Profissionais de endoscopia discutem segurança do paciente e processamento de produtos

O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SINDIHOSPA) realizou a 2ª Jornada de Estudos em Endoscopia: Desafios e Segurança no Processamento em 23 de agosto. O evento foi organizado pelo Comitê de Processamento de Produtos para Saúde e reuniu mais de 200 pessoas entre profissionais dos serviços de esterilização, de endoscopia e de controle de infecções.

Conforme a coordenadora do comitê, Daniela Schneider, o evento buscou aproximar os profissionais de processamento de produtos para saúde dos serviços de endoscopia. “Um dos compromissos do comitê com o público da área é a organização de jornadas de estudos, que visam contribuir para a melhoria da assistência segura do paciente”, afirmou.

Maria Letícia Mati, da Unidade de Referência Secundária do SUS de Minas Gerais, deu início as palestras previstas na programação, no qual abordou os desafios no processamento de endoscópicos e acessórios. Abordando os protocolos existentes para a limpeza dos materiais.

O painel “Boas práticas e controle de infecção em endoscopia”, ministrado por Loriane Konkewicz, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, destacou o tempo de uso dos equipamentos endoscópicos.

“Com a limpeza constante, surgem ranhuras nos canais internos que propiciam a entrada de micro-organismos ao longo do tempo. É muito importante a desinfecção adequada, aumentando o tempo de uso desses equipamentos”, disse Loriane.

Talita Uzeika e Flavia Castro, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, falaram sobre os requisitos que precisam ser seguidos na estrutura física e arquitetônica de um serviço de endoscopia.

Segundo as palestrantes, por mais que se demore na construção das estruturas, um projeto bem elaborado é fundamental para o bom funcionamento das instituições e de uma assistência segura. Além disso, elas ressaltam que materiais utilizados nas construções e acabamentos não devem ser porosos e nem apresentar áreas que impeçam a limpeza ou que facilitem o acúmulo de sujidades.

Novas tecnologias e segurança do paciente

Na primeira palestra da tarde, Geisa Reis Davel, da Rede DOr do Rio de Janeiro, destacou as novas tecnologias em endoscopia. “A diversidade de equipamentos facilitou o diagnóstico. Proporcionaram mais agilidade ao resultado, porém dificultaram o processo de limpeza”, explicou.

Conforme Geisa, os aparelhos estão cada vez mais frágeis, o que faz com que os profissionais tenham que ter cuidado redobrado no manuseio e conhecimento dos diferentes protocolos endoscópicos. “As equipes precisam, cada vez mais, conhecer os equipamentos e entender as particularidades de cada um.”

Cassiana Prates, do Hospital Ernesto Dorneles, conversou com o público sobre a segurança do paciente no serviço de endoscopia. Ressaltou a importância do processamento e esterilização dos equipamentos para o bom andamento do procedimento.

No encerramento, Beliza Marins Alves, do Hospital Moinhos de Vento, falou sobre o futuro da endoscopia, abordando os novos procedimentos que têm sido realizados nos hospitais de Porto Alegre. Comentou sobre o novo perfil do profissional para a área, que necessita de aprimoramento contínuo, preocupação com a segurança e controle de infecção, além de conhecimento relacionado a processamento de materiais.

Redação

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