Médico desenvolve elástico para identificação dos horários de medicamentos

Quem já teve de tomar diferentes medicamentos por conta de um tratamento de saúde ou faz uso contínuo de remédios sabe que é preciso se organizar para não se perder nos horários e dias para fazer uso da medicação.

Para ajudar nessa tarefa, o médico Pedro Alves de Almeida Lins, de Belém, no Pará, desenvolveu um dispositivo elástico que pode conter diferentes informações, como horários e nomes de medicamentos. Basta envolver a embalagem com o item para evitar erros, troca de horários ou esquecimentos.

Um único frasco pode receber um ou mais elásticos, dependendo da necessidade de informação e identificação que precisa ser repassada ao paciente.

Recipientes com nichos muitas vezes são utilizados, mas para isso é preciso destacar pílulas ou comprimidos de suas respectivas cartelas. O problema é que a prática expõe o medicamento e pode alterar sua validade. Além disso, se a caixa original for descartada, perde-se as informações e advertências importantes contidas nelas.

No caso dos colírios, que não podem ser distribuídos em nichos, as pessoas costumam escrever os horários nos rótulos, inviabilizando a leitura. No caso de pessoas com deficiência visual, essa não é uma opção viável.

Etiquetas e adesivos também podem ser usados, mas, novamente, as informações dos rótulos e caixas são perdidas.

Como é o dispositivo elástico

Esse elástico especial pode ser feito de borracha ou material similar. Ele apresenta em sua própria forma horários específicos, como 8h e 20h, e nome dos medicamentos em cores e alto relevo, facilitando a visualização e a percepção tátil da informação. Pode conter ainda gravuras para facilitar a compreensão do paciente.

O dispositivo pode ser colocado medicamento pelo médico, cuidador, farmacêutico ou pelo próprio paciente, variando em cada caso. Após o fim do medicamento, o elástico pode ser reutilizado.

De baixo custo de produção, o projeto está em fase embrionária e conta com apoio da Associação Nacional dos Inventores (ANI).

Redação

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