enfrentando a doença e das quase 60 mil novas pacientes que surgem anualmente (INCA, 2018).
Neste ano, o tema da campanha nacional estimula a formação de redes de apoio. Sob o mote #CompartilheSuaLuta, visa mostrar que pacientes e familiares podem encontrar em ONGs e mesmo junto a outras pessoas que entendem o que o paciente está vivendo a ajuda e a informação úteis para enfrentar o câncer de mama e as bases para fazer parte de uma transformação no cenário da doença no Brasil.
“Vamos lançar luz para o importante papel do terceiro setor nessa luta – aproximar-se de uma ONG representa encontrar apoio no universo formado por dezenas de milhares de pacientes, familiares e cuidadores que também buscam formas de encarar o câncer de mama. Queremos estimular que compartilhem dúvidas, desafios, aprendizados e vitórias e possam com isso encontrar apoio, conhecer seus direitos, inspirar e promover uma transformação no cenário do câncer por meio de seu envolvimento”, conta a presidente voluntária da FEMAMA, Maira Caleffi.
Por meio do site da FEMAMA é possível encontrar as ONGs presentes em cada estado brasileiro. Clique aqui para conhecer a rede.
Rio de Janeiro anuncia investimentos de R$ 59 milhões anuais para o tratamento do câncer
Anúncio foi feito durante evento no Rio Imagem em celebração pelo Outubro Rosa
O secretário de Estado de Saúde Sérgio Gama anunciou em 19 de outubro o investimento de R$ 59 milhões por ano para o tratamento em oncologia no estado. O valor de R$ 4.9 milhões mensais será aplicado nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons). Serão contempladas nove unidades situadas em todas as regiões do estado e que realizam os serviços de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas.
“Vamos investir mais recursos nas unidades que já fazem atendimento e que estão ultrapassando as metas por conta da grande procura. Essa é mais uma medida que o Estado está adotando para melhorar o serviço de diagnóstico e tratamento do câncer, especialmente o câncer de mama”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.
O aporte será aplicado na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, Hospital Santa Izabel, em Cabo Frio, Hospital Escola Álvaro Alvim, em Campos dos Goytacazes, Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, Hospital Alcides Carneiro, em Petrópolis, Hospital Regional Darcy Vargas, em Rio Bonito, Hospital São José, em Teresópolis, Hospital Universitário de Vassouras, HINJA, em Volta Redonda.
Além do anúncio, o Rio Imagem ofereceu uma série de serviços para as mulheres. A população atendeu ao convite da unidade para captação de cabelos que serão usados na confecção de perucas para pacientes em tratamento. Ao todo, cerca de 70 pessoas – entre homens e mulheres – doaram e tiveram cabelos cortados pela equipe do Walter’s Academy, que também ofereceu o serviço de esmalteria. O Centro Avançado de Maquiagem e Produção Internacional (Campi) ficou responsável pela maquiagem.
A maquiadora Maria da Conceição de 28 anos, moradora do bairro de São Cristovão, compareceu ao evento incentivada pela filha Giovanna, de 7 anos. Com histórico de câncer na família, Maria declarou o prazer de poder ajudar ao próximo com a doação de cabelo. “Eu já tinha vontade de doar só faltava oportunidade, tenho casos de câncer na família a minha mãe já passou por tratamento de câncer de mama. Saber que vou conseguir ajudar outras pessoas que estão na mesma situação é muito gratificante. Cabelo cresce novamente, o privilégio de poder ajudar ao próximo é recompensador”, destacou Maria.
A pequena Giovanna estava empolgada com a ideia de fazer o bem para outras pessoas. “Eu sempre quis doar, pois via outras pessoas doando e achava legal a atitude de ajudar. Saber que o meu cabelo vai fazer a felicidade de outra pessoa me deixa muito feliz também”, disse a menina.
Mamógrafos em funcionamento – A rede estadual conta com 9 mamógrafos distribuídos em diversas regiões do estado e que dão suporte aos municípios. Apenas no Rio Imagem, foram realizados, de janeiro a agosto de 2018, 28.792 exames, um aumento de 80% em relação ao mesmo período do ano passado. A SES conta também com dois mamógrafos móveis, que realizaram cerca de 8.600 exames esse ano. A SES também habilitou novos serviços de tratamento do câncer, em Barra Mansa, Angra dos Reis e Três Rios, auxiliou a ampliação da radioterapia em Cabo Frio.
Programa de Navegação de Pacientes – Além de oferecer mamografia, que é o exame capaz de detectar o câncer de mama em fase inicial, às mulheres do estado, a SES conta ainda com o Projeto de Navegação de Pacientes (PNP), que prevê acompanhamento feito por equipe formada por médico, técnicos e assistente social. Pioneiro no país, o objetivo da iniciativa é prestar assistência imediata e individualizada às mulheres com câncer de mama desde a confirmação do diagnóstico até o início do tratamento. Atualmente, dados do Sistema Estadual de Regulação mostram que o tempo médio entre a solicitação e a primeira consulta com mastologista oncológico é de cerca de 60 dias. Lançado em 2017, o PNP atende hoje entre 40 e 50 mulheres por mês. Desde o começo da iniciativa, 579 pacientes foram acompanhadas com mastologistas, exames complementares e apoio de assistente social.
Artigo – Uma luta compartilhada: o poder transformador do enfrentamento do câncer de mama
A vida nos desafia constantemente: algumas vezes conseguimos prever o que nos espera; em outras tantas, um sentimento de angústia e insegurança toma conta frente ao inesperado. Um diagnóstico de câncer é uma estrada repleta de desafios que só o paciente pode trilhar. No entanto, saber que existem pessoas e instituições para apoiar esta jornada pode tornar o caminho mais leve.
Em 2018, quase 600 mil homens e mulheres receberão o diagnóstico de câncer. Destes, aproximadamente 10%, ou seja, 60 mil, serão de câncer de mama. Cada luta é única, particular e resguarda em si sentimentos e sensações inexplicáveis. Contudo, essa mesma luta individual pode ser compartilhada e ajudar no fortalecimento de pessoas que enfrentam a doença.
As organizações de pacientes são importantes fontes de apoio e compartilhamento de experiencias únicas que visam o bem-estar da pessoa que está passando pelo diagnóstico e tratamento de um câncer. É uma via de mão dupla, capaz de transformar e reconhecer a luta diária em pequenas conquistas.
Não à toa, para esta edição do Outubro Rosa, celebrando os dez anos de campanha no Brasil, trouxemos o tema #CompartilheSuaLuta: é preciso estimular as pessoas que enfrentam o câncer de mama a dividirem suas dúvidas, dificuldades, aprendizados e vitórias com ONGs e grupos de pacientes que enfrentam os mesmos desafios. Desta forma, universalizam-se as questões enfrentadas individualmente na doença, tornando cada ONG e cada paciente um agente transformador da realidade.
Compartilhando questões e medos, vamos ao encontro de respostas e de coragem que emanam deste apoio, inclusive na busca por direitos ligados à assistência em saúde. Toda trajetória pode inspirar e fortalecer aqueles que mais precisam de suporte, vendo que é possível aprender, engajar-se e mudar não somente a sua história em particular, mas a de todas aquelas que lutam contra o câncer de mama.
Unimo-nos, assim, a familiares e amigos que oferecem amparo e atenção ao paciente de câncer. Formamos uma rede junto a pessoas que passam por desafios semelhantes e que são importantes fontes de informação, empatia e inspiração. Compreendendo a delicadeza e as particularidades do momento, as associações de pacientes estão prontas para auxiliar no acesso a tratamentos, bem como com suporte psicológico, nutricional, fisioterápico e legal.
Na FEMAMA, somos 74 ONGs espalhadas por quase todo o território brasileiro. São milhares de ouvidos, sorrisos, corações, olhares atentos e braços abertos. Para facilitar o encontro entre essas pessoas, desenvolvemos um aplicativo que visa conectá-los: o MAMATCH – com ele, queremos promover a formação de uma rede de interesse e informação relacionada ao câncer de mama, conectando pacientes, familiares, ONGs e pessoas envolvidas no enfrentamento da doença.
Compartilhar a luta não significa apenas contar histórias e vivências. Compartilhar a luta transcende tal ideia: acompanhar cada passo, do início ao fim. É partilhar a fase mais desafiadora já vista e tirar, nem que seja um pouquinho, o peso que o paciente carrega nas costas, na maioria das vezes, sozinho.
Maira Caleffi é presidente voluntária da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e Chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS)
Outubro Rosa também faz alerta sobre prevenção do câncer ginecológico
Médica ginecologista e obstetra, Dra. Mileide Sousa, orienta sobre importância do cuidado preventivo
Outubro é conhecido mundialmente como o mês dedicado à prevenção ao câncer de mama. O tumor é o mais frequente entre as mulheres e representa aproximadamente 30% de todas as neoplasias malignas femininas. Mas, de acordo com a médica ginecologista e obstetra, Dra. Mileide Sousa, é necessário ampliar esta conscientização, destacando também a importância dos cuidados na prevenção ao câncer ginecológico, que engloba tumores de endométrio, colo uterino, ovário, tubas uterinas, vagina e vulva. O câncer de colo no útero, por exemplo, aparece em terceiro no ranking de maior incidência entre mulheres, sendo que são esperados mais de 16 mil casos até o fim de 2018. O câncer de ovário, apesar de pouco frequente (responsável por 3% das neoplasias malignas femininas) é o que apresenta maior letalidade dentro do grupo de tumores ginecológicos.
As formas de prevenção ao câncer ginecológico merecem atenção especial das mulheres, que devem realizar consultas periódicas com um médico ginecologista e sempre estarem atentas a sinais e sintomas, como perda de peso, dor e aumento do volume abdominal, sangramento vaginal anormal e sangramento na relação sexual. Além disso, as mulheres devem sempre procurar hábitos de vida saudáveis, evitando tabagismo, etilismo, tendo uma alimentação saudável, atividade física e evitando o sobrepeso. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), essas medidas conseguem reduzir o risco de câncer em até 30%. Além disso, as mulheres devem sempre procurar realizar exames periódicos, entre eles o Papanicolau.
