A carreira de médico de Estado é uma reivindicação histórica da Associação Médica Brasileira (AMB) e das demais entidades médicas. É fator primordial e estratégico de estímulo à migração e à fixação do médico em áreas de difícil acesso.
Depois de meses de discussão sobre o assunto, o Ministério da Saúde apresenta nesta quinta-feira (1) o programa Médicos pelo Brasil. A AMB entende que o programa, que substitui o eleitoreiro Mais Médicos, deve ser um instrumento de promoção da saúde em áreas remotas e com grande vulnerabilidade social.
“Atualmente, a maior parte dos integrantes do Mais Médicos atuam nas capitais. A divisão por zona rural, semi-remota, remota e metropolitana proposta pelo Ministério da Saúde no novo programa é inteligente e, de fato, vai favorecer a população que vive em locais com índices de pobreza atenuados”, ressalta Lincoln Ferreira, presidente da AMB.
A expectativa é que a proposta indique, ainda, o caminho para a extinção gradativa do Mais Médicos e resolução dos conflitos envolvendo os intercambistas. “É necessário que eles tenham os conhecimentos testados pelo Exame Revalida e, caso aprovados, sejam integrados ao Médicos pelo Brasil”, reforça Diogo Leite Sampaio, vice-presidente da AMB.