Ao longo desta semana, quem visitar o Congresso Nacional, em Brasília (DF), vai conhecer uma Mona lisa diferente. A famosa obra de arte de Leonardo da Vinci é um dos dez símbolos estéticos universais que passaram por uma intervenção artística para compor a exposição ‘A Realidade na Pele da Arte’, idealizada pela Pfizer. No experimento, as pinturas receberam marcas que simulam uma pele com dermatite atópica, representadas a partir dos relatos de pacientes reais. Crônica e inflamatória, a doença pode impactar fortemente a qualidade de vida dos pacientes1.
Quatro artistas fazem parte da mostra, reproduzindo lesões de pessoas reais na pele de personagens emblemáticos. Além de ‘Mona Lisa’, integram a exposição a obra ‘Dama com Arminho’, também de Leonardo da Vinci, além das pinturas ‘Moça com o Brinco de Pérola’ (Johannes Vermeer), O ‘Nascimento de Vênus’ (Sandro Botticelli), Narcissus (Caravaggio), Rosa e Azul (Pierre-Auguste Renoir), ‘A maja nua’ (Francisco de Goya), ‘A semente de Areoi’ (Gauguin), ‘Patroclus’ (Jacques-Louis David) e ‘O Cavalheiro Sorridente’ (Frans Hals).
Impacto além da pele
Coceira intensa, a ponto de atrapalhar o sono ou o trabalho em alguns casos1, além de lesões avermelhadas2, que podem cobrir mais da metade da superfície corporal são alguns dos sintomas da dermatite atópica, uma doença que pode acometer crianças e adultos1. Contudo, uma pesquisa recente realizada pelo instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) com 2327 respondentes3, a pedido da Pfizer, indicou que 60% dos participantes tinham informações equivocadas ou insuficientes sobre a enfermidade: enquanto 36% a definiram como uma alergia simples, 24% nada sabiam a respeito do tema.
“Estamos falando de lesões localizadas em partes do corpo que, muitas vezes, ficam expostas no dia a dia. Por isso, a desinformação sobre a dermatite atópica pode alimentar o preconceito, acarretando prejuízos emocionais aos pacientes”, diz a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro. “Por outro lado, quando desfazemos mitos e mostramos que a doença não é contagiosa, por exemplo, ajudamos a criar um ambiente social mais empático para essas pessoas. Além disso, quando trabalhamos a conscientização sobre os sintomas, podemos contribuir para o diagnóstico precoce”, complementa.
Vale destacar que a dermatite atópica é mais do que uma erupção cutânea. “Estamos falando de uma inflamação que pode e deve ser controlada, tanto para melhorar a qualidade de vida do paciente como para evitar complicações. As lesões também tornam a pele mais suscetível a infecções bacterianas secundárias, por exemplo”, comenta Adriana, reforçando a importância da busca por orientação médica para avaliar sintomas suspeitos.
Exposição: A Realidade na pele da arte
Local: Congresso Nacional – espaço Mário Covas, anexo II
Data: 12 a 16 de setembro
Horário: Das 8h às 18h
Referências:
- J. Schmitt, F. Csotonyi, A. Bauer and M. Meurer, “Determinants of treatment goals and satisfaction of patients with atopic eczema”, J Dtsch Dermatol Ges, vol. 6, no. 6, pp. 458-465, 2008
- C. Correale, C. Walker and L. Murphy, “Atopic dermatitis: a review of diagnosis and treatment”, Am Fam Physician, vol. 60, no. 4, pp. 1191-1198, 1999
- Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da Pfizer. O que os brasileiros sabem sobre dermatite atópica. Acesso em setembro de 2022, disponível em: www.pfizer.com.br/noticias/releases/pesquisa-inedita-revela-cenario-de-preconceito-e-desconhecimento-sobre-dermatite-atopica