Introdução de biossimilares na saúde pública e privada aumenta acesso da população a tratamentos inovadores e diminui custos

Com o tema “O Impacto positivo dos Biossimilares no Sistema de Saúde”, a Organon realizou seu primeiro fórum sobre a atuação dos biossimilares e seu fundamental papel na sustentabilidade do sistema de saúde, tanto no âmbito público quanto no privado, ampliando o acesso da população a tratamentos inovadores. O evento, realizado em 20 de outubro, em formato híbrido, reuniu especialistas de praças diferentes (São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, São José do Rio Preto e Curitiba), para debater sobre esses medicamentos que entram no mercado após o fim de uma patente, contribuindo para a competitividade e maior oferta de terapias no mercado.

A abertura do evento ficou a cargo do presidente da Organon, Ricardo Lourenço, que lembrou que a farmacêutica está presente em 140 países, tendo como um de seus pilares o segmento de biossimilares, bem como a saúde da mulher. “A Organon veio para ficar no segmento de biossimilares, principalmente na classe de reumatologia. Nossa intenção é melhorar o acesso da população”, pontuou. O fórum foi mediado por Ricardo Xavier, reumatologista, professor Titular da Faculdade de Medicina UFRGS, chefe do Serviço de Diagnóstico Laboratorial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Com o objetivo de mostrar como os biossimilares são tão seguros e eficazes quanto o medicamento originador ou referência, os palestrantes se muniram de dados tanto do Brasil, quanto da Europa, onde o uso deste tipo de medicamento já se encontra em estágios mais avançados. Adriana Kakehasi, professora da pós-graduação da UFMG, apresentou um estudo da Alemanha mostrando que entrada dos biossimilares levou pacientes reumatológicos a terem acesso mais rápido à terapia biológica. “Se antes um paciente poderia ficar até 7,4 anos esperando para iniciar essa nova terapia, esse período mudou para quatro meses com a introdução dos biossimilares. Os biossimilares existem para aumentar o acesso dos pacientes a tratamentos com terapias avançadas e diminuir o custo”, afirmou.

Já Selma Merenlender, diretora do Centro Multidisciplinar Fluminense, trouxe dados sobre farmacoeconomia de biossimilares no Brasil. Durante sua palestra, a médica explicou como funciona a compra dos medicamentos pelo SUS e a redução dos valores mediante a queda da patente do produto original. “A chegada de novos produtos biossimilares estimulou a livre concorrência, com a queda do preço de todos os produtos originadores, para que chegassem aos valores desejados pelo ministério da saúde”, contou, provocando uma reflexão: “A experiência internacional já nos mostra excelentes resultados em relação aos biossimilares. O que falta para os médicos brasileiros aderirem a esses medicamentos? Se vocês não têm nenhuma razão, pensem que o plano de saúde poderá ficar mais caro no ano que vem”.

Os impactos dos biossimilares na ampliação do acesso para o tratamento reumatológico foi o tema abordado por Michel Yazbek, reumatologista assistente e doutor da disciplina de Reumatologia da Unicamp. “Os biossimilares promovem a inovação e competição do mercado, aumentam a acessibilidade do tratamento biológico para os pacientes, previnem a falta de medicamentos, liberam recursos para outras políticas de saúde e trazem biotecnologia para os países onde serão utilizados, pois serão produzidos em seus territórios”, defendeu.

Assim como tudo que é novo, ainda há muitas dúvidas e polêmicas envolvendo os biossimilares. Em sua apresentação, Valderilio Feijó, coordenador da Comissão de Biotecnologia da Sociedade Brasileira de Reumatologia, trouxe um importante fato que vem sendo questionado pelo setor: a necessidade de o médico dar anuência para utilização de biossimilares. “Se temos dados consistentes de que é possível fazer a troca dos medicamentos biológicos pelos biossimilares, e o produto já está na legislação como equivalente, por que o médico tem que dar anuência? A regulação já diz que eles são equivalentes”, finalizou.

Redação

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