No caso do câncer de colo uterino, a realização do Papanicolau de forma regular permite a detecção de lesões que podem, ao longo do tempo, progredir para o câncer, como explica a Dra. Mileide Sousa. “Estas lesões são chamadas de NIC (neoplasia intraepitelial cervical) e, se tratadas adequadamente evita-se a evolução para a forma maligna, ou seja, o câncer. Ainda segundo a especialista, é importante realizar o exame de Papanicolau após a mulher iniciar a vida sexual. “Trata-se de um exame simples e rápido que colhe células do colo do útero para análise, permitindo a detecção precoce de lesões ou alterações celulares que indiquem a presença do HPV, responsável por 99% de todos os casos de câncer de colo de útero”, explica Dra. Mileide Sousa.
“Outra estratégia para prevenção do câncer de colo uterino é a imunização por meio da vacinação contra o vírus HPV, que é o principal fator causador deste tipo de tumor”, orienta a médica. O vírus HPV é transmitido através da atividade sexual e pode ser prevenido com o uso do preservativo e através da vacinação. Em relação à vacinação contra o HPV, a recomendação é que todas as mulheres de 9 a 45 anos e homens entre 9 e 26 anos sejam imunizados. No Brasil, a vacina está disponível na rede pública para todas as meninas entre 9 e 14 anos e para os meninos entre 11 e 14 anos.
Especialista dá dicas para cuidar da saúde da mulher
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de mama é o tipo mais comum dadoença entre as mulheres no Brasil e no mundo
O mês de outubro é representado pela cor rosa com foco na prevenção do câncer de mama, com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, além de contribuir para a redução da mortalidade.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum da doença entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não-melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano.
A detecção precoce da doença aumenta as chances de um tratamento mais eficaz e, consequentemente, a cura. O oncologista do Hospital Dom Alvarenga, de São Paulo (SP), Dr. Pedro Nazareth Aguiar Junior, separou seis dicas básicas de como a mulher pode se proteger e se tratar caso a doença apareça.
- Realizar o autoexame das mamas regularmente;
- Procurar um médico sempre que verificar alguma alteração nas mamas;
- A partir dos 50 anos, realizar a mamografia anualmente;
- Não tenha medo de descobrir alguma coisa porque doença descoberta é doença curada!
- Mulheres na pós-menopausa, evitem reposição hormonal;
- Manter uma dieta saudável e tentar controlar o peso.
Hospital Edmundo Vasconcelos implementa projeto que agiliza diagnóstico de câncer de mama
Com o intuito de diminuir o prazo de espera entre procedimentos, exames e o diagnóstico do câncer de mama, o Hospital Edmundo Vasconcelos, de São Paulo (SP), implementa um novo projeto que concentra todo o processo dentro da instituição, resultando na possibilidade de identificar ou descartar a doença em apenas um dia.
O mastologista do hospital, Yong Kyun Joo, que faz parte da equipe idealizadora da iniciativa, explica que a agilidade interfere de forma positiva na qualidade de vida da paciente. “Quando há a suspeita da doença, a mulher fica extremamente ansiosa, e diminuir o prazo do diagnóstico, acelera o início do tratamento nos casos positivos e abrevia a tensão e o estresse, nos casos negativos”.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo, depois dos de pele não melanoma. A estimativa é que de, só em 2018, sejam registrados mais de 59 mil novos casos no país de acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer, (INCA). Como não há prevenção primária para este tipo da doença, o diagnóstico precoce é determinante para boas chances de cura.
Segundo o especialista, o projeto do Hospital Edmundo Vasconcelos tem grande importância não só por proporcionar uma melhor experiência a paciente, trazendo conforto e comodidade na realização de consulta e todos os exames em um único dia, mas também por incentivar a prevenção do câncer de mama, e proporcionar o início do tratamento o mais rápido possível.
“Nessa nova proposta que envolve uma equipe multidisciplinar da Instituição, que inclui a áreas de mastologia, patologia, radiologia, oncologia, e psicologia, a paciente com o resultado positivo consegue até mesmo sair com a cirurgia marcada, caso necessário. Com toda certeza, essa rapidez será refletida nos resultados”, finaliza Yong Kyun Joo.
Pela primeira vez, resultados positivos do uso de imunoterapia para tratar o câncer de mama são apresentados
Centro de Novos Tratamentos Itajaí incluiu pacientes nessa pesquisa e contribuiu com os dados mundiais
Os pacientes e a classe médica receberam uma ótima notícia nos últimos dias: dados apontaram que a imunoterapia, medicação que estimula a imunidade, possibilitou resultados melhores em pacientes que lutam contra o tipo de câncer de mama mais grave – o triplo negativo e que atinge cerca de 15 a 20% das mulheres no mundo, maioria jovens. A apresentação dos resultados foi durante o maior evento de oncologia da Europa, promovido pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica, na Alemanha.
O estudo realizado com mais de 400 pacientes apontou: as pacientes que usaram a combinação de imunoterapia com quimioterapia tiveram a melhora de 20% no tempo de sobrevida livre de progressão ( período sem o tumor crescer). Ainda falando dos dados técnicos: os pacientes que tinham a expressão PD- L1 positiva tiveram aumento de 10 meses de vida (38% mais tempo de vida).
“ Até essa data só existia a quimioterapia como tratamento para este tipo de câncer de mama – o triplo negativo. É a primeira vez que temos um estudo que melhora o tempo de tratamento e o tempo de vida dos pacientes. É sem dúvida um grande avanço na área”, explica o médico oncologista de Itajaí, Giuliano Santos Borges, um dos investigadores desse estudo mundial. É que a cidade catarinense foi uma das escolhidas e participou desse estudo incluindo pacientes e contribuindo para esses dados que mudam a história do tratamento.
Essa medicação usada no estudo já está aprovada para tratar pacientes com câncer de pulmão e de bexiga, onde os pacientes também possuíam o biomarcador PD-L1 em suas células.
Esmo 2018: estudo indica Imunoterapia como protocolo de tratamento para câncer de mama
Pesquisa apresentada durante o maior congresso de oncologia da Europa, apontou que medicação que ativa o sistema imunológico é eficaz no combate à tumores de tipo triplo-negativo, um dos mais agressivos e com menos opções de tratamento
A edição 2018 do congresso da European Society for Medical Oncology (ESMO), um dos principais eventos do calendário mundial de oncologia, apresentou nesta semana um importante estudo que promete lançar luz sobre alternativas para o tratamento do câncer de mama do tipo triplo negativo, considerado agressivo e um dos mais letais tumores. A pesquisa, baseada no uso da medicação atezolizumabe – um imunoterápico produzido pela farmacêutica Roche) – também publicada no periódico científico The New England Journal of Medicine, analisou mais de 900 pacientes em fase avançada da doença e com metástases em outros órgãos, que foram divididas em dois grupos. Um deles fez uso da Imunoterapia em combinação com um quimioterápico, enquanto o outro recebeu apenas a quimioterapia.
O resultado foi animador: das mulheres que foram tratadas com o atezolizumabe, metade teve um aumento de sobrevida significativo. “No caso de tumores de mama triplo-negativo com algumas especificidades moleculares que favoreciam a resposta à Imunoterapia combinada à quimioterapia, a taxa foi de 25 meses sobrevivência das pacientes. Essa resposta consolida a indicação de imunoterápicos como opção efetiva para esses casos”, explica o Daniel Gimenes, Oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade do Grupo Oncoclínicas em São Paulo. Em vídeo gravado diretamente da Esmo 2018 ele comenta os avanços promovidos pelo resultado.
Durante quatro dias o evento reuniu em Munique (Alemanha) 20 mil participantes de mais de 130 países.
Entenda a Imunoterapia
Na última década, a imunoterapia passou de um tratamento teórico promissor para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas de pacientes oncológicos. Desde 2011, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou 15 novas drogas imunoterápicas para o tratamento do câncer, sendo cinco só no ano passado. No Brasil, a imunoterapia tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim , câncer de pulmão e câncer de bexiga.
De forma simplificada, o nosso sistema imunológico é programado para combater quaisquer sinais que representem ameaças à saúde. Porém, para manter um equilíbrio que assegure plenamente o nosso bem estar, o mecanismo de defesa do corpo também tem freios que impedem uma ação exagerada nesta resposta – caso contrário, ele pode desencadear as chamadas doenças auto-imunes, como lúpus, esclerose múltipla e artrite reumatoide.
Quando, contudo, ocorre uma falha nesse processo de combate ao inimigo e, em consequência, o surgimento de um tumor, a medicação imunoterápica pode ser adotada para inibir a ação desses freios e provocar a resposta necessária para combater as células malignas. “A imunoterapia cria uma memória imunológica no paciente contra o tumor. A concepção é gerar uma resposta imunológica exacerbada no paciente. Ao fazer isso, o sistema imunológico volta a reconhecer o tumor como um agente externo”, explica Dr. Daniel.
Esperança no combate a tumores agressivos
A imunoterapia já vem sendo apontada como o principal avanço no combate ao câncer, porém seus estudos clínicos no tratamento do câncer de mama até o presente momento ainda não indicavam resultados que pudessem torná-lo uma alternativa segura e eficaz nestes casos.
Recentemente durante a ASCO 2018, principal evento voltado à oncologia clínica, alguns estudos mostraram que em casos classificados como tumor de mama triplo-negativo, ao ser combinado com quimioterápicos, trouxe boas respostas aos pacientes no tratamento neoadjuvante oferecido antes da cirurgia.
Considerado um tipo de câncer agressivo e que afeta geralmente mulheres jovens, o câncer de mama triplo-negativo representa cerca de 20% de todos os casos da doença mundialmente. Se considerarmos que o Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) contará com cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2018, esse percentual representa um universo de ao menos 12 mil pessoas.
