Câncer de mama e fertilidade: congelamento de óvulos permite maternidade futura

Após receber o diagnóstico de câncer de mama, muitas mulheres jovens, que ainda não possuem filhos, se preocupam com a possibilidade da infertilidade após o tratamento. Isso porque a diminuição da reserva ovariana ou até mesmo a menopausa precoce, podem ser consequências da quimioterapia. Neste Outubro Rosa, em que se ressalta a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, também é importante falar sobre a preservação oncológica da fertilidade, opção que possibilita uma maternidade futura.

Ao iniciar os procedimentos para o tratamento do câncer de mama, é possível realizar o estímulo para a obtenção de óvulos. O processo deve ser feito antes de iniciar a quimioterapia e após a cirurgia. Em seguida, os óvulos são congelados, método conhecido como vitrificação. Após o término completo do tratamento para o câncer, ou seja, incluindo o período do uso de medicações específicas para o controle da doença – que pode levar de três a cinco anos – e depois da liberação do(a) mastologista de oncologia, a paciente pode fazer uso do material que foi congelado para tentar engravidar.

É o que explica a Dra. Nilka Donadio, consultora em reprodução humana e medicina fetal da Dasa Genômica, braço genômico da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil. “Quando se deparam com o diagnóstico de um câncer de mama, em função da angústia de iniciar imediatamente o tratamento, muitas pacientes acabam não sendo orientadas quanto à possibilidade da preservação oncológica da fertilidade. Essas mulheres não precisam sofrer duplamente, isto é, com a doença e depois com a infertilidade”, diz.

Fator genético

O histórico familiar também deve ser considerado quando se fala do diagnóstico do câncer de mama. A Dra. Nilka pontua a necessidade da realização de exames genéticos que podem avaliar a possibilidade de uma hereditariedade da doença. A predisposição hereditária nos casos de câncer de mama é um tema que vem sendo cada vez mais estudado. Cerca de 5% das pacientes com este tipo de câncer apresentam uma síndrome genética. Mais comumente, é observada a mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Redação

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