Conscientizar a comunidade médica e a população em geral sobre a importância de práticas alimentares saudáveis em casa e nas escolas, bem como estimular a prática de atividades físicas, visando a melhoria da qualidade de vida das crianças, suas famílias e as comunidades nas quais estão inseridas. Esse é o objetivo da campanha promovida pela Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Setembro Laranja: Combate à obesidade infantil, uma ação multidisciplinar, coordenada pelo Grupo de Trabalho (GT) de Prevenção à Obesidade Infantil e no Adolescente da SPSP.
A obesidade é um problema que, atualmente, é cada vez mais prevalente na faixa etária pediátrica nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 41 milhões de crianças menores de cinco anos estejam acima do peso. “O aumento expressivo da prevalência de obesidade, a gravidade das suas repercussões, as dificuldades para o seu controle e o alto custo para a sociedade fazem deste distúrbio nutricional um grave problema de saúde pública, que necessita ser prevenido desde idades precoces”, esclarece Maria Arlete M.S. Escrivão, coordenadora da campanha e presidente do GT de Prevenção à Obesidade Infantil e no Adolescente da SPSP.
Dessa forma, a campanha Setembro Laranja não pretende apenas alertar para o problema da obesidade infantil, mas, sobretudo, desenvolver e implementar ações que contemplem a necessidade e as demandas por informação, conhecimento, orientação e condutas para seu enfrentamento. A conscientização é imprescindível para prevenir este e outros problemas decorrentes de uma alimentação inadequada. “A obesidade infantil traz sérios riscos à saúde da criança e do adolescente e está relacionada com o desenvolvimento de doenças metabólicas que, uma vez instaladas, podem ser acompanhadas e cuidadas, mas não podem mais ser evitadas. Dessa forma, a consulta médica deve sempre abordar o tema, com a apresentação dos riscos e fatores relacionados à obesidade, além de orientação para uma alimentação saudável”, destaca Claudio Barsanti, coordenador das campanhas da SPSP.
Para o médico, essa questão é fundamental para que se evite novos casos de obesidade e, consequentemente, repercussões tardias e graves na saúde futura do adulto. “Precisamos estar atentos, principalmente agora, considerando a pandemia que levou a um risco aumentado de condições de sobrepeso relacionadas não só a uma diminuição de atividade física, mas também a uma maior ingesta de alimentos, muitos deles mais calóricos e não adequados para uma dieta ideal”, conclui Barsanti.