O câncer de colo de útero é um problema de saúde pública no Brasil, responsável por um número ainda muito alto de óbitos entre mulheres. Segundo Relatório Anual sobre Câncer de Colo de Útero no Brasil 2022, publicado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), excluídos os tumores de pele não-melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres no país. Para este ano, foram estimados 17.010 novos casos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 13,25 casos a cada 100 mil pessoas.
O principal agente causador de câncer de colo de útero é o papiloma vírus humano, mais conhecido como HPV. Segundo o Dr. Fábio Nogueira, Ginecologista Oncológico do Hospital e Maternidade Christóvão da Gama (HMCG), de Santo André, há mais de uma centena de variações do vírus, mas nem todos são malignos e causadores da doença.
“Na grande maioria dos casos, nos estágios iniciais da doença, ela é completamente assintomática. Quando assintomático, as queixas mais comuns são sangramento vaginal durante a relação sexual ou saída de secreção vaginal com mau cheiro. Estes sintomas de alertas deverão levar as pacientes a procurarem seu ginecologista”, alerta o médico.
O médico do HMCG ressalta, ainda, a importância de uma consulta com o ginecologista tão logo a paciente apresente algum desses sintomas. Em casos mais avançados, a pacientes apresentam quadros de alteração intestinal, alteração de hábitos urinários ou edema nos membros inferiores, que precisam ser investigados imediatamente”.
O tratamento de câncer de colo uterino pode variar de tratamentos mais simples e conservadores, como a retirada parcial do colo do útero (conização), ou até cirurgias mais complexas, como a retirada do útero, radioterapia e quimioterapia. A definição da escolha do tratamento adequado é orientada pelo médico pelo estágio da doença em que ela se encontra, baseado em um diagnóstico.
“Isso só reforça a importância do acompanhamento periódico ginecológico por parte da mulher. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas para que sejam evitados dores e sofrimentos. Esse monitoramento médico é essencial”, ressalta o Dr. Fábio.
Graças a pesquisas e anos de estudo de profissionais da saúde, hoje é possível afirmar que o tratamento para o câncer do colo de útero, diagnosticado em estágio precoce, existe grandes chances de cura. Além dos cuidados e orientações já nas primeiras consultas ginecológicas, os especialistas são unânimes em reforçar a importância da vacina bivalente e tetravalente para crianças, com o objetivo de melhorar a imunidade e dificultar a infeção pelo HPV.
O Hospital e Maternidade Christóvão da Gama (HMCG), em Santo André, conta com um moderno Centro de Oncologia e serviço de Ginecologia, ambos com infraestrutura completa para prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero. Os pacientes são atendidos por médicos especialistas e uma equipe multidisciplinar, capaz de oferecer o melhor acompanhamento a cada caso.