No domingo, 12 de junho, Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) alerta para a importância de identificar precocemente a cardiopatia congênita – anormalidade na estrutura ou função do coração que já está presente quando a criança nasce e que pode afetar sua vida.
Há vários sinais que podem indicar uma cardiopatia congênita, e é importante que os pais saibam reconhecê-los: se o bebê cansa muito quando mama e precisa dar várias pausas, por exemplo; se tem dificuldade de ganhar peso; se os lábios e nariz ficam roxos, principalmente quando a criança chora; e se a criança apresenta falta de ar e coração muito acelerado sem ter feito exercício.
Estima-se que 1 entre cada 100 bebês apresentam alguma cardiopatia congênita no Brasil – entre eles, um terço precisará de cirurgia corretiva. Algumas dessas condições são identificadas ainda na maternidade, utilizando o teste do coraçãozinho, um exame disponível pelo SUS, capaz de detectar uma parte significativa dos problemas cardíacos no recém-nascido. Outros casos são descobertos durante o acompanhamento do bebê com o pediatra. Existem algumas cardiopatias identificadas ainda durante a gestação, com o auxílio de exames de ultrassonografia morfológica.
Desde 2021, o INC coordena o Programa Renasce, uma iniciativa de âmbito nacional criada pelo Ministério da Saúde para melhorar o diagnóstico e tratamento de cardiopatias congênitas no SUS. O objetivo do programa é aumentar o número de cirurgias para tratar as cardiopatias congênitas em 60% até 2023.
Com um investimento de R$ 14 milhões, o Programa Renasce tem como pilares a capacitação e ensino, assistência e linha de cuidado relativos à cardiopatia congênita. Desse total, foram destinados R$ 6 milhões para o INC, para aquisição de novos equipamentos (impressora 3D, monitores de oximetria cerebral e multiparamétricos) e construção de 15 leitos semi-intensivos na Pediatria, que já começam a gerar melhorias na assistência.