“A denominação “triplo-negativo” é utilizada em casos em que o tumor não conta com nenhum dos três biomarcadores relacionados a classificação do câncer de mama: receptor de estrógeno, receptor de progesterona e proteína HER-2″, explica o oncologista Daniel Gimenes, do Centro Paulista de Oncologia ( CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas.
Segundo o especialista, o câncer de mama triplo-negativo tem maiores chances de recorrência e em muitos casos acaba promovendo uma sobrevida menor em comparação a outros subtipos de tumores mamários. Por isso, a possibilidade de sucesso com a imunoterapia é animadora e abre novas frentes para o enfrentamento desta doença. “Para esses casos de câncer especificamente houve poucos progressos terapêuticos nos últimos anos. Por isso, os estudos internacionais preliminarmente divulgados na ASCO são animadores por indicarem um novo caminho para tratar esse tipo de câncer de mama”, afirma o Dr. Daniel.
O médico menciona o estudo GeparNuevo que analisou 174 pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático ou localmente avançado Um grupo recebeu um tipo de imunoterapico associado à quimioterapia enquanto as demais pessoas utilizaram placebo. O resultado demonstra um aumento significativo na redução do tumor nos casos que receberam a combinação da imunoterapia com a quimioterapia. “Apesar de ainda ser o uma primeira etapa de análises, esse avanço já pode ser entendido como um progresso terapêutico importante para médicos e pacientes. Essa combinação de imunoterapia com quimioterapia desconta como uma opção estratégica importante para mulheres com a doença em especial pelos benefícios a qualidade de vida dessas pacientes”, explica Gimenes.
Quando a imunoterapia é a melhor opção?
Apesar dos avanços promissores, o especialista explica que ainda é cedo para afirmar que a imunoterapia seria a chave para a cura do câncer de mama. De toda forma, os passos já trilhados são observados com otimismo e lançam boas perspectivas para tratamentos do câncer de mama triplo-negativo metastático e que não responde às medicações convencionalmente indicadas, tais como quimioterápicos e drogas alvo-moleculares.
O que tem se observado de forma global no tratamento do câncer é que nos casos onde o médico pode optar pela imunoterapia, a resposta dos pacientes têm sido satisfatórias. “Ela tem alguns efeitos colaterais, porém o paciente tem melhor qualidade de vida. É um tratamento mais sustentável para a saúde do paciente, pois ataca diretamente o tumor. E uma das principais vantagens da adoção destes imunoterápicos da nova geração é que, mesmo após o fim do tratamento, a imunidade desse indivíduo pode continuar respondendo a células tumorais, diminuindo a recidiva de tumores e aumentando o tempo livre de progressão da doença”, conclui o Dr. Daniel Gimenes.
Youse incentiva prevenção do câncer de mama com campanha #8pelaVida
A marca aposta no conceito de compartilhar ideias positivas em ações de comunicação
A Youse, plataforma de venda de seguros online da Caixa Seguradora, lança campanha #8pelaVida como parte do Outubro Rosa, mês internacionalmente conhecido pela prevenção ao câncer de mama. Desenvolvida pela agência Ana Couto, #8pelaVida trará uma série de ações durante todo o mês que abordarão o tema. Entre elas, uma Live que acontece no dia 30 de outubro com a médica do Inca (Instituto Nacional do Câncer), Fernanda Barbosa, mastologista e especialista na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças da mama e outras sete mulheres que, de alguma forma, já conviveram com o câncer de mama.
A ação é baseada na simbologia presente em diversas culturas, que atribui ao número oito a representação de autoconfiança, superação, crescimento, renovação, equilíbrio, plenitude e vitória. A Youse buscou nesses elementos a positividade necessária para estimular o poder da comunicação feminina e transformar cada mulher em influenciadora, capaz de levar para oito outras mulheres, a mensagem sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, criando o manifesto #8pelaVida que, em forma de vídeo, explica o conceito da campanha.
O manifesto que usa a mensagem “Histórias que refletem em outras mulheres” conta com a narrativa de Iraci, 52 anos, advogada. O filme busca, na simbologia dos espelhos, contar histórias de superação de sete outras mulheres que passaram pela mesma situação que Iraci. O vídeo manifesto é parte da campanha e está disponível no canal do Youtube da Youse:
De acordo com Érika Mello, gerente de marketing da Youse, a aposta da campanha é transformar a mulher no principal canal difusor da mensagem #8pelaVida. “Acreditamos que toda mulher naturalmente é uma influenciadora e, com uma conversa sincera, pode ajudar várias outras mulheres a se tornarem conscientes sobre a importância do acompanhamento médico para se ter uma vida mais saudável. Por isso, nossa ideia é que cada mulher alcance e divulgue para sua rede dicas e mensagens positivas para prevenção ao câncer de mama”, diz Érika.
Também como forma de levar informação sobre o tema, o time de Content Lab da Youse programou para outubro quatro outros materiais jornalísticos com entrevistas e dicas sobre o assunto. Os conteúdos estarão disponíveis no blog da Youse e serão replicados no Uol/Universia durante todo o mês. “Acreditamos no propósito de educar com informação e usaremos nossos canais para cumprir a missão de disseminar a informação em prol da luta contra o câncer de mama”, finaliza Érika.
Correntes nas redes sociais prejudicam prevenção correta do câncer de mama
Especialistas da Central Nacional Unimed alertam para os mitos e verdades propagados nas redes sociais sobre o câncer de mama
O “Outubro Rosa”, mês de combate ao câncer de mama, tem ganhado reforço nas redes sociais com a propagação de informações sobre a prevenção e os riscos da doença.
No entanto, a Central Nacional Unimed – maior operadora do Sistema Unimed – alerta para o perigo do compartilhamento de dados incorretos e orienta sobre os mitos e verdades do câncer mais acometido entre as mulheres.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, anualmente são registrados cerca de 60 mil casos de câncer de mama no Brasil. Segundo a gerente médica da Central Nacional Unimed, Gláucia Berreta Ruggeri, existe aumento pela busca de informações, principalmente neste período, mas o incentivo para a checagem dos dados ainda é pouco praticado.
Mito | Verdade |
Sutiã | |
lavar o sutiã evita o câncer de mama; evitar o uso de sutiã preto durante o verão; não usar sutiã enquanto dorme; não usar sutiã com arames com frequência;
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Manter a higiene das roupas íntimas é essencial, pois ajuda a evitar fungos, bactérias, infecções e doenças da pele. Não existem evidências que relacionem o risco do câncer de mama à higiene, ou a cor do tecido, sutiãs revestidos com arame. Dormir com sutiã pode ser desconfortável, mas não causa a doença.
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Seios | |
cubra o peito com algum lenço ou abrigo se estiver exposta ao sol; mulheres de seios pequenos têm poucas chances de desenvolver câncer de mama; homens não desenvolvem câncer de mama, pois não têm seios;
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A exposição dos seios ao sol deve ser feita com uso de protetor solar para prevenir o câncer de pele. Mamas grandes têm cinco vezes mais chances de desenvolver o câncer, de acordo com pesquisas. Especialistas chamam atenção para esses casos, pois a quantidade de tecido glandular pode dificultar a identificação de tumor durante os exames. O risco de um homem desenvolver câncer de mama é de 1 em 1000. Homens sobrevivem menos ao câncer de mama quando comparados às mulheres.
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Axilas | |
Use bicarbonato ao invés de antitranspirantes; não aplique desodorante antes de dormir | Antitranspirantes atuam nas glândulas que produzem suor. Não há relação de prevenção do câncer de mama com o uso do desodorante ou antitranspirante, pois o câncer se desenvolve nas células mamárias.
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Prevenção | |
Chá de graviola cura câncer | Ainda não há comprovação sobre a eficácia do chá de graviola contra o câncer de mama. A ingestão do chá durante o tratamento é tóxica para os rins e fígado e pode interferir no resultado dos medicamentos quimioterápicos. Médicos também alertam para a gravidade dos efeitos colaterais.
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Tratamento | |
Ter câncer é uma questão de sorte. Não tem como prevenir | Nos casos da pré-existência de câncer entre familiares, o monitoramento para detecção precoce é fundamental. A adoção de hábitos saudáveis ajuda a prevenir não só o câncer como outras doenças crônicas. Portanto, não fumar, evitar o consumo nocivo do álcool e praticar exercícios físicos são atitudes com impactos confirmados pela ciência. As orientações também incluem gerenciar o peso corporal, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo excessivo de carne animal, preferindo verduras, legumes e frutas.
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Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) promove ações para saúde da mulher em Petrópolis
Neste Outubro Rosa, a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) promoveu diversas atividades voltadas para a saúde no bairro Vale do Carangola, no município fluminense. A iniciativa contou com a parceria da Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos, no Dia D de Prevenção ao Câncer da Mulher, no último fim de semana. Ao mesmo tempo em que as atividades de conscientização eram desenvolvidas, médicos e enfermeiros realizavam consultas de avaliação da saúde mamária e exames preventivos de câncer de colo uterino, na Unidade de Saúde da Família do bairro, ao lado da escola.
Para Carlos Vinícius Leite, médico e professor da FMP/Fase, que participou dos atendimentos, a ação permitiu avaliar o andamento de projetos que a faculdade já realiza no posto de saúde da localidade. “A finalidade é melhorar o acesso dessas pacientes ao tratamento, tornando o diagnóstico mais rápido, para que consigamos diminuir esse espaço de tempo entre as detecções das alterações nos exames e as resoluções dos casos”, explicou.
Após a caminhada das mulheres pelas ruas da comunidade, as ações foram concentradas na Escola Municipal Lúcia de Almeida Braga, com rodas de conversa, atividades recreativas e esportivas para alunos e crianças e jovens da região, e também na Academia da Saúde, com conteúdo voltado para as mulheres adultas e idosas. A dona de casa Maria de Lourdes Sousa aproveitou para colocar os exames em dia: “Ano passado eu não fiz. Saio satisfeita, pois vai chegando a idade e aparece tanta coisa. Essa campanha é muito importante.”
