Tecnologias facilitam redução de no-show nas instituições da saúde

O não comparecimento de pacientes, também conhecido como no-show, é um dos problemas que ainda acometem o setor de saúde no Brasil e no mundo, e pode interferir gravemente na gestão das instituições. A pandemia de Covid-19 contribuiu significativamente para o aumento dessa taxa, conforme estudo realizado com apoio da Khalifa University of Science and Technology. Mesmo com os hospitais e consultórios adotando a telemedicina durante o isolamento social, os pacientes ainda faltavam às consultas de telessaúde.

Uma publicação da Health Management Technology estima que o no-show pode custar US$ 150 bilhões ao ano somente nos Estados Unidos. “Essa questão não só afeta a gestão financeira de clínicas, laboratórios e hospitais, ela também pode prejudicar o atendimento dessas instituições a outros pacientes, que podem perder seu lugar na fila ou esperar mais tempo que o necessário para serem recebidos. Sem mencionar os profissionais, que são onerados em tempo e verba destinados às consultas”, comenta Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Foi por conta do apontamento desta dor, vindo de um grande hospital da região Norte do país, que a FCamara desenvolveu uma solução de ponta a ponta, que tem a comunicação como peça-chave. O chamado “Web Check In” visa reduzir a taxa de no-show por meio de uma confirmação prévia feita pelo aplicativo da instituição. A ferramenta conta com inteligência de agenda com modelos preditivos como geolocalização, trânsito e clima e executa pesquisas de satisfação para entender os motivos dos reagendamentos e cancelamentos, se necessário.

Os resultados da implementação do Web Check-In foram nítidos para o hospital, tanto para os pacientes quanto para a equipe. Em números, houve uma redução de 35% no no-show. “O paciente ganhou agilidade nos agendamentos e personalização na sua experiência. Já a instituição, conseguiu ter maior previsibilidade do no-show, suprir horários vagos, evitando perda de receita”, explica Moraes.

Resolver esse índice ainda é um grande desafio para as instituições de saúde. Os motivos da ausência são os mais variados possíveis, desde problemas técnicos e de acesso físico até o simples esquecimento ou desistência sem aviso prévio. No entanto, só é possível pensar em soluções realmente eficazes para a redução do índice de no-show depois de entender quais são os reais motivos que levam as pessoas a faltarem.

“Precisamos usar a tecnologia a nosso favor, com sistemas e plataformas que façam lembretes do agendamento, monitorem os cancelamentos e façam comunicação entre as instituições e o paciente. O ideal é buscar entender caso a caso quais são os motivos dos reagendamentos e cancelamentos, para só assim poder agir com assertividade para solucionar a questão. E essa é justamente a ideia do Web Check-In”, finaliza.

Redação

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