Recorrer a um médico quando se está doente ou sofre um acidente é um hábito comum. Normalmente, este é o caminho natural da maioria dos tratamentos: o paciente procura uma equipe de saúde quando percebe algum sintoma ou precisa fazer um exame de rotina.
Com exceção das urgências, procurar acompanhamento médico apenas quando se tem sintomas não é o mais adequado. Na verdade, desta forma o paciente está pulando o primeiro nível de atenção no atendimento, que é capaz de resolver 85% dos casos, segundo o Ministério da Saúde.
Esses níveis de atenção são previstos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e divididos entre primária, secundária e terciária. O objetivo da divisão é haver uma distribuição uniforme e justa relacionada à complexidade dos casos. No entanto, a realidade prática no Brasil é marcada por um sistema que acaba focando mais em 1 ou 2 desses níveis, com casos, por exemplo, de pacientes que perdem tempo navegando pelo sistema de saúde por não terem ao alcance um nível de atenção primário que seja eficiente.
Para Vitor Asseituno, médico e Presidente da Sami, operadora de saúde que atua com foco na atenção primária de seus membros, “as operadoras de saúde precisam funcionar com uma boa gestão, que exige o diálogo entre todas as partes da atenção à saúde. Esses níveis de atenção precisam se integrar para fortalecer um único sistema, sendo essencial investir na eficiência de cada um deles. Por outro lado, os pacientes também precisam conhecer e se acostumar com planos de saúde que cuidam deles e acompanham sua saúde e bem estar”, aponta Vitor.
A Sami é um exemplo de plano de saúde que está revolucionando o mercado com modelos de tratamento com foco na atenção primária e telemedicina. Esse modelo propõe um time de atendimento voltado para cada paciente, que fica disponível 24h por dia e coordena o tratamento com outros médicos e avalia a necessidade de realizar certos tipos de procedimentos, diminuindo custos de operação que encarecem planos tradicionais.
Tratamentos, cirurgias e urgências: a atenção secundária e terciária
Quando o nível de atenção primária é executado corretamente, o nível secundário entra em ação quando recebe pacientes encaminhados do primeiro nível, que necessitam de atendimentos mais especializados, envolvendo médicos especialistas e um suporte mais adequado. Um cardiologista, por exemplo, está neste segundo nível.
O nível terciário não está obrigatoriamente ligado ao nível secundário ou primário. Ele entra em cena quando a vida do paciente está em risco. São casos graves que necessitam de equipamentos avançados para tratamentos e cirurgias mais invasivas.