O câncer de pele não melanoma é o mais frequente do país, representando 30% dos tumores malignos registrados. A estimativa para 2018 é de 165.580 novos casos, com o mesmo número se repetindo em 2019, sendo 85.170 em homens e 80.140 em mulheres. Já o tipo melanoma corresponde a apenas 3% dos registros de câncer de pele no país. Apesar de mais raros, são os mais agressivos devido à alta possibilidade de metástase. Para conscientizar a população sobre a importância de se prevenir, a Fundação do Câncer promove sua campanha de Dezembro Laranja nas redes sociais e em parceria com instituições de grande impacto na sociedade. A ação sugere, entre outras dicas de cuidado, “trocar os filtros das redes sociais pelo filtro solar”.
Apesar da alta incidência, o câncer de pele não melanoma tem grandes chances de cura e a prevenção depende de atitudes simples. A principal delas é usar filtro solar, já que a exposição aos raios UVA e UVB sem proteção adequada está diretamente ligada ao aparecimento das lesões que indicam a doença. Para transmitir essa mensagem, a Fundação do Câncer se uniu novamente à Ecoponte e ao Rotary Club, e inicia uma parceria com a rede de farmácias Farmalife.
A concessionária Ecoponte dedicará os painéis de informação da ponte Rio-Niterói à veiculação da campanha ao longo do mês. A expectativa é que a ação impacte pelo menos 4,6 milhões de veículos, que atravessarão a via no período das festas de final de ano.
A Fundação do Câncer e a Farmalife também se aliam para incentivar a proteção solar no verão. No dia 21 de dezembro, que marca a chegada da estação mais quente do ano, quem comprar os protetores solares da linha SOLAR N°21, marca exclusiva da rede Farmalife, ganhará um pin da Fundação do Câncer.
Reforçando o a importância dessa nova parceria entre Fundação do Câncer e Farmalife para a conscientização, especialmente no verão, Ana Candida Fonseca, diretora de marketing da Nº21 destaca que “o câncer de pele pode ser facilmente prevenido com proteção solar. Isso nos traz uma responsabilidade muito grande! Quanto mais pessoas souberem sobre a importância do uso do protetor solar todos os dias, menor será o número de casos da doença. Estar nessa parceria com a Farmalife no dia 21 será muito especial para nós, porque conseguiremos reverter parte do valor da venda de qualquer item da linha SOLAR N°21 em doação para a Fundação do Câncer”.
Para disseminar mais informações sobre a prevenção do câncer de pele, o Diretor Executivo da Fundação do Câncer, o cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni Jr., realizou palestras nos Rotary Clubes da Tijuca e do Rio Comprido. Nesses eventos, esclareceu também dúvidas sobre a prevenção, detecção e tratamento da doença. Confira, a seguir, as informações que você não pode deixar de saber para se prevenir o câncer de pele nesse e nos próximos verões.
Prevenção, detecção e tratamento
Os melhores horários para se expor ao sol são antes das 10h e após as 16h, quando a incidência dos raios UV é menor. Mesmo no período recomendado, é importante usar filtro solar no corpo e nos lábios, com fator de proteção a partir de 30, e que deve ser repassado a cada 2h ou até menos, se a pessoa estiver suando muito ou em contato com a água. É ideal usar também chapéus, bonés e roupas que cubram o corpo, com proteção contra os raios UV. Para quem não quiser abafar a cabeça, há filtros solares oil free com formulação em spray ou aquagel para o couro cabeludo. É importante ressaltar que todos os produtos aplicados na pele devem ser dermatologicamente aprovados e que o filtro solar deve ser usado, inclusive, em ambientes fechados, afinal, a luz artificial, como a de lâmpadas, aparelhos de televisão e computadores também pode contribuir para o desenvolvimento do câncer de pele. Se for à praia ou piscina, proteja-se com guarda-sol de algodão ou lona, já que os de nylon deixam passar 95% dos raios UV. E não devemos esquecer os óculos escuros com proteção contra os raios solares porque, ainda que não sejam comuns, as lesões podem atingir os olhos.
Embora a exposição aos raios UV seja o principal fator causador da doença, outros fatores também podem estimular o aparecimento das lesões. A câmara de bronzeamento artificial é altamente arriscada, por isso foi proibida no Brasil. Pacientes que possuem baixa imunidade e fazem tratamento com medicações imunossupressoras ou que já têm doenças cutâneas têm maior probabilidade de desenvolver câncer de pele, assim como pessoas de pele e olhos claros, por serem mais sensíveis à ação dos raios solares. Quem possui histórico deste tipo de câncer ou doenças cutâneas na família também se enquadra nesse grupo de risco, bem como pessoas a partir de 40 anos de idade.
Do lado oposto, estão as pessoas de pele negra e crianças, que apresentam menos chances de desenvolver a doença, a não ser que estejam nos grupos mencionados anteriormente. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo.
Diante desse cenário, a recomendação é ter o acompanhamento de um dermatologista desde a juventude. É importante estar familiarizado com a pele em seu estado normal, para que possa notar quaisquer alterações e relatar ao médico o quanto antes. Apenas com consciência e informação é possível prevenir o câncer de pele.