A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) fez um posicionamento oficial acerca da vacinação infantil contra Covid-19. No documento é ressaltado que a carga da Covid-19 em crianças no Brasil está longe de ser negligenciável, com taxas de letalidade e de mortalidade associadas à doença muito maiores que as registradas em outros países, merecendo um olhar diferenciado e cauteloso por parte das autoridades responsáveis pelas políticas de saúde pública no nosso país.
“A menor gravidade da Covid-19 em crianças quando comparada com adultos fez com que, infelizmente, houvesse uma subestimação da sua real carga neste grupo etário. Os estudos com a vacina de RNAm (BNT162b2) da Pfizer demonstraram que a doença e suas complicações são passíveis de prevenção, inclusive em adolescentes e crianças. Aumentar o universo de vacinados oferece além da proteção direta da vacina, possibilidade de redução das taxas de transmissão do vírus e das oportunidades de surgimento de variantes. Os eventos adversos relatados, tanto nos estudos clínicos como nos dados de farmacovigilância de mundo real, ocorrem de forma rara e em frequência substancialmente menor que os benefícios da vacinação”, destaca o documento escrito pelo Depto. de Imunizações da SPSP.
O texto destacou ainda que a presença de uma variante como a Ômicron, com maior transmissibilidade, mesmo se comprovada sua menor severidade, torna grupos não vacinados (como crianças menores de 12 anos) mais vulneráveis ao risco da infecção e suas complicações, conforme vem sendo observado em outros países com presença desta variante. Neste contexto epidemiológico, estamos convencidos que ampliar o benefício da vacinação a este grupo etário é sim uma prioridade.
Para saber mais sobre esse assunto entreviste um especialista da SPSP e para ter acesso ao documento na íntegra acesse: www.spsp.org.br/2021/12/28/posicionamento-da-spsp-sobre-a-vacinacao-de-criancas-e-adolescentes-contra-covid-19