A sepse é um dos assuntos mais importantes da atualidade para a área da saúde em todo o mundo. Mais conhecida como infecção generalizada, a inflamação pode levar à parada de um ou mais órgãos, quando não descoberta e tratada rapidamente. Esta síndrome, inclusive, é considerada uma das principais causas de morte dentro dos hospitais e mata mais que o infarto do miocárdio e alguns tipos de câncer.
Segundo dados do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), estima-se que o problema atinja de 15 a 17 milhões de pessoas por ano no mundo. No Brasil, somente entre adultos, são cerca de 670 mil casos anualmente, dos quais 240 mil chegam a óbito. A letalidade de pacientes em unidades de terapia intensiva brasileiras de adultos é de 55%. Diante desse cenário desafiador, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) apoia e atua como parceira permanente de ações que visam orientar profissionais das UTIs de todo o Brasil sobre condutas que contribuem para mudar essa realidade.
“Estamos engajados constantemente nessa causa importantíssima, a fim de preparar os intensivistas para o enfrentamento da sepse. Sabemos que a identificação e o tratamento precoces estão relacionados a um melhor prognóstico, por isso, promovemos ações com o objetivo de levar informação e preparo para os profissionais que atuam nas UTIs brasileiras”, comenta Dr. Ciro Leite Mendes, presidente da AMIB.
Uma prova da importância do estudo da sepse para os intensivistas é a ampla programação dedicada ao tema durante o XXIV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, principal evento do setor realizado no país, que acontece de 07 a 09 de novembro, em Fortaleza (CE).
Entre as diversas atividades conduzidas por palestrantes nacionais e internacionais sobre o assunto vale destacar a participação de Luciano Azevedo, presidente do ILAS, que fará uma apresentação sobre os “Desafios na abordagem da sepse”.
O tema “Sepse – Antibióticos na primeira hora salvam vidas” também está entre os destaques da programação e será apresentado por Flávia Ribeiro Machado, professora Livre Docente e Chefe do Setor de Terapia Intensiva da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Medicina Intensiva Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo
Entre os palestrantes internacionais, vale registrar a presença do especialista Rui Moreno, coordenador da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Hospital de São José, em Lisboa, que falará sobre as controvérsias envolvendo a sepse; e Andrew Rhodes, professor de Anestesia e Medicina Intensiva no Hospital da Universidade St George em Londres, que apresentará diversas palestras sobre pacientes sépticos.
“A sepse é um grande desafio, não só para os profissionais de terapia intensiva, mas para todos os envolvidos na detecção e tratamento dessa síndrome. Obviamente, a condução também depende da UTI, cuja atuação é fundamental para definir a evolução do paciente, na qual a identificação rápida e o tratamento imediato fazem toda a diferença. Para tratar de um tema tão importante e exigente como esse, os nossos congressistas irão contar com palestrantes renomados e de altíssima qualidade, para trazer ainda mais conhecimento e especialização, em benefício dos nossos pacientes”, diz o presidente da AMIB.
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