Coortes de Jundiaí e Paraíba realizam 1ª reunião científica para avaliação do neurodesenvolvimento

A Coorte Zika Jundiaí há sete anos pesquisa os problemas a saúde das mães e crianças causadas pelo Zika vírus, dentre eles, a microcefalia que é uma malformação congênita. As crianças têm sido acompanhadas por uma equipe multidisciplinar e agora tem a possibilidade de avaliação detalhada do seu neurodesenvolvimento.

Pensando na importância de realizar essa avaliação detalhada baseada em evidências eletrocefalográficas, as Coortes de Jundiaí e Paraíba se reuniram para trocar informações e realizar avaliações de neurodesenvolvimento das crianças após a pandemia do Zika para melhor compreensão dos efeitos desta doença.

Há evidências de que neuro-repercussões importantes da exposição pré-natal ao Zika que comprometem o desenvolvimento e qualidade de vida da criança ocorrem, pois além de alterações anatômicas como desproporção craniofacial, ventriculomegalia e anormalidades na formação do corpo caloso, o paciente apresenta irritabilidade, caracterizada por hiperexcitabilidade, choro irritável e distúrbios do sono.

A fisioterapeuta da Coorte de Paraíba, Maria Eduarda Queiroz, comentou que analisar as características das crianças dos dois lugares é extremamente importante. “Os pacientes de Jundiaí possuem características e sequelas totalmente diferentes e precisamos entender o desenvolvimento das crianças das duas regiões para que possamos através dos nossos estudos alertar as causas”.

Além das avaliações foi aplicado um treinamento de experimentos com eletroencefalografia através do fNIRS para o Projeto Zika Coorte de Jundiaí. “Esse exame que será aplicado em nossa Coorte avaliará a atividade e os sinais neurofisiológicos dos nossos pacientes e poderemos comparar os resultados com Paraíba e saber o porquê os casos de lá são mais graves que os nossos”, explicou o Prof. Dr. Saulo Duarte Passos, coordenador do Projeto Zika Vírus da Faculdade de Medicina de Jundiaí e Hospital Universitário de Jundiaí.

O próximo treinamento administrado pela Coorte Paraíba para a nossa equipe será fNIRS, técnica que permite a medição contínua e não invasiva de oxigenação em tecidos (em especial tecido cerebral), bem como sua hemodinâmica, através da radiação em infravermelho próximo.

Redação

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