Em uma palestra muito especial, a Dra. Fernanda Soardi, PhD em Genética do Laboratório Lustosa de Minas Gerais, pode apresentar e dividir suas experiências em genômica e bioinformática no 1º Congresso Virtual da SBPC/ML – Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.
Segundo a especialista, o exame laboratorial de sequenciamento do DNA sempre produz uma quantidade enorme de dados e cada laboratório definirá o fluxo (“pipeline”) de como filtrar e e utilizar esses dados. Dra. Fernanda explicou que o sequenciamento do DNA é o retrato molecular da informação genética do paciente contida no material genético e com a decifração desse código é possível investigar doenças de difícil diagnóstico, como as doenças raras, e até predizer algumas doenças, não só do paciente, mas que podem envolver a família. Para ela, os exames genômicos são um auxílio fundamental à medicina personalizada.
Dra. Luisane Vieira, membro da SBPC/ML, mediou o encontro e comentou sobre a importância da comunidade laboratorial conhecer melhor os exames genômicos Uma parte é realizada no laboratório (“Wet Lab”) mas outra parte depende da informática (“Dry Lab”) e pontuou que, com a entrada em vigor da LGPD, há uma grande preocupação de médicos, pacientes e laboratórios em relação de como as informações dos exames genômicos serão utilizadas. Dra. Luisane explicou que já há um Comitê de Genômica e Bioinformática na SBPC/ML, do qual ela faz parte, e que considera que a bioinformática e a genômica serão o futuro da patologia clínica.
“Em um futuro não tão distante todas as pessoas terão seu DNA sequenciado, gerando informações para a prevenção de doenças e de tratamentos de alto custo, ao mesmo tempo gerando desafios éticos e científicos”.