Nesta terça-feira (28), às 10h, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), promoverá o último encontro da Jornada Digital do mês de junho. O intuito é concluir as discussões sobre qualidade na saúde e levantar reflexões importantes para área médica, melhorando assim o sistema de assistência para os profissionais da saúde, gestores e pacientes. O evento será online e as inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site.
Carsten Engel, CEO do ISQua – International Society for Quality in Health Care será palestrante sobre o tema principal do encontro. Já o debate, contará com as contribuições de Aléxia Costa, diretora técnico-científica do Grupo IBES; Ana Carla Parra Labigalini Restituti, diretora de Acreditação e Desenvolvimento da Health Hub Accreditation (H2A); Carlos Hiran Goes de Souza, membro da AACI Brasil/Portugal; Eduardo Ramos Ferraz, health care coordinator da Det Norske Veritas (DNV); Heleno Costa Junior, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA); Péricles Góes da Cruz, superintendente técnico da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Rubens Covello, sócio-fundador e CEO do QGA – Quality Global Alliance.
“A qualidade na saúde se tornou uma questão ainda mais urgente após a pandemia do Covid-19, por isso, nesse projeto inovador buscamos encontrar soluções realistas e eficazes”, aponta Antônio Britto, diretor executivo da associação que será responsável pela mediação. Durante o evento, também ocorre o lançamento exclusivo de um manual desenvolvido pela Anahp que aborda os elementos fundamentais para medir a qualidade das instituições hospitalares.
Estratégia é a base para a saúde 4.0: Tecnologia é apenas acessório em um conceito que mira a experiência do paciente e a transformação de comportamentos
A Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) promoveu em 21 de junho o webinar “Como a saúde 4.0 está revolucionando a experiência do paciente”, dentro do projeto “Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais”, que, neste mês, debate o tema ‘Qualidade’.
Rom Justa, presidente e cofundador da Saúde Omni, deu o tom e destacou que a tecnologia é “sempre um acessório” da saúde 4.0, um conceito que vai muito além das ferramentas e que deve evoluir para “transformar comportamentos”. Kelly Rodrigues, CEO e fundadora da Patient Centricity Consulting, completou que as inovações têm que ser incorporadas com estratégia. “Como integrar tudo isso em um planejamento para aprimorar, de fato, a experiência do paciente?”, provocou.
Paciente no centro
Rodrigues ressaltou que, atualmente, o paciente que todos querem colocar no centro da assistência é um personagem diferente. “Não é mais aquela pessoa que esperava e ouvia o médico calada, depois fazia o que ele mandava. Hoje, exige agilidade, personalização, clareza, empatia e humanização”, explicou. E acrescentou que a “experiência do paciente” envolve também familiares e os profissionais de saúde, todos idealmente engajados e satisfeitos. É disso que a saúde 4.0 tem que tratar.
Miguel Cendoroglo, superintendente e diretor médico do Hospital Israelita Albert Einstein, reforçou a importância dos dados. Para ele, é indispensável que os profissionais tenham informação de qualidade e na hora certa para tomar as melhores decisões. E ainda introduziu o conceito da “empatia digital”, que determina um tratamento individualizado e isento das informações para estimular a equidade e a personalização na assistência. “Devemos nos comportar como agnósticos da mensuração”, recomendou.
Cultura
Mariana Moraes, coordenadora de Experiência do Paciente no Hospital Moinhos de Vento, afirmou que “o cuidado centrado no paciente não é uma coisa que se aprende da noite para o dia”. Ela destacou a necessidade de preparar, desde a escola, os profissionais para lidarem com o novo ambiente e que “cultura é a prioridade número 1”. Destacou, no entanto, que aculturamento também é um processo longo e que “não existe fórmula mágica” para isso.
Justa destacou que é preciso, de início, que a alta liderança concorde sobre quem é a organização é e o que ela pretende oferecer. Moraes sugeriu mostrar o alinhamento de todas as áreas no objetivo comum e Rodrigues destacou que o cuidado centrado no paciente traz benefícios para todos os colaboradores e melhores resultados para a organização. “É preciso convencer as equipes sobre isso”, aconselhou.
Humanização
Na enquete realizada com os participantes, a maioria considerou que a humanização é o principal desafio da saúde 4.0. Sobre isso, Rodrigues ressaltou que não é correto associar a tecnologia com desumanização da assistência. “Podemos ser desumanos com ou sem tecnologia”, resumiu, e opinou que as soluções tecnológicas, na verdade, oferecem mais tempo para os profissionais cuidarem do mais importante. Do outro lado, Cendoroglo afirmou que “não podemos ter medo da tecnologia substituindo o médico”. “Há alguns anos dizia-se que o radiologista seria extinto. Hoje os radiologistas estão aí, atuando de modo mais sofisticado e com melhores resultado com o apoio de equipamentos mais modernos”, finalizou.
Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais
O webinar “Como a saúde 4.0 está revolucionando a experiência do paciente” teve a participação de Kelly Rodrigues, CEO e fundadora da Patient Centricity Consulting, Mariana Moraes, coordenadora de Experiência do Paciente no Hospital Moinhos de Vento, Miguel Cendoroglo, superintendente e diretor médico do Hospital Israelita Albert Einstein, e Rom Justa, presidente e cofundador da Saúde Omni. A moderação foi feita por Priscila Rosseto, gerente-executiva de Qualidade, Segurança e Práticas Assistenciais da BP e coordenadora do GT Melhores Práticas Assistenciais da Anahp.
O encontro aconteceu dentro do projeto “Anahp Ao Vivo – Jornadas Digitais”, uma série de eventos online, temáticos e gratuitos, que semanalmente reúne especialistas para debates relevantes para o setor saúde. O próximo debate da jornada de “Qualidade” está previsto para o dia 28 de junho e vai abordar “Desafios de reconhecimento da qualidade em saúde”.
Informações: conteudo.anahp.com.br/anahp-ao-vivo