Projeto lança teleconsultas para pacientes dos serviços de Atenção Primária no Amazonas

A partir do mês de julho, os usuários dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) que necessitam de consultas e acompanhamento com especialistas poderão ser atendidos em consultas médicas por meio de videochamadas em todo o estado do Amazonas.

Os pacientes terão acesso a especialidades como cardiologia, endocrinologia, neurologia, reumatologia, ortopedia e traumatologia.

A iniciativa será liderada pelo time do projeto Regula Mais Brasil, realizado de forma colaborativa com os hospitais membros do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS): Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.

Nas duas primeiras fases, serão atendidos via teleconsulta os pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em Manaus, capital do estado. O encaminhamento funcionará da seguinte forma: os médicos da APS avaliam a necessidade de atendimento especializado e, em caso positivo, encaminham o paciente via ambulatório virtual no SISREG, o software do Ministério da Saúde que organiza a fila de espera para consultas no SUS.

Para acessar o serviço, o paciente precisa apenas de um aparelho telefônico ou estar conectado à internet (computador, notebook ou smartphone). No momento do agendamento, deve acessar o link enviado, através do qual é possível realizar a consulta com o especialista. A capital Manaus será atendida a partir do mês de julho, e a previsão é de implantação em todo estado até o final do ano, com previsão de realizar 600 teleconsultas até dezembro de 2020.

Mais segurança e praticidade no momento da pandemia.

Para Sabrina Dalbosco Gadenz, gerente do projeto, a possibilidade de realizar consultas à distância para pacientes com condições crônicas ajuda a protegê-los do contágio pela Covid-19: “As teleconsultas diminuem a necessidade de deslocamento e protegem pacientes que integram os grupos de risco, sem deixar essa população desassistida”, comenta.

Dr. Cesar Higa Nomura, superintendente de medicina diagnóstica Sírio-Libanês e patrocinador do projeto complementa: “Estamos agregando o serviço de teleconsulta em uma localidade em que já fazemos a telerregulação e a teleconsultoria. Isso possibilita que pacientes continuem sendo atendidos e acompanhados mesmo nesse momento delicado de pandemia”, destaca. O médico explica ainda que o acompanhamento dos pacientes, mesmo no ambiente virtual, é contínuo. “O ambulatório virtual possui vagas reservadas para retorno de pacientes mais graves, e caso a condição do paciente não possa ser solucionada via consulta virtual, o paciente pode ser direcionado para uma consulta presencial com prioridade no atendimento”.

Esse formato do projeto estará vigente no Amazonas enquanto durar a emergência nacional de saúde pública. E para agilizar a consulta com a prioridade adequada e apoiar na resolução de casos na atenção primária à saúde (APS), a telerregulação e a teleconsultoria continuam sendo realizadas, garantindo assim, a redução no tempo de espera e o tamanho das filas com especialistas.

Desde 2018, o projeto já regulou mais de 400 mil casos no Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Amazonas e Recife.

Redação

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