Alunos da FMP/Fase participaram da organização de muitas dessas atividades do Dia D de Prevenção e também tiveram a oportunidade de conhecer mais de perto a realidade da comunidade. “Um dos princípios do SUS é a humanização. Aqui, a gente tem um contato direto com as pessoas, entra na casa delas, vê a realidade de quem vamos atender. Então, além de ver o paciente, a gente vê o ser humano”, contou Karine Peixoto, estudante do curso de Radiologia.
As ações contaram com o apoio de membros do Centro de Referência de Assistência Social do Vale do Carangola e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família da região.
Oficina de beleza promove o empoderamento de pacientes com câncer
Ação entre Instituto Quimioterapia e Beleza, Duda Molinos e Instituto Abihpec visa valorizar a beleza e autoestima
Em 22 de outubro, o Lab do Duda Molinos promoveu uma Oficina de Maquiagem para pacientes em tratamento de câncer. A ação é uma parceria do Instituto Quimioterapia e Beleza, o Programa De Bem com Você – A Beleza contra o Câncer, do Instituto ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) e do Duda Molinos.
A oficina gratuita visa ressaltar a beleza e melhorar a autoestima de mulheres com câncer e assim contribuir para o bem-estar de todas elas. “Qualquer evento que tenha como intuito principal a beleza e a autoestima das pessoas principalmente quando elas estão passando por um momento tão delicado da vida, como acontece no período de um tratamento oncológico é essencial. Acho fundamental engajar as pessoas a se doarem ao máximo, porque sabemos que quanto mais nos doamos, mas esses pacientes evoluem no tratamento”, comenta Duda Molinos, beautyartists.
O evento contou com a participação de 16 pacientes, que foram presenteadas com um nécessaire de maquiagem, para que elas possam replicar as dicas e técnicas em casa. “Esse evento para mim é sensacional. É um momento de conhecer pessoas, aprender e trocar informações sobre o tratamento. Estou me sentindo viva e ainda mais linda” relata Jane Silva, 41 anos, diagnosticada com câncer de pulmão.
“Contar com apoio de um profissional como o Duda Molinos é extremamente importante ainda mais pela vivência dele com a doença. Essa oficina contribui para o amadurecimento do ser humano, além de fortalecer e trazer mais segurança para a sociedade que passa a encarar o tratamento do câncer com autoestima e muito mais esperança. Durante a oficina elas esquecem todos os problemas, elas se divertem e ficam ainda mais lindas, e isso é muito gratificante”, declara Flávia Flores, fundadora do Instituto Quimioterapia e Beleza.
Endocrinologista alerta sobre a relação da obesidade com o desenvolvimento do câncer de mama
Estudo realizado na Dinamarca, mostra que mulheres com IMC maior que 30 podem apresentar tumores maiores e mais agressivos
Apesar da influência da obesidade no prognóstico do câncer de mama ainda ser um assunto polêmico e controverso, já existem alguns estudos que apontam a relação da obesidade com o aumento da probabilidade de morte por câncer de mama.
Vários estudos foram feitos e alguns deles apresentaram indicações de quanto maior o índice de massa corpórea (IMC), maior a probabilidade de desenvolver o câncer de mama. Um dos estudos sobre assunto, considerado o mais completo já relatado, foi realizado na Dinamarca. Foram acompanhadas 18.967 mulheres operadas de câncer de mama, por um período de 30 anos.
Durante esse período de estudo, ao comparar às mulheres com IMC maior que 25, com as que apresentavam o IMC maior que 30 e que geralmente estavam na menopausa, foi observado que esse segundo grupo apresentava tumores maiores, mais agressivos e com comprometimento mais extenso dos linfonodos da axila.
Outro dado importante, foi que o risco de metástases em órgãos distantes também teve relação direta com o ganho de peso. Após 10 anos da cirurgia, mulheres acima do peso, apresentaram mortalidade 46% maior quando comparadas às mulheres que estavam com o peso normal.
Segundo Flávio Madruga, médico especialista em nutrologia e medicina do esporte, os maus hábitos alimentares da vida moderna estão diretamente relacionados à maior incidência de casos de câncer. “Não só os produtos repletos de agrotóxicos, como os vegetais vendidos no supermercado, mas também o excesso de açúcar, corantes, conservantes e gorduras trans dos alimentos ingeridos diariamente são grandes causadores de tumores”.
O especialista Dr. Flávio Madruga, ainda afirma que a alimentação com base em fast food, muito comum no dia a dia de grande parte da população, é pobre em fibras e isso enfraquece as paredes do intestino deixando o corpo mais suscetível ao desenvolvimento de tumores. “Fast food também contém gorduras trans e essas são um fator de risco para câncer não só de mamas, mas também de pâncreas, vesícula biliar, esôfago e rins”, afirma o nutrólogo.
A dica do Dr. Flávio para diminuir os riscos de desenvolver não apenas o câncer de mama, mas muitos outros que podem estar relacionados ao aumento de peso, é a prevenção e os cuidados com a alimentação. “Procure ter uma alimentação saudável, como legumes e verduras orgânicos, evite consumir industrializados e, sempre que possível, opte por comida preparada em casa, livre de aditivos químicos e com moderação na adição de sal. Isso com toda certeza irá lhe trazer uma vida mais saudável e longa”.
Dicas importantes para prevenir o câncer de mama:
1. Faça o autoexame das mamas mensalmente, de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação. Cerca de 90% dos tumores são detectados pela própria paciente;
2. Procure sua ginecologista para saber qual é o melhor momento e a frequência para se fazer exames como ultrassom e mamografia. Eles, quando feitos regularmente, ajudam a detectar os tumores na fase inicial.
3. Mantenha o peso ideal, principalmente na menopausa. A Agência Internacional de Pesquisas em Câncer estima que cerca de 25% dos tumores de mama no mundo sejam decorrentes de obesidade e sedentarismo, o que significa que nem sempre a doença está relacionada apenas com a hereditariedade, como muitos acreditam;
4. Reduza o consumo de álcool. Já existem pesquisas que apontam que o consumo de uma dose de álcool por dia aumenta em 5% o risco de desenvolver câncer de mama. Se a dose sobe para 3 ou mais, o risco aumenta para 50%. O álcool aumenta os níveis do estrogênio, principal hormônio envolvido na multiplicação das células tumorais nas mamas.
5. Pare de fumar! O cigarro é um dos maiores vilões para a saúde e um dos grandes causadores de vários tipos de câncer (pulmão, boca, estômago, laringe e pâncreas). Estudos mostram que fumar mais de um maço de cigarros por dia durante 10 anos aumenta em 60% a chance de ter um câncer de mama após os 44 anos.
6. Pratique atividade física. O exercício aeróbico impacta diretamente na maneira como o corpo decompõe o estrogênio (principal hormônio envolvido no câncer de mama);
Com tantos dados, pesquisas, estudos e opiniões médicas sobre o assunto, fica mais do que claro que a obesidade é maléfica à saúde como um todo. Estar acima do peso é muito mais do que uma questão estética. Se manter em forma, se alimentar direito e ter uma vida ativa, significa maior longevidade e uma diminuição significativa nos riscos de desenvolver doenças graves como câncer, diabetes, hipertensão e cardiovasculares.
Jamef e Instituto Amor em Mechas juntas na prevenção do câncer de mama
A filial de São Paulo da Jamef realizou um evento para marcar seu apoio à prevenção do câncer de mama com as 168 colaboradoras da unidade.
O evento realizado internamente contou com a palestra da empreendedora social Débora Pieretti, fundadora do Instituto Amor em Mechas, que tem o objetivo de distribuir perucas gratuitamente para mulheres em tratamento oncológico que não tenham condições de comprá-las. São chamados de Kits do Amor, onde além do acessório, elas ganham bijuterias, maquiagens, lenço e um livro.
Apoiando a iniciativa, o salão Beleza Bistrô, enviou uma profissional para realizar o corte das mechas de cabelos para a doação.
Para o setor de Saúde e Segurança do Trabalho da Jamef, esse evento teve o objetivo de ampliar a consciência das colaboradoras e fazê-las multiplicadoras da importância da prevenção. Medidas simples, uma vez por mês, podem ajudá-las a perceber uma alteração na mama e a partir daí a busca por ajuda especializada.
“Estamos empenhados em apoiar as mulheres e a todos para que coloquem sua saúde como prioridade. É de suma importância a elas próprias, às suas famílias e pessoas de seu convívio. No que depender de nós, elas terão informação e apoio sempre que precisarem”, finaliza Fernando Borges, diretor de Gente & Gestão da Jamef.
Presente no evento de dois dias, a UBS Carandiru participou da jornada com várias palestras e informações.
“Fake news” reforçam mitos sobre câncer de mama e prejudicam a saúde das mulheres
Uma notificação invade a tela do celular e a mensagem de texto logo atrai o olhar. Ela é personalizada: com palavras em negrito, várias cores, diversos emojis e com tópicos puxados por ícones. No conteúdo, textos que vão de dicas, sintomas, tratamentos, prevenção até diagnósticos sobre o câncer de mama. Contudo, em sua maioria, não são verdadeiros. As “fake news” [notícias falsas] que circulam sobre o tema parecem infinitas, bem como a imaginação de quem as origina.
Se por um lado o advento da internet facilitou o acesso à informação e uniu as pessoas, por outro está cada vez mais complicado encontrar conteúdo de qualidade e “verdadeiro”. Afinal, qualquer indivíduo leigo pode (re)produzir essas informações, que acabam sendo disseminadas em alta velocidade e contribuem para fortalecer novos e velhos mitos sobre o câncer.
Conforme alerta o oncologista clínico do Santa Rosa Onco, do Grupo Santa Rosa, Geraldo Alves de Paula Neto, boatos e notícias falsas andam na contramão da informação precisa e prejudicam tanto o diagnóstico precoce da doença quanto o tratamento.
