Assim como outros setores, a adoção da inteligência artificial (IA) e as assistentes virtuais crescem exponencialmente na área da saúde. Existem diversas demandas que podem ser atendidas com o apoio destas tecnologias visando melhorar tanto as experiências de médicos, como de pacientes, e a precisão do diagnóstico. No CURA grupo, um dos maiores grupos de medicina diagnóstica do Brasil, o uso da inteligência artificial e das assistentes virtuais já é uma realidade. As tecnologias estão sendo empregadas com sucesso em duas frentes: para ajudar na transcrição de laudos e no atendimento aos pacientes.
Segundo José Eduardo Venson, responsável de tecnologia do grupo, os projetos fazem parte da estratégia de consolidação e unificação do CURA grupo, adquirido em 2018 pela Vinci Partners. A ideia é apostar cada vez mais em tecnologias que tragam um diferencial e suportem o crescimento exponencial da organização e melhorem as jornadas tanto do paciente, como do médico.
“As assistentes virtuais estão cada vez mais comuns em nosso dia a dia, como exemplo da Alexa da Amazon e da Siri, da Apple nos ajudando em tarefas cotidianas e agora também na área da saúde, trazendo uma interface mais natural e intuitiva, do que mouse e teclado. No caso dos médicos, eles podem ficar mais focados no que realmente interessa, ou seja, nos cuidados com a saúde do paciente e perder menos tempo em tarefas burocráticas, como digitar um laudo, por exemplo. E no caso dos pacientes, é um novo canal de comunicação mais intuitivo e amigável, que proporciona melhores experiências” , ressalta Venson.
Para dar suporte a esses projetos o CURA grupo conta com o apoio de duas tecnologias 100% nacionais. A solução da startup Nina Tecnologia é utilizada na frente de atendimento ao paciente. Além de confirmações, a assistente virtual passa instruções do preparo, transfere agenda e envia o laudo quando o exame estiver pronto. A interação ocorre de diferentes formas (SMS, e-mail, WhatsApp e telefone) e pode ser configurada conforme o perfil do cliente até mesmo com as necessidades.
Segundo Silmar Farina Farias, diretor de atendimento do CURA grupo, na DMI, unidade onde foi feito o piloto do projeto, antes a maior dificuldade era lidar manualmente com o volume de confirmações. Em apenas 40 dias de testes, usando a Nina, a taxa de confirmação da agenda foi de 95%. Fato inédito. Além disso, a Nina é uma ferramenta muito importante para diminuir a taxa de no-show e otimizar as agendas de realização de exames. Inclusive, pelos resultados alcançados, a adoção deve ser expandida em breve para todo o CURA grupo.
“Está solução está integrada ao RIS e otimizou muito a rotina de agendamentos e confirmações. Além, é claro de, proporcionar redução de custos, graças a otimização de nosso time. Mas, principalmente, passamos a entregar uma experiência de atendimento diferenciada na forma de agendar, confirmar e até mesmo de entregar resultados no setor de medicina diagnóstica”, explica Farias.
Já para apoiar o trabalho dos médicos e até mesmo melhorar a precisão dos diagnósticos, a solução escolhida foi a IARA Health, uma plataforma de reconhecimento de voz, que utiliza inteligência artificial para converter áudio em texto, minimizando as chances de erros, economizando tempo e melhorando a experiência do médico radiologista. Com vocabulário radiológico, a plataforma pode ser usada em diferentes editores de textos externos, possui uma alta taxa de acerto na transcrição de laudos e se adapta aos sotaques dos médicos.
Além de ser usada em todas as unidades do grupo, a IARA agrega um enorme diferencial à Medvia Diagnóstico, que é a empresa do segmento B2B do grupo que oferta uma solução completa de telerradiologia-laudos à distância de ressonância magnética, tomografia computadorizada e demais exames por imagem.
Dr. Marcelo Pachaly Dalcin, médico radiologista especialista em imagem do sistema musculoesquelético e coordenador de plantões na Medvia Diagnóstico, explica que a solução é de extrema importância para viabilizar a operação da empresa e garantir a sua entrega. Segundo ele, até pelo prazo acordado com os clientes, que é uma hora, seria bem complexo operar no modelo tradicional, em que o médico dita o laudo, que segue depois para digitação, retorna para revisão e ajustes.
“Todo esse processo limitava e atrasava o tempo de liberação de laudos, o que não ocorria em um período menor a 24 ou 48 horas. O que é inviável quando trabalhamos com emergências. Sem um sistema robusto como a IARA seria bem complicado atuarmos da forma como atuamos. Uma das suas vantagens é que ela vai se adaptando a voz do usuário, quanto mais ele usa, mais a solução evolui. Só assim conseguimos atender as demandas dos nossos clientes a tempo”, finaliza.