Síndrome de Burnout é comum entre médicos

No Brasil, de acordo com o Conselho Federal de Medicina, estima-se que 23% dos médicos apresentam a Síndrome de Burnout em alto grau. E em uma pesquisa da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), durante a pandemia, um em cada sete médicos teve sintomas graves de Burnout.

Os dados acima, alertam sobre a existência de uma doença ocupacional que atinge muitos profissionais, em especial, os da área da saúde. Isso porque são pessoas com grande desgaste emocional, por conviverem com a dor e sofrimento diariamente. Muitos médicos lidam com falta de condições de trabalho ou de material básico, sofrem um risco grande de exposição às doenças, como tem sido com o Covid-19, possuem sensação de impotência, se submetem a sobrecarga de trabalho, sofrem com as relações muitas vezes complicadas entre o médico e os familiares do paciente, entre muitas outras situações de forte stress.

O Burnout se caracteriza como um estado de esgotamento no trabalho, exaustão mental, física e emocional. A síndrome pode provocar o distanciamento na relação médico e paciente, a falta de empatia com o outro, além do sentimento de incapacidade produtiva. E para prevenir, amenizar ou mesmo tratar esses sintomas, alguns médicos recorrem às atividades paralelas, desenvolvendo em alguns casos, carreiras em outras áreas.

A anestesista de São Paulo Rosa Ávilla escolheu a música para se dedicar também profissionalmente, e assim, manter o equilíbrio na sua função em ambiente hospitalar. Para Rosa, “a medicina e a música são artes que curam: a primeira, dos males do corpo, a segunda, da alma. Parece clichê, mas temos estudos científicos mostrando benefícios específicos da música em determinadas áreas da medicina e também entre os médicos”.

Cantora e compositora, a médica paulistana iniciou os estudos no canto popular e erudito ainda criança, mas jovem, optou pela medicina e construiu uma carreira sólida como anestesista. Mais recentemente, a música tomou-a de volta para si, e então, concilia as duas atividades, numa rotina estruturada, mas prazerosa. Dona de voz potente, já lançou dois discos, alguns singles, realiza espetáculos e projetos de música nos gêneros jazz, blues, samba, MPB e música italiana. Nesse momento, prepara um projeto musical focado em crianças que estejam passando por qualquer tratamento ou procedimento em hospitais ou clínicas e necessitam de acolhimento para perder medos, inseguranças ou aliviando o stress também entre os pequenos.

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Redação

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