“A oncologia trabalha com o câncer, que é uma doença estigmatiza pela sociedade. Com a disseminação de conteúdos na internet, muitas informações falsas e superestimadas são transmitidas por meio das redes sociais e se espalham de forma assustadora. Isto deixa muitos pacientes e familiares – que já estão sensibilizados pela notícia de um câncer – ainda mais assustados e com medo. Muitas vezes, isso faz com que desistam do tratamento sem ao menos começar”, ressalta.
Geraldo complementa que esse temor também acaba por atrapalhar a população, até mesmo, a fazer o rastreamento de rotina. “O câncer de mama não é um mostro com você. Ser um monstro com você é não cuidar da sua saúde. No caso de câncer de mama, o rastreamento deve ser feito a partir dos 40 anos. Mas, para aquelas mulheres com história familiar de câncer de mama e/ou mutação do BRAC1 e/ou BRCA2, isso deve ser iniciado a partir dos 25 anos”, enfatiza.
EVOLUÇÃO – O oncologista clínico reforça que, na direção oposta dessa avalanche de informações falsas que circulam na internet, o tratamento do câncer de mama evolui com a mesma velocidade e se torna – cada vez mais – personalizado para cada paciente. Tal avanço também ocorre com o rastreamento, que passa a ser ainda mais baseado no perfil genético – o que reitera a importância de se procurar um médico para esclarecer dúvidas e conduzir ao melhor horizonte possível.
“Por exemplo, um caso que se tornou público e evidenciou todo o avanço na área de tratamento e prevenção do câncer de mama e também sobre a importância do acompanhamento precoce foi o da atriz Angelina Jolie, cuja mãe faleceu por conta de um câncer de ovário – uma neoplasia ginecológica que também pode ser causada pela mutação do BRCA1 e BRCA2. Angelina procurou um médico especialista, que diagnosticou a mesma mutação da mãe”, relembra.
Geraldo sinaliza que, à época, a atriz foi submetida aos procedimentos de mastectomia [retirada das mamas] bilateral e salpingo-ooforectomia [retirada das trompas de Falópio e ovários]. “Isso reduziu os riscos de sofrer de câncer de mama e de ovário em mais de 90%. Além de que o fato dela colocar próteses de silicone mamárias ficam muito melhor esteticamente do que após um tratamento oncológico”, pondera.
Segundo o oncologista clínico, vale enfatizar que – atualmente – o tratamento do câncer de mama, bem como toda a oncologia em si, avança de forma substancial. “O que nos permite ter taxas de curas incríveis e, para aqueles casos em que a cura não é possível, tornam a doença crônica e, muitas vezes, as pacientes conseguem manter até suas atividades laborais”, finaliza.
Oncologia D’Or e Flamengo se engajam na luta contra o câncer de mama
A Oncologia D’Or e o Flamengo vão entrar em campo unidos pela luta contra o câncer de mama. Em 27 de outubro, no intervalo do jogo entre o Rubro-negro e o Palmeiras, 20 pessoas vestindo a camisa da campanha “Peitos – É isso mesmo, só queremos chamar a sua atenção” vão ocupar os gramados do Maracanã para conscientizar os torcedores e o público que estiver assistindo a partida de casa sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O capitão do time carioca usará uma braçadeira rosa confeccionada especialmente para a campanha Outubro Rosa. O Maracanã também será iluminado de rosa e haverá um estande no estádio com profissionais para tirar dúvidas da população.
As ações fazem parte da campanha “Peitos”, criada pela Oncologia D’Or há três anos. Dessa vez, a iniciativa recebe o importante reforço do clube com a maior torcida de futebol do país. O câncer de mama é o segundo tumor mais frequente no mundo e o que tem maior incidência nas mulheres. A estimativa é de 60 mil novos casos por ano somente no Brasil. Quando descoberto no início, a doença tem até 95% de chance de cura.
Alimentação adequada pode contribuir para a prevenção do câncer de mama e auxiliar no tratamento
Nutricionista do Hapvida destaca que uma boa nutrição ainda ajuda no processo de crescimento do cabelo
A adoção de uma dieta balanceada contribui para o bom funcionamento do organismo e, dessa forma, está diretamente ligada à prevenção de uma série de doenças, entre elas o câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida. São responsáveis por até 20% dos casos da doença nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença.
O consumo excessivo de alimentos processados, frituras, gordura vegetal hidrogenada (gordura trans), sal, açúcar e adoçantes artificiais pode aumentar o risco da incidência da doença. Já uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos e oleaginosas – castanhas, nozes, pistache e amêndoa – faz o efeito oposto, fortalecendo o corpo. Couve, brócolis, repolho e couve-flor são alimentos chamados de crucíferas, que desempenham papel fundamental na proteção do organismo por possuir propriedades antioxidantes.
Nos casos de tratamento de câncer de mama, a nutricionista Islayne Nogueira, do Hapvida Saúde, dá dicas sobre a escolha dos alimentos e o modo de preparo. “Os ácidos graxos ômega 3, que podem ser encontrados no salmão e na sardinha, estão relacionados com a redução das células cancerosas. E as melhores formas de preparo, seja de carne vermelha ou branca, são assadas, cozidas e ensopadas”, afirma.
A nutricionista também ressalta a importância da boa alimentação para o crescimento do cabelo após o tratamento do câncer. “A nutrição é fundamental para a saúde dos fios porque a raiz recebe irrigação sanguínea. Como o cabelo é formado por 88% de proteína, é fundamental o consumo de alimentos de origem animal como leite, ovos e carnes, e vegetal como feijão, soja ervilha, grão de bico e aveia”, explica Islayne.
Os outros 12% da composição dos fios vêm de diferentes nutrientes que também auxiliam no tratamento. São eles: biotina, cobre, zinco, ferro, silício, betacaroteno, vitaminas do Complexo B, vitamina C e vitamina E. O consumo de água, para hidratação dos fios, e de alimentos com ação anti-inflamatória, para evitar a queda de cabelo, também é recomendável.
Inédita no Brasil, cirurgia minimamente invasiva para retirada do câncer de mama preserva tamanho e formato dos seios
Indicada para retirada de tumores de até 2 centímetros, procedimento criado por Silvio Bromberg, mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein, tem cicatriz invisível e garante a autoestima das mulheres
Cicatriz invisível e seios que parecem nunca terem sofrido com a remoção de um câncer. Isso tudo sem precisar passar por plástica mamária ou cirurgias reparadoras. Estes são os benefícios da Prime Incision, técnica de cirurgia minimamente invasiva desenvolvida pelo mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Silvio Bromberg. Inédito no Brasil, este tipo de cirurgia foi realizado em 30 pacientes do hospital como parte de um estudo publicado em janeiro pela revista científica norte-americana PLOS ONE, com o objetivo de evidenciar a segurança oncológica e os resultados estéticos na comparação com a cirurgia convencional de conservação da mama.
Cerca de 60 mil brasileiras serão diagnosticadas com câncer de mama em 2018, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Salvo pouquíssimas exceções, o procedimento cirúrgico para a retirada do tumor é rotina no tratamento e, na maioria dos casos, procedimentos de reparação e reconstrução são necessários. No entanto, dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) mostram que entre 2008 e 2015 somente 20% das 95,5 mil mulheres que fizeram a cirurgia de mastectomia passaram por cirurgia de reconstrução.
A Prime Incision, indicada para a remoção de tumores de até 2 centímetros de diâmetro, elimina a necessidade de cirurgia de reparação. Isso porque o método preserva o formato e tamanho dos seios e a única cicatriz resultante é quase imperceptível aos olhos. “Esta é uma alternativa para quem busca o mínimo de cicatriz ou está satisfeita com suas mamas. É uma cirurgia com ótimo resultado estético e de grande importância do ponto de vista da autoestima da mulher principalmente em um momento tão delicado”, explica Silvio Bromberg.
Enquanto as cirurgias convencionais requerem duas incisões – uma para a remoção do tumor no seio e outra na axila para a remoção do linfonodo sentinela –, na técnica desenvolvida pelo mastologista do Einstein é feito apenas um pequeno corte no seio, na axila, auréola ou no sulco da mama, por onde é feita tanto a retirada do tumor quanto do linfonodo. Para isso, são usados instrumentos cirúrgicos (pinças e afastadores, por exemplo) mais longos, com cerca de 30 centímetros – quase dez a mais que os convencionais.
A pesquisa comparou 34 cirurgias minimamente invasivas com 26 convencionais entre 2013 e 2016. Embora a duração do procedimento seja um pouco maior, a cicatrização e a segurança do paciente são idênticas. “Não parece que ela fez uma cirurgia. A mama continua igual antes. É importante para mulheres que estão satisfeitas com a mama e não querem ser lembradas que passaram por um procedimento cirúrgico”, explica Bromberg.
De acordo com levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, com base em dados do Ministério da Saúde, cerca das 55% das pacientes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são tratadas quando os tumores de mama estão em estádios avançados. Ou seja, são maiores que 5 centímetros. Já no Hospital Israelita Albert Einstein, as pacientes diagnosticadas com câncer de mama apresentam tumores no estádio 1, com tamanho médio de 1,6 centímetros.
“Podemos dizer que é o estágio inicial e com indicação para o procedimento minimamente invasivo. Mas esta não é a realidade nacional e de atendimentos do SUS, em que o câncer é detectado em estágios mais avançados. Por isso temos sempre que lembrar sobre a importância dos exames para a detecção precoce da doença”, ressalta Bromberg.
Para se ter uma ideia, estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Cancerologia com 12.689 pacientes de até 40 anos com câncer de mama inseridas entre 2000 e 2009 no Módulo Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer e no Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo, entre 2000 a 200 mostrou que: 38,8% tinham tumor no estádio 2 (de 2 a 5 centímetros) e 21% no estádio 3 (superiores a 5 centímetros). Mulheres com tumor em fase inicial, de até 2 centímetros representavam 16,9%.
