Que a promoção da saúde é a chave para que alcancemos a longevidade, não há dúvidas. Mas, como seguir essa premissa quando algumas regiões não dispõem de atendimento médico especializado em ampla disponibilidade? Pensando em democratizar a saúde, o Grupo Conexa, player de saúde digital, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), acaba de expandir o Projeto SOS Coração Amazonas de Manaus (AM) para outros 19 municípios da região.
Pacientes da Atenção Primária à Saúde que forem identificados com risco cardiológico serão encaminhados para o atendimento médico imediato ou agendado, via telemedicina, com médicos voluntários de relevantes instituições, entre elas o HCor.
“Trata-se de uma ação de extrema relevância, uma vez que diminui a distância entre aqueles que necessitam de cuidados e os que estão dispostos a compreender a sua realidade, seus sintomas, propor tratamentos e esclarecer suas dúvidas. Os médicos do projeto estão atuando fortemente para melhorar uma triste realidade brasileira: são cerca de 375 mil mortes ao ano por doenças cardiovasculares1, muitas delas evitáveis. Queremos abrir portas para realizar conexões e priorizar a saúde”, destaca Gabriel Garcez, diretor médico do Grupo Conexa.
Esse serviço é gratuito e, a partir de agora, pode ser acessado por munícipes de Anamã, Anori, Autazes, Beruri, Boca do Acre, Borba, Caapiranga, Careiro Castanho, Coari, Ipixuna, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Manacapuru, Manaquiri, Manicore, Novo Aripuanã, Santo Antonio do Iça, São Sebastião do Uatumã e Silves.
“Estamos muito felizes em disponibilizar uma plataforma de saúde digital fácil de ser utilizada e, também, por contarmos com o apoio da World Heart Federation (WHF), da Fundação Adib Jatene, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS/AM). Com a união de todos, os resultados só podem ser positivos à população local, que terá a oportunidade de ter uma vida mais saudável”, complementa Garcez.
Motivação para engajar continuamente
Moana Mendes Fialho, Secretária Executiva do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS/AM), afirma que o projeto trouxe como benefício à região a diminuição da fila de atendimentos para a especialidade e, também, de custos com o deslocamento para Manaus. “Trata-se de uma verdadeira inclusão social, que traz mais saúde e cidadania sem a necessidade de locomoção e evitando transtornos à família do paciente”, destaca.
Desde o começo da inciativa, o projeto foi bem aceito. Tanto que, ela comenta que ao apresentá-lo aos secretários municipais em uma reunião do conselho, a adesão foi praticamente automática. “Todos o reconhecem como uma grande oportunidade para os moradores de municípios distantes. A medicina por teleconsulta tem sido uma grata realidade, que a pandemia trouxe como um legado, e pretendemos continuá-la pela plena aceitação”, completa.
A profissional afirma que médicos generalistas, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e a gestão dos municípios abraçaram o projeto, promovendo a triagem e a divulgação massificada, tanto por meio de visitas do Programa Saúde da Família quanto por chamadas em rádios e carros de som.
“As consultas ocorrem na Unidade Básica de Saúde (UBSs) ou no Hospital. Essa estratégia foi desenhada para que mantivéssemos a assiduidade dos pacientes, que por dificuldades iniciais com a tecnologia, acabavam faltando em uma consulta ou outra. A nossa expectativa, depois dessa experiência exitosa, é que o projeto continue sendo parte do fluxograma das UBSs. Afinal, nem sempre podemos fazer tudo, mas, com certeza, podemos fazer aquilo que está ao nosso alcance!”, finaliza.
Referências:
1 Cardiômetro. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: www.cardiometro.com.br. Acesso em 06/12/2021.
