Uma pandemia sem precedentes, desemprego, medo do futuro…não faltam motivos para que a saúde mental seja testada diariamente. E, para os jovens, a carga tem sido ainda mais pesada. O estudo “Movimentos Geracionais” da HSR – Specialist Researchers, que ouviu 1.000 pessoas, das classes A, B e C, nas principais capitais do Brasil, revela que quase metade dos jovens sofre de ansiedade. Entre os entrevistados da Geração Z, que reúne aqueles entre 18 e 25 anos, 49% disseram já ter sido diagnosticados por médicos com o problema.
Entre os millenials (de 26 a 40 anos), o percentual de pessoas ansiosas também é alto (46%). Já entre as gerações mais velhas, o distúrbio aparece menos. Apenas 32% dos Baby Boomers (acima de 61 anos) declararam já ter recebido diagnóstico. Isso não quer dizer, no entanto, que eles lidam melhor com as dificuldades da vida diária — podem ter menos acesso à rede de saúde, por exemplo.
O estudo também explorou quais habilidades eles gostariam de desenvolver, caso tivessem que escolher apenas duas. A Geração Z citou, em primeiro lugar, “ter menos ansiedade” (40%). E deu uma pista do que a coloca neste estado: para 34%, a segunda aptidão mais sonhada é perder a vergonha de falar em público. Ter mais autoestima e saber lidar com o dinheiro aparecem em seguida.
Já entre os mais velhos, de 41 a 60 anos, ter desenvoltura para lidar com a parte financeira despontou em primeiro lugar (38%), seguida pelo desejo de ser menos ansioso. O mesmo comportamento foi identificado entre quem tem mais de 61 anos.
A depressão também foi investigada pela HSR, e 20% dos entrevistados já foram diagnosticados com a doença. O maior percentual é entre a Geração Y, de 26 a 40 anos, com 29%, seguido pelos jovens (24%). A doença só foi diagnosticada entre 10% das pessoas acima de 61 anos.
“Quando direcionamos o olhar para estes dados, a pesquisa ‘Movimentos Geracionais’ mostra que desenvolver a autoestima é um dos desafios que 1 em cada 4 jovens de 18 a 25 anos deseja superar. Mas, outras habilidades ainda superam esse desejo: o próprio controle da ansiedade e facilidade para falar em público, demonstrando que a autoconfiança ainda é algo a ser construído pelos jovens. Este é um retrato muito significativo para marcas e empresas que se relacionam com a geração Z. Há uma responsabilidade implícita em auxiliar esse processo de construção da autoconfiança”, diz Karina Milaré, diretora da REDS, membro da HSR Specialist Researchers.