Link da publicação: journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0191056
Números do câncer de mama:
- É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil;
- Representa 28% dos casos novo de câncer;
- A estimativa é que 59.700 pessoas no Brasil sejam diagnosticadas com câncer de mama em 2018;
- De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, 55% das mulheres atendidas com pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em 2016 estavam em estádios avançados do câncer, ou seja, com tumores maiores que 5 centímetros de diâmetro.
- 14.206 mulheres morreram em 2013 (dados mais recentes) mostram que 14.388 pessoas (sendo 181 homens) morreram em decorrência do câncer de mama
Humanização do tratamento de câncer de mama é grande aliado no combate à doença
No Outubro Rosa, médicas do Grupo Oncoclínicas ressaltam o quanto os cuidados com a saúde física e mental são essenciais no processo de recuperação e dão dicas de como familiares e amigos podem ajudar
A cada ano, a luta contra o câncer de mama conta com um importante aliado: o Outubro Rosa, um mês inteiro dedicado à conscientização, à prevenção e ao diagnóstico da doença. A campanha chama a atenção para diferentes estágios do câncer de mama e seus procedimentos adequados, sendo que um deles tem merecido atenção especial: a humanização do tratamento. Muitos oncologistas e psicólogos especialistas na área observam o equilíbrio psicoafetivo como aliado e agente motivador dos pacientes.
“Estados depressivos ou eufóricos em excesso podem causar redução de imunidade e surgimento de outras doenças associadas (comorbidades). Por isso, um tratamento com foco na humanização tem mais chances de êxito. Todos os pacientes, falando especificamente os de câncer de mama, devem ser tratados como um indivíduo único e inteiro, considerando sua condição física, emocional e social”, salienta a oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico – unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro, Susanne Crocamo MD, PhD.
Segundo a especialista, o equilíbrio emocional é extremamente importante para o tratamento do câncer de mama. “Quanto mais confiança e segurança o paciente sentir em relação ao seu médico, ao tratamento e à equipe multidisciplinar que o acompanha, melhores serão os resultados, em relação à eficácia do combate à doença e a possíveis efeitos colaterais”, diz.
Apoio familiar e de amigos
O suporte familiar e apoio dos amigos têm efeito igualmente positivo no tratamento de pacientes com câncer de mama, mas deve ser manifestado e compartilhado com cautela e delicadeza: “Os sentimentos e a vontade do paciente devem ser compreendidos e considerados, porém, o ideal é não supervalorizar e nem desvalorizar a situação. Sempre que possível, mencione outros assuntos que promovam o bem-estar e que não tenham somente a doença como foco”, orienta Susanne MD, PhD.
“É, também, importante compreender momentos de desânimo e tristeza, sem julgamentos. Ser uma boa companhia, dando carinho, atenção e segurança ao paciente, também é um forte incentivo dessa fase. O paciente deve se sentir esperançoso, olhando para si mesmo e para sua realidade com tranquilidade”, completa a médica.
Prevenção, sintomas e principais fatores de risco
Tão imprescindível quanto o conhecimento dos sintomas e das formas de prevenção com promoção de saúde, é divulgar os fatores de risco e a necessidade de estar em dia com o autoexame. “Todas as mulheres podem e devem fazer o autoexame, mas tal prática não exclui a obrigatoriedade dos exames de imagem como ultrassonografia das mamas e mamografia – que tem indicação anual após os 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia”, orienta a diretora e oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico – unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro, dra Vera Lúcia Teixeira.
“Também é muito importante conhecer os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, como sedentarismo, sobrepeso e obesidade, consumo de bebida alcoólica, tabagismo, exposição à radiação ionizante, histórico familiar genético (que corresponde de 5% a 10% do total de casos), reposição hormonal e uso de contraceptivos (embora muitos estudos sobre o tema tenham resultados controversos, a OMS considera como fator de risco)”, observa a médica.
Estar alerta a sintomas também é uma forma eficaz de combate ao câncer de mama: “Nódulos nas mamas e/ou axilas e pescoço, assimetria das mamas com alterações de pele, como vermelhidão, edema que faz lembrar casca de laranja e retração e drenagem de secreção pelos mamilos são os principais indícios. Popularizar os sintomas, as formas de prevenção e disseminar e reforçar sempre a importância de bons hábitos de saúde – como prática de exercício físico e alimentação saudável – são tão fundamentais quanto conhecer os fatores de risco”, explica dra. Vera.
Câncer de mama é o segundo mais frequente em mulheres e raro entre os homens
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que o câncer de mama feminino é responsável por 28% dos casos novos a cada ano. A estimativa é de 59.700 ocorrências em 2018 e 14.388 óbitos, sendo 181 casos são relativos ao câncer de mama masculino (2013).
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Comparativamente raro antes dos 35 anos, sua incidência aumenta progressivamente acima dessa idade, em especial após os 50 anos. O câncer de mama masculino é raro, tem um pico de incidência em pacientes com mais de 60 anos e representa apenas 1% do total de casos da doença.
“Por ser pouco comum, o câncer de mama em homens costuma ter diagnóstico tardio pelo desconhecimento da possibilidade da doença e a consequente falta de atenção aos sintomas. A apresentação mais comum do câncer de mama masculino é com nódulo endurecido na região mamária ou na axila, que pode ou não atingir a pele e provocar uma ferida”, finaliza a oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico.
Ateliê Mariana Junqueira e Estúdio Tetê Castanha se unem e apoiam evento do Instituto do Câncer de São Paulo
Anualmente, o Icesp convida pacientes a subirem em uma passarela para desfile comemorativo a campanha Outubro Rosa
O Ateliê Mariana Junqueira e o Estúdio Tetê Castanha estão juntos, mais uma vez, em pró de mais uma causa nobre e desta vez apoiarão o evento “Passarela em Tons de Rosa”, que acontece em 30 de outubro, a partir das 11h, no hall de entrada do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Icesp.
O desfile trará 44 pacientes como modelos, que receberão flores e bombons artesanais de chocolate durante a passagem pela passarela, oferecidos pelas duas empresas. Esta ação tem a proposta de presenteá-los, e também apoiá-los no tratamento. A promoção do desfile é uma parceria do hospital, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, com a Faculdade de Moda Santa Marcelina.
No Brasil, as estimativas para 2018-2019 apontam a ocorrência de aproximadamente 59.700 novos casos de câncer de mama em cada ano do biênio, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.
O objetivo do desfile é chamar a atenção da população para a prevenção e conscientização da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Para isso, os 100 alunos de moda envolvidos no projeto, assumiram a missão de confeccionar as roupas para o desfile. Ao longo dos últimos meses, estiveram dentro do hospital para conhecer bem de perto seus 44 “modelos”, seus gostos e estilo, além de pegar as medidas e detalhes necessários para a produção das peças personalizadas.
No Icesp, de 2009 a 2017, uma média de 13 mil pacientes passaram pelo tratamento de câncer de mama, sendo que menos de 1% deste total são homens, em sua grande maioria acima de 60 anos. Mulheres de até 29 anos representam apenas 0,29% do total, as de 30 a 59 anos são 41,5%. A maioria, com 58,1%, são mulheres acima de 60 anos.
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo fica na avenida Dr. Arnaldo, 251, Cerqueira César (próximo à estação Clínicas, na linha verde do metrô).
Conheça os desafios de quem convive com câncer de mama em estágio avançado
Campanha Outubro Rosa Choque promove o protagonismo de pacientes no seu tratamento e na sua vida
Em outubro, a sociedade se une para alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. No Brasil, estimativas do INCA – Instituto Nacional do Câncer indicam mais de 57 mil novos casos a cada biênio. Mas pouco se fala sobre câncer de mama avançado, que ainda é responsável por quase 40% dos casos no país.
Até receber o diagnóstico, Regiane Costa, 40 anos, sabia quase nada sobre o câncer. Como não conhecia outros casos, as informações que recebia eram apenas de seu médico. “E médico, se você não perguntar, fala muito pouco”, comenta. Quando conheceu o Instituto Oncoguia, ela descobriu o que era ser uma paciente participativa. “Se o tratamento é meu, se a vida que interessa é a minha, quanto mais informação eu buscar, melhores decisões eu tomo. Essa visão mudou a minha vida em todos os aspectos”, conta.
A humanização e o empoderamento da paciente é tão importante quanto os avanços da medicina personalizada, que traz mais conforto e eficiência no tratamento. Um relacionamento transparente e de confiança é fundamental para que não haja dúvidas ao longo da jornada e para que médicos e pacientes possam, juntos, tomar a melhor decisão no tratamento.
Existem várias condições que contribuem para que o câncer de mama retorne e gere metástase. A biologia e características do tumor, e o estágio em que ele se encontra no momento do diagnóstico são os principais fatores, podendo variar de pessoa para pessoa. Apesar de hoje existirem tecnologias que possibilitam o tratamento do câncer de mama metastático, ainda existe um estigma muito grande e, por isso, pacientes e suas famílias podem ter dificuldade na hora de encarar o diagnóstico.
Para o Dr. Raphael Brandão, chefe da Oncologia do Américas Oncologia em São Paulo, a medicina moderna possibilitou tratar o câncer metastático como uma doença crônica. “Hoje, a palavra câncer metastático já não descreve de forma satisfatória a doença. Existem vários subtipos de câncer e, quando identificamos as características especificas da doença, conseguimos tratá-la, controlando os sintomas, melhorando a qualidade de vida da paciente e oferecendo anos de sobrevida”.
O médico explica que existem, pelo menos, quatro grandes subtipos de câncer de mama. “Ao receber o diagnóstico de câncer de mama, paciente e médico precisam se unir e investigar todas as informações possíveis sobre a doença. Por exemplo, entender se o câncer tem componente hormonal (HR+) e características agressivas é fundamental para traçar uma estratégia com terapia-alvo”, exemplifica o médico. Dados recentes de uma pesquisa do Instituto Oncoguia revelam que 20% das pacientes não fazem ideia de qual é seu subtipo de tumor de mama.
É a genética do tumor que define o tipo de câncer de mama e auxilia o médico na decisão do melhor tratamento. Os receptores hormonais (RH) e o receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2) são proteínas importantes e definem quatro tipos de câncer de mama. “Câncer de mama avançado não é tudo igual. Para cada tipo existe um tratamento e novas possibilidades. Ao fazer essa identificação, é possível indicar tratamentos mais modernos, como a terapia-alvo que age em alvos específicos e pode oferecer mais qualidade de vida e menor impacto na rotina das pacientes”, finaliza o especialista.
Prevenção ao câncer de mama é tema de palestras no Huapa
O Hospital Estadual de Urgências de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Huapa), da SES – Governo de Goiás, por meio do seu Serviço Social e Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), realizou nos dias 25 e 26 de outubro, no auditório da unidade, palestras em alusão à campanha Outubro Rosa.
No dia 25 de outubro, o médico do trabalho do Huapa, Alibert de Freitas Chaves, ministrou palestra sobre como prevenir o câncer de mama. Já no dia 26, a nutricionista do hospital, Maísa Dias, falou sobre a alimentação como forma de prevenção. “A má alimentação é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Alimentos que contêm antioxidantes como frutas vermelhas, gengibre, açafrão, casca de cebola, chá verde e outros podem inibir ou retardar a carcinogênese. Além disso, é muito importante ingestão adequada de alimentos fontes de fibras (frutas e verduras), água, evitar consumo elevado de proteína animal e sal. A prática de atividade física tem papel fundamental e pode reduzir em 23% o risco de câncer de mama”, explicou a profissional.
Câncer de mama é tema de palestra no Hospital Estadual Materno-Infantil
Na manhã de 30 de outubro, os colaboradores do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), de Goiânia (GO), lotaram o auditório da unidade, que estava decorado com a cor característica da campanha Outubro Rosa, para participarem de palestra de conscientização sobre o câncer de mama. Organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do hospital, o evento foi aberto pelo diretor geral Márcio Gramosa, que ressaltou a importância dos exames de prevenção. “É algo que precisa ser feito com frequência. Digo isso pois estou passando por um caso de câncer na família. É uma doença silenciosa que, quanto mais tardia for a descoberta, menores as chances de cura”, destacou.
Em seguida, os presentes se emocionaram com o depoimento da servidora Izaura Rodrigues, que trabalha no HMI há 40 anos e relatou sua experiência com o câncer. “Sempre fui muito cuidadosa com a minha saúde e, mesmo sendo muito assídua com os exames, foram encontrados alguns nódulos na minha mama direita em 2012, mas não era grave. No ano seguinte, durante um check-up, o meu mastologista encontrou anormalidades nas minhas mamas. Ele me passou vários exames para me dar a certeza da doença. Fiquei anestesiada naquele dia”, relatou a servidora, que está curada, mas ainda terá que se medicar contra o câncer até 2023.
O residente em Mastologia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), Gustavo Queiroz, expôs dados sobre o câncer de mama, como taxa de sobrevivência; fatores de risco; classes do câncer; tipos de prevenção; a importância do auto-exame; tratamentos; e cirurgias reparadoras. “Nós, profissionais da saúde, não podemos deixar os mais próximos sem esse tipo de informação. As pacientes diagnosticadas com câncer de mama merecem todo o nosso carinho e total atenção. Não é algo fácil! Vamos tentar evitar que algo simples se torne grave”, finalizou. O evento ainda contou com a apresentação musical das colaboradoras da unidade, Thays Cambotta e Fernanda Guimarães, além do tradicional registro fotográfico na entrada do HMI com os participantes vestidos com camiseta em homenagem à campanha.
‘Várias histórias me marcaram’, diz voluntária do Canto Cidadão que atua no Pérola Byington
Quando a doutora Panquequita entra na sala, as pacientes do Hospital Pérola Byington, de São Paulo (SP), já sabem que o momento será de muita alegria e sorrisos. E é com a missão de levar bom humor para mulheres que enfrentam diversas dificuldades – dentre elas, a luta contra o câncer de mama – que essa integrante da equipe de Doutores Cidadãos trabalha.
Por trás do jaleco e do nariz de palhaço está a coordenadora administrativa Jéssica Hardt, de 35 anos. Voluntária desde 2005 na ONG Canto Cidadão, Jéssica usa a palhaçaria hospitalar para animar a rotina dessas mulheres, que têm histórias tão sofridas, através da promoção de bons encontros com cada uma delas, levando alegria e esperança em meio a um quadro clinico tão difícil.
“Em todo esse tempo de voluntariado, várias histórias me marcaram”, conta Jéssica. “No Hospital Pérola Byington, as pacientes se ajudam, dando força à outra e, muitas vezes, se tornam amigas e confidentes. Isso tudo contribui para tornar o ambiente acolhedor e também colabora de forma positiva para o tratamento delas”.
Jéssica sentiu na pele o quanto a experiência do voluntariado é transformadora e poderosa. ”A partir do momento em que você se doa, você passa a não olhar apenas para si, mas se propõe a entender o mundo de alguém. Eu posso, de alguma forma, transformar a vida de outra pessoa, trazendo algo de bom”, conta.
Ser voluntária para ela é um eterno aprendizado. “É inexplicável o poder que os Doutores Cidadãos têm de, com um olhar, tocar o outro”, finaliza.
Grupo Fleury realiza 3.700 exames gratuitos pelo País na ação ‘Domingo Rosa’
Em 21 de outubro, o Grupo Fleury realizou uma ação social para incentivar a prevenção do câncer de mama por meio de suas marcas pelo país: o ‘Domingo Rosa’. Foram realizados 3.688 exames gratuitos em oitos estados simultaneamente para aproximadamente 1.000 pacientes, sendo tanto testes de imagem voltados à saúde da mulher – mamografia, ultrassonografia, colposcopia, Papanicolau, ressonância magnética e densitometria óssea – como testes da área de medicina fetal, cardiologia e de análises clínicas. A iniciativa foi realizada com mais de 500 voluntários espalhados pelo Brasil em conjunto com instituições parceiras que cadastraram e agendaram os pacientes previamente.
Na região Sudeste, foram 1.227 exames para 483 pessoas no total. Em São Paulo, 360 pacientes previamente cadastrados do Hospital São Paulo (Unifesp) e do Instituto Horas da Vida realizaram 1.075 exames nas unidades a+ Medicina Diagnóstica Santo Amaro e Fleury Medicina e Saúde República do Líbano II. No Rio de Janeiro, a Clínica Felippe Mattoso realizou 152 exames para 123 pacientes por meio da parceria com o Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas (GAMM), dos Morros do Salgueiro e dos Macacos.
Já no Nordeste, os exames realizados somaram 655 e mais de 100 atendidos. A Diagnoson a+, em Salvador (BA), ofereceu 261 exames a quase 80 pacientes junto ao Lar Vida – Valorização Individual do Deficiente Anônimo e Faculdade Ipemed de Ciências Médicas. A a+ Medicina Diagnóstica em Recife (PE) atendeu 27 pacientes em sua Unidade Conselheiro Aguiar para a realização de 58 exames. E no Instituto de Radiologia de Natal foram 336 exames de imagem em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte.
No Centro-Oeste foram 51 atendimentos e 1.040 exames de análises clínicas e de imagem por meio da Unidade Brasília Sul da marca a+ Medicina Diagnóstica, no Distrito Federal, para pacientes previamente cadastrados da Associação Brasiliense de Apoio ao Paciente com Câncer (ABAC).
E, na região Sul do País, a unidade dos laboratórios Serdil e Weinmann, no Rio Grande do Sul, e a unidade Batel da a+ Medicina Diagnóstica, no Paraná, atingiram a marca de 366 exames realizados e 86 pacientes das UBS-Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre, Canoas e Sapucaia do Sul (RS) e Unidades Básicas de Saúde da região de Curitiba (PR).
Na Unidade de São José dos Pinhais da a+ Medicina Diagnóstica, região metropolitana de Curitiba, a ação continua até o final do mês – realizando, ainda, segundo estimativa, mais 200 exames de papanicolau e 200 testes GBS para gestantes – bactéria que existe naturalmente na flora da vagina e do intestino e que pode ser transmitida ao recém-nascido durante o parto.
“É com satisfação que nos mobilizamos para promover saúde e bem-estar, levando exames e assistência básica de qualidade para os pacientes. O Outubro Rosa é uma oportunidade para estimular o voluntariado e fomentar qualidade de vida e promoção à saúde, premissas alinhadas à missão do Grupo Fleury”, comenta Daniel Périgo, gerente sênior de Sustentabilidade do Grupo Fleury.
IESS registra ligeira queda no número de mamografias no último ano
Análise especial mostra assistência à mulher na saúde suplementar com dados relativos ao câncer, partos e métodos contraceptivos
Após sucessivos aumentos nos últimos anos, cai o número de mamografias entre beneficiárias de planos de saúde na faixa etária prioritária, de 50 a 69 anos. Os dados fazem parte da publicação inédita “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2011 e 2017”, produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). De acordo com o estudo, o número de mamografias realizadas pelos planos de saúde a cada grupo de 100 beneficiárias vinculadas a planos médico-hospitalares da faixa etária definida como prioritária pelo Ministério da Saúde registrou ligeira queda de 48,6, em 2016, para 47,9 em 2017.
No mesmo período, no entanto, as internações relacionadas ao câncer de mama feminino aumentaram de 36,5 mil internações para 40,9 mil, ou seja, crescimento de 12,1%. O tratamento cirúrgico de câncer mama feminino na saúde suplementar atingiu 17,4 mil cirurgias em 2017, um aumento de 8,3% quando comparada com o ano anterior. “Estudo que fizemos no último ano sobre a saúde da mulher mostrou avanço considerável no número de exames para diagnóstico do câncer de mama, provavelmente em função de campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa”, aponta Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS. “Apesar de ser o único método eficaz de confirmação do câncer de mama, a mamografia também oferece riscos para as mulheres e não deve ser usado de maneira imprudente”, argumenta.
Carneiro destaca que ações de promoção da saúde, como a desenvolvida há 15 anos com o Outubro Rosa, são fundamentais tanto para cuidar das pessoas quanto para assegurar a sustentabilidade da saúde suplementar. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 59,7 mil novos casos de câncer de mama serão registrados no biênio 2018/2019. O número é ainda mais preocupante porque a taxa de mortalidade é alta: no proporcional por câncer em mulheres, os óbitos por câncer de mama ocuparam o primeiro lugar no país, representando 15,7% do total de óbitos entre 2011 e 2015.
“Aumentar a conscientização, o autoexame e a detecção precoce é fundamental no combate à doença”, aponta Carneiro. “Além de aumentar as chances de cura do paciente, o diagnóstico precoce diminui a necessidade de tratamentos mais agressivos, o tempo e os custos da recuperação. Para o sistema de saúde a vantagem é que o ganho de eficiência, não o sobrecarregando, gerando maior qualidade de atendimento e segurança ao paciente. Para a mulher que está enfrentando este momento, que é ainda mais importante, significa qualidade de vida”, conclui.
Saúde da mulher
Em celebração ao Outubro Rosa e por entender que a população feminina requer programas de prevenção e cuidados específicos de saúde, o IESS produziu a análise especial com o objetivo de acompanhar alguns procedimentos de assistência à saúde realizados pelas mulheres beneficiárias da Saúde Suplementar brasileira entre os anos de 2011 a 2017. Os dados apresentados nesta análise foram coletados do “Mapa Assistencial da Saúde Suplementar” da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo o estudo, a procura por exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) também tem recuado. Em 2011, esse procedimento diagnóstico preventivo foi realizado em 46,3 a cada 100 mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos. Em 2016, essa taxa foi de 44,3 e, em 2017, de 42,9 na saúde suplementar. “Os números mostram que precisamos nos dedicar o quanto antes na ampliação de campanhas de promoção da saúde e prevenção no que se refere ao câncer de colo de útero”, argumenta Luiz Augusto Carneiro.
Outro importante dado do levantamento mostra que o Brasil era, em 2014, o segundo país com a maior taxa de partos cesáreos no mundo, com 55,6% contra 44,4% de partos normais. Especificamente na saúde suplementar, os partos cesáreos representaram 83,1% do total de partos em 2017. Em 2015, a ANS instituiu o programa “Parto Adequado”, que busca reduzir o percentual de cesarianas desnecessárias. Nessa época, a taxa de partos normais no conjunto dos hospitais participantes era de cerca de 20%. Em 2017, quando foi implementada a segunda fase do programa, o número de partos normais cresceu 6,3%. Entre as mulheres nos 127 hospitais participantes do projeto, o percentual de partos vaginais chegou a 47%. Importante lembrar que cada caso tem suas especificidades e o que deve prevalecer é a decisão tomada entre a mãe e o médico. “O debate, contudo, é fundamental para que todos tenham condições de adotar as práticas mais seguras na redução de riscos tanto ao longo da gravidez, no parto ou logo após o nascimento da criança”, pondera Carneiro.
O levantamento do IESS ainda aponta que o número de internações para a realização da laqueadura tubária (procedimento de anticoncepção definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU) tem crescido. Na comparação entre 2011 e 2017 houve aumento de 58,4% no número de internações para laqueadura tubária, saltando de 10 mil para 16 mil. Já o aumento no número de procedimentos de implante do DIU quadruplicou no período, avançando de 34,7 mil, em 2011, para 143,5 mil em 2017.
Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente da saúde suplementar.
Com bolinhas antistresse personalizadas, Havas Life cria ação para alertar sobre o câncer de mama
Com participação de influenciadoras, ativação pretende incentivar o autoexame
Nos últimos dias do mês marcado pelo Outubro Rosa, a Havas Life fará uma ação para conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A agência criou a bolinha antistresse “LoveYourMama”, em alusão a uma mama com pequenos nódulos. O objetivo é que o produto se torne um item de recordação, que alerte para a realização do autoexame durante o ano todo.
“As mulheres têm muita dificuldade de entrar em contato com seu próprio corpo e de se tocar, assim deixando de promover o toque das mamas, um dos principais métodos de identificar o câncer de mama”, explica Monica Tritone, uma das líderes criativas da Havas Life. Para quebrar esse tabu, a agência contará com influenciadoras como a ilustradora Camila Rosa (camixvx), que irão incentivar nas redes sociais a realização do autoexame, por meio de posts e stories no Instagram com a imagem da bolinha e o uso da hashtag #SeToca para amplificar a mensagem.
Além disso, mais de 500 unidades serão distribuídas para clientes da agência, como Sanofi, União Química, Novartis, Takeda e Unimed SJRP, bem como para veículos de mídia, formadores de opinião e jornalistas. Também vão receber as bolinhas os colaboradores da Havas Life e da Z+, parceira na iniciativa com o público interno. A ação conta com apoio do Instituto Oncoguia, uma das principais entidades sobre o tema no Brasil, que colaborou no desenvolvimento do conteúdo do folheto que acompanha o brinde e fornece orientações sobre prevenção e saúde mamária.
Encontro promovido pelo Hospital São Camilo ensina a fazer o autoexame de câncer de mama
Bate-papo contou ainda com dicas de prevenção, alimentação e tirou dúvidas da plateia
Como parte das ações de celebração do Outubro Rosa, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, em parceria com os SESCs Pompeia e Santana, promoveu quatro dias de encontros gratuitos com uma mastologista para explicar sobre o câncer de mama. Cerca de 120 pessoas puderam tirar dúvidas com a especialista e conferir dicas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
Segundo a Dra. Giovanna Gabriele, mastologista do Hospital São Camilo Pompeia, os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama são: alterações genéticas (responsáveis por 5 a 10% dos casos), tabagismo, sedentarismo, obesidade, alimentação desregulada, desequilíbrio hormonal, entre outros. “O câncer de mama é uma doença muito comum que, segundo pesquisas, pode atingir até uma a cada oito mulheres no Brasil. Pela alta incidência, a indicação é que os exames de rastreamento, como a mamografia, sejam feitos anualmente a partir dos 40 anos de idade. Se o diagnóstico for feito no início, as chances de cura são muito altas, maiores que 90%”, conta.
A especialista reforça ainda a importância do autoexame ser realizado de forma correta. “Para isso, a mulher tem que se conhecer e saber o que é normal, pois assim conseguirá identificar alterações suspeitas. O autoexame deve ser iniciado em pé, de frente para o espelho, com visualização das mamas, sendo que as mãos podem estar na cintura e atrás da cabeça para ver se existe alguma anormalidade. Depois, deve começar a palpação da mama com as pontas dos dedos do lado contrário, usando movimentos circulares por toda a região e axilas, até chegar ao mamilo. A mão que não está fazendo o toque pode permanecer atrás da cabeça. A melhor época para as mulheres que menstruam realizarem o autoexame é após o ciclo, uma vez ao mês”, explica.
Após campanha de outubro rosa, procura por mamografia aumenta; método mais eficaz se destaca entre as brasileiras
Especialista dá dicas para as mulheres que ainda não realizaram o exame e tira dúvidas sobre a mamografia digital, método mais eficaz no diagnóstico do câncer de mama
O Outubro Rosa passou e com isso muitas mulheres se conscientizaram sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo levantamento da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde de Jundiaí (SP), a procura pelo agendamento do exame cresceu 70% – comparado com o mesmo período do ano passado.
Mesmo com o crescimento no número dos exames, especialistas alertam a importância da realização da mamografia e apontam que muitas mulheres deixam de fazer o check-up anual por medo do resultado e até por considerarem o exame como desconfortável e doloroso.“O câncer de mama pode ocorrer em mulheres e, raramente, em homens. Para o Brasil, estimam-se cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2018-2019. Com isso, cada vez mais a prevenção se torna algo fundamental, já que o diagnóstico precoce leva à cura em 95% dos casos”, explica a Dra. Vivian – médica radiologista especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium.
A especialista listou algumas dicas de como deixar o exame mais confortável e tira dúvidas sobre a mamografia digital, exame mais eficaz no diagnóstico de câncer de mama.
Agende a mamografia uma semana após o final da menstruação
A mamografia deve ser realizada na segunda ou terceira semana após o final da menstruação para diminuir as possíveis dores e desconfortos. “Com isso, a mama estará menos sensível e nesse período há menor densidade do tecido glandular das mamas, fazendo com que o exame seja mais detalhado e menos dolorido”, explica.
Controle a ansiedade e tente relaxar
No momento do exame a paciente tem que relaxar e deixar que o profissional a posicione da melhor forma. O posicionamento adequado das mamas no aparelho é super importante para que a glândula seja examinada com maior eficácia.
Na consulta, leve exames anteriores
As pacientes não podem esquecer de levar seus exames realizados anteriormente para mostrar ao médico. Com as mamografias antigas os especialistas conseguem fazer uma comparação e identificam se uma lesão é nova ou não.
Opte por exames mais modernos e eficazes
A mamografia 3D ou digital é um método já disponível em diversas clínicas do Brasil e até em algumas unidades atendidas pelo SUS. O procedimento é mais rápido e simples, e traz mais comodidade para as pacientes. É realizada de forma semelhante à mamografia tradicional e tem como principal objetivo diagnosticar precocemente o câncer de mama. Quando comparada com a mamografia tradicional, a 3D mostra mais detalhadamente as mamas, com dose de radiação semelhante.
Segundo estudo publicado no Journal of the American Medical Association (Jama) a mamografia 3D é mais eficaz para diagnosticar o câncer de mama e o método reduz o número de exames adicionais (falsos positivos) em 15% e aumenta a detecção da doença em 41%.