Instituto de Radiologia do HC, InRad, alerta sobre importância do reconhecimento dos sinais de AVC

De acordo com o Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte, incapacidade adquirida e internações em todo o mundo. Segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, o AVC foi a principal causa da morte este ano: 56.320 somente no primeiro semestre.

“Os dados são alarmantes e, para que tenhamos ações efetivas, é necessário aumentar a conscientização da população sobre o que é a doença e os seus impactos negativos para os pacientes e toda a sociedade”, explica Dr. José Guilherme Caldas, neurorradiologista e Diretor Clínico do InRad.

A campanha do Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado no dia 29 de outubro, propõe aumentar a conscientização sobre os sinais de reconhecimento da doença e os benefícios do acesso oportuno a cuidados médicos de emergência. “O tratamento do AVC requer a ida ao hospital, o mais rápido possível, reduzindo as chances de danos e mortes. Apenas uma equipe multidisciplinar, composta por um grupo de médicos, de enfermeiros, paramédicos, etc pode realizar o diagnóstico correto e o tratamento adequado ao paciente”, reforça Caldas.

O que é o AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central.

Existem dois tipos de AVC: o AVC Isquêmico, que é a obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, geralmente por um coágulo, causando falta de circulação no seu território vascular e o AVC Hemorrágico, que consiste na ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóidea).

Como reconhecer os sinais do AVC?

O tempo é o principal determinante do sucesso do tratamento do AVC, portanto reconhecer precocemente os sinais do AVC é uma forma de minimizar os riscos que ele causa. “Além do reconhecimento, é fundamental a realização de rápida avaliação neurológica e de um exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética). Após a realização do exame de imagem é possível definir se o paciente está apresentando um AVC isquêmico ou hemorrágico e trata-lo de forma adequada”, explica o especialista.

Uma boa forma de saber se uma pessoa está a ter um AVC é utilizar a sigla SAMU que todos sabem ser o serviço de ambulâncias de urgência do SUS.

S – Peça para a pessoa dar um sorriso. Se a pessoa tiver a boca torta ou não atender ao comando chame o SAMU

A – Peça para a pessoa abraçar. Se não conseguir levantar os braços ou tiver um desequilíbrio ou tontura chame o SAMU

M – Peça para soletrar uma música ou frase. Se não conseguir ou trocar palavras ou falar errado chame o SAMU

U – As situações acima são uma urgência chame o SAMU o paciente tem de chegar ao hospital o mais rápido possível.

Como diminuir o risco de ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC)?

Alguns fatores de risco que contribuem para a ocorrência do AVC não podem ser modificados, como idade (incidência cresce com o envelhecimento) e gênero (maior tendência entre os homens). Quando se fala em prevenção, alguns fatores podem ser evitados ou controlados por meio da mudança no estilo de vida – eliminar o tabaco, o álcool em excesso e o consumo inadequado de gorduras, óleos e açúcar associado a alguma atividade física – e fazendo o tratamento de problemas de saúde associados (altas taxas de colesterol no sangue, diabetes, pressão alta e doenças cardíacas). Tudo isso, reduz o risco de um derrame cerebral, mas principalmente melhora a qualidade de vida.

“Há um aumento de 50% a 54% no risco de AVC se você tem hipertensão. Então, veja o tamanho do benefício de o paciente controlar a pressão, por exemplo. Devemos nos atentar em especial aos fatores evitáveis e, para isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com equipes da Atenção Primária à Saúde, que desenvolvem ações de promoção e prevenção, divulgando para a  população hábitos de vida saudáveis, que ajudam a evitar o AVC”, conclui Caldas.

Redação

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