Fonoaudióloga aposta em games educativos para o tratamento de crianças com deficiências

Há 13 anos, a fonoaudióloga Geórgia Pereira Nejaim busca novidades para apoiar o desenvolvimento de seus pacientes. Atuando em Juiz de Fora (MG), descobriu que o universo lúdico poderia ser a motivação ideal para dar um ar mais descontraído às consultas e estimular crianças e adultos em busca de melhorias da fala, linguagem, atenção, concentração, memória e raciocínio lógico.

E foi durante pesquisas para inovações para o consultório que ela conheceu a PlayTable, mesa digital interativa e multidisciplinar criada pela startup da área de negócios de impacto social, Playmove. Com games educativos que auxiliam a coordenação motora e psíquica, o produto já faz sucesso no país, em escolas, consultórios e ambientes comerciais: está em cerca de 800 instituições, atingindo mais de 300 mil crianças.

Através da ludopedagogia, que alia o brincar e a aprendizagem, ela trata pacientes como o Enzo Negreiros Pereira De Magalhães, 9 anos. Com diagnóstico de paralisia cerebral, ele encontrava bastante dificuldade na execução de movimentos ligados à coordenação motora fina, como pinça ou apreensão de objetos pequenos. “Dentre vários jogos usados na terapia, ele vem demonstrando excelentes resultados na alfabetização, com o uso do Papa Letras. Na atividade ele precisa arrastar as letras faltantes para formar/completar as palavras. Estamos obtendo excelentes resultados. Através de ferramentas lúdicas e divertidas, ele vem se superando, com melhora dos movimentos e aprimoramento dos aspectos que envolvem atenção, concentração e memória”, explica Geórgia.

“A cada dia vivemos mais inseridos no mundo digital e os pacientes sempre se sentem mais engajados quando optamos por oferecer terapia que contemple tal avanço. A fonoaudiologia é uma ciência muito vasta e ampla, que da suporte do recém-nascido ao idoso. A PlayTable complementa as sessões trabalhando aspectos de coordenação motora, memória, noções espaciais, imaginação, criatividade, cálculos, aquisição fonêmica e principalmente, propiciando maior interação e trocas dialógicas”, avalia Geórgia, que hoje conta com 21 jogos do portfólio do produto disponibilizada em seu consultório.

Ela comenta que utiliza a mesa com várias patologias. “Pacientes com paralisia cerebral, autistas, afásicos, síndrome de down, déficit de atenção, alteração do processamento auditivo, discalculia. Todos têm os games incluídos no tratamento. O progresso pode ser desde uma troca de olhar, um convite para assentar ao lado, uso do toque para ajudar na escolha do jogo, até o início de uma vocalização, nomeação espontânea, memória aprimorada ou maior habilidade da coordenação motora fina”, destaca.

Para a fonoaudióloga, a motivação que a tecnologia aliada ao universo lúdico traz, garante que os pacientes se sintam mais acolhidos nas consultas. “Tenho paciente que fica eufórico para entrar em terapia. É maravilhoso ver o avanço de cada pessoa, desde a criança aprendendo as primeiras palavras, ao idoso buscando resgatar as que perdeu”, ressalta.

Diariamente, dos cerca de 20 pacientes atendidos por ela na Clínica Infantus, 12 são beneficiados com apoio da PlayTable. A clínica conta com diversos especialistas áreas da saúde.

Redação

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