Concedido anualmente pelo Centro Europeu de Saúde Baseada em Valor, o prêmio VBHC 2023 está em sua 10ª edição e tem como objetivo reconhecer os projetos que adotaram uma linha de pensamento fundamentalmente nova na criação de valor para os pacientes em termos de resultados que importam para o paciente, custo real, colaboração entre diversas áreas e uma linguagem comum.
“Ser nominado finalista de um prêmio que destaca melhorias inovadoras e excepcionais na área da saúde é um grande orgulho. Saímos da teoria para um exemplo prático de que é possível termos cases de sucesso que, além de impactarem positivamente a experiência do paciente, ajudam a manter a sustentabilidade do sistema de saúde. E isso se dá pelo trabalho colaborativo entre instituições hospitalares, médicos, equipe multiprofissional, prestadores de saúde suplementar e indústria farmacêutica”, destaca Gisele Nader Bastos, diretora de operações da Santa Casa. “Isso mostra a assertividade de nosso trabalho, criando oportunidades para novas conexões e spin-offs para novas melhorias, daí a importância deste prêmio. Para se ter uma ideia, neste ano foram avaliados 115 projetos de 27 países de todos os continentes, e estamos entre os 13 finalistas”, conclui.
O VBHC é o principal projeto do Centro Europeu de Saúde Baseada em Valor, que, como uma plataforma independente, desde 2008 compartilha, cria e dissemina experiências e conhecimentos sobre a implementação da prestação de Serviços de Saúde Baseados em Valor. A iniciativa tem como um de seus idealizadores e presidente de honra o consagrado autor e professor de Harvard Michael Porter.
A próxima etapa do prêmio inclui uma votação pública, que pode ser acessada em vbhcprize.com/nominees-vbhc-prize-2023.
Saiba mais sobre o case finalista:
IPU – Unidade de Prática Integrada
Para implementar a agenda de valor, um programa de saúde baseado em valor para Síndrome Metabólica e Obesidade foi implementado no Centro de Tratamento para Paciente Metabólico e Obeso (CTO) da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Motivada pela sustentabilidade da saúde e pelo foco no paciente, a instituição construiu uma agenda de valor que abrange cinco elementos que se reforçam mutuamente: a unidade integrada de prática (IPU), resultado e medição de custo para cada paciente, pacote de pagamento para o ciclo de atendimento, sistemas integrados de prestação de cuidados com diferentes partes interessadas e soluções digitais para apoiar todas as proposições de valor em cinco diferentes dimensões (monitoramento, resultados, custos TDABC, engajamento do paciente, benchmark internacional).
A criação da UIP permite ao CTO redesenhar a jornada do paciente melhorando o manejo clínico dos pacientes com ampliação de agendas e profissionais multidisciplinares envolvidos. O tempo para encaminhar para a segunda linha de tratamento (gerenciamento cirúrgico) também foi otimizado por meio de uma forte abordagem clínica com discussões de casos semanais. O paciente é então encaminhado pela instituição e uma vez encaminhado, o Bari+ tem um papel importante para dar protagonismo ao paciente na tomada de decisão. Além disso, os protocolos de atendimento médico são gerenciados pelo setor de Qualidade e os pacientes são acompanhados durante o trajeto pelo Escritório de Valor da Instituição.