Estudo sobre profilaxia do tromboembolismo venoso adotada no AUSTA hospital resulta em artigo no Jornal Vascular Brasileiro

O Jornal Vascular Brasileiro (JVB), revista referência nessa especialidade médica no Brasil, publicou na edição de fevereiro artigo de dois médicos do AUSTA hospital mostrando a importância das ações realizadas para profilaxia do tromboembolismo venoso (TEV) para evitar sua ocorrência em pacientes hospitalizados. Essa doença anualmente atinge milhares de pacientes em instituições de saúde e tem alta morbimortalidade. Pode resultar em sequelas crônicas ou até em morte. O TEV é considerado a maior causa evitável de mortalidade nesses pacientes.

O estudo foi iniciado em 1999, no AUSTA hospital. Nesses 20 anos, foram cadastrados em torno de 70 mil pacientes e registrados seus dados demográficos e fatores de risco do TEV, para avaliação e realização da profilaxia, caso seja indicada, com métodos mecânicos e/ou farmacológicos.

O artigo de revisão sobre a profilaxia do TEV foi descrito pela médica-cirurgiã vascular Selma Regina de Oliveira Raymundo e pelo cirurgião geral Kassim Mohamede Kassim Hussain, ambos do AUSTA hospital. Teve participação, também, da doutora Suzana Margareth Ajeje Lobo e dos alunos Kassim Guzzon Hussein e Isabela Tobal Secches.

Em 20 anos, o estudo foi coordenado pela doutora Selma, com participação ativa de médicos, profissionais de enfermagem e de outras áreas assistenciais do AUSTA. Ele proporcionou ao hospital aprimoramento do protocolo de profilaxia do TEV, ainda incipiente no final de 1990, e a disseminação e institucionalização de seu uso no centro médico.

O AUSTA hospital e grandes instituições de saúde atualmente têm comissões de profilaxia do TEV, considerada fundamental. A doença causa grandes malefícios aos pacientes. Seu tratamento resulta em custos significativos ao sistema de saúde público e privado.

“A trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP) são graves problemas de saúde pública nacional e internacional, devido aos altos custos associados a episódios agudos de TEV e a complicações a longo prazo”, afirma doutora Selma.

Com total apoio das diretorias clínicas e administrativas, no AUSTA hospital desde o início dos anos 2000, o protocolo de prevenção da doença é realizado no momento da internação de pacientes. “Durante a consulta inicial, nossos médicos verificam se o paciente apresenta fatores de risco de tromboembolismo durante sua permanência no hospital”, explica a cirurgiã vascular. Para isso, há alguns anos, o AUSTA desenvolve programas de computação e informatizou o protocolo, tornando o diagnóstico de possíveis fatores de risco mais rápido e preciso.

A tecnologia contribuiu muito no auxílio dos profissionais de saúde do AUSTA na prevenção da doença. Ao serem digitadas informações com fatores de risco, um sinal de alerta é disparado ao médico no computador para que ele e equipes multidisciplinares adotem medidas preventivas durante a internação.

A profilaxia é realizada em pacientes potencialmente de risco para tromboembolismo, como, por exemplo: pós-operatório de cirurgias ortopédicas e cirurgias abdominais;
pós-infarto agudo do miocárdio; pacientes com imobilidade reduzida e/ou repouso prolongado, entre outros. A proporção é quase igual em pacientes cirúrgicos e clínicos (22% e 24%, respectivamente).

“A imobilização devido à paralisia de membros inferiores ou repouso por mais de três dias, assim como trauma grave e trauma raquimedular, aumenta o risco de trombose em até 10 vezes, com efeito cumulativo com o tempo”, ressalta doutor Kassim.

Pacientes hospitalizados com doenças clínicas agudas também apresentam risco significativo: aproximadamente 10% a 30% dos pacientes clínicos podem evoluir para TEV. A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e insuficiência respiratória também elevam o risco trombótico em até 10 vezes.

As ações preventivas consistem na administração de medicamentos anticoagulantes (em pacientes de médio e alto risco) e também na utilização de meias elásticas e botas pneumáticas, além de orientações na deambulação o mais precocemente possível depois de cirurgias e movimentação ativa dos membros inferiores.

O estudo demonstra o compromisso dos profissionais do AUSTA em atuar para garantir a saúde e o bem-estar das pessoas, com qualidade de vida. Nestas duas décadas, a profilaxia do tromboembolismo venoso evitou que muitos pacientes fossem vítimas desta doença e de suas graves consequências.

